quarta-feira, 30 de março de 2011

Notícias do PRODECENTRO

Florence: Territórios da Cidadania cumpre papel estratégico no combate a pobreza
25/03/2011 03:26

O Ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, apontou nesta quinta-feira (24), em encontro com representantes da Rede Nacional de Colegiados Territoriais (RNCT), a importância de ações de desenvolvimento territoriais para levar políticas públicas de cidadania e geração de renda a regiões de baixo desenvolvimento econômico e social. Entre essas políticas públicas, Florence destacou o Programa Territórios da Cidadania como estratégico no programa de combate à pobreza extrema que será desenvolvido pelo governo federal. “O Territórios da Cidadania é parte da mais efetiva experiência de promoção de inclusão produtiva, de mobilidade social e de disponibilização de serviços públicos da história do Brasil”, explicou.
Florence destacou a integração de ações do governo federal, estados, municípios e da sociedade civil proporcionada pelo Territórios da Cidadania. “Esta integração faz com que o Programa seja uma referência para a administração pública brasileira e uma referência para outros países.”. Nesta semana, uma delegação de El Salvador está no Brasil para conhecer o modelo doTerritórios da Cidania. Até sexta-feira, a delegação visita dois territórios do Ceará, Sertão Central e Vales do Curu e Aracatiaçu.
“A pobreza extrema se encontra em muitos dos territórios com menos de 50 mil habitantes, onde estão os trabalhadores rurais e os agricultores familiares e acreditamos que os colegiados territoriais são um bom aliado do governo para alcançar essas pessoas que estão na pobreza extrema”, reforçou o engenheiro agrônomo Ubiramar Bispo de Souza, da coordenação da Rede.
Durante o encontro, a Rede apresentou ao ministro sua carta de princípios e defendeu a importância do projeto de lei que cria a Política de Desenvolvimento do Brasil Rural (PDBR) e do enfoque territorial e o combate a pobreza extrema. “Somos conhecedores deste problema". O secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA), Jerônimo Souza, destacou que há profunda concordância com os pontos apresentados.
Rede
Lançada em março de 2010, a RNCT reúne membros da sociedade civil, gestores públicos e membros de colegiados rurais das unidades da federação. A Rede é formada por 254 colegiados em todo o Brasil. A abordagem territorial já abrange completamente 11 estados e a ideia da rede é ampliar as iniciativas em todos os estados para favorecer os arranjos produtivos locais e integrar políticas públicas de estados, municípios e governo federal.
Territórios
Lançado em fevereiro de 2008, o Programa Territórios da Cidadania tem como objetivos promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio do desenvolvimento territorial sustentável.
A participação social e a integração de ações entre Governo Federal, estados e municípios são fundamentais para a construção dessa estratégia.

