quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

 

 DEPOIS QUE SOUBER DISTO, VOCÊ VAI QUERER BEBER LIMONADA TODOS OS DIAS!

Você gosta de limonada?
Além de deliciosa e refrescante, esta bebida é rica em benefícios à saúde.
Consumir limonada diariamente pode prevenir ou reduzir o desenvolvimento de cálculos renais, pois o limão tem propriedades adstringentes e ajuda na dissolução de
cristais e células gordurosas.
O limão é rico em citrato de potássio, por isso é tão importante tomar limonada diariamente.A terapia da limonada, porém, não tem efeito rápido, sendo mais indicada como tratamento preventivo.
Outra vantagem é que o suco do limão é diurético e laxante.
A limonada deve ser feita com o suco de um limão diluído em um copo de água.Para aproveitar todo o limão, o melhor é liquidificá-lo inteiro – sem retirar a casca – com água e tomar logo em seguida.
Use preferencialmente limão orgânico, sobretudo se fizer o suco com a casca, e evite usar açúcar – o mel é mais indicado, mas em pequena quantidade.O consumo regular da limonada aumenta a quantidade de citratos na urina, inibindo a formação e precipitação de cristais, que ao longo do tempo aumentam de tamanho e se tornam pedras nos rins.
Os cálculos renais se formam quando a urina fica concentrada de sais, que cristalizam se a urina não tiver substâncias que evitem a formação deles, como o citrato.
Excesso de sal e de proteínas, baixo consumo fibra e de água, aditivos químicos e alimentos industrializados contribuem para o mau funcionamento dos rins.
O que impede problemas renais é uma alimentação rica em frutas e vegetais frescos e crus, livres de agrotóxicos, bem como alimentos integrais, com elevado teor de fibras, e substâncias antioxidantes.
As raízes também ajudam a repor a energia dos rins.
A fim de evitar os cálculos, deve-se tomar bastante líquido, cerca de oito copos ao dia, incluindo água, suco fresco e chás diuréticos (como cavalinha, salsa e dente-de-leão), além de limonada.
Entretanto, durante a crise renal, não se deve consumir limão, pois nesse caso o poder adstringente da fruta retarda a expulsão, em vez de acelerá-la.
Mas, afora isso, o limão é sempre benéfico.
E vai ajudar a manter seu corpo saudável e livre de doenças.
Hum…
Que tal uma limonada agora?
Frango

Queda no mercado de frango em janeiro, mas demanda deverá melhorar em curto prazo

A ave terminada está cotada, em média, em R$2,75/kg

Assim como no mercado de suínos, o mercado de frango está fraco neste final de mês. Nas granjas paulistas, apesar da estabilidade nas cotações na última semana, há negócios ocorrendo até R$0,20/kg abaixo da referência. A ave terminada está cotada, em média, em R$2,75/kg.

No atacado os preços recuaram 2,2% nos últimos sete dias, com a carcaça cotada, em média, em R$3,98/kg. Para o curto prazo as expectativas são positivas. Além da virada de mês, a volta às aulas exerce um peso sobre a demanda.

O PARADOXO: Agricultura em Alta X Agricultores em Baixa


O PARADOXO: Agricultura em Alta x Agricultores em Baixa
Hoje, os nossos “produtores rurais” são um exemplo em produção e produtividade.  A balança comercial brasileira é sustentada por esta produção espetacular que aumenta a cada ano, em que pese alguns reveses climáticos. A agricultura e a pecuária brasileira conseguem competir e enfrentar o mercado internacional mesmo diante de polpudos subsídios de outros países aos seus tutelados produtores.

Subsídios não os esperem, porque eles não virão.  Temos assistido nestes últimos 20 anos uma situação inusitada e paradoxal: A produção do setor primário crescendo cada vez mais e os produtores sendo substituídos por outros, por que uns não têm conseguido suportar situações como endividamentos, custos de produção elevados, oscilações bruscas de preços, etc.

Todavia, produzir tem sido a parte mais fácil para os produtores rurais, por que tem tido acesso às tecnologias agronômicas e zootécnicas, facilitadas pelas entidades cooperativas, sindicais, privadas e governamentais.
A gestão de uma empresa rural não se limita aos fatores de produção. Produzir é apenas uma parte do processo.
Indicadores representam um bom método de acompanhamento do desempenho da gestão. Os produtores rurais, de uma maneira geral há muito possuem indicadores físicos de produção, produtividade e alguns até mesmo de custos de produção. Outros, ainda, possuem muitas anotações e registros diversos, mas, como não estão sistematizados, não lhes é possível fazer uma análise crítica do desempenho global da gestão da empresa rural.

1.Quais os benefícios de um sistema de indicadores para uma empresa?
  • Fornece informações sobre o que está certo e o que está errado.         
  • Indica até que ponto os objetivos traçados estão, ou não, sendo alcançados.
  • Indica   prioridades – onde devemos concentrar nossos esforços.           
  • Faz com que as tomadas de decisões sejam feitas com uma base sólida de dados e fatos.
Ao estabelecer um sistema de indicadores de gestão da empresa rural o empresário deve preocupar-se em criá-los de tal forma que eles possam dar uma cobertura ao modelo de gestão e que os resultados de sua medição possam realmente agregar valor (melhorar) a gestão.

