segunda-feira, 30 de junho de 2014

CONVITE PARA ELEIÇÃO DO STTR DE PEDRO AVELINO/RN

CONVITE

  O SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE PEDRO AVELINO/RN, VEM ATRAVES DESTE CONVITE, CONVIDAR A TODOS COMPANHEIROS(AS) QUE COMPOE O POLO CENTRAL DA FETARN, QUE NESTE DIA 05 DE JULHO DE 2014, DAS 08:00 AS 14:00 HORAS, NA SEDE DO STTR, HAVERA ELEIÇÃO DA DIRETORIA PARA O MANDATO DE 2014 A 2018.

AGRADECE,

COMISSÃO ELEITORAL DO STTR
Saiba o que é Pegada hídrica e entenda como melhorar o uso na pecuária
Pegada hídrica é a quantidade de água, direta e indiretamente, usada na produção de um produto. A água está presente na calça jeans, no combustível, na carne, no leite, no papel. O quanto desse recurso é preciso até o produto chegar ao consumidor é um cálculo complexo, e o resultado, geralmente, alto. Conhecer o valor da pegada pode colaborar para evitar o desperdício e melhorar a gestão da água.

O Brasil tem cerca de 12% da água doce do planeta. No entanto  sua distribuição é desigual  e   as principais reservas não estão localizadas onde se concentra grande parte da população. Um exemplo é que 68% da disponibilidade de água superficial está na Região Hidrográfica Amazônica, onde a concentração populacional é menor.

"A falta de água traz uma conscientização imediata sobre a  importância de usar de forma sustentável os recursos hídricos", afirma Albano de Araújo. Para ele, a preocupação com a água é inversamente proporcional à sua disponibilidade. Com os problemas de escassez vividos na atualidade, o assunto entra na pauta do governo e da sociedade. 

Agricultores e pecuaristas sofrem com a escassez, já que dependem de água para produção de alimentos. No entanto, o manejo desse recurso ainda não faz parte da rotina desses produtores e o uso intenso, sem gestão adequada, coloca em risco sua disponibilidade em quantidade e qualidade e o futuro dos sistemas de produção.

O agronegócio, apenas em 2013, gerou, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), um superávit de US$ 83 bilhões. As exportações de carne bovina em 2013 significaram US$ 6,6 bilhões de receita, alta de 13,9% em relação a 2012, de acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Para manter-se competitivo economicamente e ao mesmo tempo fazer com que a produção agropecuária seja socialmente justa e ambientalmente correta, é preciso que o produtor adote em suas rotinas produtivas conhecimentos, práticas e tecnologias que visem uma propriedade mais sustentável. O manejo hídrico é um dos gargalos.

Segundo o pesquisador Julio Palhares, da Embrapa Pecuária Sudeste, as propriedades rurais ainda não têm controle significativo da água captada e consumida. "Houve evolução nos sistemas de produção e em suas práticas reprodutivas, nutricionais e sanitárias. Agora, o momento é de um novo salto - internalizar o manejo hídrico, ambiental e de resíduos. Educação e uma cultura hídrica são indispensáveis para que a água não seja uma ameaça ao desempenho e à sanidade das criações", explica Palhares.

Para fazer o manejo hídrico da propriedade, é necessário conhecer os fluxos de água e o quanto é consumido. Mas como chegar a esses números? Embrapa, instituições de pesquisa e iniciativa privada estão, neste momento, calculando a pegada hídrica da carne e do leite. No caso da carne, por exemplo, o cálculo para conhecer a pegada hídrica leva em consideração toda a água usada no processo, desde a quantidade consumida na produção do alimento dado ao animal até a utilizada no abate.

O cálculo da pegada que envolve a Embrapa e parceiros tem como base os sistemas de produção de carne em confinamento e de leite a pasto. O diferencial da pesquisa  diante de  cálculos já feitos é trabalhar com as realidades produtivas brasileiras. O resultado será a validação de práticas e tecnologias para reduzir o valor da pegada hídrica e, assim, melhorar a eficiência do uso da água.

A média global para a produção de um quilo de carne bovina é de 15,5 mil litros de água. De acordo com Araújo, esse valor foi influenciado pela criação intensiva de gado nos países europeus, com alimentação à base de ração.

No Brasil, a produção a pasto é predominante. O especialista da TNC acredita que o resultado da pegada hídrica no Brasil deve ser inferior à média global, levando em conta os métodos produtivos e as condições climáticas.

Uma forma de diminuir o consumo em sua propriedade é o uso de práticas racionais. Uma delas, por exemplo, é a irrigação noturna. Outra foi a instalação do  evaporímetro de Piche, que mede a evaporação da água, o que garante maior informação para a gestão. A reutilização da água da lavagem do laticínio e do local de ordenha na fertirrigação para adubação das pastagens também ajudou a garantir a economia e melhor aproveitamento dos recursos.

Com o monitoramento constante, é possível economizar água e também dinheiro. O consumo é um indicador importante para a tomada de decisão na hora da gestão de  modo a melhorar a eficiência da produção na fazenda.

Para medir o consumo na propriedade e conhecer o custo da água, de forma simples e barata, o pesquisador Julio Palhares recomenda a instalação de hidrômetros. Ele alerta, entretanto, que "os equipamentos devem ser escolhidos de acordo com as características estruturais e hídricas de cada propriedade, o que requer consulta a um profissional habilitado".


da redação do Nordeste Rural

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Imóveis com até 15 módulos fiscais podem ser cadastrados diretamente nas UMCs e Salas da Cidadania


Na esteira das mudanças que vêm sendo promovidas para agilizar e qualificar a prestação de serviços aos seus públicos, o Incra ampliou o atendimento aos proprietários rurais nas Unidades Municipais de Cadastramento (UMCs). Elas passam a recepcionar solicitações de atualização cadastral referentes a imóveis com área de até 15 módulos fiscais (MFs), e não apenas quatro módulos, como ocorria até então, beneficiando, desta forma, pequenos e médios proprietários rurais de todo o País.

A ampliação, que vem ao encontro do conceito de prestação de serviços inaugurado pelo Incra por meio das Salas da Cidadania, entrou em vigor em maio, quando a Diretoria Colegiada aprovou a Resolução n° 06 (Clique aqui para acessar o documento). Desde então, as Unidades Municipais de Cadastramento vêm sendo orientadas para possibilitar o atendimento a partir do novo perfil. O estado no qual este processo está mais adiantado é o Rio Grande do Sul, onde UMCs de 80 municípios (dentre as 320 existentes) já estão habilitadas a recepcionar as demandas dos proprietários detentores de imóveis acima de quatro módulos fiscais.

