quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mercado aquecido em vários países



Em todo o mundo, está ficando bem claro que o futuro sustentável alicerça-se em dois pilares: cordeiros e lãs. A Nova Zelândia, apesar da grande pressão exercida pelo setor leiteiro e de silvicultura sobre a terra disponível, segue liderando as exportações de cordeiros no mundo e, além disso, tem um consumo interno de 23,3 quilos por habitante/ano.
A Austrália possui hoje 73,8 milhões de ovelhas (mas já teve mais de 120 milhões), que produzem 340.000 toneladas de lã, com uma forte demanda que não chega a ser abastecida totalmente. Seu consumo interno de carne ovina é de 14,5 quilos por habitante/ano. A China é outra parte da equação, pois compra 60% da oferta de lã do mundo. Na Austrália, os preços da lã, que na safra de 2008/09 tinham se recuperado em quase 24%, superam hoje todas as expectativas. No transcurso da safra de 2009/10, esses subiram 19,35%. Os preços da carne ovina e de cordeiros também estão em alta em todo o mundo.
No Uruguai, o preço do cordeiro teve um aumento de 108% comparado ao ano passado. Os preços oferecidos pelos frigoríficos de Buenos Aires, na Argentina, subiram em uma proporção parecida e vários foram habilitados recentemente para exportar aos países muçulmanos, inclusive com abate "Halal".


 

 

 

Leite de cabra na Paraíba



Com uma produção diária de aproximadamente 18 mil litros, a Paraíba é o maior produtor de leite de cabra do Brasil. O Governo assinou contrato para compra de até 30.000 litros/dia de leite de cabra, que absorve a produção por meio dos Programa Fome Zero e Programa Leite da Paraíba.
"Considerando a produção diária, essa atividade gera anualmente cerca de R$ 9 milhões só com o leite", calcula Everaldo Cadena, médico-veterinário da Emater e especialista em caprino-ovinocultura. Na opinião dele "essa atividade ameniza a situação de pobreza de uma região sofrida e castigada por longos períodos de estiagens.
É no Cariri, no Sertão e no Curimataú que a caprinocultura tornou-se principal atividade agropecuária e econômica".
Nessas regiões, circula um rebanho de 624 mil cabeças de caprinos, dos quais 25% são cabras leiteiras. Nas três principais regiões, 1.133 famílias agricultoras dependem da atividade e estão distribuídas em 37 associações, que possuem 11 pequenas usinas de beneficiamento.
Nota do Blog:
Enquanto isso, no meu, no seu e no nosso RN, o programa vai aos troncos e barrancos. Foi preciso haver uma nefasta seca para o governo aumentar o preço do litro. Muito pouco, pouco mesmo, para o incremento do programa no nosso estado.  E a velha Paraíba sempre na frente.


Técnica antiga pode dobrar o número de embriões em caprinos



Uma técnica, esquecida ao longo do tempo, criada há mais de dez anos, a técnica da bipartição de embriões, pode aumentar a produtividade do rebanho caprino, já que aumenta o número de embriões. Consiste em cortar os embriões em duas partes e implantá-los em uma fêmea produtiva, o que, antigamente, se realizava, com facilidade. De fato, segundo Hévila Salles, da Embrapa Ovinos, antigamente usava-se um estilete adaptado a uma pipeta pasteur, e com o uso de um estereoscópio, visualizava-se o embrião que, em seguida, era fixado e cortado com a lâmina em duas partes.  Hoje, existem equipamentos mais sofisticados que podem ser utilizados para realizar a bipartição. Com o uso da bipartição embrionária, consegue-se dobrar o número de embriões, mas isso apresenta alguns riscos, pois o embrião possui uma barreira de proteção sanitária que é rompida durante a técnica. Caso ele não tenha sido bem lavado e venha de fêmeas portadoras de alguma doença, o embrião deve ser descartado.

 


Para que a técnica tenha sucesso, é necessário que o produtor tome vários cuidados, como a seleção das fêmeas, utilizando as melhores e mais saudáveis; um manejo nutricional e sanitário é, igualmente, importante.
O produtor, tomando os devidos cuidados, poderá dobrar seu rebanho, tornando sua atividade mais lucrativa.

Fonte: Portal Dia de Campo



Cabra dá à luz seis filhotes em Pernambuco



Em Santa Maria da Boa Vista, no sertão pernambucano, “Bitinha”, uma cabra sem raça definida, de propriedade da Sra. Josefa Maria da Silva, pariu seis filhotes de uma só vez, o que é considerado uma raridade nessa espécie animal. O mais intrigante, segundo o médico-veterinário, José Américo, é que “Bitinha” não passou por nenhum processo de inseminação artificial nem de melhoramento genético e o fato aconteceu de forma natural.
O veterinário atribui o parto múltiplo à alimentação reforçada que pode ter causado uma superovulação em “Bitinha”. Para dona Josefa, entretanto, isso não foi novidade, pois afirma que sua cabra já teve partos múltiplos, outras quatro vezes.

 


 

 

Consumo de carne de ovinos



Há dez anos, o consumo de carne de caprinos e ovinos era de apenas de 500 gramas por habitante ao ano (Bezerra, 2004). Segundo Garcia (2004) o consumo per capita de carne/ano no Brasil é de 0,7 kg, mas cerca de 50% da carne ovina consumida é importada do Uruguai, Argentina e Nova Zelândia. No inicio da década passada, o Brasil importava cerca de 2.000 toneladas de carne ovina por ano, tendo estes números quadruplicados no ano de 2.000 (Simplício, 2001), concluindo-se que há imensa possibilidades de ampliação do mercado.

