Quebra de 5,5 milhões de toneladas, uma baixa de 5,6% do total
A produção
brasileira total de milho da safra 2017/18 deverá ter uma quebra de 5,5
milhões de toneladas, o que representa baixa de 5,6% do total, caindo de
97,84 MT da safra 2016/17 (recorde) para 92,35MT (segunda maior safra
da história). Mesmo assim, os preços não deverão aumentar
significativamente, projeta a T&F Consultoria Agroeconômica.
Isso porque esta quebra de 5,5 MT será
quase toda compensada pelo aumento de 11,98 MT nos estoques iniciais,
que passaram de 6,94MT na safra 2016/17 para 18,93MT na safra 2017/18.
Segundo a T&F, esse fator permitirá que os estoques finais da safra
2017/18 cresçam para 23,17MT, recorde absoluto, significando 25,1% da
safra, contra a média de 14,86% dos últimos 5 anos.
“Todos sabemos que estoques elevados
significam preços baixos e esta é a tendência dos preços no Brasil, a
menos que se promova a redução destes estoques, via aumentos nas
exportações”, afirma o analista Luiz Fernando Pacheco.
QUEDA NO PARANÁ
Na primeira safra, houve uma queda de 35%
na área plantada de milho no Paraná, que caiu de 513.627 plantados no
ano passado para 333.153 hectares plantados este ano. Com isso o Deral
está projetando uma redução de 39% na produção, que cai de 4,92 milhões
de toneladas para 3,0 milhões de toneladas, ou seja, 1,9 milhão de
toneladas de milho a menos que serão colhidas.
Para safra 2017/2018, o Deral está
trabalhando com média de 9 mil/kg/ha de produtividade. Essa média pode
ser considerada elevada no Estado e revela os ganhos conquistados ao
longo das últimas safras: “Existem vários casos de produtores colhendo
entre 15 mil e 16 mil quilos por hectare”.
De qualquer modo, espera-se condições
climáticas mais favoráveis para o início da colheita da primeira safra
de milho, em fevereiro, o que poderá estancar possíveis perdas previstas
para a cultura, acrescentou o técnico do Departamento de Economia Rural
do PR.
Cruzamento de cabras mestiças com animais puros resulta em animais adaptados ao semiárido
EMBRAPA
A
produção de caprinos em regiões semiaridas está entre as melhores
alternativas para a agricultura familiar no sertão nordestino, uma vez
que a região apresenta o correspondente a 93% dos rebanhos caprinos no
país, cerca de 8,8 milhões de cabeças. Por isso mesmo é que a
caprinocultura é considerada uma atividade de grande importância para o
semiarido brasileiro, pois proporciona aumento de emprego e geração de
renda, segundo dados da Embrapa Caprinos e Ovinos, em Sobral, no Ceará.
São rebanhos constituídos, em sua maioria, por animais Sem Raça
Definida (SRD), que adquiriram rusticidade e adaptabilidade ao longo do
tempo, porém, perderam a produtividade quando comparados aos animais
exóticos introduzidos no país por criadores de caprinos. Contudo, a
pecuária caprina continua contribuindo para o desenvolvimento do
semiárido.
Nesse conjunto de benefícios, o pesquisador Raimundo Nonato Lobo,
também destaca a importância das cabras mestiças para produção de carne
ou leite no nordeste. Ele trabalha na Embrapa Caprinos, e assegura que o
rebanho nativo ou SRD pode ser usado em cruzamentos com raças
importadas de linhagem mais pura. Como resultado, nascem animais meio
sangue, rústicos e que não apresentam problemas de adaptação à região.
Além disso, são mais produtivos do que aqueles de raça mais pura.
Para a produção de carne, por exemplo, o criador pode cruzar fêmeas
SRD com machos de raças de origem européia ou africana e obter um animal
mestiço mais vigoroso, com maior produtividade e qualidade de carne.
Esse tipo de cruzamento tem por finalidade a produção industrial, ou
seja, os animais não podem ser usados como reprodutores, somente para o
abate.
Já o cruzamento de caprinos para a produção de leite exige mais
cuidados por parte do produtor. Primeiro, o produtor deve escolher
fêmeas nativas ou SRD que tenham uma produção razoável de leite. Depois,
ele deve acasalar essas fêmeas com reprodutores, por exemplo, das raças
Saanen, Pardo Alpina, Toggemburg e Anglo-nubiana, linhagem leiteira. Os
animais meio sangue, nascidos desses cruzamentos possuem maior
especialidade produtiva, ainda com certa rusticidade e adaptabilidade ao
meio ambiente hostil do semiarido nordestino.
O Governo do Estado, por meio da
Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape),
começou na manhã desta terça-feira(30), a distribuição de raquetes de
palmas forrageiras para agricultores do Rio Grande do Norte. Essa
primeira ação foi na Estação Experimental da Emparn, em Ipanguaçu, mas
até quinta(01) vai ter a entrega de palmas em outros cinco municípios
com abrangência regional: Mossoró, Angicos, Caicó, Alexandria e São
Miguel, num total 1,4 milhão de unidades serão distribuídas. A
descentralização foi para facilitar o acesso dos cerca de 1.700
produtores rurais beneficiados com recebimento das raquetes. Para a
aquisição das palmas, foram investidos R$ 724.000,00, pelo Programa
Governo Cidadão, com recursos do Acordo de Empréstimo com o Banco
Mundial. Em uma segunda etapa, outras 1,3 milhão de raquetes serão
repassadas, assim que o processo licitatório for finalizado, o que
deverá ocorrer em breve.
Ao todo serão distribuídas 2,7 milhões de
raquetes de palmas forrageiras, dos tipos Orelha de Elefante Mexicana e
Miúda. Estas duas variedades de palmas foram escolhidas após estudos
realizados pelos pesquisadores da Emparn, que chegaram à conclusão de
que essas variedades são mais tolerantes à praga Cochonilha do
Carmim (Dactylopius opuntiae), que vem se espalhando por várias regiões
do Estado. Além da definição das variedades, a Emparn junto com a Emater
definiram também as áreas de distribuição e plantio dessas mudas.
