quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Relatório de Walter Alves favorável a projeto que estimula produção leiteira é aprovado



O relatório do deputado federal Walter Alves (PMDB-RN) favorável ao Projeto de Lei (PL 6.901/17) foi aprovado hoje (30), por unanimidade, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara Federal. O PL define o aumento para pelo menos 150 litros por dia a quantidade de venda de leite dos produtores para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Agora, o projeto será encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) e, se aprovado, vira lei após a sanção do presidente, sem a necessidade de votação no Plenário da Câmara.

A votação do parecer ocorreu na manhã de hoje, durante reunião da comissão. Segundo Walter Alves, o PL representa benefício para os produtores e incentivo à agricultura familiar. “A fixação de um limite de venda por volume permitirá aos produtores planejarem sua produção, sabendo com antecedência a quantidade de animais, insumos e estrutura necessária para alcançar tal quantidade”, explica o deputado.

No parecer, Walter Alves explicou que, atualmente, há um limite de pagamentos aos produtores de R$ 4 mil por semestre, o que, segundo ele, desestimula o produtor “ao inviabilizar a ampliação de sua capacidade produtiva”.

Walter comemorou e agradeceu a aprovação por unanimidade. “Esse projeto pode estimular e revitalizar um dos setores mais importantes para economia do Rio Grande do Norte e demais estados do Nordeste. Agradeço o apoio dos deputados que aprovaram nosso relatório”, disse.
Foco Sertanejo


XXIII ExpoLajes é neste final de semana !



A TRADIÇÃO NÃO PODE PARAR: VEM AÍ A GRANDE VAQUEJADA DE ANGICOS… AGUARDEM!









fonte do blog de angicos news 

 Economia do RN sofre prejuízo de R$ 4 bilhões por ano com seca prolongada


A seca prolongada no Rio Grande do Norte provocar um prejuízo de R$ 4 bilhões anuais para a economia do Estado. No quinto ano consecutivo, a estiagem já causou prejuízo de R$ 5 bilhões, por consequência, estabelecendo crise profunda de emprego e renda.
Os cálculos são feitos pelo Governo do Estado, que prepara mais um decreto de emergência, o novo consecutivo. A secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes, informa que o novo decreto será publicado antes do final da vigência do atual, em setembro. 

Trata-se de necessidade diante da situação de caos no sistema de abastecimento de água no interior do Rio Grande do Norte. Dezenas de municípios estão sem água, outros recebem abastecimento através de rodízio organizado pela Companhia de Água e Esgotos do RN (CAERN).
Dia (29) passado, os membros do Comitê de Segurança Hídrica se reunirão para definir pontos do novo decreto de emergência. “A situação este ano é mais crítica do que no ano passado em termo de abastecimento, por isso, vamos antecipar o novo decreto”, justifica Tatiana.
O setor de agropecuária e pesca é o que mais tem sofrido, segundo dados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. Estima-se uma redução de mais de 50% da produção, o que afeta de forma grave o Produto Interno Bruto (PIB).
A Caern também faz as contas e mostram os números no “vermelho”. Segundo a companhia, os prejuízos foram superiores a R$ 38 milhões nos anos de 2015 e 2016, com a suspensão da tarifa em municípios onde o abastecimento foi suspenso.

