sábado, 30 de maio de 2015

Atividade ruminal dos bovinos pode ser melhorada com suplementação a base de nitrogênio

Alltech visits Zahns dairy farm in Gillett, Wisconsin.A escassez de nutrientes nas pastagens durante a estação da seca, desafia os produtores bovinos na manutenção do desempenho dos rebanhos.  As temperaturas mais baixas e  redução nas chuvas fazem com que a pastagem passe da cor verde para amarela e perca o teor necessário de proteína, que é essencial aos microorganismos do rúmen.
Por isso, a empresa Alltech, referência na área de nutrição e saúde animal, oferece solução que melhora o equilíbrio entre os ingredientes presentes na dieta dos animais. Isso acontece a partir do uso de fonte de nitrogênio não protéico (NPN). A aplicação do Optigen mantém o constante fornecimento de nitrogênio no rúmen do animal, o que permite um melhor equilíbrio com os outros ingredientes da dieta.
“O Optigen tem inúmeros trabalhos de pesquisa e mais de 10 anos de mercado. A lenta liberação da proteína na forma de NPN dentro do rúmen favorece melhor eficiência do uso da pastagem, aumentando o ganho de peso”, destaca o gerente nacional de Bovino de Corte da Alltech do Brasil, Amaury Valinote. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aproximadamente 95% da produção de carne do país se concentra nas pastagens, mais de 80% do rebanho é de corte e cerca de 5% é produzida em regime de confinamento. Isso significa que a atividade possui um alto potencial de crescimento e a necessidade é real de investir na nutrição dos animais para acompanhar a demanda do mercado de forma eficiente.

A alimentação representa o principal custo da atividade, por isso, a utilização de recursos como a suplementação está entre as alternativas mais utilizadas pelos produtores e nutricionistas para buscar a melhor relação custo/benefício das dietas.

 Campanha contra febre aftosa no RN tem meta de 90% do rebanho


Os pecuaristas do Rio Grande do Norte têm até o próximo domingo (31) para vacinar o rebanho contra a febre aftosa. A campanha, coordenada pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn), começou no dia 2 de maio e tem a meta de imunizar 90% do rebanho do estado.
O diretor de inspeção de sanidade animal do órgão, Renato Maia, explicou que os produtores devem buscar lojas do segmento cadastradas no Idiarn e no
Ministério da Agricultura para comprar o produto. A vacina custa cerca de R$ 2.
Quem não vacinar até o próximo domingo (31), terá que ir ao Idiarn para assinar um termo de auto infração, que pode gerar uma advertência escrita ou uma penalidade mais grave, sendo liberado.
Depois da vacinação, o pecuarista deve apresentar a declaração, com a nota fiscal da revenda, comprovando a imunização. O documento deve ser entregue em três locais, Idiarn, Emater ou secretaria municipal de agricultura até o dia 15 de junho.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

 Tereza Campello falou sobre convivência com o Semiárido nesta sexta (29)


Ministra participa do Seminário Regional Nordeste, 60 anos depois: mudanças e permanências em Natal (RN)


Brasília, 29 – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, participou nesta sexta-feira (29), às 9h, do Seminário Regional Nordeste, 60 anos depois: mudanças e permanências, em Natal (RN). Ela participou da mesa redonda “Convivência com o Semiárido: Um novo paradigma, um novo jeito de pensar e viver”.  A ministra se reuniu com o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, no Centro Administrativo do Estado.

No seminário, Tereza Campello falou sobre as ações do governo federal que possibilitam que a população mais pobre conviva com a estiagem. As estratégias incluem o acesso à água de qualidade para beber e produzir, além do apoio à estruturação produtiva e à comercialização dos alimentos. Realizado pela Arquidiocese de Natal, Observatório Social do Nordeste e Programa RN Sustentável, o seminário reuniu representantes dos governos federal, estadual e municipais, universidades e sociedade civil.

Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016 será anunciado nesta terça (02/06)

A ministra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apresentará o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2015/2016, nesta terça-feira, 2 de junho, no Palácio do Planalto, em Brasília.
 
 
Serviço:
Anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016
Data: 02 de junho (terça-feira)
Horário: 11 horas (chegar com 40 minutos de antecedência)
Local: Salão Nobre do Palácio do Planalto – Brasília/DF

Alimentos biofortificados buscam reduzir a desnutrição da população brasileira

Paulo Lanzetta - Trio de cultivares de batatas-doce da Unidade Pelotas pode ser uma opção de alimento naturalmente biofortificado
Trio de cultivares de batatas-doce da Unidade Pelotas pode ser uma opção de alimento naturalmente biofortificado
 
Unidades da Embrapa trabalham com melhoramento genético em todo o país e com a aceitação por produtores e consumidores de alimentos mais nutritivos. Pelotas recebe comitiva para apresentação do projeto BioFORT, nesta sexta-feira, 29 de maio.
 
A deficiência de micronutrientes como ferro e zinco e de vitamina A constituem sérios problemas de saúde pública nos países em desenvolvimento. Estudos apontam a anemia como um dos mais importantes problemas nutricionais no Brasil. Como forma de melhorar a dieta dos brasileiros, especialmente os mais carentes, surgiu o projeto BioFORT, que está em desenvolvimento há mais de dez anos. Este programa é responsável pela biofortificação de alimentos no Brasil, coordenado pela Embrapa, a qual inclui 14 unidades de pesquisa em toda a nação, que trabalham com foco no melhoramento genético convencional de alimentos básicos na dieta da população como arroz, feijão, feijão caupi, mandioca, batata-doce, milho, abóbora e trigo. 
 