Santa cabrita das águas

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As terras eram muito baratas, pois todo mundo sabia que não havia água tão perto. Muitos poços foram cavados e logo estavam secos. Belarmino comprou um pedaço de terra, escolhido a dedo que, segundo ele, foi determinado pela santa que sempre vinha em seus sonhos. Ela, a santa, havia marcado o terreno e garantiu que tudo iria dar certo. Então, Belarmino tomou posse da terra ressequida e começou a criar suas miunças, esticando uma coivara, fazendo um roçado, para suportar os dias que logo começaram a ficar secos. A água - ah! a água! - essa vinha de muito longe, no lombo de jegue.
Precisando de água, chamou uma tal patrulha mecanizada que sondou tudo e não viu chance de ter água. Depois chamou um “vedor” de água, famoso pela sua varinha mágica, mas - nessas terras - o pedaço fino de pau nem se mexeu. Chamou outro, com fios de cobre, chamou uma benzedeira. Nada! - não havia chance, mesmo de ter água. Era uma terra condenada.
- Eita! Mas a santinha garantiu que tinha água.
Desanimado, Belarmino foi para o botequim do Quincas, onde ouviu palpites de todo jeito, só prestando um:
- Pois dê um voto de confiança à santa e peça mais detalhes - sugeriu um amigo do bar. Mande a mocinha fazer um mapa do buraco do poço.
Foi assim que Belarmino saiu do boteco, benzeu-se na porta da igreja, e foi para a cama, para esperar uma mensagem da santa.
Na madrugada de novembro, veio o sonho: a cabrita magra perambulava pela Caatinga, procurando alguma coisa. Andou, andou, andou, andou, andou - e, finalmente, parou diante de três fiapos de pau seco. A cabrita empurrou um seixo grande para cada planta seca. De repente, os paus secos ganharam vida com folhas verdes: era um Mororó, um Icó, um Marmeleiro. De repente, o sonho esfarelou; tudo voltou a ficar cinza, seco, acabado.
Belarmino acordou, entusiasmado. Agora, ele sabia onde iria brotar água, pois a santa fizera um mapa do local.


 


Gastou o dia inteiro, procurando, pau seco por pau seco, onde estariam as marcas do sonho. Nada! No dia seguinte, recomeçou a busca e, então, encontrou três paus secos, com três seixos graúdos. Devia ser ali. A secura, porém, era tanta, que não havia cheiro de nada e, então, como saber se o sonho estava ali mesmo? O jeito era esperar as trovoa­das.
Quando vieram as primeiras chuvas, Belarmino correu para o local e deu um grito de satisfação:
- Mororó, Icó, Marmeleiro. É aqui mesmo.
Para espanto da cidade, Belarmino fez um empréstimo no banco, só porque o gerente era amigo, pois a agência não tinha licença para autorizar perfuração de poço nesta região tão seca. O gerente sabia que, não havendo água, Belarmino iria vender a criação e pagaria o empréstimo, pois era gente de bem e muito religioso.
As máquinas chegaram, logo estavam espalhando poeira no ar, furando rapidamente 12 metros. Nada! Alongou-se o projeto para 24 metros. Nada! Acabou-se o massapê, virou rocha dura, depois só granito. O chefe da máquina foi taxativo:
- Aqui não tem água, não. É prejuízo puro.
Belarmino retrucou:
- A santa disse e está dito. Vamos furar mais alguns metros, pois a água vai estar debaixo do granito.
Não adianta discutir com gente louca e, de novo, a perfuratriz voltou a roncar, passando de 36 metros, 38 metros, 42 metros, e começou a gritaria.
- Água, água.
O jorro de água benzeu a Caatinga. A notícia correu mundo.
Os vizinhos passaram a convidar Belarmino para beber, dormir e sonhar, numa rede florida, perfumada, para ver se conseguia ter um bom sonho com água. Belarmino, religiosamente, a todos atendia, pois achava que a santa não deveria ser apenas dele. Foi assim que Belarmino dormiu em muitas casas da vizinhança e andou descobrindo água em várias propriedades. Como sempre, havia os despeitados:
- Por que descobriu água na de Juvêncio, que fez um jantar com frango, e não descobriu na minha terra, que lhe serviu um jantar com leitão?
Belarmino sorria e respondia:
- Sei lá, acho que só pode ser capricho da santa!

Reunião Sobre o Crédito Emergencial

Amanhã dia 31, às 9.00 horas, haverá uma importante reunião nas dependências da Câmara M. de Fernando Pedroza, de interesse do trabalhador rural sobre o crédito emergencial, com a participação do BNB de Angicos e a EMATER. Na oportunidade serão debatidos outros assuntos, como, a venda do milho pela CONAB e o  programa de construção de cisternas.

sábado, 26 de maio de 2012

Sertanejos tentam se salvar com atividades alternativas


Margareth Grilo - repórter especial
 Na fazenda Caiçarinha, Glauber Bezerra, investe na avicultura há dez anos. Mantém um aviário com 15 mil aves.A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, que atinge cinco municípios, tem pontos que, com a estiagem deste ano, não atendem às necessidades do homem.José Wilton Salvino da Silva, 25 anos, recém-contratado da cerâmica Santa Rita: Hoje as fazendas não contratam mais, então a gente dá graças a Deus quando outros setores chamam.José Wilton Salvino da Silva, 25 anos, recém-contratado da cerâmica Santa Rita: Hoje as fazendas não contratam mais, então a gente dá graças a Deus quando outros setores chamam.Fagner Brás, 18, pesca com rede e teve mais sorte. Saiu do barragem com mais de 20 quilos em dois dias de pescaria das 5h às 11h.José Rodrigues da Silva: A estiagem está atrapalhando muito. No ano passado, que choveu muito, a gente via peixe em todos os cantos e até na margem da barragem. Hoje não se vê mais.Na comunidade Boi Selado, na falta da água para o plantio, o agricultor Francisco Canindé de Morais, 53 anos, luta com abelhas.Na comunidade Boi Selado, na falta da água para o plantio, o agricultor Francisco Canindé de Morais, 53 anos, luta com abelhas.
José Wilton Salvino da Silva, 25 anos, recém-contratado da cerâmica Santa Rita: Hoje as fazendas não contratam mais, então a gente dá graças a Deus quando outros setores chamam.
Nesses meses de estiagem, em áreas de grandes mananciais de água, a pesca tem sido o meio de sobrevivência do sertanejo. As águas da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, dentro do município de São Rafael, atraem pescadores vindos de longe, de cidades como Jucurutu e até mesmo Assu.  Eles chegam cedo, por volta das 4h e navegam, até águas profundas, onde os peixes costumam 'se esconder' na estiagem, quando o volume dos reservatórios cai. Francisco de Assis Sousa da Fé, 49 anos, não perdeu as esperanças. Vem de Assu, de tempos em tempos, para pescar na barragem. No lugar onde vive, a terra árida não é agricultável e a da Lagoa do Piató, que recebe águas principalmente do Rio Piranhas/Assu e já esteve seca aproximadamente 50 anos, vindo a encher novamente depois que o canal fora desobstruído nos idos de 1972, voltou a secar. "Tem pouca água. A lagoa não está dando nada", contou o pescador. 