Segundo o pesquisador da Embrapa/Emparn, Guilherme Ferreira, o trabalho
de pesquisa está presente em todo o processo de aquisição e distribuição
das palmas. “Nós também acompanhamos o recebimento das palmas para
atestar a qualidade, a viabilidade para o plantio, a sanidade dessas
mudas para saber se tem a presença de alguma praga, além disso, vamos
acompanhar com a Emater, as unidades implantadas para esclarecer alguma
dúvida dos produtores sobre o plantio e manejo das palmas”. Foi
elaborado também um manual com orientações sobre os procedimentos
adequados, com o plantio e manutenção das palmas, esse manual vai ser
distribuído pelas regionais da Emater.
A distribuição das raquetes de palmas, tem
como principal objetivo amenizar os efeitos de seis anos de seca no
Estado, promovendo assim melhores condições à população rural para
conviver com a falta de água sem precisar sair do campo, e podendo
manter seus animais bem alimentados. O produtor rural Enilson da Silva,
do sítio Torrões, em Assú, é um dos produtores beneficiados com a
entrega das palmas. Ele chegou bem cedinho à base da Emparn, e não
perdeu um detalhe das orientações que foram dadas pelo agrônomo e
diretor-presindente da Emparn, Alexandre Wanderley sobre plantio das
raquetes de palmas que todos ali estavam recebendo. Seu Enilson, já tem
uma pequena plantação de palmas que começou a partir da visita dele a
Festa do Boi, realizada em outubro do ano passado. Foi na maior
Exposição Agropecuária do Rio Grande do Norte que ele conheceu de perto
as tecnologias pesquisadas e desenvolvidas pela Emparn. Com a aquisição
de mais mudas, ele espera aumentar a produção animal, sem aumentar os
custos. “ Se eu for comprar ração, ou cultivar outro tipo de
alimento para os animais, eu não vou ter condições porque os custos são
altos, principalmente pela falta de água na região” disse o
produtor rural. Opinião que só vem a confirmar o que Secretario Estadual
da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Guilherme Saldanha, ressaltou
sobre a importância do projeto para o desenvolvimento socioeconômico do
pequeno produtor. Segundo o secretário “o cultivo da palma
forrageira permite ao pequeno produtor a viabilidade da manutenção do
seu rebanho, principalmente em tempos de seca severa, reduzindo seus
custos e consequentemente sua demanda por recursos hídricos”, enfatiza o secretário.
O diretor-presidente da Empresa de
Pesquisa Agropecuária (Emparn), Alexandre Wanderley, destacou perante os
produtores rurais, a importância dos muitos anos de pesquisas da Emparn
sobre a palma. “Um dos objetivos dessa distribuição de mudas é
fazer com que as tecnologias desenvolvidas pela Emparn cheguem
ao produtor potiguar, para que ele possa conviver com a seca com
melhores condições no campo, e o Palma Forrageira, é um dos projetos
mais importantes para o Estado, principalmente por ser uma cultura
perene, muito resistente ao nosso clima, necessita de pouca água no solo
para se reproduzir, além de ser uma forrageira que na mesma quantidade
de outras, deixa o rebanho mais alimentado ”.
PROJETO PALMA FORRAGEIRA
30/01/2018 (TERÇA-FEIRA)
31/01/2018 (QUARTA-FEIRA)
01/02/2018 (QUINTA-FEIRA)
8H – IPANGUAÇU [REGIONAL ASSÚ] – LOCAL: ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DA EMPARN, RN 118, KM 10;
10H – ALEXANDRIA [REGIONAL PAU DOS FERROS] – LOCAL: CLUBE MUNICIPAL;
15H – MOSSORÓ [REGIONAL MOSSORÓ] – LOCAL: REGIONAL DE AGRICULTURA, BR 404, KM 0, AEROPORTO.
15H – CAICÓ [REGIONAL CAICÓ] – LOCAL: REGIONAL DE AGRICULTURA, BR 427, KM 97.
14H – SÃO MIGUEL [REGIONAL PAU DOS FERROS] – LOCAL: CENTRO DE TREINAMENTO EMATER, RN 117, ZONA RURAL.
A distribuição das palmas para
multiplicação nas propriedades de agricultores tem sido muito bem aceita
e solicitada pelos municípios. A Empresa de Pesquisa Agropecuária do
Rio Grande do Norte - Emparn, a Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do RN - Emater e o Instituto de Defesa e Inspeção
Agropecuária do RN – Idiarn, órgãos vinculados a Sape, participam
diretamente de toda ação, oferecendo suporte logístico, assistência
técnica e extensão rural aos produtores rurais.
Tecnologias digitais, fábrica de mudas, robótica e drones poderão receber investimento para expansão
Cerimônia de premiação
Embrapa
Informática Agropecuária, Instrumentação, Pantanal e Recursos Genéticos
e Biotecnologia inspiraram as sete empresas na formação de seus
negócios. Na cerimônia de premiação da chamada Pontes para Inovação,
realizada no dia 26 de janeiro, as empresas finalistas apresentaram seus
modelos de negócio e o potencial de crescimento no mercado.
A
chamada Pontes para Inovação, organizada pela Embrapa e Cedro Capital,
selecionou sete agritechs que poderão receber um aporte de até R$ 5
milhões cada. O programa tem como propósito acelerar o negócio de
empresas parceiras que possuem tecnologias para o agronegócio. O valor
total investido nas empresas poderá alcançar R$ 35 milhões. Foram
recebidas 38 inscrições de empresas e startups.
“Já estamos em
negociações avançadas com algumas das empresas finalistas. A expectativa
é que já nos próximos meses estejamos anunciando alguns investimentos”,
informa Alessandro Machado, sócio-diretor da Cedro Capital.
Durante
a cerimônia, Vitor Hugo de Oliveira, chefe da Secretaria de Negócios da
Embrapa, anunciou os planos para 2018: “A aproximação com a iniciativa
privada é um caminho sem volta. A expectativa é que essa experiência se
transforme em um estudo de caso positivo. E por ter sido tão exitosa, já
estamos discutindo um edital mais amplo, envolvendo outros fundos e
centros da Embrapa, para uma nova chamada em nível nacional”.