O projeto tem como objetivo primeiro diminuir a desnutrição e garantir maior segurança alimentar através do aumento dos teores de ferro, zinco e vitamina A na dieta da população mais carente. O processo de biofortificação é feito com o cruzamento de plantas da mesma espécie, gerando cultivares mais nutritivas, ou conhecido, como melhoramento genético convencional. Inclusive, o projeto ao longo do tempo, formou uma rede de pesquisadores no Brasil e no exterior, que estão investindo em conhecimento técnico-científico da agronomia e da saúde e estão obtendo alimentos mais nutritivos.
 
Como é desenvolvido o BioFort
A essência do projeto é enriquecer alimentos que já fazem parte da dieta da população para que esta possa ter acesso a produtos mais nutritivos e que não exijam mudanças de seus hábitos de consumo.
 
No campo, as cultivares são selecionadas e as mais promissoras seguem para a etapa de melhoramento. Nessa etapa, o objetivo é a obtenção de cultivares mais nutritivas, que também apresentem boas qualidades agronômicas (produtividade, resistência à seca, pragas e doenças), além de boa aceitação de mercado.Ao mesmo tempo, nos laboratórios da Embrapa e das universidades vinculadas ao projeto, estão sendo iniciados os estudos sobre biodisponibilidade para estimar se o organismo humano consegue absorver os micronutrientes presentes nas cultivares melhoradas.
 
Com o aval dos Comitês de Ética das universidades, os pesquisadores estão avaliando a aceitação aos alimentos mais nutritivos, como em Sergipe, onde mandioca, batata-doce e feijão-caupi já estão sendo testados na merenda escolar. Outras equipes do projeto buscam desenvolver produtos agroindustriais a partir de matérias-primas biofortificadas como a formulação de farinhas de batata-doce para elaboração de produtos com maior valor agregado (pães, snacks e farinhas pré-cozidas para sopas instantâneas e mingaus), que ampliam a oferta de alimentos mais nutritivos. 
 
Outra etapa igualmente importante é o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a conservaçao dos micronutrientes. Por isso, através de parcerias, o BioFORT trabalha no desenvolvimento de embalagens para, principalmente, garantir a conservação dos micronutrientes nos produtos processados.
 
Todo esse esforço ganha visibilidade com as ações de comunicação e sensibilização dos públicos de interesse do projeto. A equipe do projeto promove com frequência eventos como palestras, seminários e dias de campo para produtores rurais, empresários e pesquisadores.
 
O projeto se preocupa, ainda, com todo processo de alimentação do cidadão, desde o momento em que o alimento é produzido até a mesa do consumidor. Por isso, os pesquisadores se preocupam durante o desenvolvimento do projeto em considerar e analisar a receptividade dos produtores nas comunidades rurais em relação as novas cultivares. É importante que as novas cultivares, além dos ganhos nutricionais também apresentem vantagens agronômicas e comerciais. Já o consumidor é outro elemento importante no processo e é indispensável a sua aceitação aos alimentos biofortificados.
 
O que é desenvolvido com biofortificação
 
Vários estados brasileiros já estão desenvolvendo biofortificação em vários alimentos básicos. Veja como o projeto BioFORT está presente nestes locais:
 
Maranhão: Multiplicação de cultivares de feijão, arroz, feijão-caupi e batata-doce em assentamentos rurais.
Piauí: Seleção, melhoramento genético e multiplicação de cultivares de feijão-caupi.
Pernambuco: Multiplicação de cultivares de feijão, feijão-caupi e abóbora.
Sergipe: Multiplicação de cultivares de feijão, feijão-caupi, mandioca, batata-doce e milho, seleção e melhoramento genético de cultivares locais de abóbora, avaliação de resultados na merenda escolar.
Bahia: Seleção, melhoramento e multiplicação de cultivares de mandioca.
Distrito Federal: Seleção, melhoramento e multiplicação de batata-doce e trigo.
Goiás: Seleção, melhoramento genético e multiplicação de cultivares de arroz e feijão.
Minas Gerais: Multiplicação de cultivares de mandioca, milho, batata-doce, arroz e feijão em escolas técnicas de agricultura e capacitação de produtores e técnicos por meio de cursos, seminários e dias de campo.
Rio de Janeiro: Multiplicação de cultivares de arroz, milho, feijão, mandioca, batata-doce, abóbora e feijão-caupi.
 Paraná: Multiplicação de cultivares de milho, trigo e mandioca.
 Rio Grande do Sul: Seleção e melhoramento genético de cultivares de trigo.
 
Parceiros
O BioFORT tem um desafio de combater a fome oculta que debilita mais de dois bilhões de pessoas em todo o mundo. Mas, as parcerias com instituições públicas e privadas tem permitido que as novas cultivares cheguem às comunidades rurais e urbanas mais carentes.
 
E o Brasil tem se destacado num aspecto diferenciado dos demais países no desenvolvimento de biofortificação. O país é o único onde são conduzidos, ao mesmo tempo, trabalhos com oito culturas diferentes: abóbora, arroz, batata-doce, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho e trigo.
 
A Embrapa Agroindústria de Alimentos, localizada no Rio de Janeiro, é uma das unidades da Embrapa e lidera o projeto BioFORT, que faz parte da Rede de Biofortificação no Brasil. Esta rede foi iniciada pelo projeto HarvestPlus, financiado pela fundação Bill & Melinda Gates e pelo Banco Mundial, entre outros, e também inclui o projeto AgroSalud, financiado pela Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA), ambos coordenados pela Embrapa Agroindústria de Alimentos.
 
