Recomendações para diminuir os avanças da mastite caprina

 Nordeste Rural

A melhor forma de reduzir o avanço da mastite em caprinos é adotar as boas práticas para prevenção. A mastite é provocada por microrganismos, como bactérias e fungos. A doença causa inflamação nas glândulas mamárias de fêmeas e provoca impacto direto na produção de leite, por causar redução na produção, depreciação do leite e seus derivados, além de descartes precoces de fêmeas acometidas.
Uma vez que a aplicação indiscriminada de antibióticos pode resultar em resistência e ineficácia de tratamentos, reforça-se a necessidade de prevenção contra a doença por meio das boas práticas na ordenha e na produção leiteira. Uma má higienização pode ser fator causador do surgimento da mastite, seja no uso de ordenha manual ou de ordenha mecânica.
“Pode haver transmissão de um animal para outro durante o processo da ordenha. Por isso, o ordenhador deve ficar atento à limpeza das mãos, das unhas, do cabelo. Usar solução de iodo a 0,5% para limpeza das tetas e secá-las com um papel toalha para cada teta. Se a ordenha for mecânica, o produtor deve higienizar o equipamento segundo as recomendações do fabricante”, recomenda Viviane de Souza.

A pesquisadora da Embrapa Viviane de Souza apresenta algumas práticas recomendadas para tentar diminuir a incidência da doença. É recomendável fornecer alimento, ao fim da ordenha, para evitar que animal fique deitado. “Após a ordenha, o esfíncter da teta, que é o orifício por onde passa o leite, leva 30 minutos para se fechar. Isso, assim como algum trauma nas tetas, pode ser porta de entrada para microrganismos, principalmente em caso de imunidade baixa do animal”, reforça a pesquisadora. Uma solução tecnológica recomendada pela Embrapa é o Kit Embrapa de Ordenha Manual para Caprinos Leiteiros, conjunto de equipamentos que facilita não somente a prevenção contra a doença e a higiene nos procedimentos de ordenha, mas também uma melhor qualidade sanitária do leite e seus derivados.