Quando se desloca para São Rafael, junto com outros pescadores, chega a passar uma temporada de até 25 dias. E, nem sempre, o resultado da pesca é bom. No dia em que encontramos os pescadores, eles estavam quase encerrando a jornada (de segunda até a quinta-feira tinham pescado 58 quilos de peixe). Em outras temporadas, de cheia da barragem, chegam a sair com o dobro.

"A estiagem está atrapalhando muito. No ano passado, que choveu muito, a gente via peixe em todos os cantos e até na margem da barragem. Hoje não se vê mais", contou José Rodrigues da Silva, o "Zé Oliveira". Quando a equipe da TN chegou à barragem, próximo ao Clube Naútico, ele saía para mais um dia de pesca. Apesar da escassez, mantinha a fé. "Ainda dá pra tirar algum, mas precisa ir nas águas mais profundas, de seis, sete metros", acrescenta.

Ele disse que antes chegava a sair da água com até 100 quilos. Hoje, sai com, no máximo, 40 quilos, para dividir por dois. Ele e o colega de pescaria. "Às vezes, a gente sai com 15 quilos, não é nada", citou. Francisco Jerônimo, 50 anos, conta que o vento está "ruim demais, muito forte e atrapalha". "Uns dias tem pesca boa, outros a gente sai sem nada e fica difícil pela despesa que a gente, que vem de fora, tem com feira, gelo e combustível", disse o pescador que se deslocou de Assu a São Rafael.

Na barragem, a pesca é feita com rede. Poucos arriscam a pesca de anzol. José das Graças Barbosa, 63 anos, é um deles. Entrou na água às 6h e saiu às 9h10, sem nenhum peixe. "Ontem peguei dois peixes de dois quilos e meio. Está muito escassa a safra", mencionou. Fagner Brás, 18, pesca com rede e teve mais sorte. Saiu do barragem com mais de 20 quilos em dois dias de pescaria das 5h às 11h. 

A Colônia de Pescadores Z-27 (São Rafael) tem 1.200 pescadores, mas segundo a tesoureira da entidade, Claudiomar da Silva Moura Soares, a barragem atrai pescadores até mesmo de outros estados, como a Paraíba. "Nesse período de seca, muitos estão se deslocando para onde tem mais água para ver se consegue algum sustento na pesca", contou. A barragem é rica em tilápia. Outras espécies, como curimatã e tucunaré desaparecem nos períodos de estiagem.

"O curimatã foi visto até meados de abril, agora está escasso", disse Zé Oliveira, que pesca há 48 anos. Nas águas do açude Dourado, em Currais Novos, apesar da reserva hídrica estar abaixo de 40%, as águas continuam sendo visitadas por pescadores, mas a poluição e o baixo volume têm provocado a mortandade de peixe. No açude Caiçarinha do Carneiro, onde o volume d'água não representa 10% da capacidade, os peixes também não resistem e morrem.

Apicultura sofre com a estiagem e cai produção

Diversificar atividades tem sido uma solução, no semi-árido, pelo menos, para alguns. Na zona rural de Jucurutu, o apicultor Francisco Canindé de Morais, 53 anos, tirou perto de 200 litros de mel, de 18 colméias. Mas parou a extração, quando a estiagem apertou. Segundo ele, por ano, dá para tirar, por colméia, 80 litros. Com a estiagem, a apicultura sofreu um baque. As colméias encheram em fevereiro, quando o marmeleiro e o velame floresceram.

"Tirei um pouco de mel, mas o que tem lá não posso mexer, porque senão elas vão migrar para outras regiões", citou o apicultor. Canindé contou que vendia mel para Currais Novos, mas este ano não fez venda pela baixa quantidade que extraiu. O que extraiu foi suficiente para atender a demanda da Prefeitura. O mel, embalado em saquinhos, é incluindo na merenda escolar.

"Em ano bom", disse ele, "dá pra tirar uns R$ 4 mil, mas esse ano só tirei uns R$ 1 mil, mas ainda tenho mel em estoque", contou. Normalmente, a colheita é feita a cada 10 dias.

Em Santa Cruz é a avicultura que está em expansão. Por aviário, a média de criação chega a 15 mil aves. Mas nessa época, a estiagem exige mais investimentos, com sistemas de ventilação e nebulização, para evitar a asfixia das aves.

Em alguns aviários, mais de 10 mil litros de água são pulverizados. Nos últimos meses, o cuidado foi redobrado nos aviários com frangos depois que uma  queda de energia provocou, em abril, a asfixia de quase 6.200 aves, na região. Os avicultores amargaram um prejuízo de R$ 15 mil. As mortes foram registradas em dois dias. "Com o clima muito quente e sem o suporte da energia, não tivemos como fazer ventilação e nebulização", contou o técnico em agropecuária, Paulo Rogério Araújo Cardoso.

Cerâmica é uma das opções na região

Se para o agricultor, o sol causticante do sertão é um tormento, para a indústria da cerâmica ele até ajuda. Com a temperatura mais quente, o tempo de secagem dos tijolos e telhas é menor e a produção aumenta. Mas, nem por isso, a atividade vai bem. Marcos Soares investiu no ramo da cerâmica, nos arredores de Jucurutu. Atualmente, a cerâmica Santa Rita emprega 20 pessoas. Este ano, ele abriu apenas cinco novas vagas, pouco para a região.

Localizada a 19 km da sede do município, a cerâmica está produzindo, em média, 90 milheiros de tijolos, por semana, o dobro do que produz durante o inverno. Mas as vendas despencaram, devido à crise econômica provocada pela estiagem, agravada em abril.

Segundo o ceramista Marcos Soares o 'tempo é ruim, mesmo com a produção mais alta'. "Da produção não tem o que reclamar. Está boa, mas tem mês", disse ele, "que fabricamos 240 mil peças e não conseguimos vender tudo". Marcos estima que as vendas registraram uma queda em torno de 50% e acredita que, persistindo a crise econômica, a tendência é que os ceramistas menores se desfaçam de seus negócios e com prejuízo.

Nas cidades, a crise econômica gerada pela estiagem tem grande repercussão. No comércio e nas feiras livres, as vendas caíram. Os comerciantes  sentem o declínio na pele. Nos armazéns, a procura pela ração está diminuindo. "Hoje, o produtor", disse o comerciante Weber Joaci de Araújo Mendes, de Currais Novos, "não tem poder aquisitivo, capital para comprar".

Negócios rentáveis no semi-árido têm sido a venda de palma e de água. Na estiagem, o caro-pipa inflaciona a seca, principalmente onde a ação governamental não chega. O preço cobrado pelos 'pipeiros' vai de R$ 60,00 a até R$150,00, dependendo da distância que o pipeiro vai percorrer. A carrada da palma, que era vendida a R$ 120,00 está a R$ 240,00.