Quatorze unidades da Embrapa fazem parte do BioFORT, que conta, ainda, com uma extensa rede de parcerias (universidades, prefeituras, governos estaduais e associações de produtores). Ao todo, cerca de 200 pesquisadores, técnicos e parceiros estão envolvidos no projeto.
 
O BioFORT em Pelotas
A Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, está iniciando ações de inserção neste projeto de biofortificação e vai receber nesta sexta-feira, 29 de maio, a coordenadora do BioFORT, a pesquisadora Marília Nutti, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, do Rio de Janeiro/RJ, que vai apresentar o Seminário sobre Biofortificação de Alimentos no Brasil. Durante o encontro haverá a participação do co-líder do projeto, pesquisador José Luiz Viana, que vai falar sobre os Avanços na biofortificação de alimentos e oportunidades na geração de novos produtos. Pela Unidade de pesquisas de Pelotas, o analista de transferência de tecnologias Apes Falcão Perera mostrará as ações do Projeto Biofort no RS. A atividade inicia às 8h30, na Sede da Embrapa Clima Temperado. O seminário vai envolver pesquisadores, analistas, bolsistas e estagiários.
 
Cristiane Betemps (MTb 7418-RS)
Embrapa Clima Temperado

Começou a 5ª Mostra de Turismo Rural de Pernambuco


turismo ruralO evento vai até o próximo domingo (31) na Praça de Eventos do Shopping Recife. No local, o público pode conhecer de perto 20 equipamentos da Zona da Mata Norte e Sul e Agreste, entre hotéis e pousadas rurais, parques aquáticos naturais e outros. O objetivo da mostra é dar visibilidade aos equipamentos de turismo rural do estado.
Para Melânia Vieira, presidente da Associação Pernambucana de Turismo Rural e Ecológico, além da oferta de lazer, o turismo rural também assegura um bom nível de emprego no campo. “Como estamos situados no interior, e Pernambuco ainda é um estado canavieiro, temos o problema da entressafra, quando existe um desemprego muito grande. Só que quem está trabalhando nos engenhos e fazendas do turismo rural tem emprego o ano inteiro”, disse ela.
“O Sebrae tem participado desde o início da organização do setor, que possui um potencial muito grande em Pernambuco, afirmou o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Oswaldo Ramos. “E esse evento é importante no sentido de promover esse segmento. É aqui onde esses empresários fecham negócios, permitindo que a gente tenha uma boa capacidade de utilização desses equipamentos”, completou o superintendente. O Sebrae em Pernambuco dá apoio ao setor de turismo rural por meio de ações de consultoria e instrutoria com foco nos pequenos empreendimentos que atuam com o turismo equestre, pedagógico e cultural, nas ações de sustentabilidade ambiental e de valorização da gastronomia desse segmento.
A expectativa da organização do evento é que o local receba a visita de aproximadamente 17,5 mil pessoas por dia. Entre os equipamentos que podem ser vistos pelo público está a Pousada Fazenda Santa Fé, em Bezerros. “Todo ano, a gente percebe que, logo após a mostra, a procura do público é muito grande. E mesmo depois de um ano as pessoas nos buscam. Isso dá um retorno muito grande para o Turismo Rural”, avaliou a empresária Tereza Fiúza, proprietária da pousada.

A 5ª Mostra de Turismo Rural é uma realização da Associação Pernambucana de Turismo Rural e Ecológico (Apeturr), com apoio do Sebrae em Pernambuco, Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Empetur e Secretaria de Turismo do Estado de Pernambuco.

Centros de produção de cordeiros orientam melhorar a produção de carne

capriniosÉ o chamado “Projeto Cordeiro do Cariri”, desenvolvido pela Embrapa Caprinos e Ovinos em dois municípios do Ceará. O objetivo é criar modelos de sistemas de produção para engorda para abate, com o correto manejo alimentar e sanitário, para a obtenção de produtos de carne e pele ovinas com qualidade adequada para a exigência os mercados. O trabalho é realizado no sul do estado do Ceará, com sistemas de produção de cordeiros em confinamento, no município de Campos Sales, e a pasto cultivado, em Farias Brito.
A ideia dos centros é de promover a melhoria da qualidade da matéria-prima e dos produtos ao longo do ano, garantindo uma regularidade da produção – que atualmente ainda é concentrada nos períodos chuvosos – e aumentando a competitividade da cadeia produtiva. Assim, o projeto pretende contribuir na organização da oferta de carne de ovinos para a agroindústria com mais regularidade, qualidade, quantidade e baixos custos.
Para o pesquisador Fernando Henrique Albuquerque os rebanhos em Campos Sales e Farias Brito são submetidos a manejo sanitário preventivo, com vacinação contra clostridioses e raiva e uso do método FAMACHA para controle de verminoses. Já o manejo nutricional é voltado para a realidade de cada sistema: em Farias Brito, no pasto cultivado, é adotada também a suplementação concentrada. Já no sistema em confinamento, em Campos Sales, é trabalhada a produção de silagem de sorgo para alimentação dos cordeiros.