DIMENSÕES DOS INDICADORES:
Devemos observar, ainda, que os indicadores, além de estarem alinhados aos objetivos estratégicos da empresa, eles seguem uma ordem de dimensões, ou abrangências que fazem com que as empresas sejam mais ou menos competitivas. Tais dimensões ou abrangência dos indicadores podem ser:
  • Finanças ou Financeiro (Lucro,  lucratividade,    Rentabilidade)
  • Custos  – Gastos diretos com a  produção (Custos Variáveis) e Gastos indiretos (Custos fixos)
  • Processos – Produção, produtividade
  • Mercado ou clientes
  • Ambiental -  
Os indicadores na dimensão ou abrangência dos Processos podem ser os de produtividade (relativos a eficiência) e os de qualidade (relativos a eficácia).
Um bom sistema de indicadores não é aquele em que há muitos indicadores para ser monitorado, mas àqueles em que assegurem que a gestão está sob controle.
Para criar e estabelecer um indicador siga o seguinte roteiro:
  • Defina o indicador a ser utilizado (SEGUNDO ALGUMA DIMENSÃO)
  • Defina a formula de cálculo e sua periodicidade               de medição       
  • Calcule o índice atual usando a fórmula definida.             
  • Estabeleça a meta.        
  • Estabeleça quem, como, quando e onde buscar as informações e os instrumentos de medição.
  • Registre os resultados alcançados, em gráficos  ou tabelas, de acordo com a periodicidade definida.
  • Analise e dissemine as informações às partes interessadas.       
  • Tome as decisões conforme os resultados.
Existem organizações que possuem instrumentos de avaliação do sistema de gestão empresarial que, através deles, o empresário poderá identificar suas potencialidades e suas fraquezas na condução do seu empreendimento.
Uma delas é o SEBRAE que, através do Prêmio MPE Brasil, os participantes respondem um questionário que faz uma abordagem geral sobre a gestão e a entidade dá a realimentação da Auto Avaliação das Características do comportamento empreendedor do participante. Outra entidade que possui um valioso instrumento de avaliação é o PGQP – Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade que disponibiliza o formulário de Auto Avaliação da Gestão, que pode ser respondido pela internet, através do site www.portalqualidade.com, cuja abordagem da avaliação segue os critérios do PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade – Liderança, Estratégias e Planos, Clientes, Sociedade, Informações e Conhecimento, Pessoas, Processos e Resultados da Organização

A cada dois dias uma nova cervejaria abre as portas no Brasil

Anuário da Cerveja

O aumento no registro dessas empresas foi de 23% no ano passado

O Ministério trabalha para implantar o registro automático de cerveja e bebidas
O Ministério trabalha para implantar o registro automático de cerveja e bebidas

O número de cervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cresceue 23% em 2018, totalizando 889 estabelecimentos e 16.968 produtos, conforme dados do Anuário da Cerveja no Brasil, publicado no site do Ministério. No ano passado, foram registrados 6.800 produtos, entre cerveja e chope. Foram abertas 210 novas fábricas. Em média, a cada da dois dias, uma cervejaria abriu as portas no Brasil.

A expansão está sendo puxada pelas bebidas especiais, motivada pela mudança de perfil de consumo do brasileiro, que busca produtos diferentes pois está mais exigente. Hoje, no país, 479 municípios possuem cervejarias, chegando perto de 10% dos 5.570 municípios brasileiros.

O Rio Grande do Sul segue na liderança com 186 unidades e crescimento de 31% sobre 2017, seguido de São Paulo, com 165 estabelecimentos, e Minas Gerais, com 115. Nesses estados, houve expansão superior a 30% em relação ao ano anterior. As regiões Sul concentram o maior número de cervejarias: 369, seguida do Sudeste, com 328.

A distribuição (espacialização) das cervejarias registradas no ministério mostra a forte concentração de cervejarias nas principais regiões metropolitanas das capitais nacionais, além dos entornos de cidades, como Nova Lima (MG); Caxias Do Sul (RS); Nova Friburgo (RJ); Sorocaba (SP); Juiz De Fora (MG); Ponta Grossa (PR); Joinville (SC); Petrópolis (RJ); Blumenau (SC); Ribeirão Preto (SP); Farroupilha(RS): Novo Hamburgo (RS); Aparecida De Goiânia (GO); Pinhais (PR); Santa Cruz Do Sul (RS) e Campinas (SP).

O ministério trabalha para implantar o registro automático de cerveja e bebidas, previsto na Instrução Normativa 72. Com a automação nos pedidos de novos produtos, mesmo sem a análise do auditor fiscal federal agropecuário, toda a legislação terá que ser seguida, acompanhada da declaração de conhecimento das exigências relativas a atividade. O ministério elaborou um manual de solicitação de registros.

Não são contabilizados, no total de estabelecimentos, as chamadas cervejarias “ciganas”, que são empresas legalmente constituídas, mas sem estrutura produtiva própria. Essas ciganas produzem em cervejarias terceirizadas devidamente registradas no ministério, cabendo a estas o registro dos produtos. Caso as cervejarias “ciganas”, ou qualquer outra pessoa, queiram abrir uma planta produtora de cerveja devem realizar o registro de estabelecimento no ministério, seguindo toda a legislação vigente e os procedimentos descritos no site do ministério. Não existe definição para micro cervejaria, tampouco para cerveja artesanal e seus correlatos. Portanto, neste levantamento de dados não há como distinguir as cervejarias quanto ao seu porte ou por características de métodos produtivos.

Veja quais são os procedimentos para registro de estabelecimentos e produtos
MAPA

Validade das declarações de aptidão ao Pronaf volta a ser de dois anos

DAPs

Tereza Cristina assinou portaria prorrogando o prazo que venceria, agora em fevereiro, facilitando a vida de 2,5 milhões de produtores. Medida estava prevista na meta de 100 dias de governo

Ministra assinou portaria que será publicada no Diário Oficial de quinta-feira. Na foto, ao lado do secretário da Agricultura Familiar
Ministra assinou portaria que será publicada no Diário Oficial de quinta-feira. Na foto, ao lado do secretário da Agricultura Familiar

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, assinou hoje (30) portaria alterando o prazo de validade da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que passa de um para dois anos. Essa medida estava entre as metas anunciadas para os primeiros 100 dias do Governo Federal.
De acordo com a ministra, a partir da publicação prevista para esta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU), as DAPs ativas permanecem assim por dois anos, a contar da emissão até o decurso do prazo. “Da forma como estava a norma, seriam afetados cerca de 2,5 milhões de registros, gerando demanda por novas DAPs incompatível com a capacidade de emissão da rede”, afirmou. Foi evitada, conforme explicou, a possibilidade de colapso no sistema, o que prejudicaria agricultores familiares e cooperativas da agricultura familiar em todo o país.
A nova portaria altera a publicada em 24 de agosto do ano passado, que havia fixado a validade da DAP até o próximo dia 27 de fevereiro e o prazo para a emissão em um ano.
A DAP funciona como carteira de identidade do agricultor familiar e dá acesso as linhas de crédito rural do Pronaf, aos programas de compras institucionais, como a Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (PNAE), além da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), o Programa Garantia Safra e o Seguro da Agricultura Familiar, além de outras 15 políticas públicas.
O secretário de Agricultura Familiar do Mapa, Fernando Schwanke, disse que ainda neste ano a secretaria fará a migração do atual sistema de DAPs para a do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), mais completo, utilizando outras bases de dados existentes, o que diminuirá o risco de fraudes nas suas emissões.