Lixo urbano: potencial de aproveitamento energético dos resíduos orgânicos

Por Patrícia Guimarães*

23/03/2011 – Em 2010 foram promulgados a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, e seu Decreto regulamentador, Decreto nº. 7.404/10, os quais tratam do gerenciamento de resíduos sólidos no país, e inovam quanto às responsabilidades dos geradores de resíduos e do Poder Público.
Dentre outros objetivos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos pretende o fim dos lixões, verdadeiros vetores de doenças epidêmicas e degradadores da qualidade ambiental, haja vista que a disposição irregular de resíduos sólidos, ainda que orgânicos, pode acarretar em danos irreversíveis ao meio ambiente, com, inclusive, a contaminação do lençol freático.
Os chamados lixões surgiram especialmente ao redor dos grandes centros, em razão do descaso do Poder Público quanto à destinação dos resíduos urbanos. O crescimento desordenado, sem um Plano Diretor Municipal e uma política de gerenciamento desses resíduos, agravou consideravelmente o problema com o passar do tempo. Isso porque lixão é uma área em que os resíduos sólidos são descartados livremente a céu aberto, onde não há planos ou projetos que impeçam conseqüências sociais ou ambientais negativas.
Foi, então, nesse contexto e diante da exclusão social de classes economicamente desfavorecidas que surgiu a atividade de catador de lixo, atividade essa responsável, atualmente, pelo sustento de centenas de famílias. Tal atividade, tamanha sua relevância, foi incluída dentre os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que visa a integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, incentivando a criação e o desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.
O documentário “Lixo extraordinário”, de Vik Muniz, retrata bem a realidade, internacionalmente conhecida e divulgada após a indicação do documentário para concorrer ao Oscar na categoria de melhor documentário.
Seja pela arte, seja pela realidade social do país, seja pela necessidade de proteção do meio ambiente, considerado um direito difuso, fato é que a questão do lixo urbano, com suas desastrosas conseqüências sociais e ambientais, é hoje assunto em voga e demanda peculiar atenção de toda sociedade.
Como solução para o problema dos lixões, a alternativa ambientalmente adequada é a implantação de aterros sanitários. No entanto, infelizmente ainda há muita resistência social para a criação de aterros, que comumente são confundidos com lixões ou aterros controlados.
Pela Lei nº. 12.305/10, a destinação dos resíduos sólidos para aterros sanitários é considerada como disposição final ambientalmente adequada. Isso porque, no caso dos aterros sanitários não há contaminação do solo ou a proliferação de vetores de doenças epidêmicas, sendo os impactos ambientais mitigados.
Assim, com o intuito de aumentar os benefícios ambientais e reduzir os impactos negativos da destinação dos resíduos sólidos, a Política Nacional do Meio Ambiente previu a elaboração de Planos de Resíduos, nas três esferas da Federação. Nesse particular, a União deverá elaborar, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, a ser atualizado a cada quatro anos, com metas para eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Por sua vez, Estados e Municípios também são obrigados a instituir uma Política de Resíduos.
O Decreto nº. 7.404/10, que regulamenta a Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, determinou que os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos deverão identificar e indicar medidas saneadoras para passivos ambientais originados, entre outros, de áreas contaminadas, incluindo-se lixões e aterros controlados, em uma clara tentativa de aniquilar as formas irregulares de destinação dos resíduos.
A criação de aterros sanitários mitiga os danos ambientais, haja vista que os aterros são construídos com tecnologias específicas de tratamento dos resíduos, de forma a evitar a contaminação do solo, tratando-se o chorume – efluente líquido do lixo, e é uma forma de captação do biogás, fonte de energia decorrente da decomposição dos resíduos orgânicos, que passam por um processo anaeróbio.
Deste modo, através da cobertura do local onde é descarregado o lixo orgânico, é possível a captação de gás e o bloqueio de sua emissão para a atmosfera, o que contribui no combate ao aumento das emissões de gases causadores do efeito estufa.
A preocupação com as mudanças climáticas e redução de emissões permite que, através de projetos de MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, os aterros sanitários adquiram créditos de carbono negociáveis. Saliente-se que a simples queima do gás, por si só, pode gerar créditos de carbono comerciáveis, pois com a queima do gás metano, principal componente do biogás, esse é transformado em vapor d’água e CO2, sendo o CO2 consideravelmente menos poluente que o metano.
Inclusive, o gás produzido pela decomposição dos resíduos orgânicos, uma vez captado, poderá ser fonte de geração de energia em razão de seu elevado valor calorífero. Tal tecnologia ainda é consideravelmente custosa, mas pode ser uma saída interessante para o déficit energético do país unido à urgente necessidade de solução para a destinação dos resíduos sólidos urbanos.
Nesse contexto, então, poderá surgir o aproveitamento energético dos resíduos orgânicos. Ora, o déficit energético do país demanda investimentos na produção de energia, produção essa que, através da utilização do gás produzido pela decomposição dos resíduos orgânicos, terá ganhos consideráveis, não só através de créditos de carbono, mas, também, com geração de energia de fonte renovável.
Em conclusão, os potenciais energéticos do setor não devem ser desconsiderados por investidores, principalmente quando o tema mudanças climáticas aparece como verdadeira vedete das pautas de reuniões internacionais.
*Advogada associada da área ambiental do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados Associados

quarta-feira, 23 de março de 2011

PARA PENSAR:
“Hoje em dia, as autobiografias são tão comuns quanto os adultérios, e quase tão repreensíveis”
John Grigg

