domingo, 15 de maio de 2011
Nova Friburgo-RJ 193 Anos-Parabéns
NOSSATERRA homenageia essa linda cidade serrana que tive o prazer de residir durante 3 anos. Saudades...
E lá se vão 193 anos desde que Dom João VI teve a ideia de povoar as terras do atual interior do Estado do Rio de Janeiro viabilizando imigrações europeias. Primeiro vieram os suíços, depois os alemães, italianos, japoneses, húngaros, libaneses, austríacos, espanhóis... não necessariamente nessa ordem, mas que, unidos, cada um com sua cultura, muito contribuíram para a criação desse mix mundial que sabe acolher e encantar a todos que por aqui chegam para ficar, passar alguma temporada ou apenas visitar. Assim é Nova Friburgo, um lugar que encanta por sua simpatia mágica, sua natureza de rara beleza em meio a muito verde e suas imponentes montanhas.
Este 16 de maio, dia do aniversário de Nova Friburgo, é claro, não será igual aos que passaram. É inegável que a cidade é outra e ainda sofre com o trauma daquela fatídica madrugada de 12 de janeiro. Por todos os lados, marcas de uma das tempestades de maior intensidade da história são visíveis. Cenários de destruição ainda estão presentes e as tristes imagens do episódio de repercussão internacional insistem em não sair da memória dos friburguenses, mas é esse mesmo povo que luta para dar a volta por cima e reconstruir aquilo que a natureza com sua força imperiosa danificou.
E quando se resolve refazer, sempre se tenta não só voltar ao que era antes, mas também melhorar os pontos não tão bons. E com esse espírito, Nova Friburgo soma mais um ano de vida nesta segunda-feira, com a esperança de renovação. Basta cada um fazer a sua parte. A tristeza por quem se foi e por aquilo que se perdeu não acabará, mas é chegada a hora de refazer, recuperar, reconstruir, renovar. Vamos em frente, Nova Friburgo! Parabéns pra você!
E lá se vão 193 anos desde que Dom João VI teve a ideia de povoar as terras do atual interior do Estado do Rio de Janeiro viabilizando imigrações europeias. Primeiro vieram os suíços, depois os alemães, italianos, japoneses, húngaros, libaneses, austríacos, espanhóis... não necessariamente nessa ordem, mas que, unidos, cada um com sua cultura, muito contribuíram para a criação desse mix mundial que sabe acolher e encantar a todos que por aqui chegam para ficar, passar alguma temporada ou apenas visitar. Assim é Nova Friburgo, um lugar que encanta por sua simpatia mágica, sua natureza de rara beleza em meio a muito verde e suas imponentes montanhas.
Este 16 de maio, dia do aniversário de Nova Friburgo, é claro, não será igual aos que passaram. É inegável que a cidade é outra e ainda sofre com o trauma daquela fatídica madrugada de 12 de janeiro. Por todos os lados, marcas de uma das tempestades de maior intensidade da história são visíveis. Cenários de destruição ainda estão presentes e as tristes imagens do episódio de repercussão internacional insistem em não sair da memória dos friburguenses, mas é esse mesmo povo que luta para dar a volta por cima e reconstruir aquilo que a natureza com sua força imperiosa danificou.
E quando se resolve refazer, sempre se tenta não só voltar ao que era antes, mas também melhorar os pontos não tão bons. E com esse espírito, Nova Friburgo soma mais um ano de vida nesta segunda-feira, com a esperança de renovação. Basta cada um fazer a sua parte. A tristeza por quem se foi e por aquilo que se perdeu não acabará, mas é chegada a hora de refazer, recuperar, reconstruir, renovar. Vamos em frente, Nova Friburgo! Parabéns pra você!
PARA PENSAR:
“Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris”
Ulisses Tavares
PARA REFLETIR:
“A razão pela qual intolerância, sexismo, racismo e homofobia existem é o medo. As pessoas têm medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido”
Madonn
“Olha de novo: não existem brancos, não existem amarelos, não existem negros: somos todos arco-íris”
Ulisses Tavares
PARA REFLETIR:
“A razão pela qual intolerância, sexismo, racismo e homofobia existem é o medo. As pessoas têm medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido”
Madonn
Notícias do PRODECENTRO
Prezados(as),
Conclindo o convênio firmado com o MDA/SDT, a Escola de Formação Quilombo dos Palmares (EQUIP), em parceria com a Rede de Jovens do Nordeste (RJNE), realizará entre as datas de 16 a 19 de junho a etapa regional do intercâmbio das juventudes rurais no munícipio de Cabaceiras/PB. Participarão dessa etapa 27 jovens oriundos dos 10 territórios rurais do estado do RN, mais 03 jovens da RJNE núcleo-RN. Todos os nomes foram selecionados na etapa estadual do Intercâmbio realizada entre 03 e 05 de dezembro passado, em Natal - Ponta Negra. Etapa essa onde contamos com o apoio dos/as senhores e senhoras.
Na ocasião do Encontro de dezembro, foi apresentada aos jovens dos territórios presentes a proposta geral da etapa regional. Todos os nove (09) estados nordestinos participarão do evento, somando um total de 300 participantes, 270 dos territórios e 30 da RJNE regional. Nós da RJNE do RN, estaremos realizando uma etapa de preparação entre as datas de 28 e 29 de maio em Natal, onde conversaremos com 12 jovens (distribuídos entre os 09 territórios que se fizeram presentes na etapa de dezembro) sobre a participação da delegação do RN no evento de Cabaceiras/PB. Trata-se de uma uma etapa de peparação, que estaremos realizando com uma contrapartida (apoio material e financeiro) da EQUIP e de alguns parceiros políticos.
Já entramos em contato com os jovens que participaram da etapa de dezembro e selecionamos alguns para estarem em Natal na data no final do mês. No que se refere a nossa ida a Cabaceiras/PB, cabe informar que estamos levantando orçamentos com algums empresas, e que nossa delegação estadual saíra na data de 15 de junho, provavelmente no horário da noite. Desde já, me coloco a disposição p esclarecer suas eventuais dúvidas.
Att,
Joane Araújo
Profa. de Sociologia da SEDUC/Ceará
Cientista Social (UFRN)
Militante da RJNE/RN
Articuladora da RJNE-RN do Convênio EQUIP/MDA
(85) 9977-9876
ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO DA CONTAG-ENFOC
REGIÃO NORDESTE 2011
NOS DIAS 26 DE ABRIL A 02 DE MAIO, HOUVE A 3º TURMA DA ESCOLA NACIONAL DE FORMAÇÃO DA CONTAG - REGIÃO NORDESTE, O LOCAL FOI NA ILHA DE ITAMARACÁ-RECIFE(PE), ONDE ESTE CURSO É PARA FORMAR EDUCADORES E EDUCADORAS EM AÇÃO SINDICAL E DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL E SOLIDÁRIO.
O OBJETIVO GERAL DA ENFOC É CONTRIBUIR COM A ELEVAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRITICA DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS PARA O ENFRENTAMENTO DA LUTA POLITICA, VISANDO A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE JUSTA, DEMOCRÁTICA, SOBERANA E SOLIDÁRIA.
ESTEVE PRESENTE MAIS DE 90 REPRESENTANTES DE SINDICATO E FEDERAÇÃO, TODOS REPRESENTANDO OS NOVE ESTADOS DO NORDESTE, DO RIO GRANDE DO NORTE ESTIVERAM PRESENTE NOVE REPRESENTANTES DOS POLOS SINDICAIS E DOIS DA FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA - FETARN.
REPRESENTANTE DA FETARN FORAM: ASSIS - SECRETARIO DE MEIO AMBIENTE E DARIONE - ASSESSORA.
REPRESENTANTE DOS POLOS FORAM:
ALMIR MEDEIROS – DO STTR DE ANGICOS - REPRESENTANDO O POLO CENTRAL;
NEUMA – DO STTR DE MARTINS - REPRESENTANDO O POLO AUTO OESTE;
ELIZAMAR – DO STTR DE PARELHAS - REPRESENTANDO O POLO SERIDÓ;
ASSIS – DO STTR DE ACARI - REPRESENTANDO O POLO SERIDÓ;
JUNIOR – DO STTR CARAUBAS - REPRESENTANDO O POLO MEDIO OESTE;
ROSALIA - DO STTR DE SANTANA DO SERIDÓ -REPRESENTANDO O POLO SERIDÓ;
FRANCISCA DIAS - DO STTR DE Dr. SEVERIANO -REPRESENTANDO DO POLO AUTO OESTE;
RUTI – DO STTR DE ITAIPU - REPRESENTANDO O POLO MATO GRANDE;
QUETSON – DO STTR DE ITAJA - REPRESENTANDO O POLO DO VALE DO AÇU.
