terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Feliz Ano Novo Sertanejo
Desejo a todos os nossos leitores virtuais, um Feliz Ano Novo. Que Deus na sua onipotência proteja os nossos produtores rurais, tão necessitados, tão carentes de políticas públicas, mas, apesar de tudo, possuem a força para alavancarem este país. Que a agricultura familiar seja o carro chefe da economia solidária deste semiárido nordestino. Em fim, que Deus se compadeça deste povo sofrido e mande um ano bom de inverno em 2015. Para o bem e felicidade geral do campo e do nosso sertão. Feliz ano novo, minha gente.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
2014: Incra assegura uso de 99,79% do orçamento de R$ 1,395 bilhão
Ampliação da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para 78,7% das famílias (91.590) do Semiárido; universalização desse serviço nos estados de Pernambuco (20.059 famílias) e Ceará (15.289 famílias), além do início da atividade voltada às famílias extrativistas; obtenção de 104.081,68 hectares de terra em todo o País, com destaque para a região Nordeste; e a conclusão da abertura e da recuperação de 1.290 quilômetros de estradas rurais. Esses são alguns exemplos dos avanços alcançados pelo Incra em 2014.
O progresso nas ações finalísticas do Instituto resultou no empenho, neste ano, de 99,79 % do orçamento da Autarquia, definido em R$ 1.395,551,748. O empenho de recursos em 2014 superou o de 2013, quando foi assegurado o uso de R$ 1,34 bilhão (91,26%) do orçamento global do Incra.
Terra e Infraestrutura
Para desapropriação e aquisição de imóveis, por exemplo, foi empenhado em 2014 100% do recurso de R$ 527.904,274. Já na área de infraestrutura – abertura de estradas, construção de pontes, bueiros -, o empenho correspondeu a 99,99%, isto é, R$ 224.581,570. Outra atividade com quase 100% do recurso empenhado foi a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que teve assegurados R$ 341.605.829.
Educação e Ação Quilombola
Com bolsas de capacitação do Programa Residência Agrária (graduação e pós-graduação) e Educação de Jovens e Adultos (EJA), o Incra investiu R$ 331,6 milhões, isto é, 99,80% do orçamento para área em 2014.
O bom aproveitamento do recurso da Autarquia também foi verificado no reconhecimento de áreas e na indenização de territórios tradicionais para o público quilombola. Nestas ações, o Incra investiu R$ 67,3 milhões, valor que representa 99,78% do recurso reservado para tais finalidades.
Ainda como conquistas do público quilombola em 2014, podem ser citadas a assinatura de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal (MPF) – que garantirá a permanência das famílias da Ilha de Marambaia, no estado do Rio de Janeiro, até o final do processo de regularização fundiária e titulação da área - e a Portaria de Reconhecimento do território quilombola Invernada Paiol de Telha, no Paraná, agora com área delimitada de 1,5 mil hectares para 300 famílias.
Mudança nos Procedimentos
O presidente do Incra, Carlos Mário Guedes de Guedes, avalia que o empenho da quase totalidade do orçamento de 2014 foi possível graças a mudanças de procedimentos administrativos e de estratégia de gestão em curso desde 2013. Ele exemplifica que o Chamamento Público nacional para contratação de empresas de serviços de Infraestrutura foi centralizado na sede do Instituto, fato que deu unidade à formalização e agilizou o andamento dos processos que atenderam todas as superintendências, evitando que cada uma delas fizesse o trabalho separadamente.
Outra mudança ocorrida foi na assistência técnica, agora contratada por chamadas públicas e não mais por convênio - modalidade que era mais morosa por depender da adimplência dos convenentes junto à administração pública. A contratação das chamadas públicas, embora realizada nas superintendências regionais do Incra, recebeu supervisão e acompanhamento de equipes da sede, experientes neste tipo de serviço.
"Esse apoio de gestão de Brasília às superintendências foi primordial para que os processos seguissem seu rito no tempo necessário para melhor aproveitar o orçamento do Instituto, pois nosso objetivo e papel é potencializar todo nosso recurso para o atendimento das demandas dos agricultores assentados", frisa o presidente.
R$ 1,77 bilhão de programas federais na reforma Agrária
Além do orçamento definido para o Incra em 2014, a integração de políticas públicas do Governo Federal possibilitou realizar serviços e oferecer incentivos aos assentados de todo o Brasil, totalizando R$ mais 1,778.373.210,21 em 19 ações, como: Bolsa Verde; Fomento (Plano Brasil Sem Miséria); Contratos do Programa Minha Casa, Minha Vida assinados com a Caixa Econômica Federal (CEF) e com o Banco do Brasil (BB); programas Primeira e Segunda Água; Bolsa Família; Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)/ Conab e governos estaduais; PAA Leite; Programa Terra Forte e Termo de Cooperação com o Ministério da Integração para o fornecimento de água em áreas rurais do Semiárido brasileiro.
O presidente Carlos Guedes destaca que a visão do Instituto é a de que a reforma agrária seja cada vez mais integrada às ações públicas federais. “Os programas são a prova de que avançamos para que as famílias possam ter não só a terra, mas moradia digna, água e condições de produzir. Esse é o melhor modelo de reforma agrária que queremos e que estamos fazendo no Brasil”, afirma.
Previsão do Tempo Para a Semana
NORDESTE
Na segunda, o tempo fica instável no nos estados do Maranhão e do Piauí, com previsão de pancadas de chuva de fim de tarde. No restante da região o tempo se mantém firme e ensolarado com chance de chuva fraca no litoral norte. As temperaturas são elevadas já na primeira parte do dia e faz bastante calor na parte da tarde.
As pancadas de chuva continuam atingindo Maranhão e Piauí na terça. Chove também no Ceará e interior dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Na quarta-feira, o tempo seco predomina sobre a região, com previsão de pancadas de chuva somente para o norte.
Na segunda, o tempo fica instável no nos estados do Maranhão e do Piauí, com previsão de pancadas de chuva de fim de tarde. No restante da região o tempo se mantém firme e ensolarado com chance de chuva fraca no litoral norte. As temperaturas são elevadas já na primeira parte do dia e faz bastante calor na parte da tarde.
As pancadas de chuva continuam atingindo Maranhão e Piauí na terça. Chove também no Ceará e interior dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Na quarta-feira, o tempo seco predomina sobre a região, com previsão de pancadas de chuva somente para o norte.
Feijão- Área Plantada Diminui
A área
plantada com feijão no Brasil foi diminuindo nos últimos anos, à medida
em que o preço ficava abaixo do custo. A primeira safra de 2015 deve ser
a menor da história. As informações são da Correpar.
–
O produtor responde – afirma o analista Marcelo Lüders, se referindo ao
desinteresse pela cultura, motivado pelos baixos preços de venda que
vinham sendo praticados até este fim de ano.
Segundo Lüders, os produtos de melhor qualidade estão sendo comercializados na faixa de R$ 170 a R$ 180 a saca. E o patamar dos R$ 200 já foi atingido neste mês de dezembro. A colheita, que normalmente começa em novembro, foi atrasada e só deve se intensificar entre janeiro e fevereiro de 2015, até março.
– Os preços saíram de R$ 50 a R$ 60, para R$ 200. Isso levava de três a quatro anos para acontecer, essa oscilação de preços. Mas como não tem estoque regulador, ocorre assim, num mesmo ano – explica.
Para o início de 2015, Lüders aponta restrição de oferta, o que representará um período bom para quem estiver colhendo, mesmo com produtividade mediana em janeiro e fevereiro.
– Os preços serão muito positivos na primeira safra de 2015. Para a segunda safra será preciso analisar com mais cuidado os impactos do dólar, o custo deverá ser mais elevado e o valor de venda mais baixo. Importante os produtores lembrarem das opções de feijões rajado e preto – finaliza o analista.
Canal Rural
Segundo Lüders, os produtos de melhor qualidade estão sendo comercializados na faixa de R$ 170 a R$ 180 a saca. E o patamar dos R$ 200 já foi atingido neste mês de dezembro. A colheita, que normalmente começa em novembro, foi atrasada e só deve se intensificar entre janeiro e fevereiro de 2015, até março.
– Os preços saíram de R$ 50 a R$ 60, para R$ 200. Isso levava de três a quatro anos para acontecer, essa oscilação de preços. Mas como não tem estoque regulador, ocorre assim, num mesmo ano – explica.
Para o início de 2015, Lüders aponta restrição de oferta, o que representará um período bom para quem estiver colhendo, mesmo com produtividade mediana em janeiro e fevereiro.
– Os preços serão muito positivos na primeira safra de 2015. Para a segunda safra será preciso analisar com mais cuidado os impactos do dólar, o custo deverá ser mais elevado e o valor de venda mais baixo. Importante os produtores lembrarem das opções de feijões rajado e preto – finaliza o analista.
Canal Rural
MILHO
Expectativa por estoques altos pressinou preços do milho
Em 2014/2015, a oferta do grão pesará sobre as cotações, segundo a Scot Consultoria
A
expectativa de estoques elevados no Brasil foi o principal fator de
baixa no mercado de milho em 2014, na avaliação da Scot Consultoria.
A
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estimou, no relatório de
dezembro, 15,46 milhões de toneladas do grão estocadas ao final da
temporada 2013/2014. O volume aumentou 87,2% em relação às 8,26 milhões de toneladas em 2012/2013.
Em 2014, a safra cheia nos Estados Unidos diminuiu a procura pelo milho brasileiro para exportação neste segundo semestre. O país deve fechar 2013/2014 com 19,50 milhões de toneladas embarcadas, frente ao recorde registrado em 2012/13, de 26,17 milhões de toneladas embarcadas.
Para 2014/2015, cuja safra de verão ou primeira safra já foi semeada, os estoques estão estimados em 19,46 milhões de toneladas. A princípio, a grande disponibilidade interna seguirá pressionando as cotações de milho para baixo em 2015, segundo os especialistas da consultoria.
Para a Scot, os fatores de alta estão relacionados a redução da área plantada e produção nesta safra e a possibilidade de redução também na segunda safra.
Em 2014, a safra cheia nos Estados Unidos diminuiu a procura pelo milho brasileiro para exportação neste segundo semestre. O país deve fechar 2013/2014 com 19,50 milhões de toneladas embarcadas, frente ao recorde registrado em 2012/13, de 26,17 milhões de toneladas embarcadas.
Para 2014/2015, cuja safra de verão ou primeira safra já foi semeada, os estoques estão estimados em 19,46 milhões de toneladas. A princípio, a grande disponibilidade interna seguirá pressionando as cotações de milho para baixo em 2015, segundo os especialistas da consultoria.
Para a Scot, os fatores de alta estão relacionados a redução da área plantada e produção nesta safra e a possibilidade de redução também na segunda safra.
Como aumentar os partos no rebanho de cabras e ovelhas
Com o manejo adequado, os produtores podem diminuir o intervalo entre os partos das fêmeas, melhorando a produtividade de seus rebanhos. Em regiões tropicais como no Nordeste brasileiro, onde a luminosidade não sofre grandes variações ao longo do ano, as cabras e as ovelhas apresentam cio e ovulam ao longo de todos os meses.Para o pesquisador Diônes Oliveira Santos, da Embrapa Caprinos, entre 35 a 45 dias após o parto o útero das cabras e ovelhas oferecem condições para receber um novo feto. Portanto, para se obter, de cabras e ovelhas, três parições em dois anos, é preciso que o produtor organize o manejo reprodutivo de seu rebanho, o que, além de aumentar a produtividade evita a incidência de cruzamentos entre animais com estreito laço de parentesco.
“É perfeitamente possível obter três partos em dois anos em cabras e ovelhas no Semi-Árido Nordestino, desde que seja mantida uma alimentação adequada para garantir as necessidades nutricionais dos animais”, afirma o pesquisador. O produtor precisa estar atento à qualidade de forragens e ao estado de saúde dos animais, pois estes são fatores que interferem no número de partos.
Considerando 150 dias como o período médio da prenhez, pode-se observar que a cabra e a ovelha apresentam potencial biológico para parirem, aproximadamente a cada 7 ou 8 meses. É possível programar as estações de monta para qualquer período do ano, sem lançar mão do uso de hormônios para induzir o estro e a ovulação.