PARA REFLETIR:
“Quem compra o supérfluo, vende o necessário”
Benjamin Franklin

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Microcrédito a pescadores é prioridade para frente parlamentar

Leonardo Prado
Cleber Verde
Cleber Verde: Brasil deve estar à frente na produção de pescado.
A garantia de microcrédito aos pescadores, a simplificação de procedimentos para subsidiar o óleo diesel e a criação da Comissão Permanente da Pesca na Câmara dos Deputados são algumas das prioridades da Frente ParlamentarÉ uma associação suprapartidária destinada a aprimorar a legislação referente a um tema específico. As frentes podem utilizar o espaço físico da Câmara, desde que suas atividades não interfiram no andamento dos outros trabalhos da Casa, não impliquem contratação de pessoal nem fornecimento de passagens aéreas. As frentes parlamentares estão regulamentadas pelo ato 69/05, da Mesa Diretora. Em tese, deveriam conter 1/3 dos integrantes do Legislativo, mas na prática esse piso não é exigido. Mista da Pesca e Aquicultura, informou o coordenador do grupo, deputado Cleber Verde (PRB-MA). O colegiado, que já conta com 263 deputados e 63 senadores, foi reinstalado na quarta-feira (16).
O parlamentar destacou que a frente conquistou melhorias para o setor na legislaturaEspaço de tempo durante o qual os legisladores exercem seu poder. No Brasil, a duração da legislatura é de quatro anos. passada e quer, agora, atuar de forma mais efetiva. “Obviamente, temos de dar apoio ao governo, mas também cobrar desse mesmo governo os mecanismos de proteção aos pescadores. O Brasil precisa liderar a produção de pescado – hoje, nosso mercado ainda está muito acanhado”, disse.
O presidente do Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura, Fernando Ferreira, reiterou a importância da frente e destacou outras matérias de interesse do setor. "Uma delas é o reconhecimento da atividade pesqueira para fins de aposentadoria e demais direitos. Também defendemos a isenção, como foi feita com a carne, do PISProgramas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). São mantidos pelas pessoas jurídicas – com exceção das micro e pequenas empresas que tenham aderido ao Simples –, que são obrigadas a contribuir com uma alíquota variável (de 0,65% a 1,65%) sobre o total das receitas. Esses recursos são destinados ao trabalhador em forma de rendimentos ou abonos salariais. e da CofinsContribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É um tributo cobrado pela União para atender programas sociais do governo federal. Incide sobre o faturamento bruto das pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as pessoas a elas equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, exceto as micro e pequenas empresas submetidas ao regime do Simples. Sua alíquota geral é de 3% – ou 7,6% na modalidade não-cumulativa. incidentes sobre o pescado, a fim de tornar essa proteína mais barata e acessível ao consumidor ", afirmou.
Segundo Ferreira, outra reivindicação dos profissionais da pesca é a regulamentação da divisão de lucros entre pescadores e empresários.

Notícias do PRODECENTRO

Comunidades da BA experimentam novas tecnologias de captação de águas


O barreiro de trincheira tem sido difundido pelo Irpaa no sertão do São Francisco
Foto: cedasb-asa.blogspot.com
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Barreiro de trincheira cheio de água de chuva