“O Incra está, de fato, aproximando os serviços do cidadão por meio das UMCs. Os proprietários não precisam se deslocar a outros municípios para resolver questões junto ao órgão, conseguem fazer tudo na prefeitura das cidades onde vivem”, afirma o coordenador geral de Cadastro Rural da autarquia, Evandro Cardoso, ao explicar que as superintendências regionais do Instituto – a maior parte delas sediada nas capitais dos estados – continuam com a prerrogativa de gerenciar os grandes imóveis acima de 15 MFs.

Atualmente, há 2,8 mil UMCs no País e o Incra vem ampliando a articulação institucional com o objetivo de aumentar o número dessas unidades em funcionamento. A orientação é transformar as UMCs em Salas da Cidadania, estendendo os serviços prestados pelo Incra nos municípios. Com a mudança promovida, cerca de 98% dos 5,6 milhões de imóveis constantes no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR) poderão ser atendidos nesse ambiente (veja tabela abaixo).

Cooperação
As UMCs e as Salas da Cidadania são instaladas a partir de Acordo de Cooperação Técnica assinado entre o Incra e as prefeituras. Treinamento realizado pelo Instituto habilita funcionários do município a receber documentação referente aos imóveis, inserir informações no SNCR e validar esses dados, além de emitir os Certificados de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), documento indispensável para a realização de transações imobiliárias e tomada de empréstimos junto a instituições financeiras.

Nas Salas da Cidadania é garantido atendimento também a assentados da reforma agrária, em especial no que se refere à possibilidade de renegociação de dívidas deste público.


Classificação de imóveis e área total cadastrada no SNCR - (Detenção privada)

N° de Imóveis privados
Nº imóveis rurais
Total de área (ha)
Até 4 MF
5.080.965
147.718.474,36
Mais de 4 até 15 MF
397.849
119.159.914,10
Mais de 15 MF
130.145
243.341.563,42
Total Brasil
5.608.959
510.219.951,88
Até 15 MFs
97,7%
52,3%
Agricultura empresarial recebe mais verbas para a safra deste ano
O valor dos financiamentos concedidos para a agricultura empresarial entre julho de 2013 e abril deste ano somaram R$ 128,67 bilhões, alta de 37,8% sobre o resultado obtido no mesmo período da temporada 2012/13 que foi de R$ 93,34 bilhões. Do total, R$ 88,95 bilhões foram destinados às modalidades de custeio e comercialização e R$ 26,30 bilhões para as de investimento.

Entre as operações de custeio, destaque para o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que aplicou R$ 8,96 bilhões, R$ 910 milhões acima dos recursos inicialmente programados (R$ 8,05 bilhões), aumento de 19,7% se comparado aos R$ 7,48 bilhões aplicados em 2012/13. Pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), dos R$ 3,18 bilhões programados, os empréstimos somaram R$ 2,08 bilhões, aumento de 23%, quando comparado ao valor de R$ 1,69 bilhão da safra anterior.

Já nas modalidades de investimento, os produtores contrataram R$ 11,18 bilhões pelo Programa de Sustentação de Investimento Rural (PSI-BK), que financia a aquisição de máquinas e equipamentos, resultado 15,9% superior aos R$ 9,65 bilhões contratados na safra passada.

Em relação ao crédito para armazenagem, dos R$ 4,5 bilhões disponibilizados para a agricultura empresarial, foram comprometidos R$ 3,58 bilhões. Desse total, foram R$ 654 milhões pelo PSI-Cerealistas e R$ 3,08 bilhões pelo Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Conab: Núcleo de Assú define cronograma para distribuição de 1.500 toneladas de milho


A chefia do núcleo de armazenamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em Assú, traçou um calendário para realizar a distribuição de um novo carregamento de 1.500 toneladas de milho na área sob a sua jurisdição administrativa.  
De acordo com o chefe do órgão, José Onildo Araújo, o fornecedor do produto que vai ser redistribuído tem prazo até esta quinta-feira (26) para entregar toda a carga.
O dirigente explicou que, com o objetivo de atender a demanda da unidade, que representa aproximadamente 4.000 produtores cadastrados, as cotas serão reduzidas em um terço.
Conforme a programação definida pela Conab na primeira quinzena de julho próximo o atendimento se voltará preferencialmente para produtores de Assú, Upanema, Pedro Avelino, Macau, Guamaré, Jucurutu, Serra do Mel, Porto do Mangue, Fernando Pedroza e Messias Targino.
Na segunda quinzena do mês que vem o atendimento atenderá produtores dos seguintes municípios: Pendências, Afonso Bezerra, Itajá, Ipanguaçu, Carnaubais, Angicos, Triunfo Potiguar, Paraú, São Rafael, Alto do Rodrigues, Santana do Matos e Campo Grande.


Jerimum de quase 200 kg é encontrado na Paraíba


Um jerimum nada tradicional tem chamado atenção dos moradores da pequena cidade paraibana de Nova Floresta, a 249 km de João Pessoa, na região do Curimataú do estado. O motivo é o tamanho do legume, que ainda nem acabou de crescer, já tem 2,30 metros de diâmetro e quase 200 quilos. O leguminoso pode ser o maior já cultivado no Nordeste.

O vegetal nasceu na horta de Adailton Gomes, 29 anos, morador do sítio Pororoca. De acordo com o produtor, que começou o cultivo da planta há três meses, o segredo está na semente de qualidade, que foi importada dos Estados Unidos, da espécie Atlantic Gigante. Na terra, de cerca de 10 hectares, há outros seis legumes pesando entre 40 e 70 kg. Até então, o maior vegetal colhido tinha sido de 10 quilos.

“Há cinco anos eu estava lendo uma revista agrônoma e tinha falando sobre a espécie americana. Entrei em contato com um amigo meu e ele me mandou algumas sementes da espécie. Plantei e me surpreendi com o tamanho. Tenho outras mudas – que estão com legumes grandes. Mas, meu forte mesmo é o hortifruti, produzindo o maracujá amarelo”, falou o agricultor.



Treinar as novilhas antes do parto evita o stress da primeira ordenha
É o que assegura Camila Silano, médica veterinária e aluna da pós graduação da USP, que junto com Marcos Veiga dos Santos analisaram o trabalho de treinamento para as novilhas em primeira cria. Esses animais, em primeira lactação são expostas a diversas experiências novas associadas ao processo de ordenha, e frequentemente é um dos primeiros contatos que estes animais têm com pessoas e com a rotina da propriedade. Essa mudança no manejo pode gerar estresse, aumento dos batimentos cardíacos, liberação do cortisol e menor ejeção do leite, o que impede a completa expressão do potencial produtivo desses animais e resulta em baixa produtividade. Algumas medidas têm sido estudadas para familiarizar os animais com o sistema e o manejo de ordenha no pré-parto para reduzir a agitação na linha de ordenha, a incidência de coices e a queda de teteiras, garantindo uma ordenha com menor risco de acidentes e novilhas mais produtivas durante a primeira semana de lactação. 