Igarn, defesa Civil e UFRN testam nova tecnologia de inspeção de barragens



Uma parceria inovadora está sendo firmada entre o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) e Defesa Civil, junto à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por meio do Departamento de Geofísica, trará o auxílio de equipamentos para detecção de fissuras abaixo do solo e das estruturas (que não são vistas apenas com inspeções visuais), análise geológica fornecida pelo próprio departamento, além de utilização de sensores sismográficos, registradores digitais e antenas de GPS, que proporcionarão a otimização dos serviços de inspeção de barragens no RN.
Nesta quarta-feira (30) foi organizada uma visita à barragem de Campo Grande, localizada em São Paulo do Potengi em que representantes do Igarn, Defesa Civil e UFRN discutiram e avaliaram a utilização dos equipamentos no reservatório como uma fase de testes. Posteriormente, serão visitadas as barragens públicas de Passagem das Traíras (em São José do Seridó), Gargalheiras (Acari) e Calabouço (Passa e Fica), e as particulares, Barbosa de Baixo (Caicó) e Riacho do Meio (Jardim do Seridó).
O estudo visa garantir a otimização das vistorias nos reservatórios potiguares possibilitando o monitoramento remoto dos mananciais. O objetivo é que em um segundo momento todos os reservatórios ou outras construções no estado que possam oferecer algum risco de desastre possam ser mapeados.

Nordeste se destaca na produção de suco de uva de qualidade

parreiral para suco de uvaHá pouco mais de seis anos, a elaboração de suco não era um negócio viável na região. Mesmo com as condições favoráveis de solo e clima, que possibilitam a colheita de uvas ao longo de todo o ano, o Vale do São Francisco necessitava de cultivares que apresentassem alta produtividade e qualidade, demanda dos produtores e de técnicos da região.
Desenvolvidas pela Embrapa Uva e Vinho (RS), cultivares de uva voltadas à elaboração de sucos posicionaram o Vale do São Francisco, em pleno sertão nordestino, como polo produtor da fruta para bebidas de alta qualidade, ao lado da Serra Gaúcha. Grandes empresas do setor alimentício lançaram marcas que usam a origem das uvas como diferencial de valor de seus produtos.
“As tentativas de elaborar sucos no Nordeste já são antigas. Inicialmente tinham uma cor muito amarronzada, que não chamava a atenção do consumidor”, relembra João Dimas Garcia Maia, melhorista da Embrapa que, em conjunto com a pesquisadora Patrícia Ritschel, coordena o programa de melhoramento Uvas do Brasil. Ele comenta que mesmo com a disponibilidade de sucos brancos e rosés, a tradicional versão tinta continua sendo a preferida do consumidor, por causa da cor, do aroma e do sabor.

Ele conta que, para atender à demanda dos produtores, desde 1985, o programa tem uma linha de pesquisa dedicada a aprimorar a qualidade e oferecer maior competitividade ao suco de uva brasileiro, tanto nos polos tradicionais, como o Sul do País, como nas novas fronteiras: as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. “Desenvolvemos cultivares adaptadas ao clima e ao solo brasileiro, isso faz a diferença no produto final”, destaca o pesquisador.

Microrganismo usado em queijo de leite de cabra apresenta propriedades anti-inflamatórias

Luís Eduardo Laguna - Microrganismos saudáveis dão origem a queijo 100% nacional
Microrganismos saudáveis dão origem a queijo 100% nacional
A bactéria Lactobacillus rhamnosus EM 1107, empregada na produção de queijo de leite de cabra, apresentou capacidade de sobreviver ao processo digestivo e controlar respostas inflamatórias intestinais. Foi o que mostrou pesquisa executada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em parceria com a Embrapa e publicada na revista Journal of Functional Foods.
O microrganismo é um dos isolados de produtos lácteos da Caatinga que são estudados pela Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) e instituições parceiras para serem ingredientes de produtos lácteos benéficos à saúde. Entre eles, um queijo caprino 100% nacional que terá essa bactéria em sua composição e que já está sendo testado no laticínio da Fazenda Carnaúba, em Taperoá, na Paraíba.

Coleções de microrganismos para atender o mercado

Muitos dos microrganismos presentes em queijos, iogurtes e outros derivados de leite de cabra são benéficos à saúde humana. Além de ações anti-inflamatórias, eles promovem efeitos positivos sobre o funcionamento intestinal. Para impulsionar esses benefícios, a pesquisa agropecuária investe em coleções de bactérias que são avaliadas e testadas para uso em futuros produtos lácteos, gerando alimentos de alto valor nutritivo e, em alguns casos, de identidade nacional ou regional, um diferencial competitivo valorizado no mercado.
Segundo o pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos Antônio Egito, o interesse em manter essas coleções voltadas para o desenvolvimento de produtos lácteos surgiu a partir da demanda pela obtenção de microrganismos com características distintas das que já estão disponíveis no mercado. “Essas pesquisas já são destaque no Brasil e no exterior, principalmente em países com tradição queijeira na Europa”, conta o cientista, destacando também que o mercado nacional de culturas probióticas para uso em alimentos ainda é restrito a poucas empresas que comercializam produtos importados e de custo alto.
Egito revela que há interesse em se investir em estudos com derivados e fermentos láticos desenvolvidos no País. Por isso, objetivo dos projetos de pesquisa em andamento é ampliar o conhecimento sobre bactérias da biodiversidade brasileira e, com elas, gerar insumos agroindustriais para os laticínios nacionais.
“É promissora a possibilidade de encontrar novas bactérias láticas que reúnam habilidades tecnológicas, como a produção de aromas e acidificação do leite, e propriedades benéficas à saúde, como a capacidade de produzir vitaminas e a ação anti-inflamatória, entre outras”, informa a pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) Karina dos Santos.
Com o desenvolvimento de insumos brasileiros para os derivados do leite de cabra, espera-se também a redução de custos para a produção brasileira ao diminuir a dependência de fermentos importados. “Hoje o acesso a fermentos láticos funcionais para os pequenos laticínios é bastante restrito, devido principalmente ao custo elevado para aquisição desses insumos. A principal vantagem é a disponibilização de tecnologias compatíveis com as condições de produção artesanal ou em pequena escala, que representa a maior parte das agroindústrias processadoras de leite caprino no Brasil”, reforça Santos.