Agricultor brasileiro terá aplicativo sobre uso da terra

Um aplicativo chamado Agrotag permitirá que agricultores de qualquer lugar do Brasil acessem e atualizem pelo celular um banco de dados colaborativo sobre o uso do solo. Por meio da ferramenta, será possível acessar e carregar informações tais como área da propriedade ocupada por sistemas integrados de produção, pastagens degradadas, áreas de preservação, tipos de lavoura existentes e outras, sempre com apoio de mapas e imagens de satélite. O sistema, que está em fase de alimentação do banco de dados e de validação, vai estar à disposição dos agricultores a partir de outubro.
O aplicativo é a primeira ferramenta desenvolvida sob a ótica de geotecnologias de última geração e que integra ações colaborativas de usuários e dados geoespaciais exclusivos e de alto nível, como o Rapideye, fornecidos pela Embrapa e instituições governamentais.
O Agrotag é um aplicativo multitarefa, capaz de agregar dados geoespaciais multifonte, de campo, bases institucionais e de diferentes sensores remotos à facilidade de sistemas mobile. Essas características o tornam passível de apoiar diversos projetos de pesquisa científica em rede, além de ser útil para inúmeras atividades como análise de crédito rural, apoio a políticas públicas, auxílio a cooperativas e monitoramento ambiental, por exemplo.
O banco de dados está sendo construído de maneira colaborativa por meio de técnicos credenciados e, posteriormente, com a participação dos produtores rurais. Nesta primeira etapa, o aplicativo está sendo utilizado por parceiros da Rede de Fomento de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (Rede ILPF).
O software, que deve revolucionar a forma de coleta, armazenamento e disponibilização de dados e informações agropecuárias no País, foi desenvolvido pela Embrapa com apoio da Rede ILPF, Instituto de Pesquisas Eldorado e da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Plataforma ABC).
Mas a sua principal missão é dar sustentabilidade à rede de monitoramento sistemático da adoção e qualificação de sistemas de ILPF, bem como organizar um amplo banco de dados com informações de uso de terras agrícolas no Brasil.
Por essa razão, o Agrotag foi projetado para receber um conjunto de informações na coleta de dados das propriedades que, uma vez processadas na base de operações, retornam aos diversos atores da cadeia produtiva ou interessados em agricultura de baixo carbono em forma de informações estratégicas diretamente nos celulares ou tablets.
Para o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador da Plataforma ABC, Celso Manzatto, a disseminação e adoção progressiva do uso dessa ferramenta colaborativa com diversas instituições e agricultores permitirá, incialmente, a identificação e qualificação dos sistemas ILPF, como estratégia para regionalização das ações de transferência de tecnologia da Rede ILPF, das estimativas de redução das emissões de gases de efeito estufa pela Agricultura de Baixa Emissão de Carbono e, em uma terceira etapa, a diferenciação e certificação de propriedades rurais e tecnologias que proporcionem a redução ou sequestro de carbono no solo.
“Em outras palavras, o Agrotag viabiliza o desenvolvimento progressivo de um sistema colaborativo de monitoramento multiescalar de baixo custo, com metodologia reconhecida pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (IPCC)”, conta Manzatto. Essa metodologia é conhecida como MRV (medição relatório e verificação) e permite desde a estimativa do balanço das emissões na propriedade rural e a sua certificação, bem como o monitoramento em larga escala da redução das emissões em escala regional e nacional. O uso da metodologia do IPCC permitirá a contabilização dos dados coletados por meio do aplicativo no Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa, documento oficial que consolida as emissões de cada país.
Na primeira etapa, o aplicativo será voltado para um grupo de profissionais da Embrapa e parceiros da Rede ILPF, que agrega as empresas Cocamar, Dow AgroScience, John Deere, Parker, Syngenta e a própria Embrapa.  Os especialistas deverão alimentar um banco de dados para uso comum. “Após a primeira fase, de validação, o aplicativo estará disponível para outros parceiros institucionais, como instituições de ensino e pesquisa, extensão rural, Secretarias de Agricultura e Plano ABC dos Estados, bem como profissionais da cadeia produtiva e produtores”, conta o pesquisador da Embrapa, informando que o lançamento oficial está previsto para outubro deste ano, embora já se encontre em uso para fins de validação.
Cumpridas as etapas de validação, os atores da cadeia produtiva que se associarem ao sistema terão como contrapartida acesso a um grande escopo de informações referentes à sua região.
O aplicativo pretende inaugurar uma nova etapa no processamento de dados e informações da agropecuária brasileira. Em breve, será possível acessar, em tempo real, os níveis de degradação de pastagens, as espécies de forrageiras recomendadas para determinada região, o tipo de uso da terra, tecnologias de sequestro de carbono recomendadas pela Embrapa para determinado bioma, dentre outras informações.
“Mais adiante, técnicos de instituições público-privadas e produtores estarão convidados a participar da formação de um grande banco de dados colaborativo, com informações precisas sobre as diversas atividades agropecuárias. Esses dados servirão até para a comprovação e diferenciação de produtos em mercados nos quais a sustentabilidade e a certificação sejam o diferencial, alinhada com as novas diretrizes da Rede de Fomento ILPF,” acredita Manzatto.
O aplicativo
O sistema admite integração remota com informações do ambiente WebGis, o que permite a composição de uma ampla rede colaborativa de dados, na qual se destaca a perspectiva de acesso remoto de bases já disponíveis do acervo interinstitucional e governamental, como mapas de uso da terra ou cobertura nacional de imagens de satélite.
A qualificação de pastagens, que é uma das principais demandas de monitoramento do Plano ABC, é uma ação estratégica para compensação de carbono. Para essa tarefa, o aplicativo conta com o auxílio de fotos georreferenciadas, as quais podem ser projetadas automaticamente em mapas do local, informações de padrões de cor e altura, com todos os registros associados aos estágios de sanidade da pastagem, tipo de forrageira, presença de matéria verde, seca e ervas daninhas, ou seja, todos os parâmetros podem ser preenchidos de maneira simples e intuitiva.
Os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente Luiz Eduardo Vicente e Luciana Spinelli explicam que o conjunto de dados coletados pelo usuário no campo pode ser enviado automaticamente pelo aplicativo a uma base de dados geoespaciais. Com isso, serão compilados, analisados e cruzados com informações de imagens de satélite, retornando ao usuário resultados sobre o estado da pastagem com os níveis de degradação, tudo em tempo real.
Os dados das propriedades que forem inseridos terão garantia de sigilo, uma vez que as informações enviadas ao banco de dados serão analisadas de forma conjunta, não individualizada.
Qualificar a adoção de ILPF
A fim de monitorar as metas de redução de emissões assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris, a Rede de Fomento de ILPF patrocinou uma ampla pesquisa em 2016, conduzida pela Kleffmann Group, sob a coordenação técnica da Embrapa Meio Ambiente. O estudo estimou em 11,5 milhões de hectares os sistemas ILPF no Brasil. A pesquisa também visou captar informações complementares para apoiar ações estratégicas de transferência de tecnologia em ILPF da pesquisa para os produtores adotantes.
Apesar de apresentar números bastante positivos, os resultados da adoção de sistemas ILPF refletiram a percepção do produtor em relação ao que ele acreditava possuir implantado na propriedade, não sendo possível aferir a qualidade da implantação.
Diante dessa necessidade de melhor quantificação da redução das emissões de GEE promovidos pela adoção de sistemas integrados de produção, evidenciou-se a necessidade de um acompanhamento e qualificação dos sistemas implantados nas diferentes regiões do País.
Por essa razão, o aplicativo foi planejado inicialmente para apoiar a Rede ILPF no monitoramento da adoção e da qualificação de sistemas integrados de produção agropecuária no País, e, a partir de então, servir como uma ferramenta de apoio ao monitoramento da adoção da Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
A rede colaborativa de inserção de dados da ILPF será a primeira a ganhar o status de dados exclusivos, com mapas específicos da atividade, até mesmo de forma regionalizada por municípios.
Rapidez de coleta e apresentação de dados
O pesquisador Luiz Eduardo Vicente destaca a capacidade do aplicativo em acelerar os trabalhos de coleta de dados na propriedade e registro nas planilhas. “Um grupo de técnicos em campo poderá fazer levantamentos de maneira muito mais rápida e precisa. Na outra ponta, o uso dos dados, mapas e imagens de satélite estarão disponibilizados diretamente no aplicativo ou em site específico para o tomador de decisão,” aponta. Esse procedimento demorava semanas ou meses, até que todos os dados fossem transferidos, compilados e analisados, além de sujeito a diversos erros de preenchimento ou interpretação.
Para o líder da rede de transferência de tecnologia em ILPF, o pesquisador da Embrapa Lourival Vilela, os dados do Agrotag poderão pautar muitas ações futuras, e aumentar o impacto. “É uma ferramenta que vai facilitar o mapeamento dessas áreas com ILPF ao longo do tempo. Com isso, conseguiremos obter a noção exata da localização dessas áreas, poderemos qualificá-las e trabalhar de diferentes maneiras os resultados”, afirma Vilela.
Suporte a outros projetos em rede
O AgroTag ainda possui outras aplicações práticas. Pode municiar equipes de campo em missões de pesquisa que necessitem de dados geoespaciais específicos. Entre as informações estarão mapas de uso da terra, levantamento estratégico de dados de campo, identificação de focos de novas pragas para a implantação de barreiras sanitárias, áreas potenciais para a piscicultura, gestão das águas e bacias hidrográficas e recomposição florestal, dentre outras.
O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Ladislau Skorupa informa que os primeiros usos da tecnologia estarão concentrados em ações de levantamento de dados em campo voltados para a caracterização de sistemas de restauração florestal na Amazônia. O trabalho ocorrerá no âmbito do Fundo Amazônia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, para isso, será desenvolvido um novo módulo do aplicativo, o Agrotag Florestal.
“Trata-se de um avanço significativo de disponibilização de ferramentas geotecnológicas de fácil uso, mesmo em locais extremos, o que, na prática, possibilitará um avanço na captação e gestão de dados importantes para a pesquisa e ações de transferência de tecnologia, impactando positivamente no tempo de trabalho, ou na diminuição de custos”, ressalta ele.
Com o desenvolvimento dessas novas funcionalidades, o Agrotag Florestal poderá ser útil para registrar e monitorar a recomposição de áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal de propriedades rurais ao longo do tempo, podendo ser uma ferramenta útil tanto para os órgãos de fiscalização quanto para os produtores rurais.
Trata-se, portanto, de inciativa de baixo custo para o monitoramento, apoiando o agricultor na comprovação da regularização ambiental da propriedade e na diferenciação, alinhada ao esforço nacional na implantação de uma agricultura de baixo carbono.