Sabe-se que a relação homem-animal pode afetar o bem-estar, a saúde e a produtividade de vacas leiteiras, já que o manejo diário é bastante intenso. Já foi demonstrado que vacas com uma distância de fuga menor, isto é, vacas que permitem maior aproximação e contato humano, apresentam comportamento mais calmo durante a ordenha, com maior produção de leite e teores mais elevados de gordura e proteína. Com base nessas informações, pesquisadores da Nova Zelândia realizaram um estudo para determinar se o treinamento de novilhas antes do parto poderia reduzir o comportamento aversivo destes animais durante as primeiras semanas de lactação, assim como se isso teria efeito sobre a produção e composição do leite e se essas respostas estão ligadas ao temperamento de cada vaca.

Foram avaliadas quarenta vacas, divididas em dois grupos de vinte animais cada, sendo dez animais considerados mais reativos ao contato humano e dez menos reativos. Um dos grupos recebeu treinamento para ordenha, que consistia em inseri-los na rotina de ordenha, habituando os animais à sala, à linha, aos equipamentos e aos procedimentos antes e após a ordenha. No primeiro dia de treinamento, pela manhã, as novilhas foram levadas para a sala de ordenha e estimuladas a entrar na linha de ordenha, sem utilização de objetos, apenas com a voz e toque com as mãos. Esse processo foi realizado três vezes. No segundo período de treinamento o processo foi repetido, e durante a permanência das novilhas na linha de ordenha, foram introduzidos alguns objetos utilizados na ordenha, como a lavagem da linha, as canecas e o rádio foi ligado. No terceiro per&ia! cute;odo de treinamento a ordenhadeira foi ligada, foi aplicado o pré-dipping e os ordenhadores tocaram o úbere e membros posteriores dos animais. No quarto e último período de treinamento, os ordenhadores tocaram toda parte posterior dos animais, incluindo o úbere e até os tetos. 

As novilhas que tiveram algum contato prévio com o manejo e com os tratadores ficaram menos agitadas e deram menos coices durante a primeira semana de lactação. Além disso, o treinamento das novilhas no pré-parto reduziu o estresse durante a primeira semana de lactação, o que pôde ser percebido pela redução do leite residual e das concentrações plasmáticas de cortisol. Provavelmente, a redução do comportamento reativo dos animais com humanos ao longo do tempo foi devido a maior interação e habituação dos animais com a rotina de manejo sendo estabelecida, o que colaborou para que os animais não ficassem tão estressados com a mudança do manejo de ordenha.

Desse modo, percebe-se que preparar as novilhas para a mudança de rotina que ocorre após o parto e familiarizar os animais com o novo ambiente e novo manejo pode contribuir para que durante as primeiras semanas de lactação os animais se sintam mais confortáveis e isso se traduza em uma ordenha mais tranquila tanto para os animais quanto para os tratadores e menores perdas de produtividade, recomenda a médica veterinária Camila Silano.
da redação do Nordeste Rural

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Os pequenos produtores podem criar tilápias em gaiolas
A tilápia é um peixe de água doce muito conhecido na região Nordeste. Esse animal de carne branca cresce muito rapidamente, além de ser resistente a doenças e a baixos níveis de oxigênio na água. As tilápias comem de folhas verdes a larvas de outros peixes, além de restos de batata doce, mandioca, milho e frutas.
Mas, se alimentada com boa ração comercial, elas podem atingir o tamanho ideal ao final de quatro meses. Apesar de ainda serem largamente criadas em viveiros, as tilápias podem ter o cultivo feito em gaiolas.
Essa forma alternativa de criação desses peixes tem alguns benefícios. Os animais podem ser criados em muitos ambientes, como açudes, lagoas, rios e canais. Além disso, as gaiolas permitem que uma grande quantidade de tilápias seja cultivada em um curto espaço.
da redação do Nordeste Rural

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Conab: Operação especial de milho executada pela companhia segue até dezembro

O Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) prorrogou até 31 de dezembro a venda de milho a preços subsidiados nos municípios da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que continuam sob o efeito da estiagem.
A informação é da assessoria de comunicação social da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O produto é comercializado pela Conab por meio do Programa de Vendas em Balcão, que atende a criadores de pequeno porte de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos, além de cooperativas e agroindústrias de pequeno porte, que utilizam o grão na ração animal.
De acordo com a resolução, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (20), a Conab está autorizada a remover 180 mil toneladas dos estoques públicos.
O milho será vendido ao preço de R$ 23,10 a saca de 60 kg, com limite de aquisição de três mil quilos por beneficiário/mês.
O novo preço passará a valer nas operações a partir de 1º de julho.



Cresce o número de contratos do Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

Os recursos para o Plano ABC para a safra 2014/2015 programados pelo Plano Agrícola e Pecuário (PAP) correspondem ao  mesmo volume de R$ 4,5 bilhões. A principal mudança foi o aumento do limite de crédito para os beneficiários que passou de R$ 1 milhão para R$ 2 milhões. O limite para o plantio comercial de florestas é de R$ 3 milhões por beneficiário. Os juros variam entre 4,5% a 5% ao ano.



Em função disso, o número de contratos do Programa de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) aumentou em relação ao último ano safra. No período entre julho de 2012 e abril de 2013, a quantidade de contratos registrada foi de 8.359. Em comparação com o mesmo período, de julho de 2013 a abril de 2014, o número de contratos realizados chegou a 8.491.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, o aumento no número de contratos realizados demonstra que o Plano ABC e a linha de crédito do Programa ABC têm se expandido pelo Brasil. “Esses dados refletem a expansão da área sob as tecnologias do ABC. Significa que os produtores têm aderido à linha de crédito do Plano”, afirmou.