Ano novo começa com regras mais rígidas para funcionamento de serviços veterinários
As definições são do Conselho Federal de Medicina Veterinária e vão estabelecer regras mais rígidas para o funcionamento de serviços veterinários, como hospitais, consultórios e clínicas. Os novos critérios, estabelecidos na resolução 1015/2012 do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), entram em vigor em 15 de janeiro.A resolução estabelece parâmetros de diferenciação dos estabelecimentos veterinários, determinando estrutura obrigatória para cada um deles. Os proprietários terão até o dia 15 de janeiro de 2015 para fazer as adequações, caso contrário estarão sujeitos a multa. Além disso, os médicos veterinários responsáveis poderão sofrer processo ético-profissional, caso não atendam às exigências.
Os Conselhos Regionais, órgãos responsáveis pela fiscalização nos estados, atuarão também para trazer mais profissionalização ao setor e apoiar os médicos veterinários que optam por montar um negócio próprio, seguindo os parâmetros da resolução. Segundo o presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, “o novo texto estabelece atualizações para acompanhar as mudanças do mercado, garantir melhores condições de atendimento aos animais, acompanhar o desenvolvimento tecnológico e a legislação sanitária”.
As diferenças e os serviços prestados pelos diversos tipos de estabelecimentos veterinários ficaram mais claras. Vejamos as diferenças:
– Hospitais Veterinários são estabelecimentos capazes de assegurar as instâncias médicas curativa e preventiva aos animais, com atendimento ao público em período de 24 horas, com a presença permanente e sob a responsabilidade técnica de médico veterinário.
– Clínicas Veterinárias são estabelecimentos destinados ao atendimento de animais para consultas e tratamentos clínico-cirúrgicos, podendo ou não ter internações, sob a responsabilidade técnica e presença de médico veterinário
Clínicas Veterinárias Especializadas são estabelecimentos destinados a prestar atendimento integral em uma especialidade de Medicina Veterinária.
– Consultórios Veterinários são estabelecimentos de propriedade de médico veterinário destinados ao ato básico de consulta clínica, curativos e vacináveis de animais, sendo vedadas a realização de procedimentos anestésicos e/ou cirúrgicos e a internação.
– Unidade de Transporte e Remoção é o veículo destinado unicamente à remoção de animais que não necessitem de atendimento de urgência ou emergência. Sua utilização dispensa a necessidade da presença de um médico veterinário.
– Ambulância Veterinária é o veículo identificado como tal, cujos equipamentos, utilizados obrigatoriamente por um profissional médico veterinário, permitam a aplicação de medidas de suporte básico ou avançado de vida, destinadas a estabilização e transporte de doentes que necessitem de atendimento de urgência ou emergência.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Entrevista com o Dr. Otaviano Canuto
Apesar
de se mostrar otimista com a nova equipe econômica de Dilma Rousseff, o
economista Otaviano Canuto, consultor sênior do Banco Mundial, avalia
que 2015 será um ano difícil para o Brasil e pode ficar ainda mais
desafiador por causa das debilidades existentes na economia global.
– Será um ano de crescimento não muito distante de zero. Será um ano ainda duro – disse.
Canuto lembra que o ajuste fiscal estará acontecendo juntamente com o realinhamento de preços relativos dentro de um cenário internacional adverso.
– Isso ainda vai manter em xeque a política monetária – completou.
Canuto mora em Washington e já ocupou também os cargos de secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, de vice-presidente do Banco Mundial e foi professor da Unicamp.
O economista chama a atenção ainda, para o risco de as investigações de denúncias de corrupção envolvendo a Petrobrás afastarem os investimentos necessários e aguardados para 2015.
– Ainda resta incerteza sobre o raio de alcance do que está sendo descoberto e isso não é favorável para quem busca colocar papel no mercado – alerta.
Sobre a equipe econômica do segundo mandato de Dilma – com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa como ministro do Planejamento e Alexandre Tombini ainda no comando do Banco Central, Canuto acredita que o descompasso entre Fazenda e BC Central existente no primeiro mandato "deve acabar".
Acompanhe a entrevista:
AE – O que está impedindo o Brasil de crescer?
Otaviano Canuto – Investimentos, numa proporção mais significativa do PIB (Produto Interno Bruto).
AE – Uma proporção mais significativa seria quanto?
Otaviano Canuto – Qualquer coisa próxima ou acima de 20% do PIB.
AE – O que a nova equipe econômica pode fazer pelo Brasil nos próximos quatro anos? Ela realmente representa uma mudança de direção da política econômica?
Otaviano Canuto – Sim, ela representa uma mudança de direção por aquilo que já foi anunciado pelos três (Levy, Barbosa e Tombini) no dia da entrevista coletiva.
AE – Em que sentido?
Otaviano Canuto – Eu acredito que a política fiscal anunciada tende a ser justamente aquela necessária para enfrentar os desafios macroeconômicos principais do Brasil. Nos últimos anos, houve frequentemente uma esquizofrenia entre política monetária e política fiscal. Enquanto a política monetária estava sendo manejada com o instrumento que tem, que é a taxa de juros, para segurar a inflação dentro dos limites da faixa de inflação, frequentemente essa política monetária restritiva era contrarrestada por uma política fiscal expansionista. O que acabava forçando a política monetária a ser ainda mais dura do que precisaria para compensar o efeito contrário da política fiscal. Quando o Joaquim e equipe falam de metas mais apertadas de superávit primário, a gente antecipa que isso deveria suavizar a necessidade de o Banco Central elevar os juros. Além disso, essa política fiscal vai facilitar o reajuste de preços relativos. Pois um grande desafio macroeconômico num futuro próximo é ter um ajuste tão mais suave quanto possível nos preços relativos.
AE – Então o descompasso entre Banco Central e Fazenda deve acabar?
Otaviano Canuto – Deve acabar.
AE – O senhor acredita que Joaquim Levy terá liberdade de atuação para promover os ajustes fiscais necessários?
Otaviano Canuto – Entendo que quando o trio falou (na coletiva) já deixou uma demonstração disso. Quando o Joaquim (Levy) falou de alcançar um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015 e caminhar na direção de 2% a partir de 2016, isso é um ajuste significativo. Provavelmente em 2015 haverá aumento de tributos, revisão das isenções tributárias que foram feitas e assim por diante.
AE – O que mais, além da equipe econômica, o governo precisa fazer para reconquistar sua credibilidade?
Otaviano Canuto – Materializar o que foi anunciado. Como dizem os ingleses, a prova do pudim está em comê-lo.
AE – Como o sr. vê o cenário para a economia brasileira em 2015?
Otaviano Canuto – Será um ano de crescimento não muito distante de zero. Será um ano ainda duro, porque é um ano em que o ajuste fiscal estará acontecendo e também o ajuste de preços relativos. Isso ainda vai manter em xeque a política monetária. E diria o seguinte: tudo vai depender, em grande medida, se todo o processo de investigação da Petrobrás levar ou não à postergação do "pipeline" dos investimentos que se esperava para 2015. Um fio importante de esperança para 2015 está no "pipeline" de investimentos que foram, em grande medida, adiados em 2014 e que se tinha esperança que pudessem estar contratados para 2015. Mas agora a execução pode sofrer alguma dificuldade em virtude dos efeitos desse processo (da Petrobrás), enquanto ele não se estabilizar. Então, será um ano de baixo crescimento do PIB, um ano de ajuste, mas quero crer que à medida que os sinais se tornarem concretos, isso vai alterar os parâmetros de confiança e a gente já pode começar a ter um segundo semestre em que os agentes privados vão revisitar seus planos de investimento e 2016 poderá ser bem melhor.
AE – Quando a gente poderá ver o Brasil crescendo dentro do seu potencial? E de quanto seria esse crescimento?
Otaviano Canuto – Acho que a partir de 2016. A maioria das estimativas joga esse (o crescimento potencial) para algo em torno de 3%, 3,5%.
AE – Um dos temores atuais é de o Brasil perder o grau de investimento. O sr. vê isso ocorrendo no ano que vem ou nos seguintes?
Otaviano Canuto – A rigor, a trajetória de ajuste fiscal anunciada reforça muito a expectativa de que não haverá o downgrade. Agora, não se pode negar que os eventos associados à Petrobrás estão criando uma fonte de preocupação no futuro imediato. Porque, normalmente, em circunstâncias como essa, há um congelamento nas linhas de crédito e aquisição de títulos, não apenas na Petrobrás, mas outras empresas. Ainda resta incerteza sobre o raio de alcance do que está sendo descoberto e isso não é favorável para quem busca colocar papel no mercado.
AE – Reduzir o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na economia é algo crucial para a retomada do país?
Otaviano Canuto – Os sinais contidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi enviada ao Congresso, já apontam nessa direção, de encolhimento significativo das transferências de recursos do Tesouro para bancos públicos.
AE – Qual é a implicação disso para o volume de operações dos bancos?
Otaviano Canuto – Isso depende da implementação ou não de outras formas de financiamentos desses bancos.
AE – A economia global pode atrapalhar a retomada do crescimento brasileiro?
Otaviano Canuto – Pode atrapalhar sim. Porque a recuperação da economia global pós-crise continua mostrando debilidades crônicas. O ano de 2015 será um ano em que vamos ver uma divergência muito grande de situações. A economia americana é hoje o único motor com o qual se pode contar como fator de dinamismo da economia mundial. Mas esse dinamismo pode não ser suficiente para compensar e puxar para cima as tendências ruins em outras partes do mundo. A Europa continua estagnada. O Japão continua tendo dificuldades em sair da estagnação. A China está desacelerando e essa desaceleração veio pra ficar. A questão é saber qual será o novo patamar mais baixo em que a economia chinesa vai se situar. E fora isso, o único emergente que permite algum otimismo é a Índia. 2015 ainda vai ser cheio de desafios, para não falar de outros riscos de natureza geopolítica que podem se acentuar, como a questão da Rússia, que está desacelerando fortemente. E não se pode dizer que ficou para trás a crise global.
Canuto lembra que o ajuste fiscal estará acontecendo juntamente com o realinhamento de preços relativos dentro de um cenário internacional adverso.
– Isso ainda vai manter em xeque a política monetária – completou.
Canuto mora em Washington e já ocupou também os cargos de secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, de vice-presidente do Banco Mundial e foi professor da Unicamp.
O economista chama a atenção ainda, para o risco de as investigações de denúncias de corrupção envolvendo a Petrobrás afastarem os investimentos necessários e aguardados para 2015.
– Ainda resta incerteza sobre o raio de alcance do que está sendo descoberto e isso não é favorável para quem busca colocar papel no mercado – alerta.
Sobre a equipe econômica do segundo mandato de Dilma – com Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa como ministro do Planejamento e Alexandre Tombini ainda no comando do Banco Central, Canuto acredita que o descompasso entre Fazenda e BC Central existente no primeiro mandato "deve acabar".
Acompanhe a entrevista:
AE – O que está impedindo o Brasil de crescer?
Otaviano Canuto – Investimentos, numa proporção mais significativa do PIB (Produto Interno Bruto).
AE – Uma proporção mais significativa seria quanto?
Otaviano Canuto – Qualquer coisa próxima ou acima de 20% do PIB.
AE – O que a nova equipe econômica pode fazer pelo Brasil nos próximos quatro anos? Ela realmente representa uma mudança de direção da política econômica?
Otaviano Canuto – Sim, ela representa uma mudança de direção por aquilo que já foi anunciado pelos três (Levy, Barbosa e Tombini) no dia da entrevista coletiva.
AE – Em que sentido?
Otaviano Canuto – Eu acredito que a política fiscal anunciada tende a ser justamente aquela necessária para enfrentar os desafios macroeconômicos principais do Brasil. Nos últimos anos, houve frequentemente uma esquizofrenia entre política monetária e política fiscal. Enquanto a política monetária estava sendo manejada com o instrumento que tem, que é a taxa de juros, para segurar a inflação dentro dos limites da faixa de inflação, frequentemente essa política monetária restritiva era contrarrestada por uma política fiscal expansionista. O que acabava forçando a política monetária a ser ainda mais dura do que precisaria para compensar o efeito contrário da política fiscal. Quando o Joaquim e equipe falam de metas mais apertadas de superávit primário, a gente antecipa que isso deveria suavizar a necessidade de o Banco Central elevar os juros. Além disso, essa política fiscal vai facilitar o reajuste de preços relativos. Pois um grande desafio macroeconômico num futuro próximo é ter um ajuste tão mais suave quanto possível nos preços relativos.
AE – Então o descompasso entre Banco Central e Fazenda deve acabar?
Otaviano Canuto – Deve acabar.
AE – O senhor acredita que Joaquim Levy terá liberdade de atuação para promover os ajustes fiscais necessários?
Otaviano Canuto – Entendo que quando o trio falou (na coletiva) já deixou uma demonstração disso. Quando o Joaquim (Levy) falou de alcançar um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015 e caminhar na direção de 2% a partir de 2016, isso é um ajuste significativo. Provavelmente em 2015 haverá aumento de tributos, revisão das isenções tributárias que foram feitas e assim por diante.