Desafios para a produção de leite no Nordeste

A produção da pecuária de leite brasileira se confunde com a citação de Alcy Cheuiche sobre a visita de Auguste Saint-Hilaire a uma fazenda de criação de bovinos no Rio Grande do Sul em 13 de fevereiro de 1821. "Entre os animais da estância, conta-se mais ou menos metade de machos e outra metade de fêmeas. Aqui, pode-se marcar anualmente um quarto do rebanho. Quando um criador possui quatro mil bovinos pode marcar anualmente mil, dos quais é preciso eliminar 100 cabeças para os impostos. Restar-lhe-ão novecentas. Dos quatrocentos e cinquenta machos se deduzem cinquenta que morrem por moléstia ou por castração. Então o criador poderá vender 400 bois por ano, ou seja, um décimo do seu rebanho".
No caso da produção de leite no Nordeste essa situação de baixa produtividade, fazendo-se exceção à produções pontuais, tende a se perpetuar por anos a fio. Parte de tal situação pode ser debitada ao entendimento técnico que parece teimar em estar de acordo com os relatos de Saint-Hilaire e fundamentados em conceitos que permanecem até hoje. Falta ao técnico uma visão holística do setor produtivo, a capacidade de separar a importância de sua área de trabalho do interesse de fato do sistema de produção de leite.
É comum se dizer que o pastejo é o sistema mais barato de alimentação. Esta assertiva precisa vir acompanhada de muitas informações, dentre as quais se destacam: a produção não pode ser adequada com o animal submetido à temperaturas com picos que muitas vezes ultrapassam os 45°C; a capacidade de suporte da pastagem brasileira está abaixo de 0,8 unidade animal/hectare, contra 5-6 unidades animais por hectare de alimento conservado; o processo de recuperação de pastagem por parte dos produtores costuma ser muito inconsistente; o percurso em declividade de cinco quilômetros leva à vaca a deixar de produzir 1,1 litro de leite; uma boa pastagem atende às exigências nutricionais de uma vaca produzindo até dez litros de leite; em geral, não passa de quatro meses o período de chuvas intensas no Nordeste, época de pastagem de melhor qualidade e com maior capacidade de suporte.
Seria realmente muito bom que as vacas, sob pastejo, mantivessem no ano inteiro padrões competitivos de produtividade. As limitações apresentadas pela qualidade e quantidade de massa dos pastos e as temperaturas elevadas provocadas pela insolação são barreiras naturais a serem vencidas. Isso só poderá acontecer se os atores presentes estiverem convencidos de que a mudança das tecnologias aplicadas, por procedimentos igualmente conhecidos, porém, mais próprios e adequados, é uma exigência para o desenvolvimento de um sistema mais racional de produção.
Há aqueles técnicos que propalam a mudança para raças mais resistentes. Igualmente com certo grau de entendimento, falta esta sugestão ser também discutida a partir de informações claras de alguns fatores etológicos ou de comportamentos naturais da raça na região, níveis produtivos e pelo menos uma análise custo/benefício favorável ao produtor. A escolha de animais ou de raças deve privilegiar a competitividade. Com a sua visão aguçada pelos movimentos da cadeia o produtor está sempre buscando raças mais produtivas, faltando-lhe, principalmente, a aplicação de manejo adequado aos seus rebanhos.
Também existem especialistas que ao se referirem à produção de leite no Nordeste levantam a tese de região imprópria para a atividade. Esta é uma visão enviesada e muito parecida com aquela orientação antiga sobre algumas fruteiras subtropicais e que hoje são exemplos de produtividade no negócio rural da região. Considerar o Nordeste impróprio para a produção de leite revela uma questão também antiga de mesclar a região com processos que têm a cultura da pobreza e a cultura do atraso embutidas nos seus indicadores de qualidade e a serem incorporadas em qualquer programa de desenvolvimento.
O Nordeste apresenta características próprias que oferecem potencialidades à produção de leite. A maioria dos estados tem pequena dimensão geográfica, grandes núcleos populacionais com densidade demográfica elevada e carência alimentar pelos produtos de origem animal.  Além disso, em parte da região, há intensa competição provocada por setores do turismo e lazer, setor imobiliário e pela produção de culturas agrícolas tecnificadas, além da preservação ambiental.
Todos esses fatores favorecem ao maior uso de tecnologia e utilização de menores áreas por parte do sistema de produção de leite. No entanto, a falta de maior aporte tecnológico pode estar levando o setor para utilização de áreas maiores e mais distantes, pulverização de unidades produtoras e afastando-as dos principais centros consumidores.
Com menos de 1/3 da população e produzindo pouco mais 10% do leite nacional, o Nordeste é uma região notoriamente importadora. Há enorme espaço para o aumento de produção e melhoria de produtividade, mas não pode estar submetido a conceitos antigos, pré-tecnológicos e preconcebidos.
Não pode invariavelmente estar ocupando todo o espaço de solos pobres, rasos e periféricos às melhores áreas, sempre destinadas à produção agrícola. Não há como conviver com esta situação, além de pequena escala de produção, logística precária, uso intensivo de mão de obra, manejo geral inadequado, custos elevados pela baixa produtividade, baixo padrão de qualidade e inconsistência de outros elos da cadeia.
O foco da produção de leite é o mesmo em qualquer parte: o volume, incluindo-se, neste caso, a porcentagem de sólidos de interesse industrial e a qualidade composicional e higiênica.  A importância pelo menos de um custo/benefício favorável ao sistema produtivo de leite é condição imperiosa para sua sobrevivência, exigindo que os parâmetros ligados à produção sejam eficientes e integrados. Afinal, competitividade e sustentabilidade são os fatores de ordem para a sobrevivência de qualquer sistema agropecuário.
Na estruturação do sistema de produção do Nordeste deverá existir uma consciência formada e extremamente alerta para as condições a que são submetidos os animais. Todas as suas liberdades essenciais devem ser buscadas e interpretadas como um fundamento ao equilíbrio e à eficiência: sanitárias, psicológicas, nutricionais, comportamentais e ambientais. Essa é uma condição que vem sendo paulatinamente requerida pelo mercado consumidor.
Os parâmetros fisiológicos, produtivos e sanitários, entre outros, são monitorados no contexto de respeito à dignidade do ser vivo. No caso do Nordeste, alguns desses princípios, notadamente àqueles mais reconhecidos pelo sistema produtivo, vêm recebendo maior atenção. No entanto, não há como se esperar uma produção adequada sem que o animal leiteiro exerça plenamente o seu comportamento natural e sob um ambiente adequado. Esta, juntamente com inovações tecnológicas, é a premissa sem a qual o Nordeste jamais poderá alcançar padrões profissionalizantes e compatíveis com algumas culturas agrícolas tecnificadas.
Inúmeros estudos que estão sendo realizados no mundo têm apontado cada vez mais para as consequências causadas pelo estresse calórico e da importância de se encontrar um ambiente mais adequado ao animal. Não obstante a resistência obstinada de setores e técnicos dos sistemas de produção do Nordeste, o sistema intensificado, principalmente, o confinado, é o sistema mais próprio e adequado para enfrentar o problema e o que melhor promove as condições de bem estar ao animal.
Muitas vantagens podem ser atribuídas ao confinamento, relacionando-as ainda ao conforto animal. É neste ponto onde a criatividade técnica deve ser exercida com toda a confiança e força. Focado nas regras básicas para o conforto animal e com a eliminação ou minimização do estresse térmico a operacionalização do sistema produtivo, sob parâmetros técnicos inovadores e de reconhecida viabilidade, os impactos no setor leiteiro serão sentidos. É inevitável a substituição da chamada "cultura leiteira", representada por um conjunto operacional defasado e inadequado por práticas que promovam realmente a sustentabilidade do setor.