O projeto tem permitido à Embrapa e instituições parceiras introduzir inovações tecnológicas em benefício dos ovinocultores participantes. Além disso, o projeto tem atuado para o fortalecimento das associações de produtores, de modo a garantir melhores estratégias de comercialização e marketing dos produtos e aperfeiçoar a governança da cadeia produtiva. Atualmente, são 27 produtores diretamente envolvidos nos dois municípios.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Exportações brasileiras de lácteos foram reduzidas em 36%




Em abril o Brasil exportou US$17,1 milhões em produtos lácteos, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com o mês anterior, o faturamento com os embarques reduziu 36,6%. Em março a receita foi de US$27 milhões.
O volume embarcado também reduziu. Passou de 7,1 mil toneladas em março para 4,3 mil toneladas em abril. O produto mais exportado foi o leite em pó, que totalizou 3,6 mil toneladas e receita de US$15,2 milhões em abril.
Os principais destinos dos produtos lácteos brasileiros, em valor, foram a Venezuela, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, nesta sequência de importância.
Na comparação com igual período de 2014, o Brasil reduziu seu faturamento com os embarques de lácteos em 59,8% e o volume foi 57,5% menor.

 Relatório da FAO destaca avanços do Brasil na luta contra fome e pobreza


Ações de transferência de renda e de segurança alimentar são citadas como exemplo de que a proteção social gera um círculo virtuoso de crescimento inclusivo


Brasília, 27 –
O relatório O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) nesta quarta-feira (27), destaca os avanços brasileiros na redução do número de pessoas em situação de fome conquistado nos últimos anos. O Brasil é o país, entre os mais populosos, que teve a maior queda de subalimentados entre 2002 e 2014, que foi de 82,1%. No mesmo período, a América Latina reduziu em 43,1% esta quantidade.

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Entre os mais populosos, o país também é aquele que apresenta a menor quantidade de pessoas subalimentadas. São 3,4 milhões no Brasil, pouco menos de 10% da quantidade total da América Latina, que é de 34,3 milhões. “O relatório confirma o esforço e reconhece a trajetória do Brasil na ação de redução da pobreza e do combate à fome”, ressaltou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.


“O Brasil, ao contrário de outros países do mundo, sempre foi um grande produtor de alimentos. E, mesmo assim, a população passava fome. O nosso problema não era a disponibilidade de alimentos, o nosso problema era acesso aos alimentos e à renda. E isso conseguimos alcançar com políticas públicas”, explicou.

A publicação aponta também que o país alcançou todas as metas das Nações Unidas em relação à fome. O Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) era de reduzir pela metade a fome e o da Cúpula Mundial de Alimentação era de reduzir pela metade os números absolutos de subalimentados. O Brasil é um dos 29 países que conseguiram alcançar essas duas metas. “O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que está em processo de formatação, tem o objetivo de reduzir até menos de 5% até 2030. Desde o ano passado, nós já conseguimos alcançar esta meta”, contou a ministra.

As ações de segurança alimentar desenvolvidas e o Programa Bolsa Família foram citados como cruciais para o crescimento inclusivo que o Brasil alcançou. “A proteção social pode estabelecer um círculo virtuoso de progresso à população pobre com melhores salários, empregos e rendas”, destaca o relatório. “Estes programas reduziram significativamente a desigualdade de renda - entre 2000 e 2012, a renda média do quintil [20%] mais pobre da população cresceu três vezes mais rápido que a dos 20% mais ricos.”

A ministra Tereza Campello explica que o país agora enfrenta um novo desafio. “O Brasil saiu do Mapa da Fome. Temos a primeira geração de crianças alimentadas, que estão na escola e não vão repetir a trajetória de seus pais. E nos deparamos com o Brasil vivendo problemas de saúde típicos de países desenvolvidos, como a obesidade. E, principalmente, a obesidade infantil”, destacando que é um dos principais temas que serão tratados pelos governos e sociedade durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, no segundo semestre deste ano.

Agenda – Na próxima semana, a ministra Tereza Campello apresenta em Milão, na Itália, as experiências brasileiras para a superação da fome e da extrema pobreza, no Seminário Internacional Políticas Sociais para o Desenvolvimento – Edição Especial “Brasil: Superar a Fome é Possível”. Promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com o apoio do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o evento vai reunir, nos dias 3 e 4, representantes de mais de dez países no Pavilhão Brasil da Expo Milão 2015. 