AE – O que mais, além da equipe econômica, o governo precisa fazer para reconquistar sua credibilidade?
Otaviano Canuto – Materializar o que foi anunciado. Como dizem os ingleses, a prova do pudim está em comê-lo.
AE – Como o sr. vê o cenário para a economia brasileira em 2015?
Otaviano Canuto – Será um ano de crescimento não muito distante de zero. Será um ano ainda duro, porque é um ano em que o ajuste fiscal estará acontecendo e também o ajuste de preços relativos. Isso ainda vai manter em xeque a política monetária. E diria o seguinte: tudo vai depender, em grande medida, se todo o processo de investigação da Petrobrás levar ou não à postergação do "pipeline" dos investimentos que se esperava para 2015. Um fio importante de esperança para 2015 está no "pipeline" de investimentos que foram, em grande medida, adiados em 2014 e que se tinha esperança que pudessem estar contratados para 2015. Mas agora a execução pode sofrer alguma dificuldade em virtude dos efeitos desse processo (da Petrobrás), enquanto ele não se estabilizar. Então, será um ano de baixo crescimento do PIB, um ano de ajuste, mas quero crer que à medida que os sinais se tornarem concretos, isso vai alterar os parâmetros de confiança e a gente já pode começar a ter um segundo semestre em que os agentes privados vão revisitar seus planos de investimento e 2016 poderá ser bem melhor.
AE – Quando a gente poderá ver o Brasil crescendo dentro do seu potencial? E de quanto seria esse crescimento?
Otaviano Canuto – Acho que a partir de 2016. A maioria das estimativas joga esse (o crescimento potencial) para algo em torno de 3%, 3,5%.
AE – Um dos temores atuais é de o Brasil perder o grau de investimento. O sr. vê isso ocorrendo no ano que vem ou nos seguintes?
Otaviano Canuto – A rigor, a trajetória de ajuste fiscal anunciada reforça muito a expectativa de que não haverá o downgrade. Agora, não se pode negar que os eventos associados à Petrobrás estão criando uma fonte de preocupação no futuro imediato. Porque, normalmente, em circunstâncias como essa, há um congelamento nas linhas de crédito e aquisição de títulos, não apenas na Petrobrás, mas outras empresas. Ainda resta incerteza sobre o raio de alcance do que está sendo descoberto e isso não é favorável para quem busca colocar papel no mercado.
AE – Reduzir o papel do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na economia é algo crucial para a retomada do país?
Otaviano Canuto – Os sinais contidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que foi enviada ao Congresso, já apontam nessa direção, de encolhimento significativo das transferências de recursos do Tesouro para bancos públicos.
AE – Qual é a implicação disso para o volume de operações dos bancos?
Otaviano Canuto – Isso depende da implementação ou não de outras formas de financiamentos desses bancos.
AE – A economia global pode atrapalhar a retomada do crescimento brasileiro?
Otaviano Canuto – Pode atrapalhar sim. Porque a recuperação da economia global pós-crise continua mostrando debilidades crônicas. O ano de 2015 será um ano em que vamos ver uma divergência muito grande de situações. A economia americana é hoje o único motor com o qual se pode contar como fator de dinamismo da economia mundial. Mas esse dinamismo pode não ser suficiente para compensar e puxar para cima as tendências ruins em outras partes do mundo. A Europa continua estagnada. O Japão continua tendo dificuldades em sair da estagnação. A China está desacelerando e essa desaceleração veio pra ficar. A questão é saber qual será o novo patamar mais baixo em que a economia chinesa vai se situar. E fora isso, o único emergente que permite algum otimismo é a Índia. 2015 ainda vai ser cheio de desafios, para não falar de outros riscos de natureza geopolítica que podem se acentuar, como a questão da Rússia, que está desacelerando fortemente. E não se pode dizer que ficou para trás a crise global.
Advogada tira dúvidas sobre aposentadoria
Vera Lacerda fala sobre fator previdenciário e auxílio-doença ao Jornal da Pecuária
O
ano de 2014 foi marcado por tensões e dúvidas sobre as novas regras de
aposentadoria. Quem contribuiu por 35 anos, no caso dos homens, e já tem
idade suficiente para parar de trabalhar encontra dificuldades na hora
de solicitar a aposentadoria por causa da redução dos benefícios.
Notícias relacionadas
Canal Rural - O fator previdenciário vai cair em 2015? Ele será substituído por uma nova lei?
Vera Lacerda - Olha, nós estamos precisando pois o fator previdenciário aumentou de novo. E nós temos uma discussão sim. Vai haver uma mudança na lei e nós temos um projeto de somar a idade com o tempo de contribuição. Essa soma para o homem seria de 95 anos no total e para a mulher de 85. Então veja que nessa situação já vai se colocar um limite de idade. Então o fator previdenciário vai perder a eficácia dele de segurar o trabalhador no mercado de trabalho para que ele não se aposente tão cedo.
Canal Rural - Mas não vai dar na mesma essa soma com aquilo que a gente tem no desconto hoje, o chamado passe no fator previdenciário? Por exemplo: um trabalhador com 50 anos de idade e 35 de contribuição - não é difícil encontrar - vai somar 85 anos e não 95. Ele vai ter que trabalhar mais 10 anos para ter a aposentadoria ainda?
Vera Lacerda - Nós precisamos nos preocupar hoje com essa expectativa de vida crescendo com o fator atuarial, com o recolhimento da previdência social. Senão teremos um desequilíbrio entre as pessoas que estão contribuindo e as que vão se aposentar. Então é necessário fazer isso para que a previdência mantenha a sua condição de repassar a contribuição ao trabalhador sem problemas futuros.
Canal Rural - Recentemente o IBGE estimou alguns meses, talvez quase um ano, a mais na expectativa de vida do brasileiro, que está em 74 anos. Isso prolongou o tempo de trabalho daquele que iria se aposentar?
Vera Lacerda - Prolonga. E quando o trabalhador vai fazer uma conta para saber quanto ganhará a menos na aposentadoria , alguns casos chegam à perda de 60% do salário atual. Então veja que sendo a aposentadoria praticamente a última cartada do trabalhador, ele chega a uma redução de 60% logo que ele inicia a aposentadoria, sabendo que durante o período que ele receberá o benefício haverá uma defasagem natural da nossa moeda. Então é justamente para isso: fazer com que o trabalhador não se aposente antes de uma idade mais próxima à da expectativa.
Canal Rural - Na teoria, há até uma desaposentação, que é quando se aposenta e continua contribuindo. Ela vai continuar valendo, já é lei ou vai continuar em discussão?
Vera Lacerda - Está em discussão no Supremo Tribunal Federal e nós já tivemos duas sessões que foram interrompidas por pedidos de vista. O relator já deu sinais de como vai lidar com essa desaposentação, só que nós estamos com o seguinte problema: estamos com várias situações de processos já julgados, já em turma recursal, de aposentados que estão recebendo a desaposentação - que nada mais é do que a troca do benefício. O relator deu um sinal de que o tempo de contribuição e a idade não podem ser somados. Sendo assim, muitos trabalhadores terão dificuldade de atingir o teto ou até um valor mais atrativo na sua aposentadoria. Mas o importante é o seguinte: a discussão está posta, nós temos votos favoráveis e os pedidos de vista são construtivos para a gente ter uma finalização desse julgamento favorável ao trabalhador. Pois é notório que não é possível o trabalhador aposentado continuar contribuindo com a previdência e não ter nenhum retorno disso. Principalmente porque é um tributo e todo tributo tem uma contrapartida.
Canal Rural - Mas também é um seguro, né. É importante ressaltar isso.
Vera Lacerda - Sem dúvida. E o trabalhador que é aposentado e que é assediado no mercado para trabalhar sem registro não deve aceitar. O registro é importante para a sua segurança e, principalmente, a possibilidade hoje de trocar o benefício mais vantajoso para ele tirando a perda que ele teve no fator previdenciário.
Canal Rural - Agora, muitas pessoas têm dificuldades com a perícia médica do auxílio-doença. Muitas vezes vão ao posto e o perito nega o que é evidente. Isso é um problema muito sério?
Vera Lacerda - Muito. Nós temos esse problema sério no país inteiro e meu conselho é o seguinte: sempre tentar na via judicial. Porque o trabalhador, inclusive o rural fica naquela situação: "não posso trabalhar, o INSS não me dá benefício". É uma pessoa que está coberta tanto pelo trabalho como pela previdência social e está ali à míngua, não tem remuneração mensal e está ali doente. Então meu conselho é o seguinte: não deu entrada no INSS, teve esse benefício indeferido? Reúne toda a documentação, todos os exames e entre na via judicial. A diferença é que na via judicial o perito é especialista na doença do trabalhador, coisa que nós não temos no âmbito administrativo. Sempre tentar no âmbito judicial para ter o benefício garantido.
CAR-Poderá ser Prorrogado
O prazo para o
Cadastro Ambiental Rural vence em maio, mas o ano termina com pouco
mais de 10% dos imóveis cadastrados. Saiba quais são as apostas para
2015.
Ano
de ajustes. Assim pode ser definido o cenário do Código Florestal em
2014. Ainda longe de alcançar o número de inscrições do Cadastro
Ambiental Rural (CAR), os órgãos responsáveis pela implementação da
principal ferramenta da nova lei tentam ajustar os problemas do sistema.
Enquanto isso, produtores continuam relatando muitas dúvidas em relação ao preenchimento.
Para 2015, a perspectiva é que o prazo para as inscrições seja prorrogado e que haja aumento na capacitação de técnicos para auxiliar os produtores rurais, principalmente os da agricultura familiar.
Para o coordenador de Câmaras Especializadas de Agronomia do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CCEAgro/Confea), Kleber Souza dos Santos, 2014 foi o momento de aprendizado. Santos destaca o CAR como parte importante de todo o processo.
– O ano de 2014 foi desafiante. Foi o ano de implementação dessa nova legislação, o Código Florestal de 2012, particularmente a questão do Cadastro Ambiental Rural, é um avanço no sentido de que o agricultor assume a responsabilidade de fazer a declaração da sua própria área, se compromete com o processo.
O CAR começou a ser feito em maio com uma meta baseada no censo de 2006: cadastrar 5.157 milhões de imóveis rurais. No total, 329 milhões de hectares devem ser cadastrados. Mas o instrumento básico para consolidar o Código Florestal andou devagar. Apenas 10% dos imóveis concluíram a inscrição. Os produtores reclamaram de problemas no sistema.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) garante que toda parte de informática foi sendo corrigida e atualizada durante o ano. Para quem teve problemas, o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Raimuindo Deusdará, diz que há duas possibilidades: se o proprietário fez uma declaração que julgou equivocada, ela pode ser retificada a qualquer momento; se o problema foi do programa usado para fazer o cadastro, o proprietário pode esperar uma versão mais atual do programa e refazer o cadastro.
– Estamos na versão 1.8 do aplicativo. Boa parte dos problemas eu acredito que foram superados. O importante é que o produtor mantenha-se seguro e tranquilo e retorne ao cadastro para verificar se já existe uma versão mais atual.
Ainda há insegurança
Além da dificuldade, os produtores não sentem confiança no processo e muitos o consideram arriscado. É o caso do produtor Armando Rollemberg Neto, que tem 200 hectares e produz 450 litros de leite por dia no Distrito Federal. Ele ainda não fez a inscrição do CAR.
– Eu tenho que ter segurança de o que eu corresponde à legislação porque senão estou caindo em uma fraude ambiental. Eu não tenho medo nenhum de passivo ambiental na nossa propriedade, mas sim medo de informar erroneamente a questão do CAR.
Minas Gerais e Santa Catarina fizeram os ajustes que faltavam para integrar os dados ao Sistema do Cadastro Ambiental Rural (Sicar). Em Santa Catarina, a preocupação foi dar suporte à pequena propriedade, como conta o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faesc), Enori Barbieri.
– O governo fez um grande mutirão através de treinamento de técnicos do serviço público, de sindicatos rurais, de prefeituras, para apoiar os agricultores que têm menos de quatro módulos fiscais. Acreditamos que hoje tem mais de 30% das propriedades cadastradas no estado.
Se 2014 serviu de aprendizado e ajustes no sistema de cadastro ambiental, 2015 vai ser decisivo para que o Código Florestal seja consolidado. Pela demora no processo, tudo indica que o prazo para fazer o CAR, que vence em maio, deverá ser mesmo prorrogado por mais um ano. Para o coordenador do CCEAgro, Kleber Santos, a prorrogação é inevitável.