A região Sudeste foi a que mais teve contratações pelo Programa ABC, atingindo 3.190 contratos, e o estado em que foi registrada a maior quantidade de contratos feitos foi o de Minas Gerais, com 1.785. Em relação ao crédito disponibilizado para esta safra 2013/2014, os produtores de todo o país tiveram à disposição R$ 4,5 bilhões e até abril deste ano já foram desembolsados quase R$ 2,2 bilhões.





da redação do Nordeste Rural

Sertão Empreendedor: Um Novo Tempo para o Semiárido

Superar as dificuldades impostas pela falta de chuvas e produzir em meio à seca são os maiores desafios para quem vive no semiárido brasileiro. O sertanejo, mesmo sendo um forte, como afirmou Euclides da Cunha,  está cansado de esperar. Precisa de alternativas, de acesso a tecnologias que permitem conviver com o clima e trabalhar em diversas atividades. E isso é possível porque o semiárido brasileiro, apesar de todas as adversidades, é o que registra o maior volume de chuva em relação a outras regiões semelhantes do planeta.
E foi com a determinação de estimular o espírito empreendedor e elevar a qualidade de vida da população do semiárido brasileiro, que o SENAR criou o "Programa Sertão Empreendedor: Um novo Tempo para o Semiárido" que será desenvolvido em uma ação conjunta com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O Programa visa promover a competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais no semiárido brasileiro através do fomento à inovação, ao empreendedorismo e a difusão das tecnologias sociais, de produção, gestão e boas práticas de convivência com o semiárido.
Pautada na qualificação profissional com orientação técnica, a implantação de novos negócios rurais e a consolidação dos já existentes, em especial em municípios que sofrem constantemente com secas e estiagens prolongadas, certamente contribuirá para o crescimento social e econômico, com melhoria na qualidade de vida dos empreendedores rurais, incluindo a de seus familiares e colaboradores. Viabiliza-se, desta maneira, uma melhor convivência nas adversidades existentes e, principalmente, um desenvolvimento produtivo mais sustentável nessa região.

O Semiárido


  • 1.135 municípios distribuídos por nove estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e norte de Minas Gerais);
  • 11,5% do território nacional e mais da metade da área do Nordeste;
  • 22,5 milhões de pessoas (sendo 14 milhões na zona urbana e 8,5 milhões na zona rural);
  • Cerca de 1,7 milhão de estabelecimentos rurais.
  • 800 mm de precipitação anual máxima.

Linhas de ação do programa Sertão Empreendedor

O programa reúne um conjunto de ações sistêmicas e continuadas para contribuir com o desenvolvimento rural sustentável a partir da difusão e aplicação de tecnologias de convivência com as adversidades do semiárido, para melhorar a gestão, aumentar a produtividade e a renda dos empreendimentos rurais, com respeito ao meio ambiente.

Tecnologias sugeridas

O programa Sertão Empreendedor vai incentivar as seguintes tecnologias:
  • Captação e conservação hídrica (barragem subterrânea, poço amazonas com anéis de cimento, cisterna calçadão e barreiros de salvação)
  • Produção de forrageiras (palma forrageira em sistema adensado, gramíneas, leguminosas, fontes proteicas e energéticas)
  • Conservação de forragens (fenação, ensilagem e amoniação)
Além disso, o programa pretende difundir atividades com potencial econômico na região, como a ovinocaprinocultura, a apicultura, a fruticultura, a fabricação de produtos e alimentos a partir da palma forrageira, o turismo rural e a energia solar, entre outras.

Público

O programa Sertão Empreendedor vai atender empreendedores rurais, incluindo seus familiares e colaboradores.

Previsão de chuva no RN para este semana

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A presença de uma massa de ar quente ainda dificulta a formação de nuvens carregadas no interior do Nordeste na segunda-feira. O calor predomina e não há previsão de chuva. Já em todo litoral, os ventos que chegam do mar ajudam a formar as nuvens carregadas que provocam chuva fraca, que acontece de maneira isolada. Chove de maneira mais intensa e o risco para temporais é elevado entre a Paraíba e o Rio Grande do Norte.
A partir de terça, nuvens carregadas vindas do oceano seguem atuando e provocando pancadas de chuva ao longo do dia em praticamente todo o litoral nordestino. Entre o litoral de Alagoas e Rio Grande do Norte há previsão de chuva forte, com elevados acumulados e risco inclusive para temporais, sobretudo no litoral pernambucano. Na costa norte, as chuvas mais intensas se concentram sobre o litoral maranhense. No interior, o predomínio é de sol, tempo seco e sem chuva. As temperaturas se elevam em todos os Estados.
Na quarta continua chovendo em todo o litoral nordestino, inclusive no sul da Bahia, e a chuva mais intensa se concentra entre o norte de Pernambuco e a Paraíba. No interior, o predomínio ainda é de tempo firme e sem chuva. Nos próximos dias as chuvas irão se concentrar em toda a faixa norte, desde o Rio Grande do Norte até o Maranhão, e também em todo o litoral. No interior, o predomínio ainda será de tempo firme, seco e sem chuva.

quinta-feira, 19 de junho de 2014



Céu claro durante o dia e chuva na madrugada


A Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) está prevendo para amanhã (19), dia do jogo entre Japão e Grécia, em Natal, tempo bom, com céu claro durante o dia e chuva durante a madrugada. A temperatura deve variar entre a mínima de 22,5 e a máxima de 28 graus centígrados.
A previsão para hoje (quarta-feira) é de “instabilidades de origem oceânica, associadas ao sistema de brisa, deixando o céu parcialmente nublado com pancadas de chuvas fracas sobre os setores Leste e Agreste do Estado. No interior, o céu será parcialmente nublado com possibilidade de chuvas isoladas”.
O Boletim Pluviométrico registra poucas chuvas entre a manhã de ontem e as 7 horas da manhã de hoje. Dos postos em contato, apenas  quatro têm registro de chuvas. Em Bento Fernandes choveu 2,0 milímetros (mm); em Parnamirim (4,4mm) e, em Ceará-Mirim (0,3mm).

Agricultura empresarial financia R$ 128 bilhões

Os financiamentos concedidos para a agricultura empresarial entre julho de 2013 e abril deste ano somaram R$ 128,67 bilhões, alta de 37,8% sobre o resultado obtido no mesmo período da temporada 2012/13 (R$ 93,34 bilhões). Do total, R$ 88,95 bilhões foram destinados às modalidades de custeio e comercialização e R$ 26,30 bilhões para as de investimento.
Entre as operações de custeio, destaque para o Programa de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que aplicou R$ 8,96 bilhões, R$ 910 milhões acima dos recursos inicialmente programados (R$ 8,05 bilhões), aumento de 19,7% se comparado aos R$ 7,48 bilhões aplicados em 2012/13. Pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), dos R$ 3,18 bilhões programados, os empréstimos somaram R$ 2,08 bilhões, aumento de 23%, quando comparado ao valor de R$ 1,69 bilhão da safra anterior.
Já nas modalidades de investimento, os produtores contrataram R$ 11,18 bilhões pelo Programa de Sustentação de Investimento Rural (PSI-BK), que financia a aquisição de máquinas e equipamentos, resultado 15,9% superior aos R$ 9,65 bilhões contratados na safra passada.
Em relação ao crédito para armazenagem, dos R$ 4,5 bilhões disponibilizados para a agricultura empresarial, foram comprometidos R$ 3,58 bilhões. Desse total, foram R$ 654 milhões pelo PSI-Cerealistas e R$ 3,08 bilhões pelo Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).
A avaliação das contratações do crédito agrícola é atualizada mensalmente pelo Grupo de Acompanhamento do Crédito Rural, coordenado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA/Mapa).