Assentados têm até 80% de desconto para liquidar dívidas

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segunda-feira, 25 Maio, 2015 - 13:30
Foto:Tamires Kopp/ MDA
Famílias assentadas têm até o dia 30 de junho, deste ano, para procurar uma agência bancária do Banco do Brasil, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste para solicitar a renegociação ou a liquidação de dívidas contraídas pelas linhas de crédito voltadas para assentados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A renegociação autoriza desconto de até 80% da dívida das famílias assentadas na Reforma Agrária e do Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF) que quiserem liquidar dívidas de linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) “A” e “A/C”.
Além do desconto que permite que a dívida seja encerrada com o pagamento de 20% do valor devido, o assentado pode ainda renegociar os débitos pagando um sinal de 5% do valor devido e obter desconto de 40%, com parcelas anuais do restante devido em prazo de até 10 anos, com juros de 0,5% ao ano. 
A medida foi autorizada pela resolução nº4.298 do Banco Central de 30 de dezembro de 2013 e teve prazo estendido até o final de junho pela Resolução nº4347. A medida é válida para todos os agricultores assentados ou em áreas reconhecidas pelo Programa Nacional de Reforma Agrária pelo Incra e também para os beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), coordenado pela Secretaria de Reodenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Solução
“Agora tá tudo resolvido. Não tem coisa melhor”. As palavras do assentado, do Rio Grande do Sul, Silvestre de Oliveira resumem a oportunidade que outros assentados têm até o próximo dia 30: renegociar dívidas do Pronaf A e AC com descontos. Oliveira, morador do assentamento Santa Rita de Cássia II, em Nova Santa Rita (RS), foi o primeiro agricultor atendido diretamente na sede do Incra/RS. 
Para Oliveira, a renegociação foi muito importante. “Vou ficar...como é mesmo? Adimplente”. Isto significa a possibilidade de elaborar novos projetos para o lote. “Quero muito criar peixes, e também ovelhas”, conta o assentado, que sempre trabalhou com hortaliças. 
Facilidade 
Já o assentado em Uberlândia (MG), Adelício Francisco Belizário, e a mulher, Anaíra Aparecida Belizário, não escondem a satisfação de resolverem a pendência em apenas alguns minutos.  Eles foram atendidos na Sala da Cidadania do Incra, em Uberlândia MG. Segundo ele, antes era muito difícil pegar qualquer documento no Incra. “Agora foi tudo resolvido na hora, ficou fácil e melhor para trabalhar”, resumiu o assentado.
O casal mora no assentamento Rio das Pedras, no município de Uberlândia, e produz maracujá, mandioca, melancia, milho para silagem e praticamente tudo o que consome. Eles chegaram cedo à Sala da Cidadania e liquidaram as dívidas com 80% de desconto e voltaram a ficar com “o nome limpo” para, segundo eles, “poder pegar crédito, mas só se precisar”.
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Organização Mundial da Saúde Animal reconhece estados brasileiros como zonas livres da peste suína


ok-suinosSão dois estados  que irão receber o reconhecimento de zona livres da peste suína clássica: Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O reconhecimento vai ocorreu nesta quinta feira, 28 de maio, durante a 83ª Sessão Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, na França.  Em fevereiro, a Comissão Científica da OIE aprovou o extenso relatório brasileiro que solicitava o reconhecimento da área como zonas livres de peste suína clássica.
Com isso , o Ministério da Agricultura espera que Rio Grande do Sul e Santa Catarina aumentem suas vendas de carne suína para o exterior. Atualmente, os dois estados já respondem por 68% das exportações do produto brasileiro. “Este é motivo de comemoração para o agronegócio brasileiro. O reconhecimento internacional de zona livre de peste suína clássica demonstra a responsabilidade e o cuidado que o Brasil tem mantido na área de defesa sanitária”, celebrou a ministra Kátia Abreu.

Durante sua participação na OIE, a ministra Katia Abreu, apresentará aos demais países as ações voltadas para segurança sanitária previstas no Plano de Defesa Agropecuária, lançado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 6. Além disso, a ministra destacará o trabalho que o Brasil e o restante dos países sul-americanos têm feito para tornar a América um continente livre da febre aftosa. A fim de atingir esse objetivo, a Embrapa deverá assinar com o governo da Venezuela um acordo de cooperação para erradicação da doença naquele país.
Fonte-MAPA

Sai a previsão do Valor bruto da produção agropecuária brasileira

canaO valor bruto da produção (VBP) agropecuária 2015, calculado com base nos dados de abril, atinge R$ 456,4 bilhões. As lavouras apresentam redução real do valor de 2,4% e somam R$ 288,9 bilhões neste ano, enquanto a pecuária tem aumento de 3,5% e chega a R$ 167,5 bilhões. A estimativa do VBP foi divulgada pela Coordenação-Geral de Planejamento Estratégico, vinculada à Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O montante é 0,3% abaixo do registrado em 2014, de R$ 457,9 bilhões.
Ainda segundo a nota, o ano de 2015 vem se caracterizando por uma redução de preços agrícolas da maior parte dos produtos nesta pesquisa.  “Entre os que vêm apresentando melhor desempenho, destacam-se mamona, 105,4%; cebola, 45,5%; pimenta do reino, 39,5%; trigo, 11,6% e soja, 2,8%. Esse comportamento ocorre por uma combinação de preços e de quantidades produzidas. No caso de trigo e soja, a melhora na posição neste ano deve-se ao efeito de maior produção para ambos os produtos.”

Os resultados regionais mostram a liderança do Sul do país, com VBP de R$ 133,0 bilhões, seguido pelo Centro-Oeste, R$ 121,3 bilhões; Sudeste, com R$ 119,1 bilhões; Nordeste, com R$ 47,9 bilhões; e Norte, com R$ 26,7 bilhões. A perda da segunda posição pelo Sudeste é decorrente da revisão efetuada no preço da laranja.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Milho: Conab contratará frete para remoção de até 86,6 mil toneladas para RN e outros estados



A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) irá realizar, na próxima sexta-feira (29), dois leilões para contratação de frete de milho em grãos até os postos de distribuição dos estados que vêm sofrendo com o desabastecimento do produto.
As operações estão detalhadas nos avisos de nº 060 e nº 061 e preveem a remoção de até 86,6 mil toneladas do produto, conforme informação vinda da assessoria de imprensa da companhia.
O cereal está depositado em MT e em MS e deverá ser entregue nos seguintes estados e respectivos municípios: AL (Maceió, Palmeira dos Índios), BA (Entre-Rios, Irecê, Itaberaba, Santa Maria da Vitória), CE (Crateús, Icó, Iguatu, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Russas, Senador Pompeu, Sobral), MA (São Luís), MG (Montes Claros, Juiz de Fora), PB (Campina Grande, João Pessoa, Monteiro, Patos), PE (Recife), PI (Parnaíba, Picos, Teresina), RN (Assú, Caicó, Currais Novos, João Câmara, Mossoró, Natal, Umarizal), SE (Itabaiana), AC (Rio Branco), AM (Manaus), DF (Brasília), ES (Vitória), PA (Ananindeua), RO (Porto Velho, Cacoal), RR (Boa Vista) e TO (Araguaína).
Os embarques deverão ter início em 48 horas após a convocação formal a ser realizada pela Conab.
O prazo para conclusão dos serviços e fluxo semanal varia de acordo com a quantidade embarcada, sendo o mínimo de dois e o máximo de 59 dias úteis.
fonte do blog de pauta aberta