– Na nossa avaliação precisaria prorrogar talvez para mais um ano, para que consigamos realmente a totalidade de imóveis rurais inscritos no CAR. Mas, mais que isso, é preciso adotar algumas políticas importantes, precisa garantir assistência técnica ao agricultor, principalmente familiar, para que ele faça o CAR de qualidade.
Assentamentos e quilombos
De acordo com o diretor do Serviço Florestal Brasileir, Raimundo Deusdará, em 2015 a ideia é avançar no cadastro dos assentamentos e quilombolas. Ele diz que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assimiu a elaboração dos cadastros de todos os assentamentos fundiários sob sua administração, além de 180 comunidades quilombolas.
– No primeiro momento serão cadastrados cerca de 1.200 assentamentos fundiários nos estados do Acre, Goiás, Mato Grosso e Amazonas, que vão corresponder uma área de cerca de 20 milhões de hectares. No segundo momento, no início do ano de 2015, a meta é fazer os demais 6.500 assentamentos fundiários que vão corresponder aproximadamente 35 milhões de hectares, ou seja, o Incra deverá finalizar sua meta de apoio aos assentados de 7.500 assentamentos fundiários ou 55 milhões de hectares na base do Sicar.
Regularização Ambiental
O próximo passo após o cadastramento no sistema, elaborar o plano de regularização ambiental (PRA), onde os produtores vão entrar na legalidade e planejaar como vão recuperar ou recompor seus passivos de área de presevação permanente e reserva legal. Este é um novo desafio, para o qual o treinamento de técnicos vai ser decisivo, como aponta Kleber Santos, do CCEAgro.
– Várias associações e engenheiros agrônomos estão fazendo treinamento bem aprofundado para disponibilizar responsáveis técnicos em vários locais no Rio Grande do Sul, Sergipe, Santa Catarina, e outros. Então 2015 vai ser um ano de bastante trabalho para que a gente consiga de fato implementar esse novo Código Florestal.
Serviço
O MMA dispõe de uma página na internet e um e-mail para que os proprietários possam tirar qualquer dúvida sobre o CAR: sac@car.gov.br.
Enquanto isso, produtores continuam relatando muitas dúvidas em relação ao preenchimento.
Para 2015, a perspectiva é que o prazo para as inscrições seja prorrogado e que haja aumento na capacitação de técnicos para auxiliar os produtores rurais, principalmente os da agricultura familiar.
Para o coordenador de Câmaras Especializadas de Agronomia do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CCEAgro/Confea), Kleber Souza dos Santos, 2014 foi o momento de aprendizado. Santos destaca o CAR como parte importante de todo o processo.
– O ano de 2014 foi desafiante. Foi o ano de implementação dessa nova legislação, o Código Florestal de 2012, particularmente a questão do Cadastro Ambiental Rural, é um avanço no sentido de que o agricultor assume a responsabilidade de fazer a declaração da sua própria área, se compromete com o processo.
O CAR começou a ser feito em maio com uma meta baseada no censo de 2006: cadastrar 5.157 milhões de imóveis rurais. No total, 329 milhões de hectares devem ser cadastrados. Mas o instrumento básico para consolidar o Código Florestal andou devagar. Apenas 10% dos imóveis concluíram a inscrição. Os produtores reclamaram de problemas no sistema.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) garante que toda parte de informática foi sendo corrigida e atualizada durante o ano. Para quem teve problemas, o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Raimuindo Deusdará, diz que há duas possibilidades: se o proprietário fez uma declaração que julgou equivocada, ela pode ser retificada a qualquer momento; se o problema foi do programa usado para fazer o cadastro, o proprietário pode esperar uma versão mais atual do programa e refazer o cadastro.
– Estamos na versão 1.8 do aplicativo. Boa parte dos problemas eu acredito que foram superados. O importante é que o produtor mantenha-se seguro e tranquilo e retorne ao cadastro para verificar se já existe uma versão mais atual.
Ainda há insegurança
Além da dificuldade, os produtores não sentem confiança no processo e muitos o consideram arriscado. É o caso do produtor Armando Rollemberg Neto, que tem 200 hectares e produz 450 litros de leite por dia no Distrito Federal. Ele ainda não fez a inscrição do CAR.
– Eu tenho que ter segurança de o que eu corresponde à legislação porque senão estou caindo em uma fraude ambiental. Eu não tenho medo nenhum de passivo ambiental na nossa propriedade, mas sim medo de informar erroneamente a questão do CAR.
Minas Gerais e Santa Catarina fizeram os ajustes que faltavam para integrar os dados ao Sistema do Cadastro Ambiental Rural (Sicar). Em Santa Catarina, a preocupação foi dar suporte à pequena propriedade, como conta o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faesc), Enori Barbieri.
– O governo fez um grande mutirão através de treinamento de técnicos do serviço público, de sindicatos rurais, de prefeituras, para apoiar os agricultores que têm menos de quatro módulos fiscais. Acreditamos que hoje tem mais de 30% das propriedades cadastradas no estado.
Se 2014 serviu de aprendizado e ajustes no sistema de cadastro ambiental, 2015 vai ser decisivo para que o Código Florestal seja consolidado. Pela demora no processo, tudo indica que o prazo para fazer o CAR, que vence em maio, deverá ser mesmo prorrogado por mais um ano. Para o coordenador do CCEAgro, Kleber Santos, a prorrogação é inevitável.
– Na nossa avaliação precisaria prorrogar talvez para mais um ano, para que consigamos realmente a totalidade de imóveis rurais inscritos no CAR. Mas, mais que isso, é preciso adotar algumas políticas importantes, precisa garantir assistência técnica ao agricultor, principalmente familiar, para que ele faça o CAR de qualidade.
Assentamentos e quilombos
De acordo com o diretor do Serviço Florestal Brasileir, Raimundo Deusdará, em 2015 a ideia é avançar no cadastro dos assentamentos e quilombolas. Ele diz que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assimiu a elaboração dos cadastros de todos os assentamentos fundiários sob sua administração, além de 180 comunidades quilombolas.
– No primeiro momento serão cadastrados cerca de 1.200 assentamentos fundiários nos estados do Acre, Goiás, Mato Grosso e Amazonas, que vão corresponder uma área de cerca de 20 milhões de hectares. No segundo momento, no início do ano de 2015, a meta é fazer os demais 6.500 assentamentos fundiários que vão corresponder aproximadamente 35 milhões de hectares, ou seja, o Incra deverá finalizar sua meta de apoio aos assentados de 7.500 assentamentos fundiários ou 55 milhões de hectares na base do Sicar.
Regularização Ambiental
O próximo passo após o cadastramento no sistema, elaborar o plano de regularização ambiental (PRA), onde os produtores vão entrar na legalidade e planejaar como vão recuperar ou recompor seus passivos de área de presevação permanente e reserva legal. Este é um novo desafio, para o qual o treinamento de técnicos vai ser decisivo, como aponta Kleber Santos, do CCEAgro.
– Várias associações e engenheiros agrônomos estão fazendo treinamento bem aprofundado para disponibilizar responsáveis técnicos em vários locais no Rio Grande do Sul, Sergipe, Santa Catarina, e outros. Então 2015 vai ser um ano de bastante trabalho para que a gente consiga de fato implementar esse novo Código Florestal.
Serviço
O MMA dispõe de uma página na internet e um e-mail para que os proprietários possam tirar qualquer dúvida sobre o CAR: sac@car.gov.br.
Eu não tenho medo nenhum de passivo ambiental na nossa propriedade, mas sim medo de informar erroneamente a questão do CAR.Armando Rollemberg Neto, produtor rural
Municípios da região Nordeste terão oferta de milho a preços de mercado
Uma resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a realizar a venda em balcão de milho em grãos, a preço de mercado, para municípios da região Nordeste que não estão sendo amparados pela Portaria Interministerial nº 710, de 17 de julho de 2014, ou seja, municípios que não estão com problemas de estiagem.Essa portaria estabeleceu parâmetros para a liberação de milho em grãos dos estoques públicos para os municípios que fazem parte da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a fim de beneficiar criadores de pequeno porte de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos, de municípios atingidos pela seca. A autorização tem o aval dos integrantes do Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep).
Nem a seca impedirá que o Brasil tenha uma boa safra de grãos
Apesar dos períodos secos em várias regiões, o Brasil está em condições de colher até mais do que previa para este ano. O potencial da safra de soja passou de 94,55 milhões para 96 milhões de toneladas, segundo informa o Indicador Brasil da Expedição Safra lançado há poucos dias. Com essa possibilidade, a produção nacional de grãos deve atingir 202 milhões de toneladas, conforme o projeto que colheu dados em 16 estados brasileiros do plantio à colheita.A área da soja cresceu 5,68% (para 31,16 milhões de hectares), menos do que no ano passado, quando houve expansão de 7% no plantio, conforme a Expedição Safra. Ainda assim, a taxa é considerada expressiva e resulta de recuo de 7,9% no cultivo de milho (para 6,36 milhões de hectares) e da expansão das lavouras sobre pastagens e áreas do Cerrado.
A tendência é que o país colha 50 sacas de soja por hectare, com expansão de 4,4% em produtividade, aponta a equipe técnica da Expedição Safra, projeto desenvolvido há nove anos a partir de uma iniciativa do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba. Essa marca de 3 mil quilos por hectare é a mesma aferida no início do plantio, antes dos veranicos.
Sai o ranking dos países que mais importaram produtos agrícolas do Brasil
No balanço do que foi acumulado por todo este ano, o destaque vai para a China, em primeiro lugar, com US$ 21,57 bilhões. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com um total US$ 6,38 bilhões negociados. Os Países Baixos ficaram na terceira posição, com o valor de US$ 5,73 bilhões importados. No caso dos Países Baixos, o complexo soja ficou na primeira posição, atingindo o montante de US$ 2,82 bilhões. Os produtos florestais ficaram em segundo lugar, com US$ 870 milhões e em terceiro estão as carnes, que somaram US$ 801 milhões nas importações do Brasil.No caso da China, as maiores importações agrícolas também ficaram para o complexo soja, US$ 16,96 bilhões, sendo que quase a totalidade, ou seja, US$ 16,58 bilhões foi de soja em grãos. Em segundo lugar estão os produtos florestais, com a cifra de US$ 1,73 bilhão, sendo a celulose o item mais importado dentro do setor, com US$ 1,57 bilhão.
Para os Estados Unidos, os produtos florestais foram destaque nas importações, com a soma de US$ 1,97 bilhão. Em segundo está o café, com US$ 1,19 bilhão. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio.
A Rússia ficou em quarto colocado, com US$ 3,41 bilhões. As carnes foram destaque, com US$ 2,35 bilhões, sendo que apenas de carne bovina foi importado US$ 1,28 bilhão. O complexo sucroalcooleiro foi o segundo setor mais importado pela a Rússia, com US$ 446 milhões.
Em quinto lugar está a Alemanha, com a cifra de US$ 3,18 bilhões. O produto que o país mais importou foi o café, que atingiu o montante de US$ 1,17 bilhão. Em segundo está o complexo soja, que somou US$ 1,04 bilhão.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
terça-feira, 23 de dezembro de 2014
Feliz Natal
NOSSATERRA deseja de coração a todos os seus leitores virtuais e principalmente a você produtor rural que me acompanha todos os dias, um feliz Natal. Este cartão foi postado para você. Feliz Natal meu povão, que Deus abençoe a todos.
Vamos esperar a chegada do menino Jesus, minha gente do sertão.
Vamos esperar a chegada do menino Jesus, minha gente do sertão.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Servidores Públicos Estaduais Sob Pressão
O NOSSATERRA foge um pouco do seu raciocínio e entra num assunto que ninguém aguenta mais. A indefinição do pagamento da folha de dezembro aos servidores estaduais. A governadora adiantou em pronunciamento que entregará o governo com a folha de pagamento em dia. Depois o todo poderoso Secretário de Planejamento, Oberi Rodrigues, recebe a imprensa e diz que o estado nem tem condições de pagar o 13º e dezembro. Afinal de contas, quem manda no estado? O desespero já toma conta dos servidores com os seus compromissos agendados, sem ter a certeza que vão receber o que lhe é devido. Com aproximadamente 40 anos de serviços prestados ao nosso querido RN, nunca presenciei tal procedimento governamental. Precisa Doutora Rosalba, bater o martelo e dizer a verdade aos servidores. Paga ou não paga, para que todos possam se planejar como podem e não ficarem com esse jogo de empurra/empurra sacaneando e colocando pressão nos servidores. Amém.