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Raça Somalis Brasileira

Imagem da Raça O Somalis pertence ao grupo dos ovinos de "garupa gorda", originário do "corno da África", região formada pela Somália e Etiópia, tendo como ancestral remoto o ovino Urial. O Somalis Brasileiro já se afastou bastante do tronco original, sendo mais prolífero, de garupa menos gorda e com alguma lã pelo corpo, o que sugere ter havido muita infusão de raças sem garupa gorda e com alguma lã.
 Ovinos de porte médio, deslanados, mochos, cabeça e pescoço negros ou pardos, com anca e base da cauda gorda. Machos adultos com 40/60 kg e fêmeas adultas com 30/50 Kg. Cabeça de tamanho médio, perfil retilíneo, chanfro curto; sem chifres (mochos). Orelhas curtas de forma cônica com terminação lanceolada; olhos negros; pelagem preta ou parda; Pescoço curto, forte, bem inserido no corpo, de cor preta ou parda, possui linha dorso lombar reta; garupa forte com boa cobertura de gordura; cauda curta, com densa camada de gordura na base, terminação afilada; membros fortes, com aprumos corretos e boa cobertura muscular; cascos pretos, podendo ser amarelados nos animais de cabeça parda.
                 Pelagem branca, com cabeça e pescoço pretos (Figura 20). Permissível a tonalidade parda nestas partes. Permissível a extensão da área escura até a base do pescoço e a metade da espádua. Animais velhos podem apresentar pêlos pretos ou pardos na área branca do corpo; cabeça, pescoço, tronco e membros cobertos de pêlos curtos, admitindo-se a presença de lã em pequena quantidade.
              Aptidões para produção de carne e pele. Fêmeas prolíferas. São animais rústicos, adaptam-se bem às condições climáticas da região semi-árida.



Defeitos que são considerados desclassificatórios:
  • Manchas brancas na cabeça e pescoço;
  • Manchas pretas ou pardas na parte inferior dos membros e no corpo;
  • Porte pequeno;
  • Orelhas muito grandes;
  • Presença de chifres
  • Más formações bucais (prognatismo, retrognatismo, agnatismo...);
  • Tronco curto;
  • Cauda muito longa;
  • Criptorquidia, monorquidia, hipoplasia, ou acentuada assimetria testicular;
  • Problemas de aprumos
  • Presença de lã em grande quantidade;

O Dorper

História da Raça



O Dorper é uma raça oriunda da África do Sul, desenvolvida nos anos de 1930 por uma questão de necessidade. Nesta década, os criadores da África do Sul exportaram carne de ovinos nativos, de rabo largo, para Londres. Mas esta carne foi totalmente rejeitada porque os ingleses estavam acostumados com carne de alta qualidade, proveniente da raça Canterbury, da Nova Zelândia. Em decorrência desse problema, os criadores resolveram investir no desenvolvimento de uma nova raça que atendesse essa alta qualidade desejada, produzindo um carneiro de corte, com excelente carcaça, e que pudesse ser criado nas regiões extensivas no semi-árido africano. No seu livro C Ganhando dinheiro com ovinos de corte C, Q. Campell, diz que o Dorper foi resultado de um dos melhores cruzamentos entre uma raça exótica e uma adaptada, Dorset Horn e do Blackhead Persian.
A Blackhead Persian, oriunda do deserto, garantiu a rusticidade, frugalidade, adaptabilidade, pigmentação, cobertura de pêlos, alta fertilidade e gemelaridade, e uma pele de excelente valor comercial. O Dorset Horn, conferiu crescimento rápido, boa cobertura muscular e excelente sabor da carne.
O produto do cruzamento recebeu o nome com as iniciais das duas raças: DORset + PER sian. Em 1946, a raça já estava pronta e ocupando boa parte dos rebanhos sul-africanos. Em 1950, fui fundada a Associação de Criadores de Dorper.
Concomitantemente à criação da Associação, iniciou-se uma discussão a respeito da coloração do animal Dorper, se deveria ser totalmente branco (chamado de Dorset), ou se deveria apresentar a cabeça negra. Essa discussão perdurou até 1964, quando a Associação determinou que ambos os animais, brancos ou com cabeças pretas, teriam a denominação de Dorper.
A diferença na cor permite que o criador tenha a sua preferência. Cerca de 85% dos criadores de Dorper, membros da Sociedade de Criadores da Raça Ovina Dorper da África do Sul, criam o Dorper de cabeça preta.
A raça Dorper é, numericamente, a segunda raça mais criada na África do Sul, com mais de 10 milhões de cabeças, mais de 30% do total de ovinos do país, e se espalha rapidamente por muitos outros países.

No Brasil

Em 1955, foram importados animais das raças Dorper e BlackHead Persian do Canadá para o Ceará, e animais da Holanda para o Paraná. Em 1996, foram importados embriões para o Ceará. A partir do ano 2000, uma central de transferência trouxe mais 300 embriões, que foram implantados em receptoras Santa Inês.
A partir de então, a procura por animais da raça Dorper está em plena expansão.
Estima-se que no Brasil haja cerca de 3.300 cabeças, entre mestiços e Puros de Origem.

Pesquisa indica controle genético do nematoide da goiabeira com uso de híbrido como porta enxerto