Governo anuncia operação de venda em balcão no Nordeste

Produtores e cooperativas agropecuárias da área correspondente à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) poderão participar da operação de venda em balcão de 200 mil toneladas de milho dos estoques oficiais. A Portaria Interministerial nº 470, autorizando a operação, foi assinada pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fazenda e Planejamento e publicada nesta sexta-feira, dia 25 de maio, no Diário Oficial da União.
A medida visa atender os produtores onde as cotações do cereal subiram por causa da forte quebra de safra provocada pela estiagem. A operacionalização será feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nas operações, cada produtor poderá adquirir individualmente até 3 toneladas do produto, enquanto as cooperativas podem chegar até o limite de 3 mil toneladas de milho, pelo preço de R$ 18,10 a saca.
 As cooperativas terão que apresentar a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) para se habilitar a participar do programa. No caso das cooperativas, o volume máximo de aquisição é de 3 mil t de milho, ressalta o secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha.
“Esta medida do governo visa atender os pequenos criadores que estão com dificuldade para alimentar seus rebanhos por conta da estiagem.Por orientação do ministro Mendes Ribeiro Filho, outras medidas deverão ser tomadas na área de alimentação animal, visando ampliar o atendimento ao rebanho nordestino”, disse Rocha.

Código Florestal preserva o meio ambiente e a agricultura familiar

Código Florestal preserva o meio ambiente e a agricultura familiar

A preservação das florestas e dos biomas brasileiros, a produção agrícola sustentável e o atendimento à questão social sem prejudicar o meio ambiente foram os pontos observados pela presidenta Dilma Rousseff ao vetar 12 artigos do projeto do novo Código Florestal. As alterações foram apresentadas nesta sexta-feira (25), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro; e pelo advogado-geral, Luis Inácio Adams. As alterações serão editadas por meio de Medida Provisória, que deverá ser publicada, juntamente com os vetos, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (28).
Além dos vetos, foram promovidas 32 modificações no texto. Destas, 14 recuperam o texto aprovado no Senado Federal, cinco correspondem a dispositivos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo ao projeto de lei. O governo buscou recompor o texto do Senado, preservar acordos, respeitar o Congresso Nacional e não anistiar os desmatadores. A presidenta Dilma decidiu reintroduzir o Artigo 1º do texto aprovado no Senado, que trata dos princípios da lei, que entende como essencial para a produção sustentável e o meio ambiente. E vetou o Artigo 61 – o uso de áreas de preservação permanente -, o qual considera central para a questão produtiva e social.
O ministro Pepe Vargas destacou que as alterações promovidas preservam o meio ambiente para as atuais e futuras gerações, garantem a produção de alimentos saudáveis para a segurança alimentar do povo brasileiro e para as exportações. Além disso, Vargas ressaltou que o governo está garantindo, deste modo, a inclusão produtiva e social para mais de quatro milhões de agricultores familiares.
Sobre a recomposição de áreas de preservação permanente, o ministro foi enfático ao dizer que todos deverão contribuir. A recomposição vai levar em consideração proporcionalmente o tamanho da propriedade de cada agricultor. “Estamos aqui estabelecendo princípios de justiça. Quem tem menos área de terra, vai recompor menos. Quem tem mais vai recompor mais”, disse. Ele acrescentou ainda que ao mesmo tempo em que o governo está preservando o meio ambiente, aplica um princípio de inclusão social e produtiva para o povo brasileiro. 

O Milho Vem Aí-Graças

Estive hoje pela manhã na APASA em contato com o presidente Marcone Angicano. O mesmo me falou que ligou para o gerente da CONAB em Açú, o sr. Carlos e que quarta feira próxima será aberta a comercialização do milho. E atenção: A partir do próximo mês de junho todos terão que atualizar os cadastros na CONAB. E ainda falou Marcone: o preço deverá ser R$ 18,10 para todos, pois anteriormente se comentou que seria somente pra os pronafianos. Vamos aguardar. Diante de tanta seca uma boa notícia.