Produtos com identidade regional

De acordo com os pesquisadores da Embrapa, os testes com as bactérias para queijo de leite caprino na Fazenda Carnaúba, propriedade do Cariri paraibano que trabalha há anos com a produção de derivados lácteos, procura também desenvolver tecnologias para ampliar a produção e oferta de produtos com identidade regional. “A grande vertente é utilizar bactérias locais para produzir variedades de queijo exclusivas do Brasil, adaptadas às nossas condições de temperatura e umidade”, ressalta Egito.
A experiência em Taperoá acontece em cooperação técnica com participação da Embrapa, Fazenda Carnaúba, UFPB, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Incubadora de Agronegócios das Cooperativas, Organizações Comunitárias, Associações e Assentamentos Rurais do Semiárido da Paraíba. Após resultados promissores nos testes em laboratório, a EM 1107 está sendo avaliada na produção de queijos de leite de cabra em um laticínio.

Em busca da identidade

Em uma área de 80 km de raio com centro em Camalaú (PB), existem 14 plantas de unidades de beneficiamento de leite de cabra geridas por associações e cooperativas de produtores da Paraíba e de Pernambuco. Entre elas, pelo menos seis estão se organizando para produzir derivados lácteos com identidade territorial, que serão comercializados coletivamente.
Egito ressalta que o processo de validação de um microrganismo costuma levar alguns anos, principalmente pela preocupação com a qualidade dos insumos em um produto para consumo humano. “O desenvolvimento envolve várias etapas: isolamento da bactéria, identificação, cultivo no leite, verificação da conservação, ou seja, se ela suporta congelamento e liofilização [desitratação em baixas temperaturas]. Depois, são feitos testes na usina, para ter certeza de que ela pode se comportar como no laboratório”, explica o pesquisador. Para ele, o resultado do primeiro lote de queijos foi promissor. “Ainda é cedo para afirmar sucesso, mas foi obtido um queijo com sabor excelente e com inibição de agentes patogênicos”, comemora.

Oportunidade de crescimento socioeconômico

Além da possibilidade de obtenção de novos produtos, há perspectiva de ganhos socioeconômicos para regiões produtoras, como é o caso da bacia leiteira caprina, que abrange os estados da Paraíba e Pernambuco (Cariri paraibano e sertão pernambucano). Um deles pode ser o aproveitamento mais racional da produção leiteira, que atualmente ainda é restrita a mercados como os programas governamentais.
“Estimamos um excedente de cerca de 20% do volume de leite de cabra comercializado ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), disponível para elaboração de derivados lácteos na bacia leiteira integrada entre a Paraíba e Pernambuco. Isso corresponde a um volume de 1,2 milhão de litros por ano e cerca de 120 toneladas de queijo, a depender do tipo a ser elaborado”, detalha a pesquisadora Nívea Felisberto, da Embrapa Caprinos e Ovinos.

Volume de respeito

Em 2017, a produção de leite de cabra para o PAA na região que compreende o Cariri paraibano e o sertão de Pernambuco foi de 6,1 milhões de litros.
Para ela, a possibilidade de diversificar a geração de produtos, como queijos, iogurtes e bebidas lácteas, pode trazer impactos significativos para a atividade da caprinocultura leiteira. “Além de reduzir a dependência de insumos externos, elaborar e comercializar derivados lácteos, [a diversificação de produtos] poderá ampliar o volume de recurso circulante na região em cerca de R$ 3,6 milhões, por meio de outros canais de comercialização além do PAA. Por isso, consideramos que o impacto dessa tecnologia beneficiará centenas de famílias de agricultores, envolvidos na produção de leite de cabra”, estima.

Biodiversidade brasileira é valiosa

Atualmente, estão em testes seis estirpes diferentes encontradas na biodiversidade brasileira das espécies Lactobacillus rhamnosus, Lactobacillus mucosae e Lactobacillus plantarum, que apresentam potencial para obtenção de diferentes produtos. “Todos os lácteos fermentados envolvem o uso de bactérias láticas em seu processamento: iogurtes, coalhada, bebidas lácteas e diferentes tipos de queijo, tanto os maturados como os frescos, como o boursin e o petit suisse”, explica Karina dos Santos.
De acordo com a pesquisadora, além dos lactobacilos, há interesse em culturas de bactérias iniciadoras de fermentação, como Streptococcus thermophilus e Lactococcus lactis. Outros futuros alvos da pesquisa são os fungos, utilizados em queijos como o Roquefort. “O Brasil ainda não tem tanta tradição na pesquisa com fungos, mas isso pode ser uma linha de pesquisa para o futuro”, prevê Egito.
Atualmente, além da Embrapa Caprinos e Ovinos e Embrapa Agroindústria de Alimentos, há pesquisas com microrganismos com potencial para aplicação na produção de lácteos na Embrapa 

Embrapa Caprinos e Ovinos 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Lama da barragem da Vale pode chegar à foz do Rio Paraopeba

Informação é do Boletim de Monitoramento Especial do Serviço Geológico do Brasil


brumadinho-barragem-vale (Foto: Lalo de Almeida/Ed.Globo)
O Boletim de Monitoramento Especial do Rio Paraopeba, elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), informou que a lama com rejeitos da barragem da mineradora Vale pode chegar à foz do Paraopeba, no município de Felixlândia, entre os dias 15 e 20 de fevereiro. A localidade fica a quase 200 quilômetros de Brumadinho, onde houve o acidente.
A nascente do Paraopeba fica no setnido oposto, no município de Cristiano Otoni, mesorregião metropolitana de Belo Horizonte

De acordo com boletim da CPRM, a “água turva” percorre a Rio Paraopeba a uma velocidade de 1 km/hora e na terça-feira (29/1) à noite, os rejeitos deverão alcançar o município de São José da Varginha e, entre os dias 5 e 10 de fevereiro, a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, entre os municípios mineiros de Curvelo e Pompeu.