Foto: Marcelino Ribeiro
Marcelino Ribeiro - Planta híbrida pode ser a solução
Planta híbrida pode ser a solução
Agora falta pouco, seis ou sete meses. É o tempo estimado pelo pesquisador Carlos Antonio Fernandes Santos, da Embrapa Semiárido, para concluir estudo da mais promissora tecnologia de controle do nematoide na cultura da goiabeira: uma planta híbrida que mistura características da goiabeira e do araçazeiro.
Os resultados experimentais são muito animadores nas várias fases da pesquisa: primeiro, em casa de vegetação com inoculação artificial do verme, por mais de um ano; depois, durante dois anos e meio, em terreno infestado do nematoide no solo. Em todo este período as plantas híbridas se desenvolveram bem, sem manifestar qualquer sintoma de ataque, como galhas nas raízes.
No momento, a equipe de pesquisadores formada por Carlos Antonio, José Egidio Flori e José Mauro da Cunha e Castro, segue monitorando a resistência desse material em propriedades com histórico de elevada incidência de nematoide: cinco, no submédio do vale do rio São Francisco e três no município de São João da Barra (RJ). Estão neste trabalho há quase oito meses. O objetivo é usar esse híbrido como porta-enxerto das variedades comerciais, como Paluma e Pedro Sato.
Início das pesquisas - Carlos Antonio fala com otimismo do trabalho prestes a ser disponibilizado para os agricultores. "Buscamos uma técnica ainda não tentada pelos vários grupos de pesquisa empenhados, em todo o país, na superação desse grave problema fitossanitário, responsável por dizimar mais de 50% da área cultivada com goiaba nas áreas irrigadas de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA)", afirma.
"Ao invés de investigarmos a aplicação de inseticidas, métodos de controle biológico e mesmo o uso de porta-enxerto de Araçá, como vinha sendo feito, fomos a vários lugares do país, do Rio Grande do Sul a Roraima, e coletamos cerca de 160 tipos de goiabeiras e de araçás, e passamos a avaliar o grau de tolerância ou resistência ao nematoide Meloidogyne enterolobii", explica.
Segundo o pesquisador, a avaliação desses materiais já no ano de 2009, mostrou que todos os tipos de goiabeira eram suscetíveis ao nematoide, enquanto plantas de araçazeiros eram resistentes. Uma delas, originária de Roraima, foi usada em cruzamentos artificiais com goiabeira.
O híbrido de Psidium (goiabeira x araçazeiro) possui 50% do genoma de goiabeira, minimizando a incompatibilidade, entre as quais o baixo porte do araçazeiro. O híbrido apresenta ainda planta de grande vigor, conhecido como vigor de heterose, que o torna ideal para ser usado como porta enxerto, explica o pesquisador.
Cruzamentos - Com recursos da Embrapa, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Comunidade Europeia – por meio do projeto internacional Guavamap -, a equipe se dedicou a fazer cruzamentos entre as duas espécies de Psidium. Tecnicamente, isto se faz com a retirada da parte masculina da flor de goiabeira, seguida da polinização na parte feminina com pólen do araçazeiro, comprovadamente resistente ao nematoide.
Para surpresa da equipe, plantas de um dos cruzamentos apresentaram resistência em testes de casa de vegetação já na primeira geração, sugerindo que a resistência é de herança simples. Este foi um trabalho realizado pela doutoranda da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Soniane Rodrigues da Costa, sob a orientação de Carlos Antonio.
De 1.200 cruzamentos feitos na primeira fase da pesquisa, no Laboratório de Genética Vegetal da Embrapa Semiárido, obteviveram sucesso em apenas cinco. Um deles, porém, resultou no híbrido que está sendo testado em áreas de plantios comerciais.
Este trabalho continua e envolve outras espécies de araçazeiros. Os pesquisadores buscam aumentar as fontes de resistência ao nematoide, como forma de prevenção à possível quebra de resistência do atual híbrido por outros ecotipos do nematoide.
"Os agricultores estão muito próximos de virar a página que desde os anos 90 registra um recuo de mais de 50% na área de plantio com goiaba, que reduziu mais de 7 mil postos de trabalho e causou prejuízos de mais de R$ 200 milhões. O controle genético, como o que estamos apresentando, é superior a todos os outros métodos, pois não implica em gastos recorrentes em insumos para cultivo da goiabeira", afirma o pesquisador da Embrapa.
Previsão de super safra de grãos no Brasil
A estimativa é do 9º Levantamento de Grãos da Safra 2013/2014 e representa um aumento de 2,6% ou o equivalente a 4,9 milhões de toneladas acima da safra passada que foi de 188,7 milhões de toneladas. A produção de grãos no Brasil é medida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e prevê que a safra de grãos, este ano, deve chegar a 193,6 milhões de toneladas.

Esse previsão de crescimento se deve ao fato da recuperação das lavouras de milho 1ª e 2ª safras, feijão 3ª safra e trigo. A cultura deste grão, em termos percentuais, é destaque também neste levantamento, apresentando um incremento de 33,4% (mais de 1,8 milhão t), atingindo 7,37 milhões de t. O feijão total cresceu 32,3% (907,4 mil t), chegando a 3,71 milhões de t.

De acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, a grande surpresa desta temporada é o milho 2ª safra que foi plantado com um pouco de atraso em função do excesso de chuva no mês de fevereiro, mas os meses de abril e março acabou chovendo muito, o que consolidou a 2ª safra.

“Estamos numa expectativa bastante forte em relação ao trigo,  pois ainda está com o plantio acontecendo e irá se consolidar nos meses de agostou e setembro ,quando se inicia a safra. Mas a previsão é de crescimento, 2 milhões de toneladas,  com a possibilidade, se o clima for favorável, de superar os 7 milhões de toneladas”, colocou Geller.

O Brasil também teve um crescimento no aproveitamento da área plantada. O total destinado ao plantio de grãos deve chegar a 56,9 milhões de hectares, com alta de 6,2% se comparada à área de 53,6 milhões de hectares da última safra. A soja cresce 8,5%, passando de 27,7 milhões de hectares para 30,1 milhões de hectares. Outras culturas que ampliaram a área foram trigo (18,4%), arroz (0,2%), feijão total (11%), algodão (23,3%), mamona (16,9%), girassol (105,8%) e amendoim total (8,1%).


da redação do Nordeste Rural

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Morte Súbita

Mascagnia rigida é a planta tóxica mais importante para bovinos na região Nordeste, causando morte súbita associada ao exercício. O presente trabalho teve como objetivos descrever três surtos de intoxicação por M. rigida em ovinos e um surto em caprinos no semi-árido da Paraíba, reproduzir experimentalmente a intoxicação em ovinos e caprinos, e comprovar a passagem do princípio ativo de M. rigida pelo colostro destes pequenos ruminantes. Os surtos ocorreram no início do período chuvoso, quando a planta brota antes do que outras forrageiras ou após o final desse período, quando após secarem algumas forrageiras, M. rigida permanece verde. Na reprodução experimental da intoxicação por M. rigida, doses de 10 e 20g/kg de peso animal, com as planta proveniente de duas regiões diferentes, foram letais para três caprinos e três ovinos. Um caprino que ingeriu 20g/kg da planta um ovino que ingeriu 10g/kg, se recuperaram. Dois ovinos e dois caprinos que ingeriram 5g/kg tiveram sinais discretos e se recuperaram. Tanto os casos experimentais quanto os espontâneos apresentaram ingurgitamento das veias jugulares, relutância em caminhar, decúbito externo abdominal, incoordenação, respiração ofegante, depressão, instabilidade e tremores musculares. A morte ocorreu após um curso clínico de alguns minutos a 27h40 min. As principais lesões foram edema pulmonar e vacuolização e necrose de células epiteliais dos túbulos renais. Para testar se o princípio ativo de M. rigida é eliminado pelo leite causando morte súbita nas crias foi realizado um experimento com duas cabras e cinco ovelhas que ingeriram, diariamente, 2g/kg de M. rigida, nos 15 dias anteriores ao parto. Uma ovelha que tinha gestação gemelar abortou depois de ter ingerido a planta por 10 dias. Os cordeiros das demais ovelhas mamaram normalmente o colostro sem aprestar sinais clínicos. O cabrito de uma cabra mamou o colostro e 5 minutos após morreu subitamente. A outra cabra pariu um cabrito que...(AU)