Polêmica Entre CONAB/Jornal de Hoje
Conab presta esclarecimento acerca da nota publicada na edição de ontem desta coluna
– Em correspondência dirigida a esta coluna pela assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/RN), a empresa estatal faz os seguintes esclarecimentos a respeito de notícia aqui divulgada na data de ontem, que dava conta da paralisação das vendas de milho em balcão para os produtores rurais do Estado em razão da concessão de férias coletivas aos funcionários.
– Eis o teor da nota da Conab, seguido de resposta do colunista:
– “O Jornal de Hoje, na coluna do jornalista Marcos Aurélio de Sá de ontem (15) afirma que a ‘Superintendência Regional da Conab RN decidiu conceder férias coletivas a seus servidores’. A Conab esclarece:
– “Entendendo que a apuração da informação se constitui como princípio básico do exercício do jornalismo, a Conab solicita errata desta publicação, ao mesmo tempo em que se coloca à inteira disposição do Jornal e do jornalista para prestar os esclarecimentos necessários sobre este e outros assuntos, a fim de evitar a propagação de informações infundadas.”
NOTA DO REDATOR
– A coluna teve como fontes da notícia ora desmentida produtores rurais cadastrados para a compra de milho nos armazéns da Conab, os quais ontem procuraram a unidade armazenadora da empresa, no bairro de Lagoa Nova, em Natal, e ao fazerem contato com o servidor José Carlos (do setor onde são emitidas as notas fiscais), foram informados de que a gerência está de férias e as vendas foram suspensas desde a última sexta-feira (dia 12), só voltando a ocorrer após o dia 6 de janeiro de 2015, apesar de haver grandes quantidades de milho em estoque.
– Não foi dito nesta coluna que a Conab manteve no decorrer de 2014 “os estoques de milho zerados”. Foi publicado, sim, que “no corrente exercício, a Conab manteve os seus armazéns na capital e no interior do RN com os estoques de milho praticamente zerados, sob as mais diversas justificativas, o que acabou obrigando nossos agropecuaristas a se abastecerem no mercado varejista, pagando até mais do que o dobro pela saca do produto”.
– Na realidade, desde o começo do ano até o mês de agosto, para desespero dos agropecuaristas que atravessam o terceiro ano seguido de seca no semiárido, houve uma quase permanente falta do grão nos armazéns da Conab no Estado, problema felizmente solucionado nos últimos quatro meses.
– Em correspondência dirigida a esta coluna pela assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab/RN), a empresa estatal faz os seguintes esclarecimentos a respeito de notícia aqui divulgada na data de ontem, que dava conta da paralisação das vendas de milho em balcão para os produtores rurais do Estado em razão da concessão de férias coletivas aos funcionários.
– Eis o teor da nota da Conab, seguido de resposta do colunista:
– “O Jornal de Hoje, na coluna do jornalista Marcos Aurélio de Sá de ontem (15) afirma que a ‘Superintendência Regional da Conab RN decidiu conceder férias coletivas a seus servidores’. A Conab esclarece:
- A Companhia Nacional de Abastecimento é uma empresa pública federal e, como tal, não concede férias coletivas a seus colaboradores;
- Como faz anualmente, obedecendo orientação do Ministério do Planejamento, a Companhia realiza, neste momento, seu encerramento operacional, com balanço patrimonial e contábil para o exercício do ano corrente. No entanto, este procedimento está sendo realizado apenas nas unidades onde não há estoque disponível;
- As Unidades Armazenadoras que possuem estoque disponível estão realizando as vendas em balcão normalmente, não prejudicando os clientes cadastrados destas unidades.
– “Entendendo que a apuração da informação se constitui como princípio básico do exercício do jornalismo, a Conab solicita errata desta publicação, ao mesmo tempo em que se coloca à inteira disposição do Jornal e do jornalista para prestar os esclarecimentos necessários sobre este e outros assuntos, a fim de evitar a propagação de informações infundadas.”
NOTA DO REDATOR
– A coluna teve como fontes da notícia ora desmentida produtores rurais cadastrados para a compra de milho nos armazéns da Conab, os quais ontem procuraram a unidade armazenadora da empresa, no bairro de Lagoa Nova, em Natal, e ao fazerem contato com o servidor José Carlos (do setor onde são emitidas as notas fiscais), foram informados de que a gerência está de férias e as vendas foram suspensas desde a última sexta-feira (dia 12), só voltando a ocorrer após o dia 6 de janeiro de 2015, apesar de haver grandes quantidades de milho em estoque.
– Não foi dito nesta coluna que a Conab manteve no decorrer de 2014 “os estoques de milho zerados”. Foi publicado, sim, que “no corrente exercício, a Conab manteve os seus armazéns na capital e no interior do RN com os estoques de milho praticamente zerados, sob as mais diversas justificativas, o que acabou obrigando nossos agropecuaristas a se abastecerem no mercado varejista, pagando até mais do que o dobro pela saca do produto”.
– Na realidade, desde o começo do ano até o mês de agosto, para desespero dos agropecuaristas que atravessam o terceiro ano seguido de seca no semiárido, houve uma quase permanente falta do grão nos armazéns da Conab no Estado, problema felizmente solucionado nos últimos quatro meses.
Bezerros PO
O Agropecuarista Kleverlam Felix da Rocha, residente e domiciliado na Associação Rural "Velho Tomaz" município de Fernando Pedroza, está importando bezerros puros recèm-nascidos do município de Ceará Mirim, para a região central. Estou aguardando um contato de Kleverlam para tecer maiores detalhes de como adquirir os bezerros. São animais de raça holandesa, gir e girolando. É sem dúvida uma boa alternativa para os produtores melhorarem o seu rebanho bovino de leite.
da cadeia do leite potiguar
A cadeia do leite e seus derivados vem enfrentado, ao longo dos
anos, desgastes e desajustes no Rio Grande do Norte. Para mudar esta
realidade, está em curso um trabalho extremamente profissional e
técnico. Foi com o objetivo de fortalecer este setor tão importante para
a economia potiguar que foi criada a TECLEITE/RN – Câmara Técnica
Setorial de Leite e Derivados do Estado do RN. A TECLEITE conta com
apoio da ANORC – Associação Norte-rio-grandense de Criadores e é
composta por 19 instituições. Durante um ano, técnicos se dedicaram à
preparação de um projeto para identificar demandas e oportunidades ao
desenvolvimento do segmento leiteiro. Este projeto está pronto e foi
apresentado na segunda-feira (8), passada, num café da manhã para
imprensa, no Restaurante Mangai.
Soja-Perspectivas
A Associação
Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) avaliou o ano de
2014 como positivo para o setor de soja e derivados no Brasil e estimou
que 2015 tende a ser "bastante razoável", mas com queda de receita.
–
2014 foi um ano favorável à soja. Tivemos um recorde de produção de 86
milhões de toneladas, e isso permitiu uma performance muito boa em um
nível de preço muito remunerador. Para 2015, a perspectiva é de um ano
bastante razoável para a soja, não tão bom como 2014. Mas vai ser um ano
favorável, gerando renda – disse o secretário-executivo da associação,
Fabio Trigueirinho.
O secretário-executivo destacou que, apesar do atraso no plantio em virtude da irregularidade das chuvas em outubro, a entidade preferiu manter a projeção de produção em 91 milhões de toneladas.
– A Abiove, desde o início, não saiu com estimativas tão altas. Houve problema em Mato Grosso, mas o restante do país está bem. Nós achamos que 91 milhões de toneladas está confortável – assinalou.
As exportações do complexo soja, de janeiro a novembro deste ano, foi 5,5% maior comparado ao mesmo período do ano passado. Já a receita teve aumento de 1,6%. Para 2015 a safra deve ser recorde, mas a receita deve ser menor.
Apesar de não prever mudança no volume da produção, Trigueirinho destacou que a soja vai entrar no mercado mais tarde do que em 2014.
– Vai atrasar um pouquinho a entrada, não tem como recuperar o atraso no plantio – apontou.
Segundo o secretário, isso se refletirá na logística e na concorrência.
– Não vamos ter grandes volumes de exportação em janeiro e fevereiro por causa atraso da safra. Os Estados Unidos também estão com estoques elevados e devemos ter competição mais acirrada ao longo do ano. O Brasil vai estar ativamente competindo com os EUA – disse Trigueirinho.
Com relação à logística da safra 2014/2015, a perspectiva é positiva.
– Em 2014, já melhoramos a organização da logística, não tivemos tantas filas nos portos. Os novos corredores (do Arco Norte) são bons, porque distribuem melhor o escoamento. Os portos do Sul já estão praticamente no limite.
Ele salienta que o aumento do escoamento pelo complexo portuário de Miritituba, no Pará, pode reduzir em até US$ 50/t o preço do médio de frete, que hoje alcança US$ 150/t no pico da safra para localidades mais distantes, dentro de alguns anos.
Para 2014/2015, Trigueirinho acredita, entretanto, em estabilidade do preço médio do frete ante o ciclo passado, mas ressaltou que isso depende da proporção que o Brasil internalizará da queda dos preços internacionais do petróleo.
Faturamento
Entretanto, a Abiove projeta que o preço médio de exportação deve cair de US$ 510/tonelada em 2014 para US$ 370/tonelada em 2015, em virtude da forte recomposição dos estoques mundiais de soja. Com isso, a receita com os embarques da oleaginosa ficará em US$ 23,1 bilhões em 2015.
Para este ano, são estimados US$ 30,7 bilhões. Conforme o presidente da entidade, Carlo Lovatelli, isso deve impactar na velocidade de comercialização.
– Com o preço mais baixo, o produtor é mais reticente e vai ao mercado com mais cuidado – disse Lovatelli.
Impasse
Uma das preocupações da Associação para 2015 é com o impasse em relação ao recebimento da soja Intacta RR2 Pro. As indústrias e a multinacional Monsanto ainda não chegaram a um acordo sobre a cobrança dos royalties da nova tecnologia. Lovatelli afirmou que a Monsanto não está aceitando a proposta de preço:
– Nós até fizemos uma avaliação precisa do custo dessa operação para cada associado nosso, ponderamos esse valor e oferecemos à Monsanto, ou seja, temos o custo médio de todas as associadas da Abiove e da Anec, que perfazem 80% do poder de compra de soja brasileira, e temos esse custo oferecido a partir do qual a negociação deveria ser feita entre as várias partes.
A Abiove afirma que nenhuma das 12 associadas fechou acordo com a Monsanto. As negociações começaram há mais de um ano e precisam ser definidas antes da colheita da próxima safra.
– Nós passamos um custo, você tem que ter uma margem, tem outros gastos que tem que ser apurados e mesmo assim o custo que nós apuramos já era várias vezes o valor que eles estavam oferecendo. Então, eles sabem que as pontas estão muito afastadas, vai ser muito difícil chegar a um consenso – conclui o presidente da Abiove.
O secretário-executivo destacou que, apesar do atraso no plantio em virtude da irregularidade das chuvas em outubro, a entidade preferiu manter a projeção de produção em 91 milhões de toneladas.
– A Abiove, desde o início, não saiu com estimativas tão altas. Houve problema em Mato Grosso, mas o restante do país está bem. Nós achamos que 91 milhões de toneladas está confortável – assinalou.
As exportações do complexo soja, de janeiro a novembro deste ano, foi 5,5% maior comparado ao mesmo período do ano passado. Já a receita teve aumento de 1,6%. Para 2015 a safra deve ser recorde, mas a receita deve ser menor.
Apesar de não prever mudança no volume da produção, Trigueirinho destacou que a soja vai entrar no mercado mais tarde do que em 2014.
– Vai atrasar um pouquinho a entrada, não tem como recuperar o atraso no plantio – apontou.
Segundo o secretário, isso se refletirá na logística e na concorrência.
– Não vamos ter grandes volumes de exportação em janeiro e fevereiro por causa atraso da safra. Os Estados Unidos também estão com estoques elevados e devemos ter competição mais acirrada ao longo do ano. O Brasil vai estar ativamente competindo com os EUA – disse Trigueirinho.
Com relação à logística da safra 2014/2015, a perspectiva é positiva.
– Em 2014, já melhoramos a organização da logística, não tivemos tantas filas nos portos. Os novos corredores (do Arco Norte) são bons, porque distribuem melhor o escoamento. Os portos do Sul já estão praticamente no limite.
Ele salienta que o aumento do escoamento pelo complexo portuário de Miritituba, no Pará, pode reduzir em até US$ 50/t o preço do médio de frete, que hoje alcança US$ 150/t no pico da safra para localidades mais distantes, dentro de alguns anos.