O Serviço de Monitoramento especial emite dois boletins sobre as águas contaminada do Rio Paraopeba, um a partir das 11h e o outro a partir das 17h. A previsão da velocidade dos rejeitos é baseada em dados observados/coletados em campo, considerando as características da bacia hidrográfica.
Segundo informações da mineradora, a barragem de rejeitos que se rompeu ocupava uma área de 249,5 mil metros quadrados e o volume armazenado era de 11,7 milhões de metros cúbicos. A barragem foi construída em 1976, pelo método de alteamento a montante. A altura da barragem era de 86 metros e o comprimento da crista de 720 metros.

Nota do Blog: O desastre ambiental ocorrido em Brumadinho(MG), ainda não atingiu o seu ápice, visto que, os cientistas tem quase certeza que a lama deverá chegar a foz do rio Paraobepa, um dos afluentes do Rio São Francisco. O que a Vale está esperando? as medidas de prevenção já deveriam ter sido tomadas. O que estão esperando? certamente a lama chegar ao rio. São coisas do meu Brasil. A Vale, não tenham duvidas, uma multinacional poderosíssima, que passa por cima de tudo e de todos e nada acontece.

Cinco dicas para preservar queijos no verão

Conservação do alimento fresco é fundamental para manter qualidade por mais tempo


queijos (Foto: NY CC BY-SA 3.0/Creative Commons)
Com o calor intenso do verão, os queijos merecem atenção redobrada quanto à sua conservação e armazenamento. Caso não sejam guardados corretamente, podem sofrer perda de aroma, sabor, textura e até acelerar o processo de apodrecimento. Reunimos dicas da Barbosa & Marques, fabricante dos produtos Regina, para você cuidar melhor dos seus queijos. Confira:
1 O alimento deve ser mantido na geladeira para preservação. No momento do consumo, o ideal é que esteja em temperatura ambiente. Os queijos queijos mais macios e cremosos devem ser retirados apenas se o consumo for imediato. Já as variedades mais firmes e duras, caso a porção seja pequena, podem ficar até dois dias fora da refrigeração.
2 Quando tiver porções maiores, retire um pedaço do queijo e envolva-o em papel alumínio. Depois, coloque o na geladeira e, se for consumir, retire meia-hora antes da refeição.

3 Se ficarem fechados nas embalagens e mantidos nas temperaturas recomendadas, os queijos duram o tempo prescrito no rótulo. Depois de aberto, o produto terá uma nova validade, pois os microorganismos do ar interferem na qualidade e durabilidade do queijo.
4 Depois de aberto, o queijo pode ser guardado na embalagem original. Se preferir, coloque-o em um pote de plástico ou vidro com tampa! Essa dica vale para queijos inteiros, picados ou fatiados, mas lembre-se de consumi-los no tempo da validade.
5 Queijos frescos, como o Minas Frescal, não pode ficar na sua embalagem depois de aberto. O soro também deve ser descartado, e o alimento deve ser guardado em uma queijeira ou recipiente com tampa. Cada vez que for consumi-lo, jogue o soro fora. Depois da refeição, guarde o queijo imediatamente na geladeira para garantir seu frescor e sabor.

Seguro rural deverá ser ampliado, afirma Tereza Cristina


Do Paraná, onde participou da colheita nacional de soja, ministra segue para o RS onde vai tratar do efeito das cheias na fronteira oeste do estado

Evento no Paraná marcou o início da colheita nacional de soja
Evento no Paraná marcou o início da colheita nacional de soja

Com reunião marcada para tratar das cheias na região de Uruguaiana (RS), no fim do dia, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, esteve pela manhã no Paraná, participando da colheita nacional de soja. A autoridades, parlamentares e produtores locais adiantou que tem discutido mudanças no seguro rural para aumentar seu valor e reduzir juros.
“Quando estão com a produção segurada, os produtores não perdem o sono e nem precisam pedir renegociação de dívida com o pires não”, disse a ministra, informando que tem feito várias reuniões para tratar do assunto. Inclusive com o atual presidente do banco Central, Ilan Goldfajn e com Roberto Campos Neto, que deverá sucedê-lo no cargo, além do vice presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ivandré Montiel da Silva.
“O seguro rural precisa ter alcance, ser amplo, democrático”, defendeu. Disse ainda que estuda uma forma para que o seguro seja barato.
Tereza Cristina lembrou que está realizando sua primeira viagem oficial depois de assumir o cargo no Mapa e que não pode visitar seu estado de origem (Mato Grosso do Sul), onde teve recentemente compromisso agendado, em razão da coincidência que houve com a visita de comitiva argentina ao país.
Na conversa durante o evento, no município de Apucarana, a ministra observou que está alterando o funcionamento das Câmara Setoriais do ministério, unificando os temas de interesse para dar-lhes mais funcionalidade.
A mesma lógica, informou, funciona no governo na atual gestão, havendo integração entre as pastas para que seja dada solução a assuntos que são comuns. “A orientação do presidente Bolsonaro é para que caminhemos juntos”. Isso melhora a governança, a transparência e diminui custos, afirmou.
Sobre terem esgotado os recursos para financiar a safrinha, declarou que está sendo colocado mais crédito à disposição para atender, até o próximo plano safra (PAP), senão todos, pelo menos pequenos e médios produtores”. A decisão deverá ser oficializada em reunião do Conselho Monetário Nacional na próxima semana. 
Quanto aos créditos para a safra 2019/2020, comentou que o Plano Agrícola e Pecuário deverá ser modernizado e que os recursos deverão vir de diversas fontes, como as cooperativas, por exemplo.
Adiantou também que no próximo dia 28 deverá ser anunciado um plano na área de infraestrutura que vai atender demandas urgentes para o escoamento da produção. Serão adotadas medidas emergenciais que impedirão caminhões carregados de ficarem presos em atoleiros em locais críticos.