Nota do Blog: A zona rural de Fernando Pedroza vem apresentando um quadro de doenças em animais, principalmente em ovinos e bovinos, que os produtores chamam de morte súbita. Talvez pela rapidez como morrem os animais. Na área do cabugi, a doença teve seu inicio na pegada do período chuvoso, apresentando atualmente um quadro regular da doença. Nas fazendas aqui próximo a Fernando Pedroza, o quadro vem se alastrando com bastante frequência. Conversei ontem com um dos principais produtores do município, Gondemário Miranda, o mesmo falou que já perdeu várias cabeças de ovelhas e de gado.
A situação é por demais séria. Até o presente não houve mobilização por parte da EMATER, no sentido de fiscalizar a doença. O estoque de vacinas em Angicos zerou, uma vez que, o mal está sendo acometido praticamente na região central do estado. Está feito o registro. Cumpra-se.
Incentivo ao uso do moirão vivo para construção de cercas
A tecnologia do moirão vivo é uma alternativa ao uso da madeira para a construção de cercas. Além de ter um alto custo, o moirão feito a partir de madeira de lei gera impacto ambiental negativo, por estimular o desmatamento e ameaçar ou acarretar o desaparecimento de diversas espécies, como a aroeira e a braúna, que correm risco de extinção. O uso de madeiras menos nobres, como o eucalipto tratado com produtos químicos, também é uma realidade, mas seus custos são elevados.
O moirão vivo prevê a utilização, nas cercas permanentes, de estacas de gliricídia ou eritrina, que têm a capacidade de enraizar e brotar, transformando-se em árvore. Além da redução da pressão sobre as florestas para a obtenção de moirões, as espécies utilizadas nessa tecnologia apresentam vantagens, como a adubação do solo a partir da introdução de nitrogênio proveniente do ar pela queda das folhas, e também forragem e sombra para o gado, néctar e pólen para as abelhas. Ou seja, representa uma mudança de atitude em busca de mais sustentabilidade.
O estimulo aos agricultores familiares com tecnologias e conhecimento a respeito de temas que podem fazer diferença em seu dia a dia é uma das missões da Escolinha de Agroecologia de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, da qual a Embrapa Agrobiologia também é parceira. A orientação é feita pelo pesquisador Alexander Resende e o bolsista Elson Barbosa: "Ao invés de cortar uma árvore para fazer um moirão de cerca, a gente incentiva o plantio", explica Alexander.
O efeito macho é uma técnica que provoca o cio em fêmeas de ovinos
Para induzir e sincronizar a ovulação das ovelhas de forma natural, utiliza-se o efeito macho. O efeito macho é o nome dado à técnica de inclusão do carneiro em um rebanho de fêmeas ovinas após um período de ausência de macho no rebanho de fêmeas, induzindo e/ou sincronizando a ovulação. Isso ocorre devido ao estímulo olfativo das ovelhas em relação a substâncias denominadas de feromônios, presentes nas secreções de glândulas sebáceas e odoríferas dos carneiros. Pode-se dizer que é uma forma natural de estimular o estro ou cio nas fêmeas, que requer apenas um manejo simples de rebanho, de baixo custo, não dependendo da aplicação de hormônios exógenos.
O resultado do efeito macho pode ser diferente entre raças, regiões e período do ano. Segundo Cristiane Sá, pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros, de Aracaju, o efeito macho é um método natural de estimular e sincronizar os cios de borregas e ovelhas podendo ser utilizado com benefícios para o desempenho produtivo e reprodutivo do rebanho tanto em regiões de clima temperado, onde o anestro sazonal é evidente, quanto em regiões de clima tropical, onde não existe anestro sazonal.
"Por ser de baixo custo, sendo considerado mais um manejo de organização do rebanho de ovinos, o efeito macho é uma tecnologia acessível para ser utilizada por pequenos produtores, que podem definir o melhor período de nascimento de cordeiros em função da disponibilidade de alimentos", afirma a pesquisadora Cristiane Sá. A principal vantagem da realização do efeito macho em regiões de clima tropical é concentrar os partos e nascimentos para facilitar o manejo, formar lotes uniformes de cordeiros e possibilitar trabalhar com programas acelerados de parições, aumentando a produtividade do rebanho.
da redação do Nordeste Rural

Publicada a 8ª edição do Intercâmbio Comercial do Agronegócio

O livro reúne informações de 30 países parceiros do Brasil no agronegócio
A Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa) publicou nessa quarta-feira (11) a 8ª edição do livro “Intercâmbio Comercial do Agronegócio 2013: principais mercados de destino”. A publicação consiste na compilação de dados dos 30 principais países parceiros comerciais do agronegócio do Brasil referente ao ano de 2012.
Com 496 páginas, a obra apresenta os dados socioeconômicos, as principais questões sanitárias e fitossanitárias, o regime tarifário, o comércio bilateral agrícola e não agrícola e a inserção dos produtos brasileiros no país analisado.
De acordo com o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Marcelo Junqueira, o livro é uma demanda de instituições, embaixadas, bibliotecas e universidades. “Essa é a principal e mais importante publicação sobre o comércio exterior do agronegócio elaborado pelo governo brasileiro”, afirmou.

sábado, 14 de junho de 2014

Horta Orgânica garante segurança alimentar de família no Alto Sertão paraibano


Em meio à vegetação típica da Caatinga, Marlene Lopes dos Santos, 43, e Genival Lopes dos Santos, 44, cultivam alface, cebolinha, coentro e pimenta de cheiro no quintal da casa, no assentamento Floresta, no município paraibano de Sousa. A família iniciou há pouco mais de dois meses uma horta orgânica e já planeja ampliar as variedades produzidas. Localizado no Alto Sertão paraibano, a cerca de 430 quilômetros de João Pessoa, o assentamento foi criado em 2013 a partir da desapropriação do imóvel de mesmo nome, com área aproximada de 593 hectares, onde foram assentadas 13 famílias de trabalhadores rurais.

Genival conta que aproveitou a experiência adquirida quando trabalhava em uma horta comercial de grande escala e usou equipamentos para irrigação que foram dispensados pelo seu antigo patrão para iniciar a horta familiar.

Atualmente, a produção de hortaliças, além de garantir a segurança alimentar da família de Genival e Marlene, contribui com o orçamento familiar. Marlene conta que viveu 23 anos na mesma localidade, mas era obrigada a repassar metade do que produzia para o dono da terra. Agora, se sente motivada, pois tudo que produz é para a família. O casal tem duas filhas, que também ajudam no cuidado com a horta.