Milho: a energia da agricultura familiar

Milho: a energia da agricultura familiar

O milho é considerado um dos produtos mais importantes da agricultura brasileira, importância que  se reflete no aumento dos investimentos feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nos últimos anos. A cultura é a que mais recebe custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), capitaneado pelo MDA, ultrapassando a marca de R$1,3 bilhão em investimentos em 2011. O milho também fica com a maior parte do valor destinado ao Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) - dos 92 mil pedidos de cobertura recebidos na safra 2011/2012, mais de 45 mil são de milho. Mais de 153 mil agricultores receberam o pagamento do seguro Garantia-Safra, referente à safra 2010/2011 - estima-se que todos têm o milho como uma de suas principais culturas.
“Ao todo são mais de 1,1 milhão de produtores de milho segurados pelo ministério”, informa João Luís Guadagnin, diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do MDA.  “Para o agricultor familiar o milho é o principal fornecedor de energia tanto para a alimentação humana quanto animal”, afirma Guadagnin.
Seja cozido, na pamonha, como pipoca, no bolinho, o ingrediente faz parte do cardápio dos brasileiros de norte a sul. Além do sabor, o milho é uma grande fonte de energia, com alto nível de carboidratos, vitaminas B1 e sais minerais. E não se pode esquecer da sua importância também para a alimentação animal, sendo o principal componente da maioria das rações. O cultivar está em quarto lugar na lista de produtos da agricultura familiar, perdendo apenas para arroz, feijão e mandioca. Segundo o senso agropecuário de 2006, foram mais de 42 mil toneladas de milho - o equivalente a mais de 48% da produção brasileira.
O grão também é recomendado para processos de sucessão de culturas – quando a mesma área é utilizada para cultivares que dão em épocas diferentes do ano – e para rotação de culturas, em geral revezando seu plantio com o de uma leguminosa, promovendo assim a nitrogenação do solo.
Em termos tecnológicos, o milho é a cultura que mais evoluiu no Brasil nos últimos anos, favorecendo principalmente os agricultores familiares, a partir do momento que passa a apresentar maior produtividade sem demandar grandes espaços para plantio. O resultado disso é que a maior parte do milho verde que abastece os municípios brasileiros é produzido pela agricultura familiar.
Modo de produção
Há mais de 10 anos, quando assumiu a administração do sítio dos pais, no município de Arroio do Tigre (RS), Leomar Fiuza não acreditou que conseguiria tomar conta do lugar. Sem dinheiro para produzir e sem qualquer ajuda técnica, pensou que a única saída era sair do campo para trabalhar na cidade. Foi quando ficou sabendo das linhas de crédito para agricultores familiares do MDA e resolveu fazer uma última tentativa. “Se não fosse pelos financiamentos que conseguimos, não teríamos condições de nos manter no meio rural”, afirma.
Desde 2001, a família Fiuza recebe crédito do Pronaf Custeio para financiar o plantio de milho, arroz, batata doce e outros. Mas essa não é a única forma que o ministério participa da geração de  renda no sítio. Além do Pronaf Custeio, Leomar já teve acesso ao Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), à assistência técnica (Ater) e, recentemente, passou a vender parte da produção para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional da Alimentação Escolar (Pnae).
Na propriedade de 12 hectares, o milho é a cultura mais importante, representando mais de 50% do que é produzido pela família. “O milho é essencial para a sobrevivência de toda a propriedade”, conta Leomar. O grão é usado para alimentação dos animais - galinhas e porcos - e para a alimentação da família.  Ao todo, quase 80% da produção é para autoconsumo. O excedente é vendido, tanto o grão como a semente crioula.
A semente crioula é aquela cultivada e selecionada ano após ano pelo próprio agricultor. Em geral, elas são melhor adaptadas à região e ao sistema de produção utilizado e, tendem a precisar de menos adubos químicos e agrotóxicos. Outra vantagem, além do baixo custo da semente, é a grande variedade das plantas produzidas – um fator que dificulta a perda de toda a produção em caso de problemas na safra.
À medida que o agricultor produz a própria semente, ele está fugindo das mudanças no mercado e criando um produto que respeita as características socioambientais da propriedade, como o tipo de solo, clima e volume de chuvas. Hoje, mais de 30 variedades de sementes crioulas já são utilizadas por agricultores familiares, em todo país.
“A produção só vai para frente porque trabalhamos com a semente crioula. Se tivéssemos que gastar comprando sementes, provavelmente não conseguiríamos”, acredita Leomar. Ainda que a produtividade da semente crioula seja menor, o gasto com insumos e defensivos agrícolas também é. “O cultivo das variedades crioulas é mais simples. O indivíduo pode produzir sua própria semente e aproveitar os resíduos orgânicos da propriedade para adubar a produção. Com isso, além de diminuir os custos, ele tem um produto mais saudável e com valor de mercado maior”, afirma o engenheiro agrônomo Odilon Flávio da Costa.
Apesar das vantagens das sementes crioulas e do sistema agroecológico, ainda são poucos os agricultores que aderiram à técnica. A maioria ainda planta segundo o sistema convencional, com sementes modificadas e alta utilização de insumos químicos. No entanto, o MDA e outros órgãos do Governo Federal estão estudando formas de aumentar o plantio agroecológico, principalmente nas propriedades familiares, de modo a reduzir ou eliminar totalmente os insumos químicos, otimizando os recursos da propriedade agrícola por meio de técnicas específicas de manejo de solos e das lavouras.
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
Financiar projetos individuais ou coletivos que resultem na geração de renda para agricultores familiares e assentados da reforma agrária: esse é o objetivo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Além de dispor das mais baixas taxas de juros, o programa apoia financeiramente as atividades agropecuárias e não agropecuárias do produtor rural e sua família e destaca-se também por ter os menores índices de inadimplência do Brasil.
As contratações do crédito apresentam crescimento sustentado ao longo dos anos. Para os produtores de milho, o valor financiado passou de pouco mais de R$ 270 milhões, em 2000, para mais de  R$1,3 bilhão, em 2011, quando quase 200 mil produtores familiares foram beneficiados pelo programa. Ao todo, são mais de 4 milhões de agricultores familiares com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) produzindo milho no Brasil.
Entre os beneficiados está o senhor Rosildo Rodrigues de Freitas, de Santa Rosa do Purus (AC). Ele divide a propriedade de 70 hectares, 22 dos quais cultiváveis, com mais três famílias: a da mãe, a da irmã e a do filho. No total são 14 pessoas vivendo da terra. Para executar seu trabalho ele conta com a ajuda do MDA , desde 2002, quando soube da existência do Pronaf. “Só começamos a produzir mesmo quando passamos a pegar o financiamento, até então o que produzíamos mal dava para comer”, conta Rosildo.
O cultivo mais importante no sítio é o milho, que apesar de não ser o mais rentável é o que mantém todos os outros. “Sem o milho eu não teria condições de criar outras coisas. É com ele que alimentamos todos os animais como as galinhas, as vacas e os peixes. Também é um dos ingredientes principais das nossas refeições”, ressalta.
O Pronaf custeio e o Mais Alimentos - linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - são os principais responsáveis pela sobrevivência da propriedade. O custeio anual permitiu ao agricultor a continuidade da produção e a aquisição de um trator por meio do Mais Alimentos tornando o plantio mais eficiente e menos trabalhoso. “Agora nós vivemos bem, não ganhamos muito dinheiro, mas dá para comer e ainda sobra um pouquinho”, alegra-se o agricultor.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

PARA PENSAR:
“Cala-te primeiro se queres que os outros se calem”
Lucius Annaeus Sêneca

PARA REFLETIR:
“Os perversos estão convencidos de que fazem o bem quando não fazem o mal”
Esopo

Estiagem...

Estiagem anula produção agrícola no sertão potiguar



Margareth Grilo - repórter especial  
Sem água, sem roçado. Assim está vivendo o homem do campo no semiárido potiguar. Este ano, as áreas cultiváveis do Rio Grande do Norte encolheram em 79,9% e a produção de grãos em relação às principais culturas - feijão, milho, sorgo, algodão, arroz, mandioca e mamona - pode ser 91,8% menor. Ou seja, a colheita se resume a 8,2% da safra de 2011, segundo dados do 8º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
 Agricultor planta dentro de um barreiro às margens da RN-041.
.Agricultor planta dentro de um barreiro às margens da RN-041.Francisco Luiz da Silva vive do que planta, até mesmo na seca, graças a um projeto de irrigação que deu certo.Na feira de São Paulo do Potengi, Paulo França, 49 anos, traz o feijão verde e o milho de Vera Cruz, onde mora. Ele pagou R$ 120,00 para levar 150 quilos de feijão e um milheiro de milho.Em Currais Novos, apesar da cultura irrigada que ainda existe na Serra de Santana, vários produtos da feira são importados.Com o recuo das águas da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, Isaías Leopoldino Tavares, 72 anos, aproveita a terra ainda molhada para plantar melão, melancia e feijão, na esperança de que vinguem.Juliano Soares mora no assentamento Acauã, a 23 km da cidade. Plantou 300 pés de pinha, que não renderam nada.