Agora é obrigatória a contração de um médico veterinário nas lojas comerciais de animais vivos, em Pernambuco       

veterinario - raçasPernambuco é o primeiro estado a exigir presença de um responsável técnico em estabelecimentos comerciais que exponham e comercializem animais vivos. A nova medida entra em vigor a partir de julho de 2019. Com isso, todo canil, gatil e pet shop de Pernambuco deverá ter um Responsável Técnico (RT) médico-veterinário inscrito no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) do estado. O profissional deverá fazer o acompanhamento da saúde e do manejo sanitário em estabelecimentos que exponham animais vivos.
A regra está na Lei estadual nº 16.536, de 9 de janeiro de 2019 e faz de Pernambuco o primeiro estado brasileiro a exigir médico-veterinário como RT em reprodução, criação, venda, compra e doação de animais de estimação em estabelecimentos comerciais.
A legislação segue as diretrizes do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) que, desde 2014, por meio da Resolução nº 1.069, exige que os estabelecimentos comerciais devem estar devidamente registrados no Sistema CFMV/CRMVs e manter um médico-veterinário como RT.
De acordo com assessora técnica do CFMV, a médica-veterinária Erivânia Camelo, o papel do RT é manter fiel registro das atividades e orientar, não só o proprietário do estabelecimento, mas todo o corpo de empregados acerca de medicamentos à venda, dos procedimentos permitidos e de boas técnicas de manejo dos animais. O RT visa garantir não só a saúde dos animais expostos, vendidos ou doados, mas também monitorar eventuais zoonoses que os animais possam ter”, esclarece Erivânia.
Para presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Pernambuco (CRMV/PE), o médico-veterinário Marcelo Teixeira, a Lei nº 16.536/19 é muito bem-vinda, pois coloca o Estado como um importante aliado na resolução de situações que, por vezes, eram enfrentadas sozinhas pelo Conselho. “A lei traz em seu fundamento uma ideia que é muito positiva: normatizar desde a produção, até a venda nas lojas, com acompanhamento posterior dos animais, já que eles serão microchipados”, explica.

Outro ponto extremamente positivo, segundo Teixeira, é a exigência de um responsável técnico médico-veterinário nos estabelecimentos. “Como temos alcance a esses profissionais, a exigência facilitará a fiscalização do Conselho e é uma garantia que as empresas cumpram as regras”, afirma. Atualmente, o CRMV-PE faz a fiscalização e exige por norma o registro de pet shops, canis e gatis. Com a nova lei, respaldada pelo Estado, há uma tendência que a fiscalização seja intensificada.

Desempenho de forrageiras em caatinga manipulada em região semiárida.



Resumo: A produção de alimentos para os rebanhos constitui, provavelmente, o maior desafio que enfrenta a pecuária nas regiões semiáridas. Isto porque a variabilidade e incertezas climáticas tornam as culturas das forrageiras uma operação de alto risco, além de ser competitiva com a agricultura tradicional. Assim, as pastagens nativas dessas regiões tornam-se a fonte de alimentação mais importante para os animais. Nos sertões nordestino, as condições adversas do meio, fazem com que a oferta de forragem fique, muitas vezes, aquém das necessidades dos rebanhos, tanto do ponto de vista quantitativo, quanto qualitativo. Pesquisas têm mostrado que o enriquecimento da caatinga com gramíneas e leguminosas exóticas, adaptadas às condições de semiaridez, eleva a produção de fitomassa e consequentemente um vigoroso aumento da capacidade de suporte Esse aspecto é importante porque atualmente, a degradação das pastagens nativas encontra-se presente em toda a região da caatinga. Com isso, o processo de desertificação avança pelo Semiárido nordestino.Diante do contexto, o objetivo da pesquisa foi avaliar espécies forrageiras, sendo 12 cultivares de gramíneas, 3 espécies de leguminosas e 4 culturas anuais, para o enriquecimento da Caatinga raleada. São apresentados informações de desempenho produtivo de forragem em sistema integrado de lavoura e pecuária na Caatinga raleada, sob condições de sequeiro no norte do Ceará.

Chuvas não elevam nível de reservatórios do RN



As chuvas que caíram nos últimos dias no RN foram suficientes apenas para manter o nível dos principais reservatórios do Estado. De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Gestão das Águas (Igarn) nesta terça-feira (29), as reservas hídricas acumulam 21,32% da capacidade total.

Em números absolutos, os 47 reservatórios monitorados pelo Igarn podem acumular 4,411 bilhões de metros cúbicos. No entanto, atualmente, só estão com 940,796 milhões de metros cúbicos.
O número representa uma queda de 0,45% em relação ao balançõ divulgado no dia 4 de janeiro deste ano.

Nos dados desta terça (29), a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório potiguar, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, atualmente está com 484,475 milhões de m³, ou 20,19% de sua capacidade total de acumulo de água.

Embrapa disponibiliza dados expandidos de pesquisa sobre desperdício de alimentos em famílias

Diálogos Setoriais - Pesquisadores europeus participaram dos debates sobre desperdício de alimentos
Pesquisadores europeus participaram dos debates sobre desperdício de alimentos
Um retrato da relação entre as famílias brasileiras e os alimentos que diariamente vão parar nas latas de lixo de todo o País. A realidade desse traço comportamental arraigado na rotina do brasileiro está comprovada no relatório final de um projeto que buscou quantificar o desperdício de alimentos em famílias brasileiras e mapear caminhos que levassem a respostas sobre o porquê de quantidades tão grandes de comida deixarem de ser consumidas, a ponto de serem descartadas em um mundo com fome.  Os dados detalhados da pesquisa estão disponíveis na internet e podem ser acessados na página dos Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, programa de cooperação que possibilitou a execução da pesquisa liderada pela Embrapa em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP).
 
 
Além de estabelecer uma métrica dos valores absolutos do desperdício alimentar domiciliar no Brasil, a pesquisa também evidenciou a correlação negativa do desperdício, de maneira estatisticamente significativa, com duas variáveis atitudinais da população: consciência socioambiental e percepção do impacto no orçamento familiar. Respondentes com maior consciência ambiental e maior percepção do impacto do desperdício no orçamento familiar, apresentaram menor propensão a desperdiçar alimentos.
 
 
“Os resultados enfatizam a importância de ações contínuas para mudanças comportamentais nos consumidores por meio de campanhas de comunicação e iniciativas de educação nutricional. O Brasil já dispõe de um plano de ação abrangente para reduzir perdas e desperdício de alimentos, que é a Estratégia aprovada pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. O desafio também passa pela vontade política necessária para a implementação da Estratégia e articulação de ações conjuntas que envolvam diferentes elos da cadeia agroalimentar”, destaca Gustavo Porpino, analista da Secretaria de Inovação da Embrapa e líder do projeto concluído nos Diálogos Setoriais UE-Brasil.
 