A redução do número de bovinos no mundo e a crescente demanda por proteína animal, aparentemente em situações conflitantes, são reflexos de uma população cada vez mais numerosa e preocupada com o destino do planeta. Os cenários apontam para maior exigência no consumo de proteína animal, quanto à questão do bem estar animal e quanto esse consumo representa na degradação ambiental, priorizando-se recursos renováveis e de baixo impacto. A aplicação de boas práticas deverá ser acentuada em toda a cadeia potencializando os novos conceitos de ciclo de vida Em algumas partes do mundo, principalmente na Europa, estão surgindo iniciativas visando desacelerar o consumo de alimentos de origem animal tendo em vista o impacto que causa ao meio ambiente.
A produção bovina tem uma emissão de gases estufa 150 vezes superior aos produtos da soja, por exemplo. Considerando-se as projeções de que a demanda por lácteos deverá aumentar em 65% até 2050 quando a população chegará a nove bilhões de habitantes a preocupação pela preservação ambiental é fato totalmente justificável. Por outro lado, mais de 70% do leite produzido e de aumento do consumo deverão ocorrer em países das regiões tropical e subtropical justamente onde o estresse calórico proporcionado pelo aumento de temperatura pode ser considerado o principal fator limitante para o aumento de produtividade.
As sugestões e exigências apresentadas para a produção leiteira em geral a partir de menor número de animais e ocupando áreas cada vez menores, no caso do Nordeste, têm outras motivações adicionais para serem planejadas, estudadas e implantadas aos sistemas de leite. O processo de desertificação é uma realidade cada vez mais ampla e consistente favorecido pelo desmatamento, exploração intensiva dos solos pela agropecuária, além dos períodos intensos de seca que ocorrem continuamente.
O solo frágil exige a preservação da vegetação, no caso do Nordeste, principalmente o solo de caatinga, e técnicas de manejo, inclusive para agropecuária, O uso inadequado dos recursos naturais continua sendo praticado de forma indiscriminada aumentando ainda mais os impactos ao meio ambiente com danos à fertilidade, produtividade e aspectos físicos do solo, à flora e fauna regionais, e consequentes problemas socioeconômicos pela diminuição da qualidade e quantidade dos recursos hídricos, quebra da produção agropecuária, entre outros.
Os efeitos dessa situação estão sendo cada vez mais evidentes. Alagoas tem 62% dos seus municípios afetados pelo fenômeno. Quarenta por cento do território do Rio Grande do Norte é afetado pela desertificação devido à agropecuária tradicional, extrativismo vegetal e pelo uso de tecnologias modernas, mas inadequadas, nos perímetros irrigados. Não existe dúvida de que o processo de degradação ambiental também é grave e continua aumentando.
No esforço para minimizar o problema, vários processos podem ser considerados: uso racional dos recursos naturais, combate à erosão, assistência técnica e educação ambiental, mudança na política de distribuição de terra, como exemplo, aumentando-se o módulo rural etc. No caso da pecuária leiteira, o caminho mais correto será a produção de leite em bases tecnológicas que privilegie a produtividade com liberação de extensas áreas para a preservação. Os sistemas intensivos de animais confinados se encaixam perfeitamente para a atividade leiteira no Nordeste.
O elevado número de produtores com baixa produção é outra característica da região. A agricultura familiar tem um conceito amplo porque reúne diferentes estratos produtivos. No caso do Nordeste tem uma característica própria de subsistência, utilizando poucos recursos tecnológicos, tendo por finalidade a produção de culturas agrícolas e leite que garantam a sobrevivência da família e venda do excedente produzido. O modelo de estrutura da agricultura de subsistência indica de uma forma geral a necessidade premente da ação do governo em todos os requerimentos imprescindíveis à estruturação da família, daí a importância da aplicação de políticas públicas no sentido de fixá-la no ambiente rural com um mínimo de conforto e atendimento das carências individuais.
Sendo um produtor sem perspectiva de grande escala e de um nível tecnológico que promova a produtividade, as políticas públicas aplicadas à produção familiar são também necessárias, urgentes e devem ser utilizadas pelo menos em médio prazo para a melhoria da qualidade do leite e da produção, racionalização do uso da propriedade e organização desse segmento. Somente desta forma a agricultura familiar poderá estar inserida ao sistema produtivo, em segmentos diversos, tanto por meio do sistema convencional de produção, quanto pelo sistema alternativo de produção, principalmente na fabricação de derivados lácteos diferenciados que não comportam uma escala industrial, mas são próprios da região.
O processo de mudança do sistema de produção de leite no Nordeste deverá ser lento e difícil. O sistema de governança de um programa dessa natureza, além de altamente qualificado, deve estar focado na mudança de paradigma e atento à resistência de muitos séculos. Não se deve ter receio de usar as tecnologias compatíveis com as necessidades da raça, sendo importante se buscar a interdisciplinaridade que evidencie também competências pouco lembradas e ferramentas próprias a exemplo de construções rurais, ilhas de vegetação arbórea, climatologia, comportamento e bem-estar animal, boas práticas da produção, outros desafios proporcionados por áreas da bioeconomia e de processos que promovam o arranjo e a organização da categoria produtora.
O impacto financeiro do calor ambiental na cadeia de lácteos excede ao impacto de outros fatores do sistema produtivo considerados muito limitantes. No Nordeste, certamente, as elevadas temperaturas têm uma característica de barreira à produtividade. As prioridades biológicas manifestadas no crescimento, na produção, reprodução, manutenção do teor de líquidos e temperatura normal do organismo animal, embora sempre ressaltadas para a vaca, devem ser atendidas ao longo de todo o ciclo de vida de outras categorias de animais porque terão influência direta no volume do leite produzido e na quantidade e qualidade dos seus sólidos essenciais à produção de lácteos.
A adoção de tecnologias tem sido o caminho utilizado para o desenvolvimento de várias culturas agrícolas no Nordeste e não será diferente para a produção de leite. A maioria das indústrias vem se modernizando e tem planta industrial com capacidade para receber a mesma quantidade de leite diariamente. Só o aporte tecnológico pode dar ao sistema produtivo a capacidade de ofertar a mesma quantidade de leite durante todo o ano e assim contribuir para dar maior competitividade ao setor.
Mudanças profundas terão que ocorrer no entendimento do sistema produtivo quanto à assimilação de inovações tecnológicas. A disponibilidade de mão de obra, pouco qualificada e cada vez mais escassa, padrões salariais e regimes empregatícios precários são outras questões importantes e de difícil resolução. Grandes empreendimentos profissionalizados poderão dispor de consultorias e de tecnologias modernas e eficientes que liberam a elevada quantidade de empregados. Mas a imensa maioria do sistema produtivo deverá ser apoiada para que os procedimentos tecnológicos e inovadores possam ser transformados em agentes de produtividade e competitividade.
Lideranças políticas e produtoras deverão se empenhar no sentido de que os serviços estaduais de extensão rural sejam seriamente reativados, requalificadas e antenados com a produção contemporânea. Os estudos prospectivos de tecnologias e de avaliação de impacto socioeconômico e ambiental e as pesquisas aplicadas deverão permear todo o processo de modernização do setor.
Outros órgãos públicos e privados devem ser acionados nos processos de treinamento e difusão. Em última análise, pode-se reafirmar a disponibilidade de tecnologias para se modernizar e tecnificar o modelo de produção de leite no Nordeste. Os desafios estão na vontade política e cultural e na forma em que essas tecnologias devem chegar aos diversos estratos de produtores.