Esse
é um mercado enorme, no qual a Embrapa começa a participar. Bruno
Brito, sócio-diretor da Cedro Capital, falou sobre o crescimento
desse mercado: “O desafio no setor de agritech é gigantesco. Ele
movimentou cerca de 9 bilhões de dólares em todo o mundo no ano passado.
A expectativa é que em 2018 suba para 12 bilhões. No Brasil, esse
número não passa de 100 milhões de dólares”. Sobre a edição de 2017, ele
enfatiza: Nós temos hoje aqui a elite das agritechs brasileiras,
representada pelas sete finalistas”.
O diretor-executivo de
Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares, lembra que
nós, brasileiros, não temos noção da importância da inovação no
agronegócio. “A Cedro vai contribuir para alavancar a prototipagem de
tecnologias e também seu escalonamento para colocarmos nossos produtos
no mercado. Nós precisamos da iniciativa privada nesse processo”,
argumenta o diretor. As tecnologias apresentadas
Das
sete finalistas, seis compareceram ao evento. A Gira, primeira empresa a
se apresentar, tem a proposta de reformular a cadeia de crédito do
agronegócio com a oferta de uma plataforma de acompanhamento da
produção, que envolve conhecimentos jurídicos e agronômicos, com
contratação de profissionais autônomos, como ocorre hoje no Uber
(aplicativo de transporte privado). A empresa proporcionará mais
segurança para os agentes de crédito e menor custo para os produtores.
“Garantimos um selo de credibilidade. O que o Gira propõe é revolucionar
as operações de crédito no mercado, vinculando as operações à garantia
de produção agrícola, dentro de um padrão de conhecimento jurídico e
agronômico que permita confiabilidade dos indicadores de risco”, explica
Gianpaolo Zambiazi Rocha, que esteve presente na cerimônia
representando a equipe.
A Agronow é uma plataforma web 100%
automatizada que utiliza imagem de satélite e um algoritmo próprio para
monitorar o desenvolvimento de culturas e prever sua produtividade. A
empresa oferece monitoramento de áreas em tempo real a um menor custo.
Rafael Coelho, CEO da empresa, informa que hoje um levantamento em campo
custa cerca de R$ 125 por visita. Esse valor cai para R$ 3,75 com o uso
da tecnologia da Agronow, que utiliza sistemas dinâmicos com radar e
satélites. “Temos 17 funcionalidades diferentes, incluindo mapas de
solo, relatórios de produtividade, de umidade... para ajudar o produtor
rural a enxergar seus dados [...], além do foco para fora da porteira,
ajudando as empresas que prestam serviços para os produtores rurais”,
garante. Rafael acrescenta que a empresa monitora 1,2 milhão de
hectares, tem 1,2 mil downloads do seu aplicativo, acompanha sete
culturas agrícolas e processou 1 bilhão de análises no último ano, com
atuação em 11 países.
A Agrorobótica utiliza a fotônica em
aplicações agroambientais. Realiza análises de solo em tempo real, sem
gerar resíduos, como ocorre nos cerca de 300 laboratórios do Brasil que
utilizam produto químico em seus processos. Também atua na mensuração de
carbono para certificação de propriedades rurais no plano Agricultura
de Baixa Emissão de Carbono (plano ABC) e na análise sensorial de café.
Essas três áreas de atuação representam um mercado de R$ 1 bilhão,
segundo Fábio Luis de Angelis, representante da empresa. “Nossa
ferramenta é limpa e em tempo real”, conclui. A pesquisadora Aida
Magalhães explica a tecnologia empregada pela empresa: “A fotônica é uma
área da ciência que avançou muito. Sensores ópticos permitem que se
efetuem medidas rápidas, precisas e ambientalmente limpas. Essa
tecnologia vai permitir um levantamento de mapas mais detalhado para
certificação da qualidade da produção no campo”.
Já Mariana
Vasconcelos, da Agrosmart, como outros jovens participantes da chamada
Pontes para Inovação, conta que é filha de produtor rural e, vivendo no
campo, percebeu a necessidade de dar mais segurança para aqueles que
vivem do negócio. Com esse propósito, montou uma empresa especializada
em monitoramento de variáveis ambientais que conecta o produtor à sua
plantação: “Desenvolvemos uma plataforma de agricultura digital, que
coleta dados de diferentes fontes, como sensores, satélites, caderno de
campo, conversas com o produtor, e usamos a ciência de dados para
transformá-los em recomendação”. A empresa faz recomendações de
irrigação, onde são considerados fatores como solo, planta, atmosfera,
restrição de equipamentos e tarifa energética para fazer recomendação
campo a campo, alcançando uma redução de até 60% no uso da água da
lavoura; de previsão climática, tendo o modelo mais assertivo do Brasil,
para 72 horas, segundo sua diretora; e agora está focando no
desenvolvimento de modelos preditivos de doenças e pragas, em parceria
com a Embrapa.
A novidade é o uso de radiofrequência, que permite
a coleta de dados no campo mesmo sem internet ou sinal de celular. “Tem
muitas tecnologias lá fora, mas que não conseguiam entrar no Brasil ou
em mercados em desenvolvimento por falta de infraestrutura. Nós
continuamos a ser a única empresa que consegue coletar dados em tempo
real em lugares remotos”, ressalta Mariana. A Agrosmart gera
recomendações individualizadas para cada produtor explorar melhor o
potencial dos seus produtos agrícolas.
A C4 Científica está
trabalhando com uma tecnologia da Embrapa, o biorreator de imersão
temporária, capaz de multiplicar mudas de qualidade em grande
quantidade. Segundo seu representante, Carlos Conte, pelo método
tradicional, uma pessoa é capaz de produzir 200 milhões de mudas por
ano. Com a tecnologia, pode-se chegar a 1,5 milhão de mudas no mesmo
período. “É a automatização de um sistema produtivo de mudas, como de
cana-de-açúcar, eucalipto, banana e de algumas outras espécies. Em outro
nicho de atuação da empresa, atende as verticals farms (fazendas verticais) e as casas inteligentes”, explica Carlos.
A
última a se apresentar, a Horus, é especializada em mapeamento de
terreno com uso de drones e softwares de inteligência computacional.