16/03/2011
- Uma das mais novas tecnologias criadas para garantir que as famílias do campo armazenem a água que cai no período chuvoso, o barreiro de trincheira tem sido difundido pelo Instituto Regional da Pequena Agricultura Apropriada (Irpaa) em diversas comunidades rurais do território Sertão do São Francisco, na Bahia. Escavação estreita feita em solo rochoso para evitar a evaporação, o barreiro é uma forma de captar água de chuva tão importante quanto as cisternas de consumo e de produção, as aguadas e barragens subterrâneas, ampliando assim o acesso das famílias à água para as diversas finalidades.
Na comunidade de Fartura, em Sento Sé, algumas dessas tecnologias estão sendo usadas para manutenção do viveiro de mudas. O viveiro foi construído com as/os moradores a partir do Projeto Recaatingamento, que é desenvolvido pelo Irpaa com o patrocínio da Petrobras, em sete comunidades Fundo de Pasto. Barreiros, barragem subterrânea, cisternas de alambrado e aguadas foram tecnologias construídas na comunidade por outros projetos do Irpaa, o que confirma a complementaridade das tecnologias como algo viável para a convivência com o Semiárido. Várias destas tecnologias são construídas através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação no Semiárido (ASA).
A ação das comunidades em preservar a caatinga, por exemplo, precisa estar associada a permanência das famílias em suas terras. Para que isso ocorra é necessário, portanto, a eficácia dessas tecnologias que garantem água para o consumo humano, animal e produção de alimentos, como é o caso da cisterna calçadão ou de enxurrada, que vem sendo bastante adotada na região.
Principais tecnologias de captação de Água de Chuva difundidas pelo Irpaa:
Cisterna calçadão: É uma cisterna de 50 mil litros, com uma área de captação pavimentada como um calçadão. Com essa cisterna, é possível irrigar um "quintal produtivo" de verduras, regar mudas ou ter água para galinhas e abelhas.
Barragem subterrânea: É construída em um baxio, semelhante a uma barragem convencional. Cavada até a camada impermeável do solo e revestida por lona, sua função é conservar a água de chuva infiltrada no subsolo, aumentando a resistência em períodos de seca. Assim, permite a criação de um número maior de animais e diminui a dependência de insumos externos.
Tanque de Pedra: É construído nos lajedos, aproveitando a inclinação natural neles existentes. Mas é necessário construir paredes facilitando a contenção ou o direcionamento da água para os tanques e, consequentemente, maior acúmulo de água. O tanque de pedra armazena água para os gastos domésticos, para alimentação animal e irrigação de um "quintal produtivo" de verduras.
Barreiro Trincheira: São tanques profundos e estreitos, cavados em subsolo cristalino com uma largura, em média, de cinco metros e com mais de três metros de profundidade. Com fundo e parede de pedra (piçarra), não deixa a água se infiltrar. Esta água é usada para dessedentação animal.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Documento propõe mudanças no Incra para frear loteamento político e desvios

Minuta que circula no Ministério do Desenvolvimento Agrário sugere reduzir autonomia das superintendências regionais e fortalecer o conselho diretor, órgão acima da presidência do instituto, e a diretoria-geral, para acompanhar e fiscalizar ações no setor.

O governo estuda mudanças na estrutura administrativa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Um dos objetivos, explicitado em minuta de texto que circula no Ministério do Desenvolvimento Agrário, é obter maior controle sobre as superintendências regionais da instituição - cujos chefes são, quase todos, nomeados por indicações de políticos.
O Incra tem 30 superintendências pelo País (uma por Estado, com exceção do Pará, que possui três, e Pernambuco, com duas). Cada uma tem ampla autoridade para definir os planos da reforma agrária e a aplicação dos recursos. Uma das reclamações mais frequentes no comando da instituição é o reduzido poder de Brasília sobre as superintendências. Além disso, a eficiência do órgão vem sendo questionada no contexto do programa nacional de combate à miséria, ainda em gestação.
Os chefes das superintendências têm sido permanente fonte de dor de cabeça para o governo. Há dez dias o presidente do Incra, Rolf Hackbart, teve de exonerar o superintendente do Maranhão, Benedito Terceiro, que chegou ao posto com o beneplácito do senador maranhense Epitácio Cafeteira (PTB), aliado político da família Sarney.
De acordo com investigações da Operação Donatário, conduzida pela Polícia Federal, Terceiro seria um dos cabeças de uma quadrilha que desviava recursos destinados à construção de casas nos assentamentos rurais. Houve um rombo de R$ 4 milhões no período de cinco anos, segundo a investigação. Pelos cálculos da Controladoria-Geral da União (CGU), porém, os desvios chegam a R$ 150 milhões.

Territórios da Cidadania

El Salvador conhece modelo de gestão dos Territórios da Cidadania
Dirigentes e técnicos do governo de El Salvador estarão em Brasília (DF) e no Ceará, entre segunda-feira (21) e domingo (27), para conhecer as políticas territoriais brasileiras para o meio rural. A comitiva vai aprofundar o conhecimento sobre o Programa Territórios da Cidadania,  que serviu de referência para a implantação nesse país da América Central do programa “Encuentros Ciudadanos”. Os salvadorenhos vão conhecer aspectos gerenciais, técnicos e o impacto do  Territórios da Cidadania na vida dos moradores das regiões atendidas.