NOTA DO BLOG: A situação da pecuária leiteira no RN, não é diferente da análise do artigo em pauta. A vinte anos atrás, a produção de leite no estado, se limitava a alguns municípios da região agreste, com o foco maior para a região do Seridó. A produção de derivados do leite, como o queijo e similares, tinha a sua comercialização mais acentuada, no município de Riachuelo, no agreste potiguar e no Seridó, mais precisamente no município de Caicó. A região central do estado, não possuía vocação para a pecuária leiteira, mas com a chegada da APASA(Associação dos Pequenos Produtores) na cidade de Angicos-RN, que é uma empresa que tem como atividade a coleta do leite inatura, beneficiamento, industrialização, venda e distribuição dos seus produtos, dentre os quais podemos destacar: leite pasteurizado, iogurte, bebida láctea, manteiga e requeijão. A motivação deste trabalho vem com o crescimento da coleta do leite e da entrega de produtos beneficiados pela APASA, que são distribuídos para o comércio local, algumas cidades do estado e suprir o Programa do leite administrado pelo estado. Com o incremento da produção leiteira, surgiram também as margens da BR 304, no município de Angicos, diversas queijeiras, comercializando seus produtos no atacado e no varejo. A APASA recebe todos os dias, aproximadamente 20 mil litros de leite bovino e 5 mil caprino.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Ibama embarga 180 hectares na Caatinga


Divulgação Ibama
Vistoria em propriedade rural
Operação no entorno de hidrelétricas do rio São Francisco envolveu servidores de cinco estados. Multas aplicadas somam R$ 10 mlhões.


Operação de combate a irregularidades ambientais no entorno de hidrelétricas licenciadas pelo Ibama ao longo do rio São Francisco resultou no embargo de 180 hectares de Caatinga e na emissão de 35 autos de infração, que totalizam R$ 10 milhões. Um trator e oito metros cúbicos de madeira nativa foram apreendidos. As infrações verificadas causam impactos diretos na quantidade e qualidade da água disponível nos reservatórios da região.
A Operação Velho Chico, realizada por 15 servidores de cinco estados, teve sua primeira fase concentrada no entorno do reservatório de Sobradinho, área que abrange os municípios de Casa Nova, Sento Sé e Sobradinho, na Bahia. A maioria das propriedades fiscalizadas é de grande porte e movimenta milhões de reais por ano com a fruticultura.
Os agentes ambientais encontraram barramentos que restringiam o acesso à água e canais de aproximação abertos de forma indiscriminada, sem licenciamento; captações sem outorga (ou em desacordo com a vazão outorgada); desperdício de água na distribuição e na irrigação; captação para abastecimento público próximo a pontos de lançamento de esgoto bruto; plantio no leito do lago com uso de agrotóxicos; e três lixões sem controle de acesso, onde crianças e animais transitavam em meio a resíduos hospitalares.
Uma área de 180 hectares foi embargada por desmatamento não autorizado para fruticultura e plantio de espécies permanentes que consomem grande quantidade de água.
Em reunião com moradores da região, agentes ambientais do Ibama demonstraram a importância da fiscalização para a garantia da qualidade e disponibilidade hídrica na região.
“A operação teve um papel educativo para os produtores rurais com empreendimentos na bacia do São Francisco. A atual crise hídrica exige responsabilidade ambiental e a consciência de que o abastecimento das comunidades é prioridade”, disse a coordenadora da ação, Tatiane Leite.

 Assessoria de Comunicação do Ibama: 

 Armas de fogo para o homem do campo





A violência no campo levou o senador Wilder Moraes (PP-GO) a apresentar um projeto autorizando a aquisição de arma de fogo para moradores de áreas rurais. O PLS 224/2017 é um dos 40 itens da pauta da próxima reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) marcada para quarta-feira (30). O relator Sérgio Petecão é favorável à ideia e lembrou que quem vive em sítios e fazendas, em geral, está afastado dos centros urbanos e, consequentemente, da abrangência de rotas de policiamento. Isso faz com que as famílias fiquem à mercê de criminosos e sem de meios de defesa, na opinião dele.
O PLS 224/2017 altera o Estatuto do Desarmamento e vai ser votado de forma terminativa na CCJ, ou seja, pode ir direto para a Câmara dos Deputados sem passar pelo Plenário do Senado.
Outro projeto que pode ir direto para a Câmara é o PLS 358/2015, do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que altera o Código Penal para aumentar a pena de que usa criança ou adolescente para a prática de crimes. A proposta também modifica a Lei dos Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/1990) para enquadrar aí o crime que envolva a cooptação de menores de idade por adultos para sua prática.
fonte do blog de sertão rn 

Mapa moderniza sistema de inspeção veterinária

Modelo que incorpora práticas dos EUA e Europa deverá estar pronto até o fim do ano
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Em entrevista a jornalistas estrangeiros, nesta segunda-feira (28), em São Paulo, o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) adiantou inovações que estão sendo implantadas no sistema de inspeção veterinária do país. Disse que o episódio da Operação Carne Fraca, investigação realizada pela Polícia Federal, desencadeou um processo de auditoria estendido a todas as plantas de abate e motivou mudanças que estão em curso.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel, de março para cá, cerca de 600 plantas, de 5 mil autorizadas pelo governo federal, e que são as que realizam abates, passaram por processo rigoroso de fiscalização. De lá para cá, houve trocas de comando e inspeção mais ampla em todas as áreas de produção, “para checar o funcionamento”. Além disso, o Mapa está ampliando seu quadro de profissionais da área com novas contratações.