“Imaginem se pudéssemos escanear uma plantação e em questão de instantes
extrair dados agronômicos, que podem ser correlacionados a questões de
infestação de pragas, problemas ligados a questões produtivas ou
nutricionais, que podem ser avaliadas com esses dados e, se possível,
usar essas informações para otimizar o uso de insumos ou até mesmo para
melhorar a produtividade média por hectare?”, propõe Fabrício Hertz, um
dos fundadores da empresa. É esse o negócio da Horus. Os produtores
podem conhecer pontos com infestação de pragas, regiões com problemas no
plantio ou delimitar áreas com problemas nutricionais que precisam ser
solucionados.
A Tecnoblock é uma empresa especializada na
produção e comercialização de suplementos para alimentação de bovinos,
equinos e caprinos criados a pasto. Os benefícios da parceria
A
Embrapa Informática Agropecuária teve três startups que se interessaram
pelos dados, informações e modelos desse centro de pesquisa, para
complementar sua estratégia de negócios. Para a chefe-geral Silvia
Massruhá, cada vez mais aEmbrapa deve estar nesse ecossistema de
inovação, onde ela funciona como um facilitador e um integrador dos
vários agentes – dos vários players e stakeholders. “É um modelo que
está sendo usado no mundo todo e que pode trazer bastante retorno, não
só do ponto de vista de inovação, mas também de contribuir para melhorar
o orçamento dos projetos de pesquisa”, diz.
Os representantes
das empresas finalistas concordam e esclarecem como funcionam os ganhos
para os dois lados. “Quando aprendemos com todo esse potencial técnico
que a Embrapa tem, de pesquisa já desenvolvida por esse corpo de
profissionais tão qualificados, usamos isso para criar melhores modelos e
soluções, e do lado da Agrosmart, conseguimos ajudar a trazer a rapidez
de transformar os conhecimentos em produtos e levar para o mercado. O
forte é conseguir aliar o conhecimento técnico que eles [a Embrapa] têm e
a nossa habilidade de digitalizar isso, de usar ferramentas
tecnológicas para colocar o conhecimento na mão do produtor”, conclui
Mariana, da Agrosmart.
Gianpaolo, da Gira, diz que viu na
chamada uma grande chance de trazer um conhecimento profundo que a
Embrapa tem sobre a produção agrícola brasileira e as informações macro
sobre as necessidades do mercado agrícola: “Eu percebi que com o acesso a
essas informações, a uma companhia como a Embrapa, nós
potencializaríamos nosso negócio principal”.
Já o diretor da C4
Científica, Carlos Conte, ressalta a necessidade da parceria com um
centro de pesquisa. “Nós, como empresa média no Brasil, não temos
recursos e intenções de ter um centro de pesquisa dentro da empresa.
Porém, temos grandes instituições públicas e privadas que nos
possibilitam ter acesso a P&D como se fossem um parceiro”.
A
avaliação das empresas considerou a aderência das propostas com as
pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, potencial e oportunidades de
mercado, diferencial e competitividade do negócio, bem como o grau de
maturidade das tecnologias para adoção pelo mercado e possíveis impactos
social, econômico e ambiental.
Uma
das maiores dificuldades para o produtor é identificar os inimigos
naturais das pragas que atacam sua lavoura, especialmente para quem
pretende utilizá-los como método de controle, pois esses aliados
naturais podem ser confundidos com as próprias pragas. Para facilitar a
identificação, especialistas da Embrapa Agrobiologia (RJ) desenvolveram
um aplicativo com o qual é possível acessar imagens dos agentes naturais
de controle mais comuns. O Guia InNat é gratuito e está disponível para
download na loja de aplicativos Google Play.
Com um smartphone em mãos, o produtor pode comparar um inseto
coletado em campo com a galeria de imagens. Além disso, pode ir para o
campo, fotografar um inseto presente na sua lavoura e comparar no mesmo
momento a foto tirada com a câmera do celular com as imagens da galeria
do Guia InNat. Além de fotos, o aplicativo contém informações sobre cada
grupo de inimigo natural e sua função na natureza. “De nada adianta a
presença de insetos benéficos na lavoura, se o agricultor confundi-los
com os que podem causar danos à plantação”, alerta a pesquisadora da
Embrapa Alessandra de Carvalho Silva, especialista em controle biológico
de pragas e uma das idealizadoras do aplicativo.
A galeria de imagens do Guia InNat contempla 13 famílias de insetos
predadores e mais os parasitoides e as aranhas. São inimigos naturais
generalistas, ou seja, não são muito específicos e comem uma grande
quantidade de insetos-praga. A ferramenta possibilita, por exemplo, a
identificação de um determinado inseto visto com frequência na lavoura.
“É também uma forma de o produtor saber se a área dele está bem
ecologicamente. Se há mais inimigos naturais é porque o manejo está
adequado”, explica Carvalho.
O fato de o aplicativo conter informações sobre o papel dos inimigos
naturais como agente de controle ajuda o agricultor no momento de tomar
decisões. A joaninha, por exemplo, vem com a informação de que suas
larvas e adultos se alimentam, preferencialmente de pulgões,
cochonilhas, ácaros, moscas-brancas, larvas e também de ovos de
diferentes insetos. Portanto, se o produtor encontrar joaninhas em uma
lavoura atacada por pulgões, ele saberá que brevemente a população da
praga será reduzida, como explica a pesquisadora da Embrapa. “O InNat
pode facilitar o entendimento sobre quem são os vilões e quais os
insetos benéficos para as lavouras”, enfatiza.
Se há lagartas na lavoura e o agricultor encontra o inseto conhecido
por “tesourinha” na plantação, com o InNat em mãos, ele vai constatar
que este é um inimigo natural muito útil. “[Tesourinhas] São predadores
de ovos, pulgões, moscas-brancas, lagartas pequenas…”, informa o
aplicativo, que traz ainda dez fotos desse agente de controle. Na
dúvida, basta fotografar o inseto que está presente na lavoura e
comparar com as fotos do aplicativo.
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
Defensivos devem subir 15% na próxima safra
Preço na safra atual já subiu
Os preços de defensivos para o produto
brasileiro devem ter um aumento de 10% a 15% na safra 2018/2019. A
estimativa é do Rabobank e é consequência da redução na oferta de
matérias-primas e produtos importados da China.