Para 2014/2015, Trigueirinho acredita, entretanto, em estabilidade do preço médio do frete ante o ciclo passado, mas ressaltou que isso depende da proporção que o Brasil internalizará da queda dos preços internacionais do petróleo.
Faturamento
Entretanto, a Abiove projeta que o preço médio de exportação deve cair de US$ 510/tonelada em 2014 para US$ 370/tonelada em 2015, em virtude da forte recomposição dos estoques mundiais de soja. Com isso, a receita com os embarques da oleaginosa ficará em US$ 23,1 bilhões em 2015.
Para este ano, são estimados US$ 30,7 bilhões. Conforme o presidente da entidade, Carlo Lovatelli, isso deve impactar na velocidade de comercialização.
– Com o preço mais baixo, o produtor é mais reticente e vai ao mercado com mais cuidado – disse Lovatelli.
Impasse
Uma das preocupações da Associação para 2015 é com o impasse em relação ao recebimento da soja Intacta RR2 Pro. As indústrias e a multinacional Monsanto ainda não chegaram a um acordo sobre a cobrança dos royalties da nova tecnologia. Lovatelli afirmou que a Monsanto não está aceitando a proposta de preço:
– Nós até fizemos uma avaliação precisa do custo dessa operação para cada associado nosso, ponderamos esse valor e oferecemos à Monsanto, ou seja, temos o custo médio de todas as associadas da Abiove e da Anec, que perfazem 80% do poder de compra de soja brasileira, e temos esse custo oferecido a partir do qual a negociação deveria ser feita entre as várias partes.
A Abiove afirma que nenhuma das 12 associadas fechou acordo com a Monsanto. As negociações começaram há mais de um ano e precisam ser definidas antes da colheita da próxima safra.
– Nós passamos um custo, você tem que ter uma margem, tem outros gastos que tem que ser apurados e mesmo assim o custo que nós apuramos já era várias vezes o valor que eles estavam oferecendo. Então, eles sabem que as pontas estão muito afastadas, vai ser muito difícil chegar a um consenso – conclui o presidente da Abiove.
Demanda por algodão deve subir 3,8% em 2014/2015
Em 2013/2014, oferta de pluma deve superar demanda pela quinta safra seguida, diz Imea
- Canal Rural
As
expectativas para a safra de algodão em 2014/2015 foram consideradas
animadoras pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária
(Imea), depois de a oferta por pluma superar a demanda em 2013/2014 pela
quinta vez consecutiva.
Após
o consumo recuar 1% em 2013/2014 e a oferta permanecer estável, com a
produção mundial chegando a 26,24 milhões de toneladas, o relatório do
Imea aponta que a demanda por pluma deve subir 3,8% no próximo ano,
atingindo 24,4 milhões de toneladas.
Segundo o estudo, preços internos menores e incentivos governamentais devem estimular as indústrias da China a elevarem os níveis de produção. Os embarques de algodão ao país estão crescendo, apesar dos estoques estarem em níveis altos. No último trimestre, Mato Grosso exportou 55 mil toneladas para a China, terceiro maior volume para o período na história.
O Imea ressalta que os preços do algodão não devem registrar melhora, por conta dos estoques mundiais.
– Porém, oportunidades de bons negócios podem surgir, proporcionando maiores margens neste período complicado – diz o estudo.
Em novembro, Mato Grosso exportou um total de 56,82 mil toneladas, totalizando uma receita de US$ 99,31 milhões. O resultado obtido no acumulado do ano é o terceiro melhor da história, e a expectativa para dezembro é de que as exportações cheguem a 45 mil toneladas, tornando 2014 o segundo melhor ano em termos de volume da série histórica.
Apesar dos bons resultados, o preço da tonelada do algodão atingiu o menor patamar desde março de 2011, cotado a US$ 1.747,91. A valorização do dólar nos últimos meses, porém, deve melhorar a competitividade da commodity.
Na última semana, a pluma de algodão em Mato Grosso apresentou leve aumento, em base semanal, de 0,1%, para R$ 49,70 a arroba. O preço do caroço aumentou 2,9% no mesmo período, a R$ 384,23 a tonelada.
Segundo o estudo, preços internos menores e incentivos governamentais devem estimular as indústrias da China a elevarem os níveis de produção. Os embarques de algodão ao país estão crescendo, apesar dos estoques estarem em níveis altos. No último trimestre, Mato Grosso exportou 55 mil toneladas para a China, terceiro maior volume para o período na história.
O Imea ressalta que os preços do algodão não devem registrar melhora, por conta dos estoques mundiais.
– Porém, oportunidades de bons negócios podem surgir, proporcionando maiores margens neste período complicado – diz o estudo.
Em novembro, Mato Grosso exportou um total de 56,82 mil toneladas, totalizando uma receita de US$ 99,31 milhões. O resultado obtido no acumulado do ano é o terceiro melhor da história, e a expectativa para dezembro é de que as exportações cheguem a 45 mil toneladas, tornando 2014 o segundo melhor ano em termos de volume da série histórica.
Apesar dos bons resultados, o preço da tonelada do algodão atingiu o menor patamar desde março de 2011, cotado a US$ 1.747,91. A valorização do dólar nos últimos meses, porém, deve melhorar a competitividade da commodity.
Na última semana, a pluma de algodão em Mato Grosso apresentou leve aumento, em base semanal, de 0,1%, para R$ 49,70 a arroba. O preço do caroço aumentou 2,9% no mesmo período, a R$ 384,23 a tonelada.
Começou Ontem-A Maior Exposição do Norte e Nordeste
A maior Exposição de Animais do Norte Nordeste
Este ano, os organizadores da Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados do Recife, pretendem fazer a maior feira de todos os tempos. É o que garante o presidente da SNC – Sociedade Nordestina de Criadores, Emanuel Rocha. A 73ª edição da Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados (ENAPD), que será realizada de 16 a 23 de novembro, no Parque Prof. Antônio Coelho, no Recife (PE).
O objetivo é que este ano sejam registrados novos recordes de público e de negócios realizados. Nesta temporada, mais de 8 mil animais estarão em exposição, o que deverá movimentar negócios em mais de R$ 50 milhões. Com relação ao público, as estimativas são de que mais de 400 mil pessoas circulem nos oito dias de evento.
Além, da Sociedade Nordestina dos Criadores (SNC), a Exposição de Animais conta com a parceria da Secretaria de Agricultura e a Associação Pernambucana dos Criadores de Caprinos e Ovinos (Apecco), o ENAPD.
Na Exposição Nordestina, como acontece todos os anos, bovinos, equinos, caprinos e ovinos de alta linhagem genética, vindos de todo o Brasil, participarão de julgamentos ou serão comercializados em 13 leilões e no shopping do criador. Entre os animais em exibição, estarão os bovinos das raças Nelore, Guzerá (de corte), Gir, Holandês, Sindi, Jersey, Pardo Suíço e Girolando (de leite); Pitangueira (animais de dupla aptidão – Carne e leite) e equinos das raças Mangalarga Marchador, Quarto de Milha e Pôneis. Além disso, animais de pequeno porte, como aves, coelhos e peixes ornamentais,serão comercializados com o público em geral.
Outro destaque da Exposição de Animais, é a grande feira que se realiza nas ruas principais do Parque do Cordeiro, onde serão instalados cerca de 150 estandes com exposições e vendas de máquinas, tratores, veículos leves e utilitários, motos, equipamentos de irrigação, coleta e resfriamento de leite e implementos agrícolas.
Além disso, entidades financeiras federais, órgãos públicos e privados, além de universidades estarão presentes com estandes institucionais, promovendo palestras, debates e oferecendo linhas de crédito. No estande da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária e órgãos vinculados – IPA, Adagro, Iterpe, Ceasa, Prorural e Seaf, apresentam as novidades nas áreas de pesquisa agropecuária, assistência técnica, extensão rural e transferência de tecnologia.
E para quem visitar a feira pensando em degustar a culinária regional, a exposição conta ainda com uma diversificada praça de alimentação, oferecendo pratos típicos e regionais, feira de artigos populares e artesanato, além de artigos produzidos em áreas da reforma agrária e da agricultura familiar. O evento também apresenta uma extensa programação de shows regionais e um parque de diversões com brinquedos importados.
Uma praga da banana é extinta no Rio Grande do Norte
A praga Ralstonia solanacearum raça 2, conhecida como Moko da Bananeira, não afeta mais o Rio Grande do Norte. A confirmação veio por meio da Instrução Normativa (IN) nº 23, assinada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA/Mapa), que declarou o estado como área livre da doença. No Brasil, a bactéria estava presente em vários estados e é considerada restritiva para o trânsito de bananas e a exportação.De acordo com Luis Rangel, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV), a declaração de área livre é uma conquista muito grande para o estado e seus agricultores, já que as culturas de bananeiras são muito prejudicadas pela ação bacteriana do Moko da Bananeira: “O estabelecimento de área livre é um processo que requer muito esforço dos agricultores e das agências de defesa na vigilância fitossanitária e controle do trânsito de vegetais. Em contrapartida, estabelece um status vantajoso para o comercio dessas frutas e inclui um valor de qualidade ao produto”, considera.
A ação da bactéria se dá de uma forma rápida: nas plantas jovens, uma das três folhas mais novas adquire coloração verde-pálida ou amarela e se quebra próximo à junção do limbo com o pecíolo. Depois de alguns dias, muitas folhas se quebram. Se pode notar a presença do Moko na planta também por meio de outros sintomas, vistos nas brotações novas que foram cortadas e voltam a crescer. Nesse caso, elas escurecem, atrofiam e podem apresentar distorções. As folhas, quando afetadas, podem amarelecer ou necrosar.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
A Árvore-Platanos
Os plátanos são árvores do gênero Platanus, da família Platanaceae, as quais são nativas da Eurásia e da América do Norte. São típicas dos climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental, podendo atingir mais de 30 metros de altura. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno, diferenciando-se, porém, dos bordos pelas flores reunidas em inflorescências globosas, em contraste com os amentos presentes nos bordos, e também pela ausência de resina nos plátanos, entre outras diferenças estruturais menores.
O género Platanus compreende dez espécies e vários híbridos, cultivados para fins ornamentais. Os exemplares mais antigos deste grupo datam do Cretácico (ca. 115 milhões de anos).
Muitas vezes, crê-se que a folha do plátano é a que está simbolizada na bandeira do Canadá. No entanto, a folha ilustrada é a de bordo vermelho; a confusão ocorre devido à semelhança física entre elas. As duas árvores pertencem a gêneros diferentes: plátano (Platanus) e bordo (Acer).
NOTA DO BLOG:
Estive recentemente na cidade de Campos do Jordão, região serrana do estado de São Paulo. É considerada uma das cidades mais frias do Brasil, chegando a 7º negativos. Além das belezas que a cidade possui, pude observar uma planta em abundância, chamada PLATANOS. Para os Jordanenses, existe uma lenda que, se uma folha cair por acaso na cabeça de uma pessoa,esta será abençoada e ficará muita rica. Também comentam que esta árvore( a sua folha) é a mesma que traz a bandeira do Canadá. Mas, consultando a inter, como vemos a cima, é mera coincidência, ou seja, existe apenas uma semelhança física. Mas, muito frondosa, charmosa, que embeleza por todas os cantos a linda cidade de Campos do Jordão.
Dia de Campo em Mossoró Sobre Produção de Melão
EMBRAPA INFORMA:
Dia 18/12/2014
MOSSORO/Rio Grande do Norte
Dia de Campo Sobre Produção de Melão no Semiárido com Baixa Emissão de Carbono
Demanda externa deve fazer setor de rações crescer 3% em 2015
Para 2014, a estimativa oficial da entidade é de crescimento de 4,1%, para uma produção de 67,3 milhões de toneladas.
O Sindicato Nacional da Indústria de Ração Animal (Sindirações) espera um crescimento de 3% para o setor em 2015. O vice-presidente da entidade, Ariovaldo Zani, disse nessa sexta, dia 12, em encontro com jornalistas, que o consumo doméstico está perdendo fôlego e poderá sofrer impacto das medidas de ajustes no segundo governo da presidente Dilma Rousseff.
Mas,
apesar do desaquecimento do mercado interno, especialmente no consumo
de carne bovina, Zani avalia que a demanda internacional pela proteína
brasileira seguirá firme, puxando o crescimento do segmento de rações.
Para o executivo, a demanda por carne bovina brasileira no mercado externo continuará forte devido à escassez de oferta nos principais países produtores da proteína, Estados Unidos e Austrália. Com consumo firme e preços em alta, a indústria avícola também deverá ser beneficiada no mercado doméstico, com a maior demanda local pela carne, mais barata.