Os dados, levantados entre os dias 23 e 26 de abril, mostram que do total de 157,2 mil hectares cultiváveis, apenas 31,6 mil foram plantados em todo o Estado. O relatório da Conab alerta para a tendência de agravamento da situação, devido à permanente escassez de chuvas. Com a estiagem, os plantios ainda existentes estão se desenvolvendo com dificuldades. 
Nos onze municípios percorridos pela equipe da TRIBUNA DO NORTE, do Agreste ao Oeste potiguar, os agricultores que arriscaram plantar perderam tudo. O clima seco queimou os plantios. No assentamento Acauã, zona rural de Santana do Matos, quarenta assentados mantêm plantio em 14O hectares de terra (cada um tem 3,5 hectares). Plantam mandioca, feijão, pinha e possuem cultivo de cajueiro (comum e precoce).

A única cultura proveitosa é a do cajueiro precoce. Mesmo na estiagem, a plantação ainda rende 15 caixas de caju, por mês. É o que sustenta as famílias. Já as plantações de mandioca, feijão e milho feitas em fevereiro não 'vingaram'. A secura toma conta dos campos de feijão e mandioca. As vagens de feijão estão queimadas; a mandioca não cresceu. "Quando a gente tira, ela está fofa por dentro", comentou o  Juliano Soares de Lima, 37, que é tesoureiro da Associação dos Assentados da Serra do Acauã.

No Rio Grande do Norte, as áreas plantadas, segundo a Conab,  correspondem a pouco mais de 20% da área cultivável. Nos municípios cortados por barragens, como São Paulo do Potengi e São Rafael, ou com grandes mananciais, como Caicó, as vazantes são a única alternativa de plantio. Mesmo assim, não há quem tenha muita esperança de boa semeadura.

Nas vazantes da barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em São Rafael, Francisco Jerônimo, 50, diz que a terra seria boa para o plantio, desde que houvesse incentivos para a produção. Poucos foram os plantios feitos nas vazantes da barragens, que em alguns trechos já atingem 28 metros de extensão.

Em Jucurutu, o plantio, segundo o engenheiro agrônomo da Emater, Taciano Araújo, não chegou a 30% da área plantada em 2011. Em anos anteriores, nesse período, mais de 70% dos produtos já haviam sido cultivados. Este ano, ocorreu, até agora, o plantio de apenas 10%. Em São Tomé, por exemplo, não houve chuva, entre janeiro e maio, e a produção agrícola foi inviabilizada.

Feiras são o termômetro da safra

A safra de 2012 é a pior dos últimos sete anos, segundo relatório da Conab. A produção de grãos atual está projetada em 8.882 toneladas. Em 2011, a safra chegou a 106.5 toneladas. As culturas mais prejudicadas são as do algodão, cuja safra deve ser 96% menor do que o ano passado; a do feijão e do milho devem cair entre 91 e 92%.

No caso do milho, que tradicionalmente já não atende a demanda no Estado, este ano, a dependência da importação será ainda maior. Nas cidades, o grande termômetro da agropecuária são as feiras livres. Elas refletem com exatidão a situação do campo. De banca em banca, o que se vê são alimentos com preço mais alto.

Quem vende alega que o produto vem de regiões onde existe a cultura irrigada, como o Vale do Assu, num custo bem mais alto. Em alguns casos, os alimentos vêm de fora do Estado. Em Currais Novos, apesar da cultura irrigada que ainda existe na Serra de Santana, vários produtos são importados.

A melancia vem do agreste, de áreas de irrigação, a batata doce e as hortaliças, de Natal e até de regiões da Paraíba, como Campina Grande. A feirante Mauricé Dias, 61, diz que nunca viu coisa igual. "A saca de 50 quilos da batata doce que se comprava por cinquenta reais está custando agora noventa reais", afirmou a feirante. O consumidor, segundo ela, está pechinchando, cada vez mais.

Na feira de São Paulo do Potengi, Paulo França, 49 anos, traz o feijão verde e o milho de Vera Cruz, onde mora. Ele pagou R$ 120,00 para levar 150 quilos de feijão e um milheiro de milho.

Cultivo de vazante tem menor perda

Onde há água, há riqueza. O que restou no sertão para se fazer algum plantio foram as margens das barragens. Nessas áreas, algumas culturas sobrevivem. Mas hoje os plantios se resumem a hortaliças e plantio de capim, para manutenção do gado. O agricultor reclama ajuda para aquisição de equipamentos que possa desenvolver culturas irrigadas. Outros, apontam projetos que poderiam estar em franca produção, mas estão decadentes.

Francisca Evangelista da Silva, 43, produz no sítio Curicaca nas margens da barragem campo Grande diversas hortaliças. Tem perto de duas mil covas irrigadas. O investimento no projeto foi de R$ 4 mil. A colheita é diária e a aguação feita duas vezes por dia.

Mas, mesmo nessa região, a produção atrasa. As hortaliças levam mais tempo para se desenvolver.

Em alguns municípios, as prefeituras fazem aquisição de alimentos da Agricultura Familiar para a merenda escolar. Em São Paulo do Potengi, o prefeito José Azevedo, disse que 30% da merenda é composta por produtos comprados de 37 agricultores. 

Nota

Com relação à informação publicada ontem na matéria "Seca reduz oferta de água e castiga população do Sertão", a Caern informa que o limite de uso da água da Lagoa do Bonfim não está sendo ultrapassado. Leva-se em conta a medida a partir da lâmina d'água, que é de 39 metros.