A visita é parte do acordo de cooperação técnica entre os dois países  firmado em dezembro de 2010 com apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Fátima Brandalise, da coordenação executiva do programa Territórios da Cidadania, destaca que a missão fortalece a cooperação entre os dois países para o desenvolvimento de políticas públicas para a agricultura familiar e mecanismos de participação social. “Fortalecer o intercâmbio com El Salvador, respeitando as experiências já em curso, ajuda a aprimorar a ação dos governos no desenvolvimento rural sustentável e a combater a pobreza rural, um problema comum aos países da América Latina”, destaca.
A viagem será em duas etapas: na segunda (21) e terça-feiras (22) em Brasília e de quarta-feira a sábado (26) no Ceará. Na primeira etapa, os 14 técnicos e dirigentes do governo salvadorenho se reunirão com a Coordenação Executiva do Programa Territórios da Cidadania para discutir temas como políticas brasileiras para a agricultura familiar, a abordagem territorial no desenvolvimento rural sustentável e tecnologia da informação baseada em software livre .
Ceará
No Ceará, a comitiva se reúne, em Fortaleza, com o Comitê de Articulação Estadual do Ceará. Depois segue para General Sampaio, no Território da Cidadania Vales do Curu e Aracatiaçu, onde, na quinta-feira (24), visita a colônia de pescadores, abatedouro, criação de frango e fábrica de ração, projetos desenvolvidos com recursos do Território da Cidadania. A produção de peixe no município foi estruturada por ações integradas do MDA, Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério da Educação, Banco do Nordeste e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As ações incluíram crédito direto aos produtores, oferta de energia elétrica, instalação de uma fábrica de gelo para conservação e comercialização da produção por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Na sexta-feira (25), em Quixadá, município do Território da Cidadania Sertão Central, os salvadorenhos participam de reunião com os comitês de juventude e de apicultores da região. No sábado (26), visitam o Projeto de Assentamento Boa Vista para conhecer as experiências de Turismo Rural e de cooperativa de crédito. Nas duas ocasiões haverá reuniões com as coordenações dos colegiados territoriais para entender sobre as reuniões colegiadas entre gestores públicos e representantes da sociedade civil.
O Território da Cidadania Sertão Central recebeu R$622,4 milhões e o do Vale do Curu e Aracatiaçu, R$ 778,4 milhões para ações de desenvolvimento rural sustentável, nos três anos do programa.
Entre 2008 e 2010 o Governo Federal investiu R$ 4,3 bilhões nos seis Territórios da Cidadania do Ceará – Cariri, Vales do Curu e Aracatiaçu, Sobral, Sertão Central, Cariri e Sertões do Canindé.
Os investimentos nos 120 territórios brasileiros somam R$ 50,3 bilhões para ações de redução da pobreza no meio rural brasileiro.

domingo, 20 de março de 2011

PARA PENSAR:
“A força mais potente do universo? A fé”.
Madre Teresa de Calcutá

PARA REFLETIR:
“O fanatismo é para a religião o que a hipocrisia é para a virtude”
Charles Palissot de Montenoy

sábado, 19 de março de 2011

Notícias do PRODECENTRO

Frente Agropecuária quer fazer contraponto à proposta de ambientalistas

A iniciativa da Frente ParlamentarÉ uma associação suprapartidária destinada a aprimorar a legislação referente a um tema específico. As frentes podem utilizar o espaço físico da Câmara, desde que suas atividades não interfiram no andamento dos outros trabalhos da Casa, não impliquem contratação de pessoal nem fornecimento de passagens aéreas. As frentes parlamentares estão regulamentadas pelo ato 69/05, da Mesa Diretora. Em tese, deveriam conter 1/3 dos integrantes do Legislativo, mas na prática esse piso não é exigido. Agropecuária de debater hoje a proposta de alteração do Código Florestal brasileiro