Em 2017, o setor de defensivos movimentou aproximadamente US$ 8,8
bilhões, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos
para a Defesa Vegetal. Para 2018, o Sindiveg vê estabilidade. Já o
Rabobank estima um faturamento de US$ 9,6 bilhões em 2017 e uma queda em
2018 para US$ 9 bilhões.
A menor oferta está ligado a leis ambientais mais estritas que afetam
fábricas na China. “Muitas dessas tiveram que fechar as portas para
fazer os ajustes necessários para atender à legislação, enquanto outras
tiveram que diminuir a produção”, explica o analista sênior para a área
de insumos do Rabobank, Matheus Almeida.
Segundo Almeida há o risco de que algumas dessas companhias parem de
produzir os insumos sem a possibilidade de voltar a operar em função de
que os custos para corrigir eventuais problemas nas linhas seriam muito
altos.
A expectativa é de que a intensiva do governo chinês sobre as
indústrias termine no próximo mês de março, o que pode fazer com que um
maior volume de insumos volte a ser exportado nos meses seguintes.
Na safra atual, algus produtores já relatam um aumento entre 35% e
40%¨. “Alguns produtos tiveram uma alta pontual. Porém, a maioria
apresentou retração no ano passado”, explica.
Segundo levantamento do banco, isso ocorreu devido aos altos estoques
das indústrias ao longo de 2017, resultado de um clima menos favorável à
proliferação de pragas e doenças nas últimas safras.
Segundo o Rabobank, a demanda por herbicidas e inseticidas tem sido
impactada pela crescente adoção de sementes com mais de um evento
transgênico. Por outro lado, o aumento da resistência de insetos e ervas
daninhas a alguns produtos pode compensar, em parte, essas perdas.
Para o próximo ciclo, ele orienta que o produtor pesquise e planeje
as compras com cautela. “O produtores devem buscar alternativas eficazes
e que tenham menor custo”, diz
CMN substitui TJLP pela TLP em operações do Procap-Agro e Prodecoop
Concessão de crédito rural ficará condicionada à apresentação de recibo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR)
O
Conselho Monetário Nacional (CMN), por meio da Resolução nº 4.625,
estabeleceu novas datas para apresentação do Cadastro Ambiental Rural
(CAR) para concessão de crédito rural no Bioma Amazônia. Além disso, a
resolução substitui a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) pela Taxa de
Longo Prazo (TLP) nas operações contratadas ao amparo do Programa de
Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) e do Programa
de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção
Agropecuária (Prodecoop).
Pela resolução,
"obrigatoriamente, a partir de 1º/6/2018, a concessão de crédito rural
para o financiamento de atividades agropecuárias ficará condicionada à
apresentação de recibo de inscrição no Cadastro Ambiental Rural
(CAR)".Já os encargos financeiros descritos na resolução, referentes às
operações de crédito, levarão em conta a TLP - nova taxa de referência
para operações de longo prazo - e não mais a TJLP.
Pesquisadores estudam uma nova semente de mandioca que pode dar mais renda ao produtor
EMBRAPA
O
desenvolvimento de uma mandioca cerosa, já se encontra em andamento na
Embrapa, e pode colocar o Brasil na vanguarda da corrida mundial para
desenvolver uma mandioca waxy que possa ser produzida em larga escala.
Até agora, nenhum país conseguiu desenvolver essa raiz. É uma nova
variedade de mandioca que pode transformar o pais em produtor de um
valioso insumo industrial e agregar muito valor à produção dessa raiz
nativa. Trata-se do amido ceroso, ou waxy, muito procurado pela
indústria alimentícia, pois é matéria-prima para composição de pratos
congelados e outros produtos.
O desafio é fazer a própria planta gerar amido diferenciado. Um
avanço importante foi obtido pelo Centro Internacional para Agricultura
Tropical (Ciat), sediado na Colômbia, que identificou o gene da mandioca
responsável pelo amido ceroso. A Embrapa foi a única instituição
brasileira que recebeu esse material e agora procura incorporar a
produção do amido waxy a uma variedade nacional. Assim, pretende-se
aliar a performance do material brasileiro, já adaptado às condições
nacionais, à produção natural do amido waxy. Os custos de produção serão
os mesmos da mandioca convencional e, com isso, a produção do amido
waxy deve aumentar a renda dos produtores.
O amido waxy é diferente do amido nativo ou comum, também conhecido
por goma ou fécula, e é considerado o produto da mandioca com maior
valor agregado por ser utilizado em diversos tipos de indústria. “Amido
diferenciado não significa que é melhor que outros. São produtos
diferentes que têm aplicações distintas. Um é mais viscoso, o outro
congela melhor, por exemplo, ou seja, aquele que se usa na indústria de
papel não é usado na indústria de iogurte”, exemplifica Francisco
Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa
Mandioca e Fruticultura (BA).
O
Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual da Agricultura, da
Pecuária e da Pesca – SAPE, inicia nesta terça-feira (30), a
distribuição de raquetes de palma forrageira para agricultores do Rio
Grande do Norte. A ação tem como principal objetivo amenizar os efeitos
da seca que se intensificou no estado nos últimos sete anos, promovendo
condições à população de convivência no campo. Para aquisição das palmas
foram investidos R$ 724.000,00, pelo Programa Governo Cidadão, com
recursos do Acordo de Empréstimo com o Banco Mundial.
O
titular da Secretaria Estadual da Agricultura, Guilherme Saldanha,
ressalta a importância do projeto para o desenvolvimento socioeconômico
do pequeno produtor. “O
cultivo da palma forrageira permite ao pequeno produtor a viabilidade
da manutenção do seu rebanho, principalmente em tempos de seca severa,
reduzindo seus custos e consequentemente sua demanda por recursos
hídricos”, enfatiza o secretário.
Ao
todo serão distribuídas 2,7 milhões de raquetes de palma forrageira dos
tipos Orelha de Elefante Mexicana e Miúda, espécies mais resistentes à
praga cochonilha do carmim (Dactylopius opuntiae). Inicialmente será
feita a entrega de 1,4 milhão de unidades, que beneficiarão cerca de
1.700 produtores rurais das regionais de Assú, Mossoró, Caicó
e Pau dos Ferros. Em uma segunda etapa, outras 1,3 milhão de raquetes
serão repassadas, assim que o processo licitatório for finalizado, o que
deverá ocorrer em breve.