Prejuizos com a Seca

Brasília - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, estimou que os prejuízos para a agropecuária do Nordeste com a seca que afeta a região podem superar os R$ 12 bilhões. Ele afirmou que o governo federal tem tomado medidas para tentar minimizar as dificuldades enfrentadas. "Nós tivemos severas perdas agrícolas e pecuárias e estamos estimando que a perda no PIB agropecuário do Nordeste brasileiro será superior a R$ 12 bilhões", disse o ministro após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados sobre a transposição do rio São Francisco.
De acordo com Bezerra, o temor é que a seca seja ainda mais rigorosa. "Os meteorologistas informam que essa deverá ser uma das mais severas secas dos últimos 40 anos. Estamos atentos e se novas medidas forem necessárias, o governo tomará". O ministro destacou que o governo já tem contratados 2,6 mil carros-pipa atuando na região sob comando do Exército. Diz que está sendo oferecido milho a preço subsidiado para que pequenos produtores consigam alimentar seus rebanhos e reforça ser primordial movimentar a economia da região.
"A presidente Dilma está antecipando o pagamento do Garantia-Safra e vamos começar a pagar no início de junho o Bolsa-Estiagem. Estamos também começando a contratar e liberar recursos através do crédito emergencial, R$ 1 bilhão estará a disposição dos pequenos agricultores e outras atividades produtivas. Essas medidas podem ser suficientes para injetar ânimo na região", diz Bezerra.
Apontada como uma das soluções estruturais para o problema da seca, a obra da Transposição do rio São Francisco segue com dificuldades. Segundo o ministro, quatro dos 16 lotes da obra ainda estão paralisados, mas ele acredita que no final de 2012 a obra estará em seu ritmo máximo. O jornal O Estado de S. Paulo revelou em dezembro que a obra estava em ritmo lento e que o custo explodiu para tentar retomar os trabalhos.
Durante a audiência pública o ministro foi confrontado pelo deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) sobre a liberação de recursos. Dados levantados pelo PSDB mostram que somente 2,2 % do orçamento de 2012 destinado à obra foi efetivamente gasto.
O ministro argumentou que a obra está sendo levada adiante com recursos de restos a pagar de anos anteriores e diz que R$ 220 milhões foram liquidados em 2012. Bezerra disse que novas licitações estarão em andamento até setembro e que poderá ter até de pedir mais recursos para atender aos novos contratos. Questionado sobre o crescimento do valor estimado da obra, atualmente em R$ 8,2 bilhões, ele admitiu que o montante poderá subir devido ao reajuste dos contratos até 2015, quando se promete concluir o empreendimento.

domingo, 20 de maio de 2012

Preço do leite de Cabra

Governo do RN anuncia aumento no preço de leite de cabra e medidas voltadas para a cadeia de agronegócio

http://www.marcosdantas.com/

2743 Reunião da governadora com autoridades ligadas ao setor agropecuário
Na manhã deste sábado (19), a governadora Rosalba Ciarlini recebeu representantes do agronegócio do RN para definir melhorias para o estado no período de estiagem. Dentre as principais medidas estão o aumento no preço do litro de leite de cabra, distribuição de 300 mil doses de vacinas para combate a febre aftosa, reforma do armazém da Conab em João Câmara, abertura de linha de crédito de R$ 50 milhões junto ao Banco do Nordeste para os pequenos produtores e a contratação de estagiários para acompanhar a vacinação dos animais.
Atualmente, o litro de leite de cabra pago pelo Governo, dentro do Programa do Leite, é R$ 1, 30, mas a partir desta segunda-feira (21) será reajustado para R$ 1,50.
Outra definição é que o Governo do RN será o avalista dos produtores rurais em uma linha de crédito junto ao Banco do Nordeste. O RN garantirá R$ 5 milhões para o convênio com a instituição financeira, que aportará o valor total de mais R$ 50 milhões para compras de insumos agrícolas e de alimentação para o gado. O benefício será voltado aos produtores não contemplados pelo Garantia Safra e pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A governadora atendeu também o pleito de reforçar o corpo de fiscalização da vacina contra a febre aftosa. 20 estagiários serão contratados para acompanhar a vacinação dos animais no interior do estado. A Faern ainda solicitou para os próximos meses o estudo para a implantação do cartão do produtor rural para facilitar a emissão de Guia Trânsito Animal (GTA), por exemplo. Outro pleito da Faern foi a desburocratização dos licenciamentos ambientais e a publicação em Diário Oficial do Estado (DOE) do novo diretor do Idiarn, Evádio Pereira, que aguarda a liberação do Ministério da Agricultura, para poder assumir a função no Rio Grande do Norte, fato que deve acontecer até o final da próxima semana.

Blog de Fernando

MENTIR É FEIO, MUITO FEIO


Gostaria  de avisar ao  chefe da EMPARN que mentir alem do nariz crescer é feio, muito feio. Ele divulgou que o inverno seria acima da média do inverno de 2011. Depois fez nova previsão afirmando que o INVERNO  seria igual ou abaixo da média do ano de 2011. Agora diz que assume a culpa pelo erro, por não ter observado manchas no sol. Mente mais uma vez. Pois meu irmão AGTONIO  (Vereador
do DEM em PEDRO AVELINO-RN) me telefonou no mês de Março por volta do dia 15 a 20 e me disse que: MARCONE ANGICANO estava com  um RELATÓRIO da EMPARN que dizia: O ano de 2012 será SÊCO. AGTONIO  me falou, eu não dei crédito nem de telefonar para MARCONE pois todos dois me merecem respeito e  sou capaz de entrar no fogo acreditando neles. Só que não consigo mais acreditar nestas previsões , que muitas vezes desconfio que trabalham a favor de A ou B. Agora vem o presidente da EMPARN dizer que acertou vários anos, inclusive aonde iria cair as chuvas, porém, este ano por não observar direito as manchas no sol, teria errado a previsão. OS DEPUTADOS DO RN já que não fazem muita coisa poderiam formar uma CPI para averiguar este comportamento por parte dos órgãos responsáveis pela previsão e daí fatos desta natureza não voltasse a se repetir. A EMPARN com esta informação, pegou o CRIADOR de calça curta.

Operação Pipa

Ufa! Até que em fim os pipeiros vão iniciar o transporte de água para a zona rural depois de quase 02 meses. Com uma particularidade. Aqui em F. Pedroza, além da demora, ainda cortaram 06 carradas, de algumas comunidades. Certamente por lá deve está tudo cheio. É brincadeira em?

sábado, 19 de maio de 2012

PARA PENSAR:
“Se o mistério da pobreza não for causado pelas leis da natureza, mas pelas nossas instituições, grande é o nosso delito”
Charles Darwin

PARA REFLETIR:
“Todos os homens se enganam, mas só os grandes homens reconhecem que se enganaram”
Fontenelle

FAERN Cobra...