Começa hoje a exposição agropecuária de Caicó




Começa hoje (22) a 42ª Exposição Agropecuária do Seridó, no Parque de Exposições Monsenhor Walfredo Gurgel, em Caicó (RN).  Mais de mil animais de vários Estados do Nordeste entre bovinos, caprinos e ovinos participam da exposição.
A exposição de Caicó é uma das maiores exposições agropecuárias do Rio Grande do Norte. O evento é uma realização da Associação de Criadores do Seridó, da Associação Norte-riograndense de Criadores de Ovinos e Caprinos (Ancoc) e da Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca.
No sábado (23) será realizado o tradicional leilão “Seridó Terra do Leite”, onde serão ofertados animais de excelente qualidade genética.
A abertura oficial será às 19 horas e a exposição prossegue até domingo, dia 24.

Boi: Pressão compradora enfraquece valor da arroba


Apesar de a oferta de animais seguir restrita, frigoríficos continuam pressionando as cotações no mercado paulista, em decorrência das compras em outros estados e via contratos, que permitem um ligeiro aumento nas escalas de abate. Segundo pesquisadores do Cepea, esses agentes também seguem alegando dificuldade de venda no atacado, reforçando seu posicionando recuado nas compras. Entre 13 e 20 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo caiu 1,36%, fechando a R$ 146,53 nessa quarta-feira, 20.
Para os exportadores de carne bovina, que já vêm comemorando bons resultados há três meses consecutivos, o cenário deve seguir favorável. Acordo assinado entre Brasil e China nessa terça-feira, 19, habilita oito frigoríficos brasileiros a exportar o produto para o país asiático, segundo o Ministério da Agricultura. Em dezembro de 2012, após uma suspeita não confirmada de mal da vaca louca no Paraná, a China suspendeu a compra de carne do Brasil. Vale lembrar que o embargo comercial havia sido suspenso em julho do ano passado e retirado oficialmente em novembro/14, mas, para exportar, frigoríficos brasileiros necessitavam de uma habilitação do governo chinês.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Mercado do Boi Gordo

O Ministério da Agricultura informou nesta terça-feira (19) a habilitação de oito unidades de abate de bovinos no Brasil para a exportação a China, que estavam suspensas. Além disso, assumiu o compromisso para a habilitação de mais nove plantas em junho, quando a ministra Kátia Abreu irá ao país asiático.
José Vicente Ferraz, analista da Informa Economics FNP explica que atualmente o Brasil exporta carne para a China por intermédio de Honk Kong, o que encarece e limita o volume embarcado. Com a abertura desse novo mercado, a tendência é que as exportações fiquem mais baratas e consequentemente o número de exportações deve aumentar.
Contudo, Ferraz considera que essa evolução não deve ser sentida ainda neste ano. "No curto prazo o potência de crescimento é limitado, mas as projeções para 2018 e 2020 são muito positivas, no sentido que a China vai se tornar um dos maiores importadores mundiais de carne bovina", afirma Ferraz.
Outro mercado que pode ser aberto e tem gerado grande expectativa no setor, é os Estados Unidos. Grande consumidor de carne, especialmente de corte nobre, os EUA poderá alavancar as exportações nacionais.
"Efetivamente quando se consegue penetrar no mercado norte-americano, por tabela conseguimos penetrar em muitos outros mercados. Porque muitos países que não tem estrutura grande para controlar a qualidade das exportações, acabam adotando o padrão de que se os Estados Unidos aceita importar de determinado país, esse país é confiável", declara Ferraz.

Fonte: Notícias Agrícolas          

François Silvestre-Comentários

O fura-barreira acordou

 François Silvestre

Maurício me diz, agora de manhã, que desde ontem o fura-barreira canta. Vem chuva. Não sei muita ou pouca, mas vem. Ele e o sabiá ficaram mudos quase trinta dias. Esse despertar é sinal de chuva. O canto único de futa-barreira e o canto dobrado do sabiá.

Queda, coice e rincho



O Nordeste, vítima de seca e abandono, agora é rota do tráfico pesado que vem das fronteiras dos Andes, sobrevoa a Amazônia e baixa por aqui. Como entreposto de fornecimento à Europa. Enquanto isso, cá no Rio Grande do Norte, traficantes são soltos por descuido processual. E políticos profissionais, parasitas da seiva do povo, pedem a demissão de servidores públicos do Executivo.


Solução emergencial



Sem chuva, açudes secos, lagoas na lama seca, o Governo do Estado tem uma alternativa mais eficiente e barata do que carros-pipas. É um programa de perfuração de poços tubulares, que o governo Rosalba prometeu e não cumpriu, mentirosamente. E aí os proprietários rurais ficaram à mercê de “furadores picaretas”, que saíram furando a terra sem qualquer critério. E roubando dinheiro dos ingênuos. Robinson Faria pode fazer diferente. Mandar, urgentemente, que o órgão público, com esse preparo, comece a mapear os locais que sejam compatíveis com a vazão que justifique a perfuração. Oferecendo mão de obra competente, e fornecimento do material de instalação. Cobrando de quem pode pagar e oferecendo material gratuito a quem não pode, com obrigação de fornecer água ao consumo público. Só há, emergencialmente, essa solução. O resto é papo furado e atropelo à vista. O que vem por aí é mais grave do que a antiga musa canta!