OS PALESTRANTES E OS TEMAS DISCUTIDOS FORAM:
ALEXANDRE MEREM - EDUCADOR PEDAGOGICO DA ENFOC - TEMA "INTRODUÇÃO AO CAMPO, SUJEITO E IDENTIDADE.
SOCORRO SILVA - PROFESSORA DA UFCG E COLABORADORA DA ENFOC - TEMA "OCUPAÇÃO ESPACIAL E CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NORDESTINA".
ANTENOR LIMA - ASSESSOR DA CONTAG E EDUCADOR DA ENFOC - TEMA "ESTADO, SOCIEDADE E IDEOLOGIA".
SILVANE MAGALI - PROFESSORA DA UFMA E COLABORADORA DA ENFOC - TEMA
"A CONSTRUÇÃO DO PATRIARCADO NO PENSAMENTO HEGEMÔNICO-ORIGEM E EXPRESSÕES".
AMARILDO - ASSESSOR DA CONTAG E EDUCADOR DA ENFOC - TEMA
"REFLEXÃO ENSINO/APRENDIZAGEM: O QUE A VIVENCIA TEM PROVOCADO EM MIM".
ANTONIO NOVAES - PROFESSOR DA UFPB E COLABORADOR DA ENFOC - TEMA "RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO BRASIL E NO NORDESTE".
LUIZA DE MARILACK - EDUCADORA POPULAR - TEMA
"GÊNERO E SEXUALIDADE - A CONSTRUÇÃO DO PRECONCEITO".
E SOCORRO SOUZA - ASSESSORA DA CONTAG E EDUCADORA DA ENFOC - TEMA "GÊNERO E SEXUALIDADE - A VIOLÊNCIA E DISCRIMINAÇÃO".
TEVE TAMBEM DINAMICAS SOBRE OS TEMAS, APRESENTAÇÕES DE GRUPOS, VIDEOS E ENTRE OUTROS.
Representantes do Grito da Terra são recepcionados pelo ministro Negromont
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, recebeu na tarde desta quarta-feira (11), em seu gabinete, 21 representantes do movimento Grito da Terra Brasil 2011. Juntamente com a Secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, e a Secretária Executiva do Conselho das Cidades, Marta Morosini, Negromonte ouviu as reivindicações pelas melhorias e garantiade recursos para os trabalhadores da agricultura rural.
Como porta voz do movimento, o Secretário de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris, apresentou pontos relevantes sobre reajustes no Programa Minha Casa Minha Vida Rural e propôs novas sugestões de regularização fundiária. Representantes das Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) d Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Bahia, Goiás, Ceará, Maranhão, Alagoas, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo discutiram ações de melhorias para o setor.
Mário Negromonte ouviu atentamente os trabalhadores e garantiu que durante seu mandato irá caminhar junto aos movimentos sociais, como o Grito da Terra Brasil. Vamos simplificar essas normativas, alcançar os objetivos e atender as necessidades dos agricultores. O setor pode contar com o Ministério das Cidades para cumprirmos juntos todas estas propostas, declarou o ministro.
Após a discussão, a Secretária Inês Magalhães analisou cada ponto apresentado e parabenizou a iniciativa dos trabalhadores. Reconheço o esforço do desafio de todos sobre o Minha Casa, Minha Vida. O Grito da Terra faz um ótimo trabalho, sempre bem organizado. No caso da regularização fundiária, a preocupação não é somente com a aplicação do dinheiro, mas sim para o trabalhador não ser prejudicado. Vamos repensar nas verbas destinadas à reforma em casas rurais e realizar um trabalho de sensibilização na organização e reestruturação das entidades do programa. Defendemos fervorosamente essas causas, anunciou a Secretária.
O Secretário da Contag comemorou o resultado do encontro. Para o trabalhador rural, uma casa não é somente uma moradia. É um lugar onde se constrói a vida, onde se encontra condições para o crescimento do agricultor. O significado é maior. Por isso, lutamos. Já tivemos muitas mobilizações necessárias e grande conquistas para o setor, mas precisamos repensar algumas simplificações, sem ilegalidades, para o programa na área rural. Saímos muito satisfeitos desta reunião, com muita expectativa nestas melhorias. Acreditamos que iremos avançar, finalizou.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
segunda-feira, 9 de maio de 2011
ABC Futebol Club - 52º Título-Salve o Mais Querido
Parabéns ao ABC Futebol Club por mais uma conquista gloriosa. O Time mais querido do estado, também é o campeão nacional da série C, mantendo assim, a hegemonia do futebol norteriograndense. Salve o mais querido. Campeão das multidões, como disse Donzinho no seu hino.
domingo, 8 de maio de 2011
E Viva as Mães
PARA PENSAR:
“Perguntaram a uma menina onde era a sua casa e ela respondeu: ‘É onde está a minha mãe!’”
Keith L. Brooks
PARA REFLETIR:
“A maternidade tem o preço determinado por Deus, preço que nenhum homem pode ousar diminuir ou não entender”
Helen Hunt Jackson
“Perguntaram a uma menina onde era a sua casa e ela respondeu: ‘É onde está a minha mãe!’”
Keith L. Brooks
PARA REFLETIR:
“A maternidade tem o preço determinado por Deus, preço que nenhum homem pode ousar diminuir ou não entender”
Helen Hunt Jackson
Feliz dia das Mães
NOSSATERRA parabeniza todas as mães do meu Brasil em especial do meu estado RN e da minha querida Fernando Pedroza. Elas são a verdadeira razão de nossaa vidas. Dedico esse dia tão precioso a minha querida mãe, Dona Olélia, que encontra-se no céu, junto ai pai supremo, presente que recebeu de Deus, pelo que representou aqui na terra, pela honestidade, amor fraternal, candura, ternura e carinho sem limites, com seus entes queridos. Gostaria muito, mais muito mesmo, que ela estivesse aqui comigo. Um beijo minha mãe. Seu filho nunca deixará de te amar. Anilton Souza
Capim Elefante: Uma Nova Fonte Alternativa de Energia*
Segundo Urquiaga,
Bruno Alves,
Robert Boddey
Bruno Alves,
Robert Boddey
A cultura de capim-elefante (Pennisetum purpureum) é altamente eficiente na fixação de CO2 (gás carbônico) atmosférico durante o processo de fotossíntese para a produção de biomassa vegetal. Esta característica é típica de gramíneas tropicais que crescem rapidamente e otimizam o uso da água do solo e da energia solar para a produção de biomassa vegetal.
O capim-elefante tem sua origem da África. Apresenta uma grande variabilidade genética, com características variáveis de rendimento, fotoperíodo, perfilhamento, relação colmo/folha e qualidade como forragem. A seleção de variedades de alto rendimento e qualidade, visando fundamentalmente seu uso como forragem animal, tem sido o principal objetivo dos estudos com essa cultura.
Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o capim-elefante apresenta um alto potencial para uso não apenas como fonte alternativa de energia senão também para a obtenção de carvão vegetal usado na produção industrial de ferro gusa. Além disso, deve-se destacar que o capim-elefante, por apresentar um sistema radicular bem desenvolvido, poderia contribuir de forma eficiente para aumentar o conteúdo de matéria orgânica do solo, ou o seqüestro de C (carbono) no solo.
O capim-elefante tem sua origem da África. Apresenta uma grande variabilidade genética, com características variáveis de rendimento, fotoperíodo, perfilhamento, relação colmo/folha e qualidade como forragem. A seleção de variedades de alto rendimento e qualidade, visando fundamentalmente seu uso como forragem animal, tem sido o principal objetivo dos estudos com essa cultura.
Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o capim-elefante apresenta um alto potencial para uso não apenas como fonte alternativa de energia senão também para a obtenção de carvão vegetal usado na produção industrial de ferro gusa. Além disso, deve-se destacar que o capim-elefante, por apresentar um sistema radicular bem desenvolvido, poderia contribuir de forma eficiente para aumentar o conteúdo de matéria orgânica do solo, ou o seqüestro de C (carbono) no solo.
Produção de biomassa
O CO2 atmosférico é a fonte de C da planta para seu crescimento, utilizado através do processo fotossintético. Pode-se considerar que esta fonte de CO2 é ilimitada, e, por isso, a acumulação de biomassa pelas plantas dependerá apenas de outros fatores que afetam o crescimento vegetal, destacando-se a disponibilidade de nutrientes minerais, as condições físicas e químicas do solo, a disponibilidade de água e adequada temperatura. Relatos de pesquisa mostram que a produção anual de biomassa desta cultura pode chegar a mais de 100 Mg ha-1, desde que genótipos eficientes sejam utilizados e condições próximas das ideais sejam garantidas. Porém, quando o capim-elefante é cultivado para uso como fonte de energia (produção de carvão vegetal), é interessante que os teores de P e N (nitrogênio) nos tecidos da planta sejam baixos para garantir a melhor qualidade do carvão para uso na siderurgia. Por isso, o uso de fertilizantes deve ser racionalizado, o que faz com que os níveis de produtividade da cultura normalmente fiquem num patamar bem abaixo do potencial da cultura. A Embrapa Agrobiologia vem desenvolvendo estudos com a cultura para identificar genótipos capazes de acumular níveis satisfatórios de biomassa em solos pobres em N. Nestes estudos, mostrou-se que alguns genótipos recebem contribuições significativas da fixação biológica de nitrogênio, o que aparentemente lhes garante a condição para produzir mais de 30 t/ha/ano de colmos secos, com mínima aplicação de outras fontes de nutrientes. A qualidade do material produzido tem sido considerada ideal para produção de carvão.
Capim-elefante para uso em siderurgia
Em geral, o teor de C nos tecidos vegetais apresenta mínima variação. Na biomassa vegetal do capim elefante o teor de C é aproximadamente 42%, na base de matéria seca. Assim, uma produção média de biomassa seca de colmos de capim elefante de 30 t/ha/ano, como conseguida na Embrapa Agrobiologia, acumularia um total de 12,6 t C/ha/ano Se toda a biomassa é utilizada na produção de carvão vegetal, e considerando que no processo de carvoejamento apenas 30% da biomassa se transforma em carvão, deduz-se que cerca de 3,8 Mg C ha-1 ano-1 derivado do capim elefante tem potencial de substituir o carbono mineral usado na produção de ferro gusa. Deve-se destacar que o carvão derivado da biomassa do capim elefante serve tanto como fonte de energia como na própria constituição do ferro gusa.
No caso do carvão da biomassa de capim elefante substituir, por exemplo, 200.000 toneladas por ano de carvão mineral, quantidade média usada na indústria siderúrgica de médio porte, pode-se deduzir que o potencial de substituição de C derivado do capim elefante seria de 84.000 toneladas de C/ano, o equivalente a 308.000 toneladas de CO2 /ano. Para isso seriam necessários 12 mil ha plantados com o esta cultura.
Faltaria ainda avaliar a possibilidade de se produzir carvão vegetal incluindo-se as folhas, pois a relação colmo/folha desta cultura pode variar entre genótipos, assunto que também está sendo estudado na Embrapa Agrobiologia em nível de campo. Os dados obtidos na área experimental da Embrapa Agrobiologia indicam que nas variedades Gramafante, Cameroon Piracicaba e BAG 02, selecionadas durante 10 anos de pesquisa em cooperação com a Embrapa Gado de Leite, a relação colmo/folha varia de 1,5 a 2,7. Caso o processo de carvoejamento permita o processamento de folhas sem diminuição da eficiência, o potencial de produção de carvão por hectare para uso em siderurgia aumentaria em 60 a 100%.
Impacto econômico
O protocolo de Quioto, assinado por 170 países em 1997, visa reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera para valores equivalentes aos observados em 1990. Os países europeus, signatários do Protocolo, deverão ter suas metas de emissão atingidas em 2005. Essa determinação fez com que o chamado “mercado de comodities de carbono” ganhasse maior importância. A idéia é a de que países com altos níveis de emissão de CO2 possam comprar créditos de C de países que sejam considerados não poluidores e que estejam adotando práticas que permitam seqüestrar ainda mais C da atmosfera. Em outras palavras os poluidores pagarão para que outros países façam o seqüestro de C para eles. Embora represente um ônus para os países poluidores, o mercado de C permite que rapidamente consigam cumprir as metas com Quioto sem que sofram impactos negativos pela obrigatoriedade de reduzir suas atividades (industriais, urbanas, agrícolas etc) que respondem pelas emissões de CO2 atuais.
O mercado de comodities de C de empresas européias considera um preço de US$ 10.oo dólares por tonelada de CO2 seqüestrado ou pela redução na emissão. Assim, baseado nos dados apresentados acima, pode-se estimar que uma empresa de mineração seqüestrando ou deixando de emitir o equivalente a 308.000 toneladas de CO2 ano-1, poderia captar cerca de US$ 3.080.000.oo a cada ano somente por este mecanismo. Adicionalmente, deve-se destacar que existem fortes indícios de que produtos que utilizam fontes de energia renovável terão um valor agregado que facilitará sua inserção em novos mercados com melhores preços.
No País, do ponto de vista socio-econômico, a inserção da cultura de Capim elefante como fonte de energia renovável contribuirá significativamente no agronegócio, diversificando a economia, como também aumentado sensivelmente a fonte de empregos.
O Capim Elefante
1. INTRODUÇÃO:
Não pairam dúvidas de que as gramíneas constituem a mais importante
família no aspecto científico e econômico. São proeminentes no recorde
absoluto de distribuição geográfica completa e constituem uma excelente fonte
de alimentos aos herbívoros domésticos. Seus representantes dão encontrados
nas mais largas altitudes e latitudes e seu grau de distribuição nas regiões é
denso e contínuo.
As pastagens apresentam grande importância territorial no Brasil,
quando se observa que 70 % das terras do setor agropecuário, o qual constitui
30 % do território nacional, são ocupadas por pastagens (FAO, 2002) e que
cerca de 90 % dos bovinos abatidos são criados exclusivamente em pastos ou
apenas com pequena suplementação após a desmama.
Nos últimos anos a pesquisa deu grandes saltos, reiterando essa
importância das pastagens, mas o cenário nacional em nível de campo não tem
acompanhado as mudanças. Não é de hoje que os produtores baseiam-se em
critérios simplistas e empíricos para o manejo das pastagens, com concepções
tradicionalistas e extrativistas. Isso resultou na chamada busca pela forrageira
milagrosa, que produzisse bem em solos com baixa fertilidade, na seca e sem
adubação, pois após alguns anos após a implantação de uma pastagem, esta já
se encontrava em algum estágio de degradação, retratando quase 50 % das
pastagens nacionais. Essa busca pela forrageira milagrosa levou ao lançamento
de inúmeras espécies e cultivares, que passaram a ser utilizadas sem seus
devidos estudos, desfazendo de forrageiras de grande capacidade produtiva.
E neste contexto, o capim-elefante se encaixa perfeitamente, pois vêm
sendo tido como de alta produção forrageira, mas de baixa produtividade
animal. No entanto, o capim-elefante é uma das gramíneas mais difundidas e
importantes no Brasil, podendo ser utilizada de diversas formas, e alcançando
bons níveis de produção animal quando bem manejada.
Dado o exposto, objetivou-se caracterizar o capim-elefante, desde sua
origem e classificação até suas formas de utilização; apresentar as produções
obtidas, tanto de leite quanto de ganho de peso, com o uso do capim-elefante
3
na alimentação animal; e demonstrar que seu uso é produtivo e
economicamente viável.
2. ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA:
Segundo RODRIGUES et al. (2001), o capim-elefante é originário do
continente Africano, mais especificamente da África Tropical, entre 10ºN e 20ºS
de latitude, tendo sido descoberto em 1905 pelo coronel Napier. Espalhou-se
por toda África e foi introduzido no Brasil em 1920, vindo de Cuba. Hoje,
encontra-se difundido nas cinco regiões brasileiras.