Faern cobra ações do Estado
Agropecuaristas afirmam que seca pode dizimar até 40% do rebanho potiguar


Menos discurso e mais ação. Foi o que o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, cobrou do governo do estado em relação à estiagem no interior que tem prejudicado o setor agropecuário como um todo. Em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem, Vieira afirmou que a seca pode dizimar até 40% do gado do RN se nenhuma providência for tomada. No dia 7 deste mês, representantes da Faern, Sindicato dos Produtores de Leite (Sinproleite), Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) entregaram uma pauta com 14 itens de reivindicações e, segundo Vieira, pouco foi atendido. "Se o governo do estado não tomar providências o setor de agropecuária do RN vai à falência, estamos passando por um momento dramático do setor", disse.


Setor agropecuário do RN concedeu entrevista coletiva ontem à tarde. Foto: Fotos: Ana Amaral/DN/D.A Press
Dentre outras coisas os empresários do setor agropecuário cobram do governo do estado a abertura de uma linha de crédito com juros acessíveis, o incentivo à produção de volumoso (alimento para o gado), o aumento do preço do leite pago ao produtor que fornece ao Programa do Leite, e a isenção do ICMS do leite produzido no RN para comercialização em outros estados. "A economia agropecuária é fundamental para a sobrevivência das cidades. Nós somos geradores de emprego e renda, e pagadores de impostos. O setor merece atenção. Pios do que a seca só a política imposta pelo estado ao produtor rural", disse Marcelo Passos, presidente do Sinproleite.

AftosaAlém dos problemas com a seca, os empresários reclamam da falta de atenção do governo para a questão da febre aftosa. O Rio Grande do Norte está com restrições para transitar com seus animais susceptíveis à doença porque não atendeu à expectativa mínima esperada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o controle preventivo da doença. José Vieira também cobrou a nomeação do técnico do Ministério da Agricultura, Evádio Pereira, para o Instituto de Defesa e Inspeção do RN (Idiarn). "Os produtores rurais estão cumprindo a sua parte e vacinando o rebanho, mas nós precisamos que o governo cumpra as exigências do Ministério da Agricultura e para isso é importante que o Idiarn esteja funcionando plenamente. O setor agropecuário aprova o nome de Evádio", afirmou.

No término da coletiva de imprensa o presidente da Faern informou que um representante do governo do estado acabara de ligar convocando Faern, Sinproleite, Anorc, e Ancoc para uma reunião para discutir propostas para o setor.

FAERN Cobra Ações...

Faern cobra ações do Estado
Agropecuaristas afirmam que seca pode dizimar até 40% do rebanho potiguar


Menos discurso e mais ação. Foi o que o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, cobrou do governo do estado em relação à estiagem no interior que tem prejudicado o setor agropecuário como um todo. Em entrevista coletiva concedida na tarde de ontem, Vieira afirmou que a seca pode dizimar até 40% do gado do RN se nenhuma providência for tomada. No dia 7 deste mês, representantes da Faern, Sindicato dos Produtores de Leite (Sinproleite), Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) entregaram uma pauta com 14 itens de reivindicações e, segundo Vieira, pouco foi atendido. "Se o governo do estado não tomar providências o setor de agropecuária do RN vai à falência, estamos passando por um momento dramático do setor", disse.


Setor agropecuário do RN concedeu entrevista coletiva ontem à tarde. Foto: Fotos: Ana Amaral/DN/D.A Press
Dentre outras coisas os empresários do setor agropecuário cobram do governo do estado a abertura de uma linha de crédito com juros acessíveis, o incentivo à produção de volumoso (alimento para o gado), o aumento do preço do leite pago ao produtor que fornece ao Programa do Leite, e a isenção do ICMS do leite produzido no RN para comercialização em outros estados. "A economia agropecuária é fundamental para a sobrevivência das cidades. Nós somos geradores de emprego e renda, e pagadores de impostos. O setor merece atenção. Pios do que a seca só a política imposta pelo estado ao produtor rural", disse Marcelo Passos, presidente do Sinproleite.

Aftosa
Além dos problemas com a seca, os empresários reclamam da falta de atenção do governo para a questão da febre aftosa. O Rio Grande do Norte está com restrições para transitar com seus animais susceptíveis à doença porque não atendeu à expectativa mínima esperada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) sobre o controle preventivo da doença. José Vieira também cobrou a nomeação do técnico do Ministério da Agricultura, Evádio Pereira, para o Instituto de Defesa e Inspeção do RN (Idiarn). "Os produtores rurais estão cumprindo a sua parte e vacinando o rebanho, mas nós precisamos que o governo cumpra as exigências do Ministério da Agricultura e para isso é importante que o Idiarn esteja funcionando plenamente. O setor agropecuário aprova o nome de Evádio", afirmou.

No término da coletiva de imprensa o presidente da Faern informou que um representante do governo do estado acabara de ligar convocando Faern, Sinproleite, Anorc, e Ancoc para uma reunião para discutir propostas para o setor.

A Verdade-Sobre a Seca

NÃO QUEREMOS CACHOEIRA. QUEREMOS APENAS ÁGUA, VENHA DE ONDE VIER


 
Vaca que encontrei as margens da estrada AFONSO BEZERRA - ANGICOS (Cerca de 3km do trevo)
Sua vizinha
Estamos apenas no começo de uma SÊCA em que a
EMPARN tinha conhecimento, mas, que preferia não divulgar , para não criar, convulsão no meio RURAL Este cidadão deveria ser PROCESSADO por falsear a verdade. O que se anunciava? Que o inverno seria, igual ou melhor do que o ano passado(2011) depois, passou a anunciar que o inverno seria igual ou pior do que o ano passado. E por fim anuncia que a SÊCA  é a pior dos últimos 30 anos. Eles tem dados que pode ocorrer mudanças, é bem verdade, mas deveriam alertar para  o HOMEM DO CAMPO se prevenir. Esta semana telefonei para a SECRETARIA DE RECURSOS HIDRICOS e um cidadão auxiliar do Dr. Gilberto Jales me disse que não só esperasse pelo GOVERNO para a instalação de poços. Ele mesmo já tinha instalado o dele. Eu lhe respondi. O senhor ganha bem tem agricultor que não tem a esta altura o que vender para colocar nem a base quanto mais o equipamento para instalar o poço. Prometi que iria divulgar este recado dele. Ele me pediu que enviasse um oficio ao Dr. Gilberto pedindo a instalação dos poços. Se não for atendido vou divulgar uma nota de nossa conversa, e pedir . aos BLOGUEIROS AMIGOS que divulguem para mostrar o descaso deste GOVERNO com a classe do CAMPO. O Campo quer justiça. NÃO QUEREMOS CACHOEIRA, queremos apenas ÁGUA venha de onde vier.