Genival explica que boa parte da produção é vendida em um supermercado do vizinho município de Aparecida; outra parte é vendida de porta em porta nas comunidades da vizinhança. “Com essa renda extra, estamos melhorando a nossa qualidade de vida”, afirma o agricultor.

O engenheiro agrônomo Anderson Barbosa, o técnico agrícola Romério Cartaxo e o engenheiro florestal Hidelgardo Alecrim, da Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano (Caaasp) – entidade contratada pelo Incra/PB para prestar Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates) a 31 assentamentos do Alto Sertão do estado –, acompanham a horta de Genival e Marlene. Para a equipe, os benefícios socioambientais da agricultura orgânica são grandes tanto para o agricultor quanto para os consumidores finais. Os profissionais orientaram os agricultores a utilizar a cobertura morta sobre o solo como forma de reter a umidade e melhorar a ciclagem dos nutrientes (a contínua transferência de nutrientes do solo para as plantas, e destas para o solo).

Segundo o engenheiro agrônomo Anderson Barbosa, produzir em sistemas orgânicos não se resume a eliminar os agrotóxicos nas culturas ou substituir os fertilizantes minerais por biofertilizantes. "É necessário conhecer toda a complexidade do agroecossistema, para assim manejar os recursos naturais presentes em sua totalidade, tanto o solo, como a água, as demais plantas, os grandes e os pequenos animais, inclusive os microrganismos", disse.
A importância do controle de carrapatos no rebanho bovino
Aproximadamente 75% da população mundial de bovinos são parasitados pelos carrapatos, constituindo-se, assim, na principal ectoparasitose desses animais. A resistência do carrapato Boophilus microplus aos carrapaticidas disponíveis tem sido motivo de preocupação nas regiões onde a presença desse parasito se manifesta de forma intensiva.
A ação do carrapato se caracteriza principalmente pela transmissão da tristeza parasitária e lesões da pele dos bovinos, cujos prejuízos se refletem na produtividade, através da morbidade e mortalidade dos rebanhos, nos processos industriais e de manejo.
Com a identificação dos primeiros casos de resistência do carrapato Boophilus microplus, observados na década de 30, diversos princípios ativos carrapaticidas foram sendo sucessivamente testados e utilizados comercialmente. Ao mesmo tempo, foi sendo observado o aumento da resistência a esses produtos.
O controle do carrapato deve ser feito periodicamente nos rebanhos infestados por meio do uso de carrapaticidas adequados e usados dentro do manejo mais indicado a fim de que se possa minimizar a sua ação nos animais e o aumento de resistência.

da redação do Nordeste Rural

Orientações para melhor aproveitar o silo na hora de abrir
O produtor que investiu na silagem como estratégia alimentar e que fez o silo bem feito, dentro dos padrões de manutenção da qualidade nutricional, vai descobrir na hora de abrir o silo um grande aliado para combater a falta de alimento nos períodos secos, quando as pastagens ficam escassas.

A silagem é o resultado da fermentação anaeróbica dos açúcares solúveis em água e sua conversão em ácido lático. É um alimento dinâmico, nunca estático, que piora, consideravelmente, em determinadas circunstâncias. Na época de abrir o silo e utilizar o volumoso para os bovinos é importante observar algumas precauções que são indispensáveis, para um bom aproveitamento do material.

"É muito comum o produtor se preocupar somente no momento de encher o silo. Ele fez a silagem e está tudo certo, mas não. A silagem é um material frágil, do momento em que é o silo é aberto até servi-la pode haver deterioração e precisamos ter certos cuidados para servir um alimento de qualidade, que não seja rejeitado pelos animais e que não tenha perdido o valor nutritivo", confirma Haroldo Pires de Queiroz, zootecnista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.  

Haroldo elenca procedimentos a serem observados pelos produtores e seus colaboradores na hora de tirar a lona:

1 - Abrir o silo somente 30 dias após o fechamento. A silagem está pronta depois de completar o processo de fermentação, que leva em torno de três semanas e, por segurança, abre-se em um mês. Antes disso, ela apodrece. Ao se utilizar aditivo para acelerar, segue-se o tempo indicado no rótulo pelo fabricante. Um silo pode permanecer vedado por vários anos, desde que a fermentação esteja completa. 

2 - Retirar a silagem somente na hora de servir. Ao abrir o silo e expô-lo ao ar há uma explosão de microorganismos, havendo uma refermentação da massa ensilada perdendo o valor energético. O volumoso aquecido perde açúcar e também proteína e o material fica indigestível. 

3 - A fatia deve ser retirada diariamente, ter no mínimo 15 cm e corresponder a toda a face do silo, de um lado a outro, e o silo tem que ser projetado para facilitar a operação e considerar o número de animais a serem alimentados no dia. 

4 - Retirar a silagem de cima para baixo para evitar desmoronamento. Muitas vezes, o alimento é retirado de baixo para cima e o volume, além dos 15 cm que sair da proteção da massa ensilada, se não for consumido, está descartado pela excessiva exposição. 

5 - Proteger a abertura do sol e da chuva. O sol acelera o processo de respiração das bactérias e desidrata o volumoso perdendo a palatabilidade. A chuva lava os nutrientes solúveis, deixando somente fibra. A proteção não deve abafar, reverter o processo aeróbico. É cobrir, não lacrar. 

6 - Monitorar a matéria seca (MS) semanalmente. O investimento em silagem é alto e espera-se uma garantia no desempenho dos animais, seja em litros produzidos ou ganhos de peso por dia. A matéria seca determina a quantidade de massa que o animal pode consumir. Semanalmente, amostrar de oito a dez pontos da superfície do silo, homogeneizá-los somando 500 gramas e, em subamostras de 100 gramas, secar para se obter a porcentagem de MS, que pode variar entre 25% e 35%. A ingestão do animal é por quilo de matéria seca, de 1,5 a 3% do peso vivo, misturando silagem e ração.

7 - Ainda, a cada 20 dias, é realizado o monitoramento da proteína. O nível de proteína define o desempenho tanto para lactação quanto para produção de carne. A silagem flutua até 5% de proteína e é necessário esse acompanhamento. 

8 - Descartar material fora do padrão. Massa com cor alterada, escura ou esbranquiçada, mofada, encharcada e com odor adverso é dispensada para consumo. 

O analista da Embrapa Gado de Corte ressalta, por fim, que "o produtor deve retirar do silo só o que for servir, na hora. É normal retirar um volume de material e servi-lo no outro dia, próximo ao cocho. A silagem tem que ser retirada e consumida no dia. São itens comuns e, às vezes, esquecidos". 
da redação do Nordeste Rural