Produtores de queijo artesanal melhoram a renda com adoção de novas tecnologias

Com o emprego de tecnologias simples, pequenos produtores de queijo coalho artesanal do sertão dos Inhamuns, no Ceará, conseguem driblar a queda de preços do produto no mercado local. O segredo são as Boas Práticas de Fabricação, que garantem um queijo de melhor qualidade, conquistando a confiança do consumidor.

Em Tauá, no sertão dos Inhamuns, no sudoeste do Ceará, pequenos produtores rurais que adotaram essa tecnologia para a produção de queijo coalho artesanal estão obtendo melhores preços no mercado local. Eles passaram a usar um kit de Boas Práticas de Fabricação desenvolvido pela Embrapa Agroindústria Tropical (CE) e receberam treinamento sobre como produzir um leite de boa qualidade e como fabricar um queijo de forma higiênica e padronizada. O consumidor percebeu a diferença e paga até 40% a mais pelo produto.

O produtor José Roberto de Oliveira Alves vende o quilo do queijo coalho por R$ 13,00 ao consumidor final no mercado público municipal de Tauá. "Em frente ao meu boxe,  há queijos de R$ 9,00, mas as pessoas preferem o meu e eu não volto pra casa com queijo", conta. "Houve uma queda geral nos preços nos últimos meses, mas graças à boa qualidade, conseguimos um preço melhor", explica.

Todos os sábados, no boxe 6 do mercado público de Tauá, José Roberto, a esposa, Maria Rosilene e a irmã, Maria José, vendem os "Produtos do Lustal". A marca que leva o nome da propriedade da família é impressa em rótulos de produtos artesanais como doces, biscoitos, queijos coalho, manteigas e molhos de pimenta. Eles vendem ainda itens como galinha caipira, ovos, pimenta e verduras.

José Roberto fez parte do grupo de 40 agricultores familiares de Tauá que abandonaram, desde 2011, as velhas prensas de madeira onde  eram fabricados artesanalmente os grandes queijos coalho. Passaram a adotar equipamentos bem mais higiênicos, como formas de plástico atóxico e prensas de aço inoxidável. Começaram a utilizar toucas, luvas, escumadeiras e outros itens que compõem o kit de Boas Práticas de Fabricação (BPF) de queijo coalho. Os produtores foram orientados também sobre como cuidar melhor dos rebanhos e produzir um leite seguro e de qualidade, com a adoção de Boas Práticas Agrícolas (BPA) para a ordenha higiênica.

Enquanto em outras propriedades são produzidos queijos grandes, com até sete quilos e em formatos variados, nas comunidades rurais que aderiram ao kit de BPF, o queijo é padronizado em formato retangular e pesa um quilo. "O queijo padronizado em um quilo é ótimo para dar como presente. Enquanto os outros queijos precisam ser cortados, por serem enormes, a unidade de um quilo é prática para presentear", justificou a comerciante Leila Loiola, proprietária da Casa do Queijo, no centro da cidade. Ela recebe todas às segundas-feiras os queijos padronizados e diz que eles têm ótima aceitação.

Na comunidade de Tiasol, onde residem 30 famílias, é comum ver as antigas prensas de madeira decorando as casas das pessoas que adotaram o kit de BPF. Marisa Alves de Castro Oliveira mantém a velha prensa no alpendre. "Faço queijo desde menina. Aprendi com minha mãe e usava essa prensa de madeira. Hoje está muito diferente, tudo moderno e mais higiênico", diz.

Boa parte dos produtores que adotou o kit de BPF produz pequena quantidade de queijo, dois a quatro quilos por dia, e atua com a venda direta ao consumidor. Dessa forma, eles evitam os atravessadores e obtêm um preço melhor no produto. "Estou satisfeita, não tenho um salário fixo, mas com o queijo a coisa está melhor", diz Maria Meilda, uma das produtoras treinadas. Por dia, ela faz dois queijos de um quilo cada. Atualmente, vende o quilo do queijo por R$ 10,00.

Desde que começou a produzir, em 2012, Maria Meilda vem ajudando com as despesas da casa e já comprou móveis e eletrodomésticos, como um bebedouro elétrico, uma mesa de jantar, cadeiras de balanço e um aparelho de som. "As pessoas elogiam muito o meu queijo e por isso tenho clientes certos, não vendo a atravessadores, que querem pagar bem pouquinho". Meilda diz que o consumidor percebe a boa qualidade do produto. "É feito com higiene, não boto a mão na massa, tenho a escumadeira. As pessoas gostam e sabem que é limpo", diz.

Tecnologia social é levada para outras regiões
A tecnologia "Inovação na Agroindústria do Queijo Coalho Artesanal da Agricultura Familiar", da Embrapa Agroindústria Tropical, foi certificada como tecnologia social pela Fundação Banco do Brasil (FBB) em 2013. No mesmo ano, em todo o Brasil, 192 experiências foram reconhecidas e certificadas como tecnologia social. Conforme a FBB, tecnologias sociais são produtos, técnicas ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a comunidade e que representam efetivas soluções de transformação social.