Sua descrição original data de 1827 (TCACENCO e BOTREL, 1997),
porém sofreu modificações ao longo do tempo. Atualmente, a espécies
Pennisetum purpureum pertence à família Graminae, sub-família Panicoideae,
tribo: Paniceae, gênero: Pennisetum L. Rich e espécie: P. purpureum,
Schumacher (STEBBINS e CRAMPTON, 1961).
3. DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA:
Uma compilação de descrições do capim-elefante (ALCÂNTARA &
BUFARAH, 1983; NASCIMENTO JUNIOR, 1981; DERESZ, 1999) o descreve
como uma gramínea perene, de hábito de crescimento cespitoso, atingindo de
3 a 5 metros de altura com colmos eretos dispostos em touceira aberta ou não,
os quais são preenchidos por um parênquima suculento, chegando a 2 cm de
diâmetro, com entrenós de até 20 cm. Possui rizomas curtos, folhas com
inserções alternas, de coloração verde escura ou clara, que podem ser
pubescentes ou não, chegando a alcançar 10 cm de largura e 110 cm de
comprimento. As folhas apresentam nervura central larga e brancacenta,
bainha lanosa, invaginante, fina e estriada, lígula curta, brancacenta e ciliada.
Sua inflorescência é uma panícula primária e terminal, sedosa e contraída, ou
seja, com rácemos espiciformes em forma de espiga, podendo ser solitária ou
aparecendo em conjunto no mesmo colmo. A panícula tem, em média, 15 cm
de comprimento, formada por espiguetas envolvidas por um tufo de cerdas de
tamanhos desiguais e de coloração amarelada ou púrpura. Apresenta
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abundante lançamento de perfilhos aéreos e basilares, podendo formar densas
touceiras, apesar de não cobrirem totalmente o solo.
4. CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS:
Em 1983, ALCÂNTARA & BUFARAH, resumiu suas características
agronômicas, onde pode-se encontrar suas principais adaptações e tolerâncias.
Para complementar essa descrição, fez-se uso dos seguintes artigos:
RODRIGUES et al. (1975), JACQUES (1994) e MOSS (1964). Das características
agronômicas podemos destacar:
- Altitude – desde o nível do mar até 2.200 metros, sendo mais adaptada à
altitudes de até 1.500 metros.
- Temperatura – de 18 a 30 ºC, sendo 24 ºC uma boa temperatura. Porém é
importante a amplitude dessa temperatura. Dependendo da cultivar, pode
suportar o frio e até geadas.
- Precipitação – De 800 a 4.000 mm. Vegeta em regiões quentes e úmidas
com precipitação anual de mais de 1.000 mm, porém o mais importante é sua
distribuição ao longo do ano, por ser uma forrageira muito estacional, onde 70-
80 % de sua produção ocorre na época das águas. Possui baixa tolerância à
seca, podendo atravessar a estação seca com baixa produção se possuir raízes
profundas (bem estabelecida).
- Radiação – Difícil de se saturar, mesmo em ambientes com elevada
radiação. Possui alta eficiência fotossintética.
- Solo – adapta-se a diferentes tipos de solo, com exceção dos solos mal
drenados, com possíveis inundações. É encontrado em barrancas de rios,
regiões úmidas e orlas de floresta. Não foram observados registros de
tolerância à salinidade.
- Topografia – pode ser cultivada em terrenos com declives de até 25 %
devido ao seu baixo controle da erosão do solo.
- Produção – relatos de produções de 300 toneladas de matéria verde por
hectare são encontrados, mas a média nacional encontra-se bem baixo desta.
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- Fertilidade – exigente em relação aos nutrientes; e não tolera baixo pH e
alumínio no solo.
- Propagação – por via vegetativa, utilizando-se colmos; poucas sementes são
viáveis, tendo um valor cultural próximo a 30 %.
- Consórcio – devido à sua agressividade é difícil consorciar-se a leguminosas,
porém, quando mantida próximo aos 60 cm, pode facilitar o estabelecimento de
leguminosas, como soja, siratro, kudzu, dentre outras.
5. GRUPOS DAS CULTIVARES:
As cultivares têm sido divididas em grupos de acordo com a época de
florescimento, pilosidade da planta, diâmetro do colmo, formato da touceira,
largura da folha, número e tipo de perfilhos (CARVALHO et al., 1972; BOGDAN,
1977; PEREIRA, 1993). PEREIRA, em 1993, considerando as principais
características com função discriminatória e importância agronômica, bem como
a constituição genética, definiu grupos com relação ao tipos básicos:
- Grupo Anão: as cultivares deste grupo são mais adaptadas para pastejo em
função do menor comprimento dos entrenós. As plantas desse grupo
apresentam porte baixo (1,5 m) e elevada relação lâmina:colmo. Um exemplo é
a cultivar Mott.
- Grupo Cameroon: apresentam plantas de porte ereto, colmos grossos,
predominância de perfilhos basilares, folhas largas, florescimento tardio (maio a
julho) ou ausente, e touceiras densas. Têm-se como exemplo as cultivares
Cameroon, Piracicaba, Vruckwona e Guaçú.
- Grupo Mercker: Caracterizado por apresentar menor porte, colmos finos,
folhas finas, menores e mais numerosas, e época de florescimento precoce
(março a abril). As cultivares Mercker, Mercker comum, Mercker Pinda fazem
parte deste grupo.
- Grupo Napier: As cultivares deste grupo apresentam variedades de plantas
com colmos grossos, folhas largas, época de florescimento intermediaria (abril a
maio) e touceiras abertas. Têm exemplares como as cultivares Napier, Mineiro
e Taiwan A-146.
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- Grupo dos Híbridos: Resultantes do cruamento entre espécies de
Pennisetum, principalmente P. purpureum e P. americanum.
A identificação das cultivares é importante, pois permite uma
recomendação mais próxima da correta, para o manejo e sistema de utilização.
6. ESCOLHA DA ESPÉCIE E CULTIVAR:
A escolha da espécie forrageira é um fator altamente importante, que
determinará a produtividade e longevidade da pastagem, juntamente com o
manejo adotado (ALCÂNTARA & BUFARAH, 1983).
O solo constitui uma das partes determinantes do bom desenvolvimento
de uma forrageira. Suas propriedades tanto químicas quanto físicas influem
decisivamente no estabelecimento das pastagens. Assim, a fertilidade do solo
destaca-se quando a meta é ter altas produções, não esquecendo que uma
exploração racional é essencial para obter este resultado. As características
físicas do solo, como a textura, a estrutura e sua profundidade, desempenham
papel limitante na seleção das espécies. O capim-elefante exige solos mais
profundos e friáveis, com possibilidade de mecanização, além de práticas de
reposição de nutrientes, para que seu estabelecimento e produção não sejam
comprometidos.
Um fator que nunca deve ser esquecido é o clima da região, pois não
pode ser modificado. O capim-elefante tolera climas adversos, todavia, cada
cultivar tem suas adaptações e tolerâncias, onde se adequam mais a cada
condição em particular.
Finalmente, e não menos importante que os demais fatores na escolha,
está o propósito a que ela se destinará na propriedade, como capineira,
ensilagem, pastejo, temporárias... A atividade a ser exercida, como extração de
carne, leite ou lã, e o hábito de pastejo das espécies a serem utilizadas, por
exemplo, diferencia a espécie ou a cultivar mais indicada. Como foi visto acima,
algumas cultivares são mais aptas ao pastejo, enquanto outras são mais aptas
ao corte.
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É importante ressaltar que o nível tecnológico do produtor e sua
disponibilidade econômica são fatores limitantes para o uso desta espécie, que
requer alta fertilidade, solos mecanizáveis e um manejo mais rigoroso, com
possibilidade de suplementação nas estações secas do ano.
7. PLANTIO:
Para o estabelecimento tanto de capineiras como de pastagens de
capim-elefante é necessário que o produtor adote práticas de manejo
adequadas. Por meio do conhecimento das práticas de estabelecimento e
manejo desta espécie, pode-se obter um incremento na produção, carne e, ou,
leite, por animal e por área. Para tanto, alguns cuidados no estabelecimento da
forragem devem ser observados para que se possa conseguir elevados
rendimentos.
- Escolha da área:
De acordo com DERESZ et al. (1994), o capim-elefante é uma planta
extremamente sensível ao encharcamento do solo. Desta forma, as áreas da
propriedade sujeitas a inundações ou elevação do lençol freático devem ser
evitadas. Além disso, áreas com declive acima de 25 a 30% não devem ser
utilizadas, pois são de difícil mecanização, além do hábito de crescimento do
capim-elefante que é cespitoso, e no início do estabelecimento pode deixar o
solo descoberto, sujeito à erosão.
Assim, as áreas mais indicadas ao cultivo do capim-elefante são aquelas
relacionadas aos terraços e meia-encosta, áreas estas não sujeitas às
inundações. Essas áreas, além de não apresentarem impedimento à
mecanização, são também as que apresentam os solos de fertilidade natural
mais elevada.
No caso específico da formação de capineiras, deve-se atentar para a
localização, com proximidade ao curral ou estábulo, tendo em vista facilitar os
transporte da forragem colhida (GOMIDE, 1997).
8
- Preparo do solo:
Responsável por grande parte o sucesso do empreendimento, o preparo
do solo está intimamente relacionado às condições climáticas e de solo. Este,
deve ser feito de forma que possa propiciar uma boa condição para a brotação
das mudas ou germinação das sementes.
Para tanto é necessário que o solo seja muito bem trabalhado,
utilizando-se de máquinas adequadas para reduzir ou eliminar as
irregularidades do terreno onde possa acumular água, e quebrar os torrões de
terra (ALCÂNTARA & BUFARAH, 1983).
Uma das finalidades do preparo do solo é o despraguejamento total,
para que o estabelecimento e longevidade da pastagem não seja comprometida
com a concorrência por água, luz e nutrientes. Merece destaque o
estabelecimento de pastagens de capim-elefante em áreas onde antes eram
cultivadas com braquiárias. Segundo observações feitas em nível de fazendas, o
custo de manutenção destas pastagens é bastante aumentado, em função das
constantes capinas e, ou, aplicações de herbicidas que se fazem necessário.
Desta forma, ao se estabelecer pastagens de capim-elefante, em áreas antes
cultivadas com braquiárias, recomenda-se trabalhar a área pelo menos por dois
anos, utilizando-se culturas anuais, com a finalidade de reduzir a população de
sementes no solo e, com isto, reduzir o custo de manutenção destas pastagens
(MARTINS e FONSECA, 1994).
Desta forma, dependendo do tipo de solo, uma aração seguida de uma
gradagem são suficientes. Em situações em que há necessidade de se fazerem
duas arações, recomenda-se que a primeira seja rasa, com a finalidade de
eliminar restos culturais, enquanto que a segunda deve ser feita entre 20 e
30cm (RODRIGUES e REIS, 1993).
- Época adequada:
O plantio na época adequada é de vital importância para sua utilização
eficaz e rápida. Para a região sudeste do Brasil, ALCÂNTARA & BUFARAH, em
1983, recomendaram que o período de plantio para as espécies de forrageiras
9
tropicais deveria ser o período em que se tivessem temperaturas elevadas e
chuvas em maior quantidade, onde as gramíneas, quando em exclusividade,
devem ser semeadas ou plantadas em setembro ou outubro. Mais
especificamente para o capim-elefante, EVANGELISTA & LIMA, em 2002,
recomendam o verão, especificamente o início do período chuvoso.
- Quantidade de mudas:
Segundo ALCÂNTARA & BUFARAH (1983), 1 hectare de mudas forma 10
hectares de pasto, e EVANGELISTA & LIMA (2002) complementam que isto
equivale a 4 toneladas de mudas. No entanto essa quantidade irá variar em
função não só da cultivar escolhida, mas do método de plantio, dos
espaçamentos utilizados e com o tipo de muda. Assim, de um modo geral, 5 a 6
toneladas de mudas são necessárias para a formação de 1 ha de pastagem de
capim-elefante, para um espaçamento de 50 a 70cm entre sulcos. Donde
conclui-se que 1 ha de viveiro bem estabelecido é suficiente para o
estabelecimento de 6 a 8 ha.
- Qualidade das mudas:
Os colmos devem ter mais de 100 dias de idade, com gemas laterais
protuberantes, porém sem qualquer início de brotação (MARTINS et al., 1998;
EVANGELISTA & LIMA, 2002). Sendo que as melhores mudas são obtidas dos
2/3 inferiores do colmo. Ao contrário do que muitos acreditam as mudas velhas
não são boas para o plantio. Porém elas podem ser utilizadas, mas neste caso
deve-se utilizar um maior número de mudas por sulco. Mudas muito novas
também não são recomendadas, pois apresentam reduzido número de gemas
em condições de emitir rebrotação.
As mudas não precisam ser desfolhadas para serem colocadas no sulco,
e podem ser armazenadas, à sombra, por períodos de até 25 dias, sem
comprometer a brotação, desde que não se façam montes (EVANGELISTA &
LIMA, 2002).
10
- Método de plantio e espaçamentos:
O método de plantio determina tanto o preço da implantação (mão-deobra,
quantidade de mudas e maquinários) como a população e disposição das
plantas no local, o que afeta diretamente a época e rendimento do primeiro uso
da pastagem ou capineira após o plantio.
Sulcos: Os colmos devem ser colocados em sulcos de 10-15 cm de
profundidade, na posição pé com ponta (ALCÂNTARA & BUFARAH, 1983). Estes
autores citaram que ocorre uma melhor brotação quando os colmos são
cortados em pedaços de 2 a 3 gemas (no próprio sulco), enquanto que
EVANGELISTA & LIMA (2002) indicam frações contendo de 3 a 5 gemas para
um maior perfilhamento, no entanto, há uma grande variação de
recomendações encontradas na literatura brasileira, desde não cortar os
colmos, passando pela colocação de dois colmos invertidos juntos e pela
colocação da ponta de um colmo ultrapassando o pé do próximo, até o corte
dos colmos e colocação de palhada por cima.
O espaçamento utilizado no estabelecimento do capim-elefante é, em
última análise, aquele que promove maior ou menor densidade de touceiras,
aliado a um bom preparo de solo, uma boa muda e uma boa adubação. Em
relação ao espaçamento que deve ser utilizado, também há uma grande
variação, onde em trabalhos mais antigos maiores espaçamentos entre linhas
são recomendados, como 1,2 metros. Em trabalhos mais recentes, como
GOMIDE (1997) e MARTINS et al. (1998), é fácil encontrar valores de 0,5 a 1,0
metros entre linhas. No entanto, em 1996, MACHADO e colaboradores
publicaram um artigo no qual trabalharam todas as combinações dos seguintes
espaçamentos: 0,25, 0,50, 0,75 e 1,00 metros entre linhas e entre plantas. E
estes autores demonstraram que 0,25 x 0,25 (Figura 1) foi o melhor
espaçamento em termos de produção no primeiro corte, teor de proteína bruta,
população de plantas e fechamento do dossel.
11
Figura 1 - Relação entre a produção total de matéria seca e os espaçamentos
das plantas dentro das linhas (B) e entre linhas (A) (MACHADO et al.,
1996).
Covas: Distâncias de 50 x 50cm ou 50 x 100 cm entre covas eram mais
utilizadas na década de 50-60. Hoje em dia, recomendações de espaçamentos
de 0,5 a 0,8 metro entre covas e 0,8 a 1,0 metro entre fileiras (GOMIDE, 1997).
No artigo publicado por CARVALHO e MOZZER, em 1971, comparando
alguns métodos de plantio, pode-se observar que os plantios realizados com a
estaca inteira, com ou sem a palhada de cobertura, foram superiores aos outros
métodos de plantio, porém somente foi observado este fato no primeiro
experimento (Tabela 1).
Tabela 1 – Comparação de métodos de plantio nas primeiras produções de
forragem de capim-elefante.
MV (t/ha)
Método de plantio
1º corte1 2º corte1 1º corte2 2º corte2
Cova, 2 estacas (3 gemas cada) 33,0 34,5 30,6 4,3
Sulco, estacas com 3 gemas 58,8 34,5 23,4 4,9
Sulco, estaca invertida + palha cobrindo 61,3 46,0 28,0 5,2
Sulco, estaca invertida sem palha 77,2 40,6 30,1 4,7
1- corte relativos ao 1º experimento; 2- cortes de um 2º experimento.