Para o fechamento de 2014, a estimativa oficial da entidade é de crescimento de 4,1%, para uma produção de 67,3 milhões de toneladas. A demanda por ração para aves deve avançar 3,6% de janeiro a dezembro, para 37 milhões de toneladas.
Até setembro, a Sindirações esperava crescimento de 4,3%, para 27,4 milhões de toneladas.
– No ano passado, vimos um crescimento forte no final do ano, não sei se isso se repete neste – afirma Zani.
No segmento de suínos, a expectativa é de crescimento 3,4% em 2014, para 15,4 milhões de toneladas de ração. O consumo de ração em bovinos deve fechar o ano com incremento de 6,3%, para 8 milhões de toneladas.
Para o executivo, a demanda por carne bovina brasileira no mercado externo continuará forte devido à escassez de oferta nos principais países produtores da proteína, Estados Unidos e Austrália. Com consumo firme e preços em alta, a indústria avícola também deverá ser beneficiada no mercado doméstico, com a maior demanda local pela carne, mais barata.
Para o fechamento de 2014, a estimativa oficial da entidade é de crescimento de 4,1%, para uma produção de 67,3 milhões de toneladas. A demanda por ração para aves deve avançar 3,6% de janeiro a dezembro, para 37 milhões de toneladas.
Até setembro, a Sindirações esperava crescimento de 4,3%, para 27,4 milhões de toneladas.
– No ano passado, vimos um crescimento forte no final do ano, não sei se isso se repete neste – afirma Zani.
No segmento de suínos, a expectativa é de crescimento 3,4% em 2014, para 15,4 milhões de toneladas de ração. O consumo de ração em bovinos deve fechar o ano com incremento de 6,3%, para 8 milhões de toneladas.
Especialista dá orientações sobre CAR
Cadastro Ambiental Rural precisa ser feito até maio de 2015; advogado especializado em direito ambiental explica.
O
Jornal da Pecuária recebe o advogado especializado em direito ambiental
Vinicius Porto, que explica o que o produtor precisa para realizar o
preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que deve ser feito até
maio de 2015.
Confira algumas orientações do especialista:
O que é o CAR?
O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro público, eletrônico, de abrangência nacional feito junto ao órgão ambiental competente. Criado pelo Novo Código Florestal Brasileiro, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e regulamentado pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, o registro é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem como finalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
Quem pode fazer o CAR?
O cadastro relativo à áreas rurais com até 4 módulos fiscais* (*Unidade de medida agrária usada no Brasil, expressa em hectares, variável conforme o município), pode ser feito pelo próprio titular.
Já o cadastro relativo à áreas rurais acima de 4 módulos fiscais, deve, necessariamente, ser feito por profissional capacitado. Contudo é importante frisar que o cadastro solicita ao usuário informações complexas, sendo recomendável o auxílio de um profissional possua conhecimento o tema.
Qual a documentação exigida no preenchimento do CAR?
Documentos relativos à comprovação da Concessão, Propriedade ou Posse e da Situação da Reserva Legal (quando existir); ART ( Anotação de Responsabilidade Técnica) do engenheiro agrônomo ou agrimensor, Memorial Descritivo e Planta para o cadastro de áreas rurais acima de 4 módulos fiscais*.
Aonde fazer o CAR?
Em regra geral, para cadastrar as informações, a lei exige que o produtor procure pelo Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) de seu Estado, conforme determinado pelo Ministério do Meio Ambiente. Caso o governo do Estado não tenha criado um SiCAR próprio, o sistema de uso federal é que deve ser utilizado. No âmbito dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pará, o CAR já pode ser feito no SiCAR de cada Estado. É preciso utilizar um computador com acesso à Internet, fazer o download do programa e, em seguida, realizar o cadastro online.
No âmbito do Estado de Minas Gerais, por exemplo, o CAR será feito no SICAR-MG, por meio do Portal SisemaNet. É preciso utilizar um computador com acesso à Internet, fazer o download do programa e, sem seguida realizar o cadastro online.
Importante, a responsabilidade do cadastro em Minas Gerais é da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad, sob a coordenação executiva do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Após realização do cadastro, a propriedade já se encontra regular?
Ao final do cadastro do imóvel, o sistema emitirá um recibo, que será o documento comprobatório das informações cadastradas. Entretanto, a veracidade das informações inseridas é de inteira responsabilidade do cadastrado, que incorrerá em sanções penais e administrativas quando total ou parcialmente falsas, enganosas ou omissas e estarão sujeitas a validação pelo órgão ambiental, através de vistorias em campo e/ou analises individuais por parte de técnicos responsáveis .
O Cadastro é valido mesmo havendo déficits de APP e Reserva Legal ao final deles, sendo que esses deveram ser compensados ou recuperados nos prazos estabelecidos em lei.
Se não for feito o cadastro do imóvel rural no CAR, quais sanções e penalidades?
A não realização do CAR poderá restringir o acesso do proprietário/posseiro a linhas de crédito federal ou programas de fomento oferecidos pelos governos federal e estadual. Além disso, caso o proprietário/posseiro possua em sua área Reserva Legal e/ou Áreas de Proteção Permanente (APP) a recuperar, ele estará sujeito às penalidades impostas pela legislação vigente e não gozará de alguns benefícios previstos com o novo Código Florestal, como a diminuição da área de APP a recuperar em determinados casos e possibilidade de computar a áreas de APP como Reserva Legal.
Quem possui Reserva Legal averbada precisa cadastrar no CAR?
Sim. O CAR é obrigatório a todos os imóveis rurais, mesmo para aqueles que possuam a área da Reserva Legal averbada, pois o cadastro solicita informações que vão além da Reserva Legal.
Qual o prazo para cadastrar meu imóvel rural no CAR?
O prazo de inscrição no CAR se iniciou em maio de 2014 e vai é até 06/05/2015, podendo ser prorrogado por mais um ano por ato do Chefe do Poder Executivo.
Qual o prazo de validade do CAR? Ele precisa ser renovado?
O CAR não possui prazo de validade e somente precisará ser retificado por solicitação do órgão ambiental responsável ou caso haja alguma mudança na situação do imóvel.
Como fazer caso o pequeno produtor rural não tenha acesso ou encontre dificuldade em acessar a internet e quais as principais dificuldades que eles enfrentarão?
O produtor que não tiver amplo acesso à internet ou dificuldades no uso do computador poderá recorrer às Federações ou aos Sindicatos, que vai treinar instrutores para ajudá-los. Os agricultores, segundo o texto do Código Florestal, teriam prazo de um ano para encaminhar as informações à Receita Federal, mas o atraso na definição das normas deverá fazer com que o este prazo seja prorrogado por mais 12 meses.
Além da preocupação quanto aos erros no preenchimento do CAR, outra importante preocupação do produtor rural diz respeito ao mapeamento das propriedades rurais, baseado em imagens de satélite. Segundo especialistas apontam que a sobreposição de áreas no CAR deve se tornar um problema comum, podendo haver em muitos casos divergência entre os dados da matrícula do imóvel e as informações georreferenciadas.
O que é o CAR?
O Cadastro Ambiental Rural – CAR é um registro público, eletrônico, de abrangência nacional feito junto ao órgão ambiental competente. Criado pelo Novo Código Florestal Brasileiro, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e regulamentado pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, o registro é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem como finalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
Quem pode fazer o CAR?
O cadastro relativo à áreas rurais com até 4 módulos fiscais* (*Unidade de medida agrária usada no Brasil, expressa em hectares, variável conforme o município), pode ser feito pelo próprio titular.
Já o cadastro relativo à áreas rurais acima de 4 módulos fiscais, deve, necessariamente, ser feito por profissional capacitado. Contudo é importante frisar que o cadastro solicita ao usuário informações complexas, sendo recomendável o auxílio de um profissional possua conhecimento o tema.
Qual a documentação exigida no preenchimento do CAR?
Documentos relativos à comprovação da Concessão, Propriedade ou Posse e da Situação da Reserva Legal (quando existir); ART ( Anotação de Responsabilidade Técnica) do engenheiro agrônomo ou agrimensor, Memorial Descritivo e Planta para o cadastro de áreas rurais acima de 4 módulos fiscais*.
Aonde fazer o CAR?
Em regra geral, para cadastrar as informações, a lei exige que o produtor procure pelo Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) de seu Estado, conforme determinado pelo Ministério do Meio Ambiente. Caso o governo do Estado não tenha criado um SiCAR próprio, o sistema de uso federal é que deve ser utilizado. No âmbito dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Pará, o CAR já pode ser feito no SiCAR de cada Estado. É preciso utilizar um computador com acesso à Internet, fazer o download do programa e, em seguida, realizar o cadastro online.
No âmbito do Estado de Minas Gerais, por exemplo, o CAR será feito no SICAR-MG, por meio do Portal SisemaNet. É preciso utilizar um computador com acesso à Internet, fazer o download do programa e, sem seguida realizar o cadastro online.
Importante, a responsabilidade do cadastro em Minas Gerais é da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Semad, sob a coordenação executiva do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Após realização do cadastro, a propriedade já se encontra regular?
Ao final do cadastro do imóvel, o sistema emitirá um recibo, que será o documento comprobatório das informações cadastradas. Entretanto, a veracidade das informações inseridas é de inteira responsabilidade do cadastrado, que incorrerá em sanções penais e administrativas quando total ou parcialmente falsas, enganosas ou omissas e estarão sujeitas a validação pelo órgão ambiental, através de vistorias em campo e/ou analises individuais por parte de técnicos responsáveis .
O Cadastro é valido mesmo havendo déficits de APP e Reserva Legal ao final deles, sendo que esses deveram ser compensados ou recuperados nos prazos estabelecidos em lei.
Se não for feito o cadastro do imóvel rural no CAR, quais sanções e penalidades?
A não realização do CAR poderá restringir o acesso do proprietário/posseiro a linhas de crédito federal ou programas de fomento oferecidos pelos governos federal e estadual. Além disso, caso o proprietário/posseiro possua em sua área Reserva Legal e/ou Áreas de Proteção Permanente (APP) a recuperar, ele estará sujeito às penalidades impostas pela legislação vigente e não gozará de alguns benefícios previstos com o novo Código Florestal, como a diminuição da área de APP a recuperar em determinados casos e possibilidade de computar a áreas de APP como Reserva Legal.
Quem possui Reserva Legal averbada precisa cadastrar no CAR?
Sim. O CAR é obrigatório a todos os imóveis rurais, mesmo para aqueles que possuam a área da Reserva Legal averbada, pois o cadastro solicita informações que vão além da Reserva Legal.
Qual o prazo para cadastrar meu imóvel rural no CAR?
O prazo de inscrição no CAR se iniciou em maio de 2014 e vai é até 06/05/2015, podendo ser prorrogado por mais um ano por ato do Chefe do Poder Executivo.
Qual o prazo de validade do CAR? Ele precisa ser renovado?
O CAR não possui prazo de validade e somente precisará ser retificado por solicitação do órgão ambiental responsável ou caso haja alguma mudança na situação do imóvel.
Como fazer caso o pequeno produtor rural não tenha acesso ou encontre dificuldade em acessar a internet e quais as principais dificuldades que eles enfrentarão?
O produtor que não tiver amplo acesso à internet ou dificuldades no uso do computador poderá recorrer às Federações ou aos Sindicatos, que vai treinar instrutores para ajudá-los. Os agricultores, segundo o texto do Código Florestal, teriam prazo de um ano para encaminhar as informações à Receita Federal, mas o atraso na definição das normas deverá fazer com que o este prazo seja prorrogado por mais 12 meses.
Além da preocupação quanto aos erros no preenchimento do CAR, outra importante preocupação do produtor rural diz respeito ao mapeamento das propriedades rurais, baseado em imagens de satélite. Segundo especialistas apontam que a sobreposição de áreas no CAR deve se tornar um problema comum, podendo haver em muitos casos divergência entre os dados da matrícula do imóvel e as informações georreferenciadas.
El Niño não está confirmado para verão
A nova estação começa no dia 21 e terá chuvas irregulares em boa parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste
Depois
de um verão em 2014 com chuvas muito abaixo da média, a expectativa se
volta para a próxima estação, que começa no dia 21 de dezembro, às
21h03, horário de Brasília.
A
maior parte das simulações climáticas indica chuva acima da média no
Sul, abaixo da média no Norte e Nordeste e chuvas irregulares no Sudeste
e Centro-Oeste.