Luis Rangel disse que o governo está incorporando práticas de controle já testadas nos Estados Unidos e na União Europeia para aumentar a segurança e a confiança nos produtos brasileiros. Nos Estados Unidos, o modelo é o de análise de riscos. Nesse caso, trata-se de avaliações à exposição a agentes patogênicos, adoção de medidas de manejo e comunicação permanente entre todos envolvidos no processo de produção. E o modelo europeu prevê reposicionamento do quadro que trata de inspeção e a inclusão de figuras complementares, como agentes oficiais.

O secretário destacou tratar-se de procedimentos híbridos e mais sofisticados, que estarão vigorando até o fim do ano, possibilitando o seu conhecimento a novas missões estrangeiras que venham ao país e também para apresentação ao mundo por meio de roadshow. 

Trator movido a metano tem lançamento mundial

Um combustível de energia sustentável que pode ser produzida pelo próprio agricultor
     

Foi anunciado esta tarde o lançamento mundial do novo trator “conceito” da New Holland com um diferencial que promete revolucionar o mercado: trata-se de uma máquina com trator movido a metano, um combustível de energia sustentável que pode ser produzida até pelo próprio agricultor em sua propriedade.

O anúncio da novidade foi feito na Expointer, realizada em Esteio (RS), apenas alguns instantes após ter sido lançado na Farm Progress Show, feira realizada em Decatur (estado de Illinois, Estados Unidos). O protótipo mantém toda a tecnologia agrícola e o motor da FPT Industrial, da CNH Industrial, e desenvolve a mesma potência e torque dos tratores com motorização a diesel.
“Isso significa a independência energética do produtor rural, que vai poder produzir o combustível que precisa utilizando os resíduos do que ele mesmo cultiva em sua propriedade. Além disso, é uma posta da New Holland para o futuro com uma agricultura mais sustentável”, explicou Eduardo Kerbauy de F. Luis, diretor de Marketing de Produto América Latina da companhia em entrevista ao Portal Agrolink.

De acordo com a New Holland a motorização NEF, de 6 cilindros, desenvolve 180 hp e 740 Nm: mesma potência e torque que o equivalente a diesel. Possui a mesma durabilidade e intervalos de serviços, mas gerando uma redução de custos de até 30%. O tanque de combustível usa uma estrutura tubular em camadas que confere um dia inteiro de autonomia – equivalente a do movido a diesel.
Um benefício adicional é a operação mais silenciosa, com nível de ruído reduzido em até 3 dBA. Isso se traduz em uma redução de cerca de 50% no ruído. Ainda segundo a fabricante, o conceito movido a biometano produz, pelo menos, 10% menos de emissões de CO2 e reduz o total de emissões em 80% em comparação com um motor padrão a diesel. 

Três novas cultivares de algodão da Embrapa e Fundação Bahia serão destaque no CBA

Divulgação - Além de informações sobre as novas cultivares, a programação do estande da Embrapa abordará os diversos aspectos do sistema de produção do algodão no Momento Tecnológico
Além de informações sobre as novas cultivares, a programação do estande da Embrapa abordará os diversos aspectos do sistema de produção do algodão no Momento Tecnológico
As três cultivares transgênicas de algodão BRS B2RF, recém-lançadas pela Embrapa em parceria com a Fundação Bahia, serão apresentadas no 11º Congresso Brasileiro do Algodão, realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) de 29 de agosto e 1° de setembro, no Centro de Convenções de Maceió (AL). As novas cultivares BRS 430 B2RF, BRS 432 B2RF e BRS 433 FL B2RF apresentam alta produtividade, estabilidade de produção, fibra de qualidade superior, além de resistência às principais lagartas que atacam o algodoeiro e ao herbicida glifosato. As cultivares estarão disponíveis aos cotonicultores na safra de algodão 2017/2018.

As cultivares têm a tecnologia Bollgard II Roundup Ready Flex (B2RF, da Monsanto), que conferem a resistência ao glifosato e a lagartas. As BRS 432 B2RF e BRS 430 B2RF destacam-se pelo elevado potencial produtivo. A produtividade média é superior a 4.500 quilos (300 arrobas) de algodão em caroço por hectare e a produtividade máxima pode ultrapassar seis mil quilos (400 arrobas) de algodão em caroço por hectare. A BRS 430 B2RF é indicada para segunda safra no cerrado do Centro-Oeste e a BRS 432 B2RF para a abertura do plantio em primeira safra nos cerrados do Matopiba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Ambas têm rendimento de fibra de 40%.

A BRS 433 FL B2RF é a primeira cultivar de algodão transgênico de fibra longa do Brasil. O novo material possui comprimento de fibra superior a 32,5 mm, e elevada resistência (acima de 34 gf/tex), características consideradas ideais pela indústria têxtil para a fabricação de tecidos finos destinados à fabricação de roupas. O comprimento médio das fibras atualmente disponíveis no mercado é em torno de 30 milímetros. Hoje o Brasil importa fibras longas para misturar com fibras médias e produzir um fio de melhor qualidade. A nova cultivar pode ajudar a suprir a demanda interna por fibra longa.

Momento tecnológico

Além de informações sobre as novas cultivares, a programação do estande da Embrapa abordará os diversos aspectos do sistema de produção do algodão no Momento Tecnológico. Profissionais que atuam nas diferentes partes do Brasil estarão disponíveis para esclarecer dúvidas e refletir sobre os problemas atuais das regiões produtoras.

Informações sobre a produção de leite no Brasil

leite produçãoO Brasil produz 35 bilhões de litros de leite anualmente, tendo como principais estados produtores Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul – este último responsável por 13% da produção nacional, com 4,6 bilhões de litros/ano. O estado abriga 198 mil propriedades produtoras – cerca de 40% do total das propriedades rurais –, estando a produção de leite vinculada à indústria presente em 94% dos municípios.

Em termos regionais, o noroeste do Rio Grande do Sul é o primeiro em produção leiteira no Brasil. Outra característica importante da cadeia é a predominância de pequenos produtores. Os dados são do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul, produzido pela Emater/RS e Instituto Gaúcho do Leite (IGL).

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

ExpoLajes 2017


NOTA DO BLOG: É sem dúvida, uma das maiores exposição agropecuária do estado do RN. A expectativa da organização é a melhor possível.
Expointer 2017-A maior Exposição Agropecuária da América Latina.