Fonte: CARVALHO e MOZZER, 1971.
12
Cada caso é um caso e deve ser tratado como tal. Assim, a escolha do
método e do espaçamento dependerá de fatores como quantidade de mudas
disponíveis, necessidade de um 1º uso precoce, declividade, do tipo de uso,
dentre outros. No sistema em que se utiliza o capim-elefante sob pastejo, é
importante que se obtenha uma cobertura vegetal intensa, o mais rapidamente
possível, após o plantio. Assim, recomendam-se menores espaçamentos entre
sulcos de plantio. Espaçamentos maiores favorecem o aparecimento de plantas
invasoras, devido à demora na cobertura do solo.
- Adubação de estabelecimento:
Com relação à adubação, é fato reconhecido que o capim-elefante é uma
planta que apresenta elevado potencial de produção de fitomassa, e por esta
razão, extrai quantidades apreciáveis de nutrientes do solo. Assim, o capimelefante,
como planta exigente, requer solos com boa fertilidade para expressar
o seu elevado potencial de produção. O ideal é se basear na análise de solo
para que se possa realizar uma fertilização correta em função dos teores dos
nutrientes no solo e da produção esperada.
A necessidade de calagem pode ser calculada por diversas formas
quando se tem a análise do solo, enfocando a retirada do alumínio, a saturação
por bases, ou os dois. O importante, segundo MONTEIRO (1994), é preconizar
um valor de bases trocáveis de 60 %, no mínimo, para o bom estabelecimento.
A calagem deve ser feita junto ao preparo do solo, com a antecedência de no
mínimo 30 dias do plantio quando o solo estiver úmido e de até 90 dias quando
o solo estiver seco, para que haja tempo do calcário reagir com o solo.
Segundo EVANGELISTA & LIMA (2002), a adubação de plantio deve
suprir o fósforo e parte do potássio necessários para o ano de cultivo. O
restante do potássio e o nitrogênio total, devem ser aplicados em cobertura e
parcelados durante o ano, sendo a primeira parcela quando o capim atingir de
40 a 50 cm de altura, e a segunda, imediatamente após o primeiro corte. Ainda
neste mesmo livro, sugestões como: colocar, no sulco do plantio, de 50 a 100
kg de P2O5/ha, 50 kg de K2O/ha e 2 kg de Zn/ha, fazendo uma rápida
13
incorporação do fertilizante ao solo, são encontradas. E, em áreas com
comprovada deficiência de enxofre, aplicar de 20 a 40 kg/ha quando a fonte de
fósforo não for o superfosfato simples.
O fósforo, no estabelecimento, deve ser aplicado de forma localizada, em
proximidade com as gemas dos estolões, para que resulte em maior efeito por
ser pouco móvel. Quando não se tem a análise de solo, aplicações de 100 kg de
P2O5/ha são suficientes, pois a maioria dos solos brasileiros é deficiente em
fósforo.
É importante ressaltar que a adubação fosfatada no estabelecimento da
pastagem é de fundamental importância, pois este elemento promove maior
desenvolvimento inicial das plântulas, após a germinação, crescimento de raízes
e perfilhamento das plantas (WERNER, 1986). Isso pode ser observado na
Tablela 2, de WERNER e HAAG (1972), trabalhando em vasos.
Tabela 2 – Produção da parte aérea e radicular, número de perfilhos e teor de
fósforo (% na MS) do capim-elefante sob quatro doses de fósforo
P (ppm) PA (g/vaso) R (g/vaso) Nº perf. P (%)
0 1,4 1,1 3 0,09
5 8,9 7,3 11 0,10
25 33,6 20,0 18 0,31
125 40,7 17,3 17 0,68
Fonte: WERNER e HAAG, 1972.
Em relação à aplicação de N na fase de estabelecimento da forrageira os
dados ainda são um pouco controversos. SARAIVA e CARVALHO (1991), não
observaram efeito de dose de N até 120 kg/ha, combinadas com níveis de
adubação fosfatada, sobre a produção de MS do capim-elefante cv. Mineiro
(Tabela 3).
Entretanto, na prática, tem-se sugerido, como MONTEIRO, em 1994, a
aplicação de doses relativamente baixas de N no estabelecimento da forragem,
variando de 30 a 300 (440) kg de N/ha, os quis devem ser aplicados no plantio
ou até 30 a 40 dias após o mesmo, de forma parcelada quando acima de 50 kg.
A aplicação conjunta de N e K é responsável pela alta produção de forragem.
14
Assim, quando objetiva-se alto crescimento, a adubação nitrogenada deve vir
acompanhada da adubação potássica.
Tabela 3 - Produção de MS de capim-elefante, em função dos níveis de N,
durante o estabelecimento, em latossolo vermelho-amarelo,
argiloso.
N (kg/ha) MS (kg/ha)
0 9.017
30 9.347
60 8.996
120 9.343
Fonte: SARAIVA e CARVALHO, 1991.
O potássio, por si só, também não exerce grande influência no
estabelecimento da pastagem, mostrando maior eficiência no pósestabelecimento.
A recomendação comum é o uso de 80 a 100 kg de KCl/ha,
pois boa parte dos solos apresentam teores de potássio abaixo de 58 ppm
(WERNER, 1986). Entretanto quando os valores encontrados na análise de solo
forem superiores a aproximadamente 60 ppm, não é recomendada a adubação
potássica no plantio. Devido às baixas quantidades a serem aplicadas no
estabelecimento, não tem sido necessário parcelar, podendo também ser
aplicado no plantio ou 30 a 40 dias depois se for aplicar o nitrogênio.
Quando se fala em adubação com micronutrientes, é importante
salientar que nem sempre sua aplicação é essencial, podendo, em certos casos,
prejudicar o estabelecimento, pois a linha limítrofe entre os teores ideais e os
níveis tóxicos destes elementos para a planta é muito delgada. Quando
comprovada sua deficiência, têm-se observado recomendações de aplicação por
meio de FTE (Fritted Trace Elements) nas formulações BR-10 (2,5% de B; 0,1%
de Co; 1% de Cu; 4% de Fe; 4% de Mn; 0,1% de Mo; 7% de Zn) ou Br-16
(1,5% de B; 3,5% de Cu; 0,4% de Mo; 3,5% de Zn), recomendando-se de 30 a
50 kg/ha em conjunto com a adubação fosfatada (MONTEIRO, 1994; CFSEMG,
1999).
ANP cria grupo de trabalho para comandar regulamentação do mercado de etanol
O grupo de trabalho que vai definir as ações para regulamentar o mercado de etanol no país foi criado hoje (6) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A decisão atende à Medida Provisória 532, assinada no dia 29 de abril pela presidenta Dilma Rousseff, que tornou a ANP responsável pela cadeia de produção, movimentação e abastecimento de biodiesel e etanol, incluindo importação e exportação dos produtos.
Entre outras providências, a MP 532 conferiu poder ao Executivo para alterar o percentual de álcool anidro adicionado à gasolina, que poderá variar de 18% a 25%, com objetivo de reduzir o preço final do combustível aos consumidores. A decisão do governo de mudar a classificação do etanol de produto agrícola para insumo estratégico, tornando ANP responsável pela estocagem e comercialização do combustível, repercutiu em diversos setores ligados ao produto.
Na opinião do diretor da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) Ricardo Viana, a decisão do governo de mudar a classificação do etanol (de produto agrícola para combustível estratégico) "atende à antiga reivindicação da categoria". Haverá, segundo ele, maior regulação do setor, porque o etanol "só se tornava combustível, e não meramente um produto agrícola, quando era emitida nota fiscal na saída da usina para redirecionamento à distribuidora".
O pesquisador da Embrapa e especialista em agroenergia José Manoel Cabral acredita que o governo agora passa a ter condições de "implementar um plano estratégico, por meio da ANP, para aumentar a produção de álcool. Segundo ele, com a mudança do status do etanol, que passa para a categoria de insumo estratégico, haverá melhor condição para planejar a produção e a distribuição, com regulação do percentual de mistura [de álcool na gasolina]".