PROJETO PALMA FORRAGEIRA
30/01/2018 (TERÇA-FEIRA)
31/01/2018 (QUARTA-FEIRA)
01/02/2018 (QUINTA-FEIRA)
8H – IPANGUAÇU [REGIONAL ASSÚ] – LOCAL: ESTAÇÃO EXPERIMENTAL DA EMPARN, RN 118, KM 10;
São
mais de 3000 vaga. Para participar, é exigido o certificado de
conclusão do ensino médio. O curso tem duração de dois anos e é feito à
distância. Os interessados que quiserem se inscrever precisam ter
concluído o ensino médio e ser preferencialmente agricultor familiar ou
de propriedades de médio porte, agente de assistência técnica e extensão
rural cadastrado no Programa Rural Sustentável do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou ser vinculado a empresas do
setor ou a órgãos oficiais credenciados no Programa de Assistência
Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O curso é gratuito com carga horária de 1.230 horas e terá bases de
apoio presencial em todas as regiões do país em 92 endereços do Senar.
As atividades são semipresenciais, sendo os conteúdos à distância
disponibilizados pela internet, material impresso e vídeoaulas, além dos
executados em encontros presenciais (20% do conteúdo) nos locais de
apoio.
Demandado pelo Ministério da Agricultura, será realizado por meio do
Programa Bolsa-Formação do Pronatec. É reconhecido pelo Ministério da
Educação e pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. As
inscrições vão até o dia 9 de fevereiro e devem ser feitas na página do
Senar, conforme prevê o edital nº 001/20018.
Durante toda a semana, Agentes da Defesa Civil do Estado
estiveram nas regiões do Seridó e Oeste Potiguar para georreferenciar
novos postos de abastecimento em seis cidades atendidas pela Operação
Vertente. Nos municípios de São Miguel e Rafael Fernandes 38 novas
cisternas serão instaladas, enquanto Jardim do Seridó, Cruzeta, Acari e
Santana do Matos receberão 21 novos pontos de abastecimentos a partir da
próxima segunda-feira (22). Nos locais também foi realizado trabalho de
fiscalização, monitoramento e orientação da entrega da água para
moradores beneficiários da ação. Atualmente a Vertente atende 16 cidades
em colapso no abastecimento de água. Operação Vertente
Com recursos da ordem de R$ 12,7 milhões, oriundos do Ministério da
Integração Nacional, a Operação Vertente é realizada pelo Governo do
Estado com o objetivo de manter o abastecimento humano nas cidades em
colapso declarado pela CAERN.
Anater e Sead definem programa de formação para extensionistas
A
Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) iniciou o
planejamento das ações do Programa de Formação em Ater, cuja meta para
esse ano é formar 5.300 extensionistas, sendo 5000 agentes e 300
gestores de todas as unidades da Federação.
O
gerente de Gestão de Ater e Formação da Anater, Vilmar Matter, explica
que o objetivo do programa é preparar os técnicos para executar os
projetos da Anater, que possuem um viés no desenvolvimento comunitário,
visando gerar conhecimento dentro da própria comunidade. “Para isso,
vamos trabalhar com unidades de referência, fazendo a integração entre a
pesquisa e o ensino, para que possamos utilizar o conhecimento e as
tecnologias já desenvolvidas nesse trabalho junto com os agricultores,
de acordo com sua necessidade e especificidade”, completa.
O
gerente explica que o programa de formação foi construído tomando como
base os termos da Política Nacional de Ater (Pnater), incluindo na
ementa, também, temas específicos que são de importância para a Anater.
“O planejamento das ações está sendo feito em parceria com a Coordenação
Geral de Formação de Agentes de Ater da Secretaria Especial e
Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), órgão do
Governo Federal, através do qual o Governo Federal faz o aporte de
recursos na Anater, e quem define as diretrizes para que as metas
previstas no contrato sejam alcançadas”.
Par
manter o alinhamento do programa, as coordenações de formação da Anater
e da Sead definiram um cronograma de reuniões, que serão realizadas
mensalmente, para uma construção continua e compartilhada, não apenas no
planejamento, mas também na execução das capacitações e na avaliação de
resultados.
Parceria
Segundo
o coordenador-geral de formação, Gereissat Rodrigues de Almeida, no
âmbito da Sead, o programa tem o objetivo de acompanhar e fazer valer as
diretrizes da Pnater nos processos. “Embora o mote seja a formação,
também temos como objetivo a capacitação dos jovens do meio rural afim
de evitar o êxodo e promover a fixação e a continuidade do trabalho no
campo e, também, promover a articulação junto à academia, de forma que
os cursos de Ciências Agrárias possam ser mais convergentes à realidade
do campo".
Gereissat explica que o
programa de formação é balizado nas diretrizes do Pnater, que tem
expresso em seus princípios conceitos de uma pedagogia dialógica e
participativa. “E é essa orientação que queremos compartilhar com a
Anater nesse trabalho de alinhamento que estamos fazendo, no sentido de
ampliar as bases para a construção da abordagem de Ater que a Pnater
requer, visando, inclusive, sistematizar um banco de profissionais que
possam contribuir com os cursos de capacitação dos técnicos”, completa.
Estratégia
A
Anater iniciou o programa de formação em 2017, quando foram formados
101 gestores e 1.048 agentes, em parceria com as entidades públicas de
Ater dos estados com os quais já foi firmada parceria.
Para
viabilizar os cursos, a Anater formou uma equipe de 16 profissionais
que auxiliaram no treinamento dos técnicos que estão atuando na execução
dos projetos. A estratégia é manter, e ampliar, o banco de instrutores
para executar os diversos processos de formação incluídos no
planejamento a partir desse ano.
Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater)
Escola Agrícola de Jundiaí seleciona professores para cursos técnicos em diversos municípios do RN Estão
abertas as inscrições para seleção de professores de cursos técnicos da
Rede e-Tec Brasil para atuarem em vários municípios do Rio Grande do
Norte.
As
inscrições devem ser feitas no Setor Pedagógico da Coordenação Geral do
e-Tec, localizada no antigo prédio da direção da EAJ em Macaíba, da 8
às 11 horas e das 14 às 16 horas. O prazo termina dia 2 de fevereiro de
2018.