Expointer 2017: ABHB e Portal Agrolink juntos nesta 40ª edição

     

A Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) fechou uma parceria exclusiva de mídia para esta 40ª Expointer. O Portal Agrolink, considerado um dos maiores veículos de conteúdos agro do Brasil, especializado em informações e soluções para o setor de Agronegócio, realizará a cobertura integral da participação das raças Hereford e Braford direto do estande da ABHB no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). 

Processo de regularização fundiária beneficia moradores de áreas urbanas e rurais

Habitação

Medida vai garantir 460 mil títulos a agricultores familiares até 2018 e beneficiar 150 mil famílias em áreas urbanas


Sancionada no mês de julho pelo presidente da República, Michel Temer, a lei que institui o novo processo de regularização fundiária contribui para tornar a emissão dos títulos das propriedades mais moderna e ágil.
Na zona rural, a regularização vai garantir 460 mil títulos a agricultores familiares até 2018 por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Nas cidades, mais de 150 mil famílias de baixa renda serão beneficiadas com a documentação de posse.
A lei contém dois tipos de enquadramento para a regularização urbana: interesse social e interesse específico. No primeiro, serão incluídas as ocupações por pessoas de baixa renda, com finalidade residencial, que receberão gratuitamente o registro do imóvel e toda a infraestrutura básica por conta do poder público. No segundo caso, o particular deverá custear toda a infraestrutura a ser definida no projeto de regularização da região.
Sobre o direito de laje, a medida permite que mais de uma unidade habitacional seja construída na mesma área do terreno. Se o proprietário ceder o terreno, cada morador de unidade terá uma escritura individual. Quem mora no primeiro piso terá um documento, e quem mora no segundo, outro.


No meio rural, o principal objetivo da medida é aumentar a velocidade e simplificar a titularização de terras. Atualmente, mais de 1 milhão de famílias vivem em 9.332 assentamentos espalhados pelo Brasil, sendo que 85% ainda não têm o título da terra.
Dessa forma, esses trabalhadores rurais não podem acessar políticas públicas do setor, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). 

Programa Compra Direta executará R$ 1,6 milhão até o final de 2017



Extensionistas rurais que atuam no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Compra Direta, em todas as regiões do Estado, receberam esta manhã novas orientações operacionais para o próximo ano. O programa promete injetar na agricultura familiar do Rio Grande do Norte, somente neste segundo semestre, R$ 1.631.443,50. No primeiro semestre do ano, foram aplicados R$ 1.723,182,10.
O Programa Compra Direta é um instrumento de apoio à comercialização da produção dos agricultores familiares, onde o Governo do Estado, através da Emater-RN, compra a produção de agricultores e doa para entidades socioassistenciais, como creches, escolas, asilos, entre outras. O objetivo principal do programa é beneficiar os agricultores familiares e as pessoas em vulnerabilidade alimentar e nutricional.
Até dezembro de 2017, o Compra Direta funcionará nos moldes do Termo de Adesão firmado com os municípios em 2012. Dos 1992 produtores que pactuaram com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), foram atingidos até agora 1180. Das entidades socioassistenciais, assinaram o termo de adesão 2034 e 950 são beneficiadas até agora.
Segundo a equipe gestora do programa, até o final deste ano os técnicos da Emater devem trabalhar com os mesmos produtores cadastrados em 205 e os mesmos tipos de produtos. O valor anual permitido para comercialização continua sendo R$ 6.500,00 por DAP ativa – ou o saldo que restar desse valor.
É de responsabilidade dos técnicos da Emater fazer a pesquisa de preço dos produtos que podem ser comercializados no programa, em seus municípios de atuação, e obedecer a algumas regras para cadastrar produtores a partir do ano que vem.
Entre elas, pelo menos 40% dos participantes devem ser agricultoras; 5% dos produtos devem ser orgânicos, e no máximo 15% de produtos ricos em açúcares. A orientação é que seja feita uma rotatividade dos produtores e priorizados os que atuem no município onde os produtos serão consumidos pelas entidades socioassistenciais. 

Um programa de ajuda ao pequeno produtor rural completa 22 anos de atividades

PronafO Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), principal política pública brasileira de crédito para as unidades familiares de produção, completou 22 anos está semana que passou. Durante pouco mais de duas décadas, o valor total das operações do Programa atingiu R$200 bilhões. Os recursos foram aplicados na efetivação de cerca de 28,5 milhões de contratos, com inadimplência em torno de 1%. Esses números ressaltam a capilaridade de uma política consolidada, que se tornou referência em financiamento da agricultura familiar.
O programa é gerenciado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), e apresenta uma significativa evolução das contratações ao longo dos anos. Começou atingindo a marca de quase 1 milhão de contratos na safra 1999/2000. Seis anos depois, esse número ultrapassou os 2,5 milhões de contratos, movimentando mais de R$6,3 bilhões. Na safra 2006/2007, o Governo Federal disponibilizou pela primeira vez R$10 bilhões em créditos para o Pronaf, mas foi no ano agrícola 2008/2009 que o valor dos contratos financiados ultrapassou a marca dos R$10 bilhões.
Em linhas gerais, o Pronaf representa, hoje, crédito com os juros mais baixos praticados no mercado para a produção de alimentos da cesta básica, além de incentivar os agricultores de orgânicos e agroecológicos e as economias locais, aumentando a qualidade de vida das famílias agricultoras.

Segundo José Carlos Zukowski, diretor substituto do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Sead, o crescimento do Pronaf ao longo dos anos mostra que a agricultura familiar ganhou espaço, tanto na sociedade quanto no Governo. “Não teríamos um aporte de recursos como o que temos hoje se o setor não tivesse crescido tanto com o Programa”, afirma.

Produção de cana-de-açúcar terá uma queda na safra deste ano


cana-de-acucar-630x420Um levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que a safra 2017/2018 de cana-de-açúcar está estimada em 646,34 milhões de toneladas. O valor representa queda de 1,7% em comparação aos 657,17 milhões da colheita do ano passado. A área colhida passa de 9,05 milhões para 8,77 milhões de hectares e sofre redução de 3,1%. A menor disponibilidade tem relação com a desistência e devolução de áreas de fornecedores distantes das unidades de produção, principalmente aquelas em que há dificuldade de mecanização.
Por outro lado, o aumento de 1,5% na produtividade deve passar dos 72,62 toneladas por hectare, da safra anterior, para 73,73 toneladas por hectare. Isso impediu que o recuo na produção fosse ainda maior.