Para o diretor técnico da União Nacional da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, "é de se esperar a instalação de novas unidades de processamento da cana-de-açúcar como aconteceu entre 2005 e 2008 e, também, o aumento da lavoura para aumentar a fabricação do etanol".
Essa será, de acordo com Rodrigues, a solução para regularizar o abastecimento interno do álcool combustível. Em 2005, havia um cenário muito positivo de produção e o Brasil saiu de um estoque de 300 mil toneladas de cana para 600 mil toneladas anuais. Na época, o número de usinas cresceu na mesma proporção. Mas, a partir de 2008, houve retração da oferta de etanol e não se viu mais a instalação de novas usinas.
O diretor da Unica alertou que, em situações assim, o investidor precisa ter segurança de retorno financeiro do negócio, pois é necessário gastar dezenas de milhões de dólares em novas usinas. Para Rodrigues, a redução do percentual mínimo de mistura do álcool à gasolina, que passa a variar de 18% a 25%, é uma medida que pode ajudar apenas em momentos pontuais.
Da Agência Brasil
Entre outras providências, a MP 532 conferiu poder ao Executivo para alterar o percentual de álcool anidro adicionado à gasolina, que poderá variar de 18% a 25%, com objetivo de reduzir o preço final do combustível aos consumidores. A decisão do governo de mudar a classificação do etanol de produto agrícola para insumo estratégico, tornando ANP responsável pela estocagem e comercialização do combustível, repercutiu em diversos setores ligados ao produto.
Na opinião do diretor da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) Ricardo Viana, a decisão do governo de mudar a classificação do etanol (de produto agrícola para combustível estratégico) "atende à antiga reivindicação da categoria". Haverá, segundo ele, maior regulação do setor, porque o etanol "só se tornava combustível, e não meramente um produto agrícola, quando era emitida nota fiscal na saída da usina para redirecionamento à distribuidora".
O pesquisador da Embrapa e especialista em agroenergia José Manoel Cabral acredita que o governo agora passa a ter condições de "implementar um plano estratégico, por meio da ANP, para aumentar a produção de álcool. Segundo ele, com a mudança do status do etanol, que passa para a categoria de insumo estratégico, haverá melhor condição para planejar a produção e a distribuição, com regulação do percentual de mistura [de álcool na gasolina]".
Para o diretor técnico da União Nacional da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, "é de se esperar a instalação de novas unidades de processamento da cana-de-açúcar como aconteceu entre 2005 e 2008 e, também, o aumento da lavoura para aumentar a fabricação do etanol".
Essa será, de acordo com Rodrigues, a solução para regularizar o abastecimento interno do álcool combustível. Em 2005, havia um cenário muito positivo de produção e o Brasil saiu de um estoque de 300 mil toneladas de cana para 600 mil toneladas anuais. Na época, o número de usinas cresceu na mesma proporção. Mas, a partir de 2008, houve retração da oferta de etanol e não se viu mais a instalação de novas usinas.
O diretor da Unica alertou que, em situações assim, o investidor precisa ter segurança de retorno financeiro do negócio, pois é necessário gastar dezenas de milhões de dólares em novas usinas. Para Rodrigues, a redução do percentual mínimo de mistura do álcool à gasolina, que passa a variar de 18% a 25%, é uma medida que pode ajudar apenas em momentos pontuais.
Da Agência Brasil
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Universidade Para Assentados
Primeira universidade federal dentro de assentamento do Incra será no Paraná |
FIOCRUZ
Fiocruz abre curso de especialização para assentados de todo o país
A Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), unidade técnico-científica da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), vai oferecer curso de especialização em Trabalho, Educação e Movimentos Sociais para 50 alunos assentados de todo o país.
O investimento do Incra do Rio de Janeiro, de R$ 265 mil, proveniente do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), será repassado à Escola Politécnica, que coordena e implementa programas de ensino nas áreas de Trabalho, Educação e Saúde. Caberá ao Incra no Rio de Janeiro o acompanhamento das atividades.
O curso foi planejado a partir da demanda de educadores e formadores que atuam no campo e tem como objetivo contribuir no processo de formação das pessoas envolvidas nesses processos educativos. A estrutura terá como base a pedagogia da alternância, com quatro etapas, divididas em tempo escola (aulas presenciais) e tempo comunidade (quando voltam para os assentamentos). A expectativa do Incra é que o edital para inscrições no curso seja publicado ainda em maio e que as aulas comecem no próximo semestre.
Segundo a coordenadora nacional do Pronera, Clarice Aparecida dos Santos, o Programa do Incra está cada vez mais preocupado em entrar no debate sobre educação e trabalho. “Queremos refletir sobre os processos de trabalho e de educação no meio rural e formar um corpo técnico próprio dos assentados com capacidade de acompanhar e coordenar qualquer curso, para que eles possam ser sujeitos de sua própria educação”, esclarece. A coordenadora também destaca a importância da EPSJV nesse processo de formação. “A Escola Politécnica é referência no país, preocupada em construir uma dinâmica pedagógica nessa perspectiva de inclusão de novos sujeitos, para que não fiquem reféns do capital”, justifica.
Para o superintendente do Incra no Rio de Janeiro, Gustavo Souto de Noronha, um dos signatários do Termo de Cooperação, ao lado do presidente do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, e da diretora da EPSJV, Isabel Brasil Pereira, os cursos de pós-graduação no âmbito do Pronera ampliam as perspectivas de trabalho e desenvolvimento dentro dos assentamentos, além de aproximar a formação educacional das demandas e visões de mundo dos próprios assentados.
O investimento do Incra do Rio de Janeiro, de R$ 265 mil, proveniente do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), será repassado à Escola Politécnica, que coordena e implementa programas de ensino nas áreas de Trabalho, Educação e Saúde. Caberá ao Incra no Rio de Janeiro o acompanhamento das atividades.
O curso foi planejado a partir da demanda de educadores e formadores que atuam no campo e tem como objetivo contribuir no processo de formação das pessoas envolvidas nesses processos educativos. A estrutura terá como base a pedagogia da alternância, com quatro etapas, divididas em tempo escola (aulas presenciais) e tempo comunidade (quando voltam para os assentamentos). A expectativa do Incra é que o edital para inscrições no curso seja publicado ainda em maio e que as aulas comecem no próximo semestre.
Segundo a coordenadora nacional do Pronera, Clarice Aparecida dos Santos, o Programa do Incra está cada vez mais preocupado em entrar no debate sobre educação e trabalho. “Queremos refletir sobre os processos de trabalho e de educação no meio rural e formar um corpo técnico próprio dos assentados com capacidade de acompanhar e coordenar qualquer curso, para que eles possam ser sujeitos de sua própria educação”, esclarece. A coordenadora também destaca a importância da EPSJV nesse processo de formação. “A Escola Politécnica é referência no país, preocupada em construir uma dinâmica pedagógica nessa perspectiva de inclusão de novos sujeitos, para que não fiquem reféns do capital”, justifica.
Para o superintendente do Incra no Rio de Janeiro, Gustavo Souto de Noronha, um dos signatários do Termo de Cooperação, ao lado do presidente do Incra, Celso Lisboa de Lacerda, e da diretora da EPSJV, Isabel Brasil Pereira, os cursos de pós-graduação no âmbito do Pronera ampliam as perspectivas de trabalho e desenvolvimento dentro dos assentamentos, além de aproximar a formação educacional das demandas e visões de mundo dos próprios assentados.
Assentamentos Comercializam Peixe
RN: assentamentos comercializam dez toneladas de peixe na Semana Santa
Assentamentos do Mato Grande, no Rio Grande do Norte, envolvidos no projeto Polo-Tilápia comercializaram cerca de dez toneladas de peixe durante a Semana Santa. A maior parte da produção foi comprada por supermercados, açougues e peixarias das regiões do Mato Grande, Potengi e Grande Natal. Algumas prefeituras municipais vizinhas adquiriram a tilápia que foi doada para escolas, creches, abrigos de idosos e comunidades carentes. Outra parte da produção foi vendida nas feiras livres.