– É fato que a temperatura do Atlântico na costa da região Sul mais elevada que o normal e a temperatura do Atlântico na costa do Nordeste mais baixa que o normal, ajudará nesta configuração – avisa Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.
Entretanto, segundo ele, também pode ser que as simulações estejam “contaminadas” por um fenômeno El Niño, que até agora não se confirmou. E mesmo que a chuva venha acima da média no Sul, isto não quer dizer que ela ocorra de modo regular nesta região.
– Como este hipotético El Niño será fraco, ele não irá garantir chuva frequente – alerta Oliveira.
Nesta configuração, a temperatura ficará acima da média no Brasil durante o verão, com ocorrência de eventuais ondas de calor. Os meteorologistas chamam a atenção para o fim da estação, que promete ser bem mais seca e quente que o normal no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Mesmo assim, o previsor acalma os produtores:
– Nada comparado com a falta de chuvas do verão passado.
Segundo ele, a agricultura não sofrerá muito as consequências destas irregularidades, mas em relação ao abastecimento de água, precisaremos de mais um verão chuvoso para reverter o déficit.
– É fato que a temperatura do Atlântico na costa da região Sul mais elevada que o normal e a temperatura do Atlântico na costa do Nordeste mais baixa que o normal, ajudará nesta configuração – avisa Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.
Entretanto, segundo ele, também pode ser que as simulações estejam “contaminadas” por um fenômeno El Niño, que até agora não se confirmou. E mesmo que a chuva venha acima da média no Sul, isto não quer dizer que ela ocorra de modo regular nesta região.
– Como este hipotético El Niño será fraco, ele não irá garantir chuva frequente – alerta Oliveira.
Nesta configuração, a temperatura ficará acima da média no Brasil durante o verão, com ocorrência de eventuais ondas de calor. Os meteorologistas chamam a atenção para o fim da estação, que promete ser bem mais seca e quente que o normal no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Mesmo assim, o previsor acalma os produtores:
– Nada comparado com a falta de chuvas do verão passado.
Segundo ele, a agricultura não sofrerá muito as consequências destas irregularidades, mas em relação ao abastecimento de água, precisaremos de mais um verão chuvoso para reverter o déficit.
Estamos de Volta ao NOSSATERRA-Nordeste Rural
Mudança nas regras para os estabelecimentos que manipulam produtos de uso veterinário
As mudanças foram publicadas na Instrução Normativa nº 41, pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A IN 41 atualizou os textos que estabelecem regras, roteiro e tabela para vários pontos da norma relacionados aos locais de manipulação de produtos de uso veterinário. O anexo da IN que trata do regulamento técnico para registro e fiscalização destes estabelecimentos, ordena a partir da mudança, por exemplo, que seja vedada a manipulação destes produtos para todas as espécies animais destinadas à alimentação humana, exceto quando se tratar de preparações homeopáticas produzidas em conformidade com a Farmacopeia Brasileira de Homeopatia.Nas áreas comuns para produtos de uso veterinário e humano, fica permitida a armazenagem, estocagem, embalagem, rotulagem, manipulação de preparações magistrais e farmacopeicas (alopática e homeopática) e a dispensação.
Além disso, a IN acrescenta no texto a tabela de potências mínimas para a manipulação de produtos veterinários homeopáticos, os quais não estavam previstos anteriormente.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
O blog NOSSATERRA tira uma férias-Bem Rápida
Estaremos de volta na próxima semana. Assuntos particulares. Até.......................
O Que é Agricultura de Sequeiro
Agricultura de sequeiro
Origem
Agricultura de sequeiro é uma técnica agrícola para cultivar terrenos onde a pluviosidade
é diminuta. A expressão sequeiro deriva da palavra seco e refere-se a
uma plantação em solo firme(o contrário de brejeiro, ou de brejo, como é
comum nos países asiáticos e em Santa Catarina, no Sul do Brasil). Mas
isso não impede que o plantio seja irrigado em época de seca. O plantio
de sequeiro é intensivo e desenvolve-se nos planaltos da África, com
pouca rotação de culturas e aproveitamento do estrume. Essa forma de
agricultura é comum no sertão nordestino.1
Também é utilizada no Cerrado brasileiro e na fronteira dos Estados
Unidos com o México, uma região muito seca: máquinas escavam para
revirar a terra úmida do solo e expô-la ao solo, reciclando o solo.
Vendas de milho brasileiro devem cair
Recuperação
da safra do grão dos Estados Unidos e redução da janela de plantio da
segunda safra do Brasil são apontados como motivos
A
alta do dólar deve favorecer o preço do milho e incentivar o produtor
brasileiro a cultivar o cereal. Mesmo assim, a boa notícia não deve ser
suficiente para superar o problema provocado pelo atraso do plantio da
soja e a diminuição da janela para a segunda safra de milho. O assunto
foi destaque da reunião da Câmara Setorial do Milho e Sorgo, que
aconteceu nesta segunda, dia 8, em Brasília (DF).
–
É possível que o produtor, talvez, no que ele consiga plantar, ele
invista um pouco mais, ele faça um plantio de melhor qualidade, use um
pouco mais de adubo, porque com a condição de mercado mais retraída como
estava há alguns meses, o produtor estava com a tendência de reduzir o
pacote tecnológico, de investir menos. Agora, é até possível que ele
invista mais, mas aumentar entrando em área muito atrasado, eu acho que
vai ser mais difícil esse ano. Não sei se o produtor vai fazer isso –
relativiza o analista de mercado de milho da Conab Thomé Guth.
A redução da safra de milho dos Estados Unidos no ano passado abriu espaço para um aumento de exportações do grão produzido no Brasil. Mas com a recuperação do país norte-americano, as vendas brasileiras devem cair. Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que, enquanto em 2013 foram exportados 26 milhões de toneladas de milho, em 2014 esse número deve ficar em 19,5 milhões de toneladas.
Para o setor produtivo, o Brasil precisa consolidar o espaço que conquistou no mercado internacional e conseguir novos compradores.
– O Brasil vendeu no espaço que o americano deixou. E outra coisa, é difícil de nós brigarmos com o americano, porque alguém quer vender automóvel pra eles, alguém quer vender algum produto pra eles. A China, por exemplo, tantos manufaturados que a China tem... Os Estados Unidos falam: “te compro manufaturados disso ou daquilo, mas eu quero vender meu milho pra você”. Entende? Então, isso é um jogo comercial pesadíssimo, que o Brasil tem que ter competência – diz Cesário Ramalho, presidente da Câmara Setorial de Milho e Sorgo.
O presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, afirma que o mercado é franco que o Brasil precisa produzir, para não perder o espaço que começou a conquistar:
– Um ano tem milho a preço baixo demais, porque o governo não garantiu. No outro não tem, porque o produtor não plantou. Aí ele planta no terceiro... Isso não funciona. Eu chamo “o milho sanfona”. Isso não conquista mercado. Ou nós temos um plano sério de plantação de milho, ou então nós não vamos ser concorrentes internacionais não.
Canal Rural
A redução da safra de milho dos Estados Unidos no ano passado abriu espaço para um aumento de exportações do grão produzido no Brasil. Mas com a recuperação do país norte-americano, as vendas brasileiras devem cair. Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta que, enquanto em 2013 foram exportados 26 milhões de toneladas de milho, em 2014 esse número deve ficar em 19,5 milhões de toneladas.
Para o setor produtivo, o Brasil precisa consolidar o espaço que conquistou no mercado internacional e conseguir novos compradores.
– O Brasil vendeu no espaço que o americano deixou. E outra coisa, é difícil de nós brigarmos com o americano, porque alguém quer vender automóvel pra eles, alguém quer vender algum produto pra eles. A China, por exemplo, tantos manufaturados que a China tem... Os Estados Unidos falam: “te compro manufaturados disso ou daquilo, mas eu quero vender meu milho pra você”. Entende? Então, isso é um jogo comercial pesadíssimo, que o Brasil tem que ter competência – diz Cesário Ramalho, presidente da Câmara Setorial de Milho e Sorgo.
O presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, afirma que o mercado é franco que o Brasil precisa produzir, para não perder o espaço que começou a conquistar:
– Um ano tem milho a preço baixo demais, porque o governo não garantiu. No outro não tem, porque o produtor não plantou. Aí ele planta no terceiro... Isso não funciona. Eu chamo “o milho sanfona”. Isso não conquista mercado. Ou nós temos um plano sério de plantação de milho, ou então nós não vamos ser concorrentes internacionais não.
Canal Rural
Como reduzir a quantidade de moscas na propriedade rural
Para controlar o excesso de moscas na fazenda, o produtor só precisa adotar algumas medidas simples. Segundo o veterinário Vítor Hugo Grings, da Embrapa Suínos e Aves, o método mais adequado para controlar a população de moscas na propriedade rural é o mecânico. As moscas se alimentam de matéria orgânica como fezes de animais e de pessoas, restos de comida e sobras da produção agrícola.O método mecânico consiste em eliminar esses focos de atração, onde as moscas realizam a postura de larvas. “Qualquer matéria orgânica, onde o dejeto é fresco, oferece condições apropriadas para a proliferação de moscas. Essa matéria orgânica possui nutrientes e produz a condição ideal de temperatura e de umidade para atender essa larva no seu desenvolvimento”, explica o veterinário.
Além de causar incômodo tanto às pessoas quanto aos animais, moscas também são transmissoras de doenças pois, ao pousar em excrementos e depois em alimentos, os insetos acabam infectando-os com bactérias causadores de diferentes enfermidades.
Grings explica ainda que o controle químico, ou seja, o uso de veneno só deve ser usado quando a situação foge ao controle do produtor: “o veneno é um paliativo para os surtos de moscas. Se na propriedade tem um controle efetivo de moscas, com a adoção do método mecânico que mantém uma população reduzida mas ocorre um surto, é um indicativo de que o produtor tem que buscar a fonte de geração dessas moscas porque alguma coisa fugiu do seu controle”.
Vedar cercados na propriedade facilita a formação do Feno-em-pé
Uma alternativa para suprir a necessidade de pasto dos animais na época seca é a conservação de forragem na forma de feno-em-pé. Esta técnica tem se mostrado promissora, por ser de baixo custo e de fácil adoção. A produção de feno-em-pé consiste em selecionar determinadas áreas de pasto da fazenda e vedá-las ao acesso dos animais. “Esse procedimento deve ser feito no fim do verão, porque ainda tem temperatura elevada e um pouco de umidade para fazer crescer a forragem”, explica Valéria Pacheco Euclides, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte.A técnica permite que o pecuarista reserve o excesso de forragem produzido no período das águas para o pastejo direto dos animais durante a seca. Não é recomendável usá-la em regiões com inverno chuvoso. Para obter maior rendimento e forragem de melhor qualidade a área escolhida para vedação deve ser de fácil acesso e ter boa disponibilidade de água. Recomenda-se também a vedação escalonada das pastagens da seguinte forma: vedam-se 40% do total da área destinada ao feno-em-pé no início de fevereiro para consumo a partir de maio até final de julho; e os 60% restantes no início de março para utilização de agosto a meados de outubro.
Vale lembrar que a combinação de feno-em-pé com a suplementação alimentar durante o período seco, associada à utilização de forrageira de alta produtividade durante o verão, resultará em grande aumento da produtividade.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Uma variedade de macaxeira sem fiapos e mais produtiva
Essa nova variedade foi desenvolvida pelos pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental. É uma macaxeira amarela, macia e saborosa, a Aipim Manteiga não apresenta fibras, tem sabor adocicado e a textura da massa cozida é fina, características desejáveis para a produção de bolos, sequilhos, nhoques e purês. Com todas essas vantagens, os produtores rurais poderão obter bons lucros plantando.O programa de melhoramento da mandioca da Embrapa tem como finalidade básica o desenvolvimento e a avaliação de espécies adaptadas aos ecossistemas do trópico úmido das regiões brasileiras e que atendam às demandas do mercado consumidor. Para isso, utilizam-se técnicas de avaliação de tipos locais de mandioca assim como o a introdução, seleção e avaliação e de materiais originários de outras regiões.
A macaxeira, conhecida também como mandioca mansa, doce, de mesa ou aipim, é destinada principalmente ao consumo in natura. Apesar das peculiaridades dos ecossistemas, participa de forma significativa nos diversos sistemas de produção, quer isoladamente, em cultivos de fundo de quintal, ou em consórcio com outras culturas.
A mandioca desempenha importante papel entre as culturas agrícolas produzidas nacionalmente, além de ser responsável pela principal fonte de alimentação energética de boa parte da população e representa importante opção de desenvolvimento agroindustrial.
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