A prioridade continua sendo a produção de açúcar, que deve atingir 39,39 milhões de toneladas. Esse valor representa aumento de 1,8% em relação à safra anterior, de 38,69 milhões de toneladas. Com esta tendência, a produção de etanol hidratado passa de 27,81 para 26,12 milhões de toneladas, o que representa queda de 6,1%.
CONAB

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Igarn divulga relatório volumétrico dos principais reservatórios do estado






O Relatório de Situação Volumétrica dos 47 reservatórios, com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, monitorados pelo Governo do Estado, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), divulgado nesta quarta-feira (23), indica que a Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves (foto), maior reservatório potiguar – situado na região do Vale do Açu –, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, está com 395,436 milhões de m³, 16,48% do seu volume máximo.

Em comparativo com o relatório do dia 04 de julho, os reservatórios considerados em volume morto eram 19 e atualmente são 18, correspondendo a 38,29% do total de mananciais monitorados pelo Igarn.

A informação é da assessoria de imprensa do Instituto, na capital do estado.

Já os açudes secos são 11, o que corresponde a outros 23,40% dos 47 reservatórios vistoriados.

Segundo maior reservatório do estado, a barragem Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 600 milhões de metros cúbicos, está com 112,958 milhões de m³, em termos percentuais, 18,84%.

A barragem de Umari, em Upanema, está com 55,958 milhões de metros cúbicos, 19,11% do seu volume máximo.

A lagoa de Extremoz, responsável por parte do abastecimento da zona norte de Natal, está com 10,509 milhões de metros cúbicos, 95,38% do seu volume máximo.

Já a lagoa do Bonfim, que abastece a Adutora Monsenhor Expedito, está com 46,069 milhões de m³, 54,67% do seu acumulado total.




Seminário

O novo Programa Nacional de Crédito Fundiário é tema de seminário no Rio

A apresentação do novo PNCF foi realizada pela subsecretária da SRA, Raquel Santori.
     
A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) vem desenvolvendo um ciclo de seminários estaduais para discutir o novo Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), que foi pensado e discutido com o objetivo de fortalecer as políticas de reordenamento agrário do Brasil. Na manhã desta quinta-feira (24), o debate foi realizado na Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário do Rio de Janeiro (DFDA-RJ), por meio da Subsecretaria de Reordenamento Agrário (SRA), e contou com a presença do secretário da Sead, José Ricardo Roseno.

Diante de um público composto por representantes de entidades e de movimentos sociais lidadas às questões de fundiárias, o titular da Sead adiantou que as novas regras do PNCF serão publicadas dentro dos próximos dias e são o resultado de um redesenho do Programa, que foi pensado desde o início da gestão atual da Secretaria. “A nossa preocupação é com a sustentabilidade dessa política, que não é nova, possui quase 15 anos e precisamos garantir que ela avance”, disse Roseno, ressaltando que o projeto do novo Programa foi desenvolvido considerando as demandas histórias que foram levadas pelos representantes do setor até a SRA. “Nada está pronto e acabado, estamos sempre dispostos a ouvir novas propostas e é por isso que realizamos eventos como esses, para ouvir vocês que estão diretamente ligados aos beneficiários”, pontuou.
A apresentação do novo PNCF foi realizada pela subsecretária da SRA, Raquel Santori. Na oportunidade, ela falou sobre o Programa e a quem ele se destina, a partir das novas regras. “Vamos beneficiar as famílias em situação de pobreza, promovendo a consolidação de um público de agricultores familiares mais dinâmicos, sem terra ou com pouca terra, além de atender casos de sucessão familiar, possibilitando, também, a comercialização entre herdeiros e o acesso da juventude ao PNCF”, explicou Raquel, que também apresentou aos presentes as opções de liquidação de dívidas que o Governo Federal disponibiliza. “Todas essas ações são realizadas com o objetivo de fortalecer o PNCF para que a política possa atender, cada vez mais, àqueles agricultores familiares que querem ter sua própria terra.”

Para Lorena Freitas, assessora da regional sudeste da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), a expectativa do setor é que essas novas propostas venham para contribuir e realmente facilitar o acesso das famílias agricultoras à terra. “Esperamos que os nossos sindicatos, juntamente com as federações e a confederação, consigam identificar e reunir os agricultores da base para que eles possam ter esse acesso a essa política pública, que realmente traz dignidade para o trabalhador rural”, conclui.
PNCF
O Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) foi criado para que os trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra possam adquirir imóveis rurais para exploração em regime de economia familiar. Desde sua implantação, em 2003, já possibilitou o acesso à terra a mais de 140 mil famílias, que adquiriram cerca de 3,1 milhões de hectares no Brasil. Foram investidos mais de R$4 bilhões, sendo parte desse valor em recursos não reembolsáveis no Brasil. 
NOTA DO BLOG: Está na hora do governo federal planejar e executar a volta do programa crédito fundiário. Um programa de um grande alcance social para o trabalhador rural.

Emater/RN: Programa Compra Direta executará R$ 1,6 milhão até o final de 2017

Extensionistas rurais que atuam no Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Compra Direta, em todas as regiões do estado, receberam esta manhã novas orientações operacionais para o próximo ano.

O programa promete injetar na agricultura familiar do RN, somente neste segundo semestre, R$ 1.631.443,50, sendo que, no primeiro semestre do ano, foram aplicados R$ 1.723,182,10, descreve nota vinda da assessoria de imprensa do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater/RN), na capital do estado.


Um selo especial ajuda a identificar os produtos da agricultura familiar


selo agricultura familiarO Selo da Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf), distingue, desde 2009, o que foi produzido por agricultores familiares da produção em larga escala da indústria. Este ano, o governo federal, por meio da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), chega à marca de 2000 selos, beneficiando 152 mil famílias, além de impactar na qualidade do que os brasileiros levam para casa.
As informações disponíveis em embalagens de produtos são sempre fonte de garantia para quem compra. No Brasil, a agricultura familiar tem como uma de suas características produtivas, o uso de menos aditivos químicos. Fora a preferência por alimentos mais naturais e outros produtos que tentam impactar não apenas financeiramente às famílias, mas também a preservação do meio ambiente. Com isso, quem compra, adquire alimentos mais saudáveis, por exemplo.
Simone Barreto, que coordena as atividades do Sipaf e selos associados na Sead, acredita que os 2 mil permissionários é um número a se comemorar, principalmente por essa quantidade de agricultores familiares que engloba. “Agora eles dispõem de um signo de identificação da sua produção, criando, assim, competitividade para os produtos da agricultura familiar”, enfatiza Simone, ressaltando que, além disso, o Selo contribui com o reconhecimento, pela sociedade, da importância da categoria, que gera emprego no meio rural e garante o abastecimento local com qualidade e diversidade de alimentos.

Os produtos com a identificação do Selo Sipaf podem ser encontrados em todos os estados brasileiros, em redes de supermercados e outros locais de comercialização onde haja a presença da agricultura familiar, a exemplo de feiras. Ao longo dos oito anos, já foram identificados mais de 26 mil produtos de origem da agricultura familiar, sendo eles produtos de origem animal, vegetal e artesanato.