Os
requisitos mínimos para participação no processo seletivo são diploma
de nível técnico ou superior na área do curso e comprovante de
experiência de, no mínimo, um ano de docência.
As
vagas são para os cursos técnicos em Administração, Agroindústria,
Agronegócio, Contabilidade, Cooperativismo, Finanças, Logística,
Manutenção e Suporte em Informática, Qualidade, Química e Redes de
Computadores.
Os
candidatos serão selecionados por região para atuação nos polos de
Acari, Apodi, Caraúbas, Areia Branca, Assú, Caicó, Ceará-Mirim,
Ceará-Mirim (Assentamento Rosário), Currais Novos, Goianinha, Ipanguaçu,
Itajá, Jaçanã, João Câmara, Lajes, Macaíba, Macau, Martins, Monte
Alegre, Mossoró, Natal, Nova Cruz, Parelhas, Parnamirim, Santa Cruz, São
Gonçalo do Amarante, São João do Sabugi, São José de Mipibu, São Paulo
do Potengi, Touros e Vera Cruz.
Mais informações em www.etec.eaj.ufrn.br na seção Processos Seletivos, edital 003/2018.
SRA define ações e metas para 2018
Com
o intuito de integrar as áreas, definir as metas, os desafios e planos
de ação para 2018, a Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA)
realizou nesta quinta-feira (25), o planejamento anual do órgão.
Participaram do
planejamento coordenadores, servidores, consultores e terceirizados
que, num esforço conjunto, definirão as ações e estratégias para
potencializar a execução das políticas de Reordenamento Agrário –
Crédito Fundiário e Regularização Fundiária – no decorrer deste ano.
O
evento contou com a presença do secretário especial da Secretaria de
Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Jefferson
Coriteac, que ressaltou a importância dessa atividade para a
fortalecimento da secretaria como um todo. “Como gestor, fico muito
satisfeito em ver o empenho da SRA de começar o ano revendo estratégias e
definindo metas que permitirão uma melhor execução de políticas que são
fundamentais para o desenvolvimento do rural brasileiro", comentou.
Coriteac
adiciona que “outro ganho que o planejamento traz, é a possibilidade de
integrar as áreas, aproximando os colaboradores e comprometendo a todos
com as demandas da SRA, independentemente do nível técnico que ocupam.
Todos - Sead, SRA e os beneficiários das Programas - saímos ganhando com
isso!"
Dentre as ações estabelecidas
no planejamento para os programas PNCF e PCRF estão as metas de
execução, a aprovação e criação dos normativos e a integração com as
políticas da Sead e com as demais, disponíveis nas três esferas de
governos.
Muitos são os desafios para
os Programas da SRA em 2018. No caso do PNCF, tem a aprovação,
normatização e a disseminação das novas regras, a parceria com novos
estados, entre outros. Com isso, a meta estabelecida para 2018 é
beneficiar mais 2 mil famílias.
Além
disso, para o PCRF os desafios giram em torno da elaboração e aprovação
dos normativos, a qualificação das parcerias e o aprimoramento dos
instrumentos de controle e gestão do Programa, proporcionando mais
agilidade na sua execução. Ações que irão permitir o geocadastro de 40
mil imóveis rurais e emissão de 25 mil títulos de propriedade.
“As
estratégias, ações e metas aqui aprovadas são fundamentais para
fortalecimento e ampliação das políticas da SRA. Um dos nossos grandes
desafios para 2018 é a retomada das contratações do PNCF e normatização
do PCRF. Vamos precisar do engajamento e colaboração de todos na
realização dessas importantes tarefas”, enfatizou a subsecretária de
Reordenamento Agrário da Sead, Raquel Santori.
A
subsecretaria aproveitou o momento para anunciar a realização do
Seminário Internacional de Governança Fundiária, que deve acontecer
ainda no nesse primeiro semestre.
Assessoria de Comunicação Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
Durante esta semana a equipe da gestão municipal esteve na zona rural de
angicos e tambem na zona urbana, realizando palestras e debates sobre o
saneamento basico do municipio, e contou com a participação do STTR,
onde teve a participação de agricultores e pessoas em geral que sofrem
com o dia dia sem saneamento em suas residencias a muitos anos.
Nestes percussos teve varias contribuições para que este saneamento
basico venha com mais força para a zona rural, e que possa ser um PLANO
MUNICIPAL DE SANEAMENTO BASICO perfeito, que venha ajudar a população
carente, e que todos precisam se empenhar nesta ação, onde o prazo
final é de 20 anos para sua conclusão.
ao final de cada evento, foi realizado alguns questionarios que vai ajudar no plano municipal de saneamento basico de angicos.
fotos das reuniões de base.
comunidade riacho do prato
comunidade cabubi
debates
o prefeito em sua fala mostra a importancia do saneamento na zona rural e
As obras do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco
estão avançando. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho,
reafirmou o compromisso do Governo Federal, nesta quarta-feira (24),
após realizar reunião técnica com o diretor de engenharia da empresa
Emsa, Ubiratan Lima. A construtora é responsável pela primeira etapa
(1N) do Eixo Norte que, quando concluído, levará as águas do Velho Chico
para mais de 7 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Ceará,
Paraíba e Rio Grande do Norte.
Durante a audiência, o diretor informou ao ministro Helder Barbalho
que, atualmente, a Meta 1N do Eixo Norte está com 27 frentes de trabalho
ao longo dos 140 quilômetros de extensão da etapa. São 1.790
profissionais atuando nesse trajeto com cerca de 500 equipamentos em
operação. O diretor adiantou que em fevereiro o número de operário nos
canteiros de obras vai subir 20% e atingir 2.148 trabalhadores
Soro contra picada de abelha deve chegar aos postos de saúde em 2020
O soro, que já se mostrou eficaz salvando vida em hospitais, ainda está na fase de testes
Já
existia soro contra picada de cobra, aranha, escorpião, lagarto… Mas
não havia nada contra a picada de abelha”, recorda o veterinário Rui
Seabra, pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que
liderou as pesquisas para o desenvolvimento do antiapílico nos últimos
20 anos.
Anualmente, cerca de 15 mil pessoas sofrem acidentes com abelhas no Brasil. As mortes são em torno de 50.