Para Carlos Eduardo Lourenço, pesquisador da FGV-EAESP, a pesquisa concluída também contribui para o avanço na compreensão do comportamento de consumo de alimentos do brasileiro. “As evidências empíricas apontam para a força da cultura nos hábitos de desperdiçar alimentos dos brasileiros. A intenção, a partir dos achados deste estudo, é dar continuidade às pesquisas com novas abordagens sobre os fatores comportamentais que levam ao desperdício de alimentos”, comenta.
 
Próximos passos 
 
Na primeira semana de abril, uma comitiva brasileira viaja à Suécia para continuar as discussões em sistemas de prevenção do desperdício de alimentos, iniciado no Seminário Internacional UE-Brasil sobre o tema ocorrido no mês de setembro em Brasília. Na oportunidade serão abordadas metodologias para quantificação de perdas e desperdício de alimentos em todos os elos da cadeia alimentar, a partir das experiências suecas. O convite partiu da Agência Sueca de Proteção Ambiental que, em conjunto com o Swedish Environmental Research Institute - IVL e a University of Boras, vem realizando esforços para estabelecer acordos de cooperação no Brasil com a Embrapa, FGV-EAESP e Prefeitura de São Paulo. Os resultados do projeto liderado pela Embrapa nos Diálogos Setoriais UE-Brasil serão compartilhados durante o “Diálogo nacional da Suécia sobre prevenção ao desperdício de alimentos”, a ser realizado em 3 de abril em Jonkoping.
 
Entre os dias 29 e 31 de maio, o Rio de Janeiro será a sede da Aliança Latinoamericana para o Pacto de Milão, reunindo representantes de 25 cidades de oito países da América Latina para discutir soluções de sistemas alimentares sustentáveis. O evento será uma oportunidade para debates, trocas de experiências e constituição de parcerias nacionais e internacionais para políticas urbanas alimentares mais justas, inovadoras e sustentáveis. O desperdício de alimentos representa uma das principais diretrizes do Pacto de Milão com quatro ações recomendadas às 183 cidades signatárias ao redor do mundo.  A constituição da Aliança Latinoamericana para o Pacto de Milão representa um desdobramento das ações realizadas pelo projeto em conclusão nos Diálogos Setoriais União Europeia-Brasil e contou com parceria da WWF-Brasil e FGV-EAESP, além de apoio do Ministério do Desenvolvimento Social, Prefeitura do Rio de Janeiro e FAO. A partir dessa iniciativa, termo de cooperação técnica está sendo constituído com a Prefeitura do Rio de Janeiro e renovado o memorando de entendimento com o WWF-Brasil. Com esse último, a pauta de trabalho está voltada principalmente para ações de comunicação e engajamento de consumidores para conscientização em prol da redução do desperdício de alimentos, em continuidade às ações da iniciativa #SemDesperdício
 
A Embrapa também integra o Comitê Técnico da Estratégia Intersetorial de Combate às Perdas e Desperdício de Alimentos no Brasil. A atuação tem como foco o eixo “Pesquisa, Conhecimento e Inovação” para o levantamento de informações que subsidiem ações e políticas públicas. “Estamos elaborando uma proposta para avaliação, em toda a cadeia alimentar, de perdas e desperdício dos principais alimentos consumidos no Brasil, de acordo com o IBGE, incluindo cárneos, lácteos, frutas e hortaliças”, informa Gilmar Henz, pesquisador da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (SIRE), que integra o Comitê. No mês de agosto do ano passado foram iniciadas discussões sobre métodos de aferição de perdas e desperdícios em evento realizado no Ministério de Desenvolvimento Social em Brasília, com a participação da pesquisadora Felicitas Schneider, do Instituto Thünen, da Alemanha. “Com todas essas iniciativas em parceria, a Embrapa dá sua contribuição para a Estratégia nacional para redução das perdas e desperdício de alimentos e reforça o alinhamento das suas ações com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, conclui Gustavo Porpino.
 
Embrapa Agroindústria de Alimentos 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Negócios com a China fazem exportações do agronegócio brasileiro alcançarem alta de 6%

Exportação para a chinaAs exportações do agronegócio atingiram o valor recorde nominal de US$ 101,69 bilhões em 2018, com crescimento de 5,9% em relação aos US$ 96,01 bilhões exportados em 2017. O recorde anual anterior ocorreu em 2013, quando o país exportou US$ 99,93 bilhões em produtos do setor.
De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as vendas para a China explicam o comportamento da balança do agro. As exportações para o país aumentaram US$ 9 bilhões. O valor supera o aumento US$ 5,67 bilhões registrado no mercado externo de alimentos como um todo.
No complexo soja, o grão foi o principal produto exportado com volume recorde de 83,6 milhões de toneladas. Segundo o boletim da Secretaria, o incremento na quantidade exportada não ocorreria sem a forte demanda chinesa. O consumo chinês cresceu de 53,8 milhões de toneladas, em 2017, para 68,8 milhões de toneladas, em 2018, com aumento de 15 milhões de toneladas de soja em grãos.
Já o comércio de carne bovina in natura atingiu volume recorde na série histórica iniciada em 1997. No ano passado, foram exportadas 1,35 milhão de toneladas (+12,2%). Foram vendidas para a China 322,3 mil toneladas com acréscimo de 111,1 mil toneladas em relação a 2017.
Outro produto que teve desempenho favorável, nos últimos 12 meses, foi a celulose, dentro do segmento de produtos florestais. A celulose obteve valor recorde de US$ 8,35 bilhões (+31,5%), também em quantidade, chegando a 15,3 milhões de toneladas (+10,6%).

Também a demanda chinesa explica em grande parte esse incremento. O país asiático aumentou as aquisições para 6,5 milhões de toneladas de celulose em 2018 (+20%). A participação do Agronegócio representou 42,4% do total das vendas externas brasileiras no ano. 