Segundo dados da coordenação do projeto, as famílias envolvidas no Polo-Tilápia tiveram um acréscimo de um salário mínimo na renda familiar, neste mês de abril, pela comercialização extra da Semana Santa, além de ter garantido seu peixe e dos familiares. Algumas comunidades rurais vizinhas também receberam o peixe gratuitamente.
Para a trabalhadora rural assentada e uma das coordenadoras do projeto, Livânia Frison, a produção de tilápia torna-se mais rendável a cada ano. No Assentamento Rosário, na agrovila Canudos, em que mora Livânia, a criação do pescado associada ao plantio de frutas (banana e mamão) garante renda fixa de um salário mínimo mensal. “A Semana Santa representa uma melhoria significativa para os trabalhadores assentados com o aumento da venda do pescado”, salientou.
O projeto Polo-Tilápia foi criado em 2004 custeado com financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do MDA. A criação do pescado em viveiros beneficia cerca de 1,5 mil famílias em 18 assentamentos e comunidades rurais da região do Mato Grande, gerando renda e oportunidades de trabalho para as famílias de trabalhadores rurais.
Segundo dados da coordenação do projeto, as famílias envolvidas no Polo-Tilápia tiveram um acréscimo de um salário mínimo na renda familiar, neste mês de abril, pela comercialização extra da Semana Santa, além de ter garantido seu peixe e dos familiares. Algumas comunidades rurais vizinhas também receberam o peixe gratuitamente.
Para a trabalhadora rural assentada e uma das coordenadoras do projeto, Livânia Frison, a produção de tilápia torna-se mais rendável a cada ano. No Assentamento Rosário, na agrovila Canudos, em que mora Livânia, a criação do pescado associada ao plantio de frutas (banana e mamão) garante renda fixa de um salário mínimo mensal. “A Semana Santa representa uma melhoria significativa para os trabalhadores assentados com o aumento da venda do pescado”, salientou.
O projeto Polo-Tilápia foi criado em 2004 custeado com financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) do MDA. A criação do pescado em viveiros beneficia cerca de 1,5 mil famílias em 18 assentamentos e comunidades rurais da região do Mato Grande, gerando renda e oportunidades de trabalho para as famílias de trabalhadores rurais.
Agricultura Familiar
Mais Alimentos: Florence lança colheitadeiras para agricultura familiar
O Governo Federal está investindo em políticas públicas direcionadas à agricultura familiar para que o setor contribua de forma efetiva no crescimento da economia brasileira. O destaque foi feito pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, durante o lançamento nesta quarta-feira (4) de duas novas categorias de produtos do Programa Mais Alimentos: três colheitadeiras de café e uma de cana-de-açúcar. A solenidade aconteceu na Agrishow 2011, em Ribeirão Preto (SP).
O ministro apontou como característica dos programas e políticas para agricultura familiar, criadas pelo MDA, o interesse em garantir a melhoria da vida no campo, o que qualifica e amplia a produção de alimentos para o consumo dos brasileiros. “O Mais Alimentos reforça a importância do papel da agricultura familiar no crescimento do país, e, além disso, um conjunto de ações, articuladas no governo, apresentam ao agricultor familiar e ao assentado de reforma agrária uma melhor expectativa de vida no campo.”
A inclusão das novas categorias de produtos no Programa Mais Alimentos atende a demanda de movimentos sociais e cooperativas de agricultores familiares. As novas colheitadeiras de café e cana-de-açúcar podem ser adquiridas pelos agricultores familiares por meio de projetos coletivos de até R$ 500 mil, a juros de 2% ao ano, e prazo de carência de três para começar a pagar.
Afonso Florence também fez a entrega do caminhão de número 2.200, financiado pelo Mais Alimentos, aos agricultores familiares Joel Martiniano Dias e Rosa Helena da Costa Dias. Para o casal do município de Pouso Alegre (MG), que produz a cada safra 15 mil caixas do alimento, a aquisição do veículo significa “poder levar a produção direto para o consumidor. É ter mais renda.”
Estavam presentes na solenidade o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Muller, o coordenador do Programa Mais Alimentos, Hercílio Matos, e parceiros industriais e institucionais do Programa Mais Alimentos.
Balanço
Desde 2008, a linha de crédito Mais Alimentos apoiou mais de 140 mil contratos, com investimento aproximado de R$ 5 bilhões. Nestes três anos e meio, agricultores familiares adquiriram mais de 10 mil equipamentos para processamento de leite, 40 mil tratores, 2.200 veículos e 80 colheitadeiras.
04/05/2011 08:17
O Governo Federal está investindo em políticas públicas direcionadas à agricultura familiar para que o setor contribua de forma efetiva no crescimento da economia brasileira. O destaque foi feito pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Afonso Florence, durante o lançamento nesta quarta-feira (4) de duas novas categorias de produtos do Programa Mais Alimentos: três colheitadeiras de café e uma de cana-de-açúcar. A solenidade aconteceu na Agrishow 2011, em Ribeirão Preto (SP).
O ministro apontou como característica dos programas e políticas para agricultura familiar, criadas pelo MDA, o interesse em garantir a melhoria da vida no campo, o que qualifica e amplia a produção de alimentos para o consumo dos brasileiros. “O Mais Alimentos reforça a importância do papel da agricultura familiar no crescimento do país, e, além disso, um conjunto de ações, articuladas no governo, apresentam ao agricultor familiar e ao assentado de reforma agrária uma melhor expectativa de vida no campo.”
A inclusão das novas categorias de produtos no Programa Mais Alimentos atende a demanda de movimentos sociais e cooperativas de agricultores familiares. As novas colheitadeiras de café e cana-de-açúcar podem ser adquiridas pelos agricultores familiares por meio de projetos coletivos de até R$ 500 mil, a juros de 2% ao ano, e prazo de carência de três para começar a pagar.
Afonso Florence também fez a entrega do caminhão de número 2.200, financiado pelo Mais Alimentos, aos agricultores familiares Joel Martiniano Dias e Rosa Helena da Costa Dias. Para o casal do município de Pouso Alegre (MG), que produz a cada safra 15 mil caixas do alimento, a aquisição do veículo significa “poder levar a produção direto para o consumidor. É ter mais renda.”
Estavam presentes na solenidade o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Muller, o coordenador do Programa Mais Alimentos, Hercílio Matos, e parceiros industriais e institucionais do Programa Mais Alimentos.
Balanço
Desde 2008, a linha de crédito Mais Alimentos apoiou mais de 140 mil contratos, com investimento aproximado de R$ 5 bilhões. Nestes três anos e meio, agricultores familiares adquiriram mais de 10 mil equipamentos para processamento de leite, 40 mil tratores, 2.200 veículos e 80 colheitadeiras.
Para apoiar planos nacionais de desenvolvimento, de inclusão produtiva e de segurança alimentar na África, em 2010, o Governo Brasileiro assinou um termo de cooperação técnica com países africanos. Até agora, foram assinados dois termos de cooperação, um com Gana no valor de US 95 milhões, e outro com o Zimbábue, no valor de U$ 97 milhões. Os juros para esses países são os mesmos aplicados no Brasil, de 2% ao ano. O prazo para pagamento do financiamento é de 15 anos para Gana e 17 anos para o Zimbábue, com 3 anos de carência.
terça-feira, 3 de maio de 2011
A Nossa Tilápia
Publicado por Robson Pires - Em Notas - 2 mai 2011 - 16:07 -
A Tilápia, peixe bastante popular entre os sertanejos, conquistou a América.
Os americanos comeram 475.000.000 de alevinos de tilápia do ano passado, quatro vezes a quantidade de uma década atrás, tornando este obscuro peixe um dos mais populares nos Estados Unidos.
É o que revela “New York Times” desta segunda-feira que dedica reportagem ao assunto.
Boa parte da tilápia consumida nos Estados Unidos é produzida em viveiros da América Latina.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Por Ailton Medeiros
A Tilápia, peixe bastante popular entre os sertanejos, conquistou a América.
Os americanos comeram 475.000.000 de alevinos de tilápia do ano passado, quatro vezes a quantidade de uma década atrás, tornando este obscuro peixe um dos mais populares nos Estados Unidos.
É o que revela “New York Times” desta segunda-feira que dedica reportagem ao assunto.
Boa parte da tilápia consumida nos Estados Unidos é produzida em viveiros da América Latina.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
Por Ailton Medeiros
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