Camila Presotto, técnica agrícola de Avaré (SP),
entrou para a história da medicina por ser a primeira pessoa a receber
esse tratamento, em agosto de 2016, na Faculdade de Medicina de Botucatu
(SP).
“Sobrevivi graças ao soro, não tenho dúvida.
Quando fui buscar uma vaca retardatária no pasto, levei entre 400 e 600
picadas de abelha, a maioria na cabeça”, conta, a voz ainda trêmula pelo
susto.
O veneno da abelha libera muitas substâncias
tóxicas, que provocam hemorragias, queda de pressão, tontura, visão
turva, destroem as células vermelhas e os músculos, castigam os rins.
“Estava
quase em falência renal quando fiquei sabendo que a Unesp tinha
desenvolvido o antiapílico. Aceitei sem pestanejar a ser cobaia do
experimento. Era questão de vida ou morte.”
No Apiário da
Unesp, entendo a mecânica do envenenamento ao presenciar uma sessão de
coleta ao lado do biólogo Ricardo Orsi: a abelha dá a vida para salvar o
enxame. Defende-se cravando o ferrão numa pessoa ou animal e, quando
alça voo de novo, a parte final de seu corpo fica enterrada na pele (e
morre pouco depois). Abaixo do ferrão, está a bolsa de veneno.
Essa
bolsa é programada geneticamente para ficar ali pulsando por longo
tempo, liberando microgotas do veneno (imagine a Camila, com mais de 400
bolsinhas…).
“A
questão do bem-estar animal é importante e, no nosso processo, a abelha
não morre,” diz o professor Orsi, apresentando o aparelho extrator: uma
placa de acrílico coberta com fios de arame eletrificados que é
instalada na boca da colmeia. Ao passar pela placa intrusa, a abelha
leva um pequeno choque de 12 volts e ataca. Como não crava o ferrão, só
solta o veneno.
“A extração em 10 mil abelhas proporciona
apenas 1 grama de veneno em pó”, diz Ricardo enquanto raspa
cuidadosamente com gilete o veneno solidificado para um minúsculo
tubinho que é, imediatamente, conduzido ao Centro de Estudos de Venenos
de Animais Peçonhentos (Cevap), da Unesp.
“Muitas
tentativas foram feitas para desenvolver o soro, dentro e fora do
Brasil, mas nenhuma tinha ido para frente”, relata o doutor Rui Seabra,
que dedicou mestrado, doutorado e pós-doutorado ao assunto.
Havia
três grandes obstáculos para a evolução das pesquisas. Primeiro,
reduzir o impacto do envenenamento nos animais soroprodutores. Não se
inventou ainda maneira de se fazer soros e vacinas sem eles. Sensíveis
como são, os cavalos (animais padrão no Brasil para esse tipo de
trabalho) com o veneno bruto ficavam prostrados no chão.
Não
é o que vejo na fazenda de soroprodução que visito, em Cachoeiras de
Macacu, norte fluminense. Reconheço no som ambiente um prelúdio de
Chopin ao entrar no estábulo onde a tropa come tranquila. Seguindo os
princípios da lida gentil, na hora do trato e durante as sangrias, os
cavalos doadores ouvem música clássica. Pela boa aparência, nada indica
que, em cada período de produção, recebam 500 mililitros de veneno. No
caso do apílico, é o equivalente à picada de 5 mil abelhas.
“Conseguimos
extrair em laboratório as frações tóxicas que causam dor e alergia.
Assim, a inoculação do veneno, com todas as outras substâncias
necessárias à formação de anticorpos, pôde se dar sem problemas”,
acrescenta Rui Seabra.
O segundo desafio era encontrar
parceiro para a produção do soro: o Instituto Vital Brazil - IVB, do Rio
de Janeiro, topou separar 30 de sua tropa de 215 cavalos soroprodutores
para o experimento e fabricar as ampolas, cumprindo as regras da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Esse
soro vai salvar muitas vidas”, prevê o médico Edmilson Ligowski,
presidente do IVB, rodando orgulhoso na mão a caixinha com o
medicamento. “É um produto inédito no mundo, desenhado para atender à
rede do SUS (Sistema Único de Saúde) e, possivelmente, exportar para
países que têm problemas de acidentes com abelha também.”
A
parceria abriu as portas para o terceiro desafio: testar o soro em
humanos. Em 2013, o Ministério da Saúde fez uma chamada para ensaios
clínicos com novos medicamentos de interesse público. O projeto do
antiapílico foi aprovado e, em meados do ano passado, somente dois
lugares do Brasil receberam autorização para usar o soro: a Faculdade de
Medicina (Upeclin) de Botucatu e o Hospital Nossa Senhora da Conceição/
Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Tubarão (SC).
O
soro é seguro? Não tem efeitos colaterais indesejáveis? A Anvisa
determinou que o medicamento seja testado inicialmente em 20 pacientes
para só, então, começar um segundo ensaio clínico mais amplo, nacional,
com 400 pessoas, quando, aí sim, será avaliada a eficácia do produto.
“Podemos
afirmar que é totalmente seguro,” garante Rui Seabra, revelando que 17
pessoas envenenadas por abelhas já foram tratadas com resultados
excelentes. Um caso bem significativo aconteceu em Tubarão: seu Pedro
Bressan, de 78 anos, chegou ao hospital com 151 picadas de abelhas (ele
ajudava a desatolar um carro de boi).
“Duas horas depois
da aplicação, ele já estava falante e, no dia seguinte, saiu andando do
hospital. Reação incrível para a idade dele”, descreve Daisson Trevisol,
médico responsável pela pesquisa em Santa Catarina.
Mais
incrível ainda é que, duas semanas depois, seu Pedro voltou com 244
picadas (desta vez, foi num canavial). Não podia repetir a dose. Mas os
médicos acreditam que os anticorpos aplicados antes anularam o veneno,
pois ele resistiu muito bem, outra vez. Segue a vida, sem sequelas.
Com
o sotaque fortemente italianado, almeja: “Podia ter morrido sem esse
soro. Mas hei de ver fora da política essa cambada de corruptos que anda
assaltando nosso país”. A previsão é que o soro chegue aos postos do SUS em 2020.