A tecnologia consiste na melhoria do processo de produção de queijo coalho, por meio da realização de cursos de Boas Práticas Agrícolas (BPA), com foco na ordenha higiênica, e de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

O projeto de melhoria da produção, processamento e comercialização do queijo coalho artesanal nos Inhamuns se expandiu para os municípios de Currais Novos (RN) e Luís Correa (PI), com o apoio do Banco do Nordeste. Ao todo, mais de 300 produtores rurais participaram das capacitações. O analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa João Bosco, que atuou no projeto, estima que a adoção das medidas tem gerado, em média, um incremento de 30% a 40% no valor obtido com o queijo.

O pesquisador Machado Pimentel diz que não só em Tauá, mas em outros municípios onde a tecnologia foi aplicada, existe um diferencial em relação à situação anterior à intervenção. "Hoje, produtoras e produtores são conscientes em relação ao uso de BPA e BPF, e reconfiguraram o processo de produção desde a ordenha do leite até o processo de produção do queijo", diz.

Conforme João Bosco, a falta de um padrão de qualidade na produção do queijo colocava em risco a capacidade de permanência da atividade e a conquista de novos mercados. Segundo ele, as ações contribuíram para o aumento da renda, e da segurança alimentar e nutricional das comunidades.

"Uma das grandes conquistas do projeto foi permitir a independência dos produtores. Eles conseguiram obter melhor preço para o produto",  argumenta a pesquisadora Helenira Ellery, da Embrapa Agroindústria Tropical. Ela lembra que, no atual momento, em Tauá, mesmo diante da sazonalidade da oferta que rebaixa o preço, os produtores que vendem direto ao consumidor final estão em melhor condição se comparados aos que comercializam aos atravessadores.

A pesquisadora Helenira Ellery acompanha as comunidades de Tauá para avaliar os impactos dos projetos na região. Segundo ela, outras comunidades da região do rio Trici que não participaram do projeto também passaram a adotar o formato de queijo retangular de 1kg. "Isso ocorre porque na região, o formato passou a ser associado às BPFs ensinadas pela Embrapa. Então o consumidor associa a um produto bom", diz.
Para ela, o fato de muitos produtores continuarem aplicando as BPF é um fator importante, porque o projeto de transferência de tecnologia já foi encerrado e os técnicos da Embrapa já não estão mais na região. "Um dos pré-requisitos para a sustentabilidade é a autonomia",  esclarece. Helenira Ellery avalia, ainda, que o tipo de abordagem dos técnicos da Embrapa foi fundamental para obter a adesão dos camponeses da região.

Agora, o mesmo kit e os treinamentos estão sendo levados para comunidades assistidas pelo programa Brasil Sem Miséria, no Alto Oeste Potiguar. "A tecnologia social se mostrou eficiente para aumentar a renda no campo, por isso é uma boa opção para o público do BSM", avalia a pesquisadora Helenira Ellery, que conduz ações na região.

O queijo salva o rebanho
A média pluviométrica histórica de Tauá é de 597,2 mm anuais concentrados de fevereiro a maio. Nos últimos três anos, com chuvas abaixo da média, os habitantes da comunidade de Tiasol viram o açude Trici, que abastece a região, secar e muitas fruteiras morrerem. O período chuvoso de 2015 ainda não foi suficiente para amenizar o efeito das sucessivas secas. Apesar dessa situação, os moradores seguem em suas pequenas propriedades, produzindo queijo coalho, e criando galinhas e caprinos.
Alguns, graças à água acumulada em cisternas de enxurrada, produzem também verduras e outros produtos típicos da agricultura familiar.
Conforme o pesquisador Machado Pimentel, a renda das unidades familiares é composta ainda por aposentadorias, auxílios do governo e atividades não agrícolas. Para a maioria dos produtores, contudo, o queijo tem sido uma das atividades mais rentáveis – embora produzido em pequena escala – principalmente porque o queijo coalho de Tauá é famoso e apreciado em todo o Ceará.
Maria Rosilene Oliveira, da propriedade de Lustal, que fica vizinha à comunidade Tiasol, explica que no ano passado, antes da queda nos preços, comercializava o quilo do queijo por R$ 15,00. Todos os dias ela e a cunhada fabricam quatro quilos do produto. "Esse dinheiro salvou o rebanho, porque compramos ração, vacina, concentrado, milho. Se fosse ano bom, de chuvas, teria sobrado mais dinheiro", disse. Apesar das dificuldades, nos últimos três anos, a família reformou a casa e adquiriu uma motocicleta.
Com a estiagem, os moradores de Lustal foram obrigados a reduzir a variedade de itens produzidos, concentrando-se apenas no queijo, biscoitos, doces, verduras, ovos e molho de pimenta. O aumento do preço da carne de carneiro e cabrito inviabilizou a produção de cortes especiais, linguiças e hambúrgueres. "Nós só usávamos carnes nobres, então passou a não compensar, porque ficava caro demais para o consumidor final", disse Maria Rosilene. A propriedade também abandonou a produção de queijos de cabra, por conta da pequena aceitação no mercado local.

"O nosso produto mais forte nesse tempo todo de seca foi o queijo coalho. E com as boas práticas, com o kit da Embrapa, começamos a andar com as próprias pernas. Quem define o preço do meu produto sou eu, não é o mercado", diz José Roberto. Para escoar os "Produtos do Lustal", ele, a esposa e a irmã recorrem à venda direta, no mercado público. Aceitam também encomendas pelo aplicativo WhatsApp e fazem entregas em domicílio.

Verônica Freire (MTb 01225)
Embrapa Agroindústria Tropical

Clima/Tempo-No Estado-RN

                                                       
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