PREOCUPANTE >> Estudo alerta para o esgotamento das reservas de águas subterrâneas do mundo


As gerações futuras podem enfrentar uma 'bomba-relógio' ambiental se as mudanças climáticas tiverem um efeito significativo nas reservas de águas subterrâneas essenciais do mundo. (Divulgação/ NASA)

Pesquisa revela que mais da metade dos fluxos de água subterrânea do mundo pode levar mais de 100 anos para responder plenamente às mudanças climáticas. Isso está de acordo com um pesquisador da Universidade de Cardiff e uma equipe de colaboradores internacionais que, pela primeira vez, forneceram uma visão global sobre o que acontecerá se nossos sistemas de água subterrânea começarem a ver mudanças em seu reabastecimento. Em um novo artigo publicado na revista Nature Climate Change, a equipe de pesquisa mostrou que em mais da metade dos sistemas de água subterrânea do mundo, pode levar mais de 100 anos para os sistemas de águas subterrâneas responderem completamente às mudanças ambientais atuais.

As águas subterrâneas, encontradas no subsolo nas fissuras e espaços de poros no solo, areia e rocha, são a maior fonte de água doce utilizável no mundo e contam com mais de dois bilhões de pessoas como fonte de água potável e de irrigação. Os recursos hídricos subterrâneos são repostos predominantemente através de chuvas em um processo conhecido como recarga. Ao mesmo tempo, a água sai ou descarrega dos recursos de água subterrânea em lagos, córregos e oceanos para manter um equilíbrio geral.

Se houver uma mudança na recarga, por exemplo, devido a uma redução nas chuvas como resultado da mudança climática, os níveis de água no solo começarão a mudar até que um novo equilíbrio seja alcançado. No entanto, ainda restam dúvidas sobre como o lençol freático será especificamente afetado pelas futuras mudanças climáticas, e onde e quando as mudanças ocorrerão.

Matéria completa: http://domtotal.com/noticia/1327568/2019/01/estudo-alerta-para-o-esgotamento-das-reservas-de-aguas-subterraneas-do-mundo/

Pronera completa duas décadas em 2018 e fecha o ano com 20 novos cursos implantados


 
No ano de 2018, quando completou duas décadas de existência, o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) celebrou a abertura de mais 20 cursos em todo o Brasil. Foram 2.240 novas vagas disponíveis ao público da reforma agrária, quilombolas, agricultores cadastrados na autarquia e beneficiários do crédito fundiário. Houve o empenho de R$ 17,1 milhões para os cursos, oficializadas por meio de termos de execução descentralizadas, de convênio e de fomento.
 
O programa é executado pelo Incra por meio de parcerias com instituições públicas de ensino, instituições comunitárias de ensino sem fins lucrativos, governos estaduais e municipais, além de movimentos sociais e sindicais de trabalhadores rurais. O objetivo é proporcionar ao público beneficiário acesso à educação, em todos os níveis e áreas de conhecimento.
 
Dentre os 20 novos cursos ofertados, dois destinam-se à educação de jovens e adultos, outros três ao ensino médio técnico-profissionalizante, dois em tecnologia, seis de nível superior e cinco de pós-graduação (especialização). Também foram abertos dois cursos de capacitação e formação continuada de professores da educação básica. A seleção de alunos de parte desses cursos ocorrerá em 2019.
 
“É com muita satisfação que findamos o ano com saldo positivo nas ações do Pronera. Graças ao empenho e dedicação de todos os envolvidos, superamos os entraves orçamentários e criamos novas vagas para o público beneficiário acessar, nas melhores instituições de ensino do país, oportunidades de aproximar o conhecimento científico até o campo promovendo o crescimento social e econômico das famílias. O programa é verdadeira política transformadora que nesses 20 anos tem feito a diferença”, considerou o coordenador-geral de Educação do Campo e Cidadania do Incra, Iradel Costa.
 
Segundo o coordenador, 415 alunos de turmas de anos anteriores se formaram em 2018, sendo 40 do ensino médio técnico-profissionalizante; 223 do ensino superior; 122 em pós-graduação (especialização); e 30 em pós-graduação (mestrado).
 
Além dos cursos criados, permaneceram funcionando aqueles já iniciados - um total de 3.741 estudantes, sendo 140 na educação de jovens e adultos; 617 no ensino médio técnico-profissionalizante; 1.357 no ensino superior; cem em pós-graduação (especialização) e 1.527 no Residência Agrária Jovem.
 
Mais oportunidades
 
Para 2019 está prevista a implantação de mais 20 cursos, desde educação de jovens e adultos e ensino médio técnico-profissionalizante até educação superior e pós-graduação (especialização). As oportunidades surgirão em 13 estados brasileiros, com 20 instituições parceiras, para atender 1.620 estudantes.
 
Até o momento, foram lançados três editais: Especialização em Geotecnologias Aplicadas ao Planejamento Ambiental e Desenvolvimento Territorial Rural, em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA), com 50 vagas; Agronomia, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), com 50 vagas; e História, também na UFFS, com 50 vagas. As formações oferecidas pela Universidade Federal da Fronteira Sul serão no campus de Erechim, no Rio Grande do Sul.
 
Os outros 17 cursos somam 600 vagas na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA). Metade delas para anos iniciais do ensino fundamental no Instituto Federal Fluminense (IFF), sediado em Campos dos Goytacazes, e as demais para anos finais do ensino fundamental, com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
 
No nível médio técnico-profissionalizante são 50 vagas para Administração de Cooperativas no Instituto de Educação e Pesquisa do Campo (IPE Campo) e outras 50 na UFFS; 240 vagas para Agropecuária no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), distribuídas em dois cursos nos campi de Caxias e Buriticupu. Também serão oferecidas 40 vagas no curso de Agropecuária no Instituto Federal do Amapá (Ifap).
 
A formação superior contemplará 60 alunos para Licenciatura em Geografia na Universidade de Pernambuco (UPE); 40 para Agronomia na Universidade Federal de Goiás (UFG); 40 para Agroecologia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR).
 
Haverá outras 50 vagas para Enfermagem na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); 40 para Tecnólogo em Agropecuária na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI); 50 para Agronomia na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS); e 60 vagas para Licenciatura em Geografia no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).
 
Especialização
 
Na especialização serão 60 vagas para Gestão e Práticas em Educação do Campo na UPE; 50 em Educação do Campo na Universidade Federal de São Carlos (Ufscar); 40 para Agroecossistemas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e 50 vagas em Economia e Desenvolvimento Agrário na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
 
Para se inscrever nos cursos realizados no âmbito do Pronera, acompanhe as publicações de editais no portal do Incra em www.incra.gov.br/educacao-pronera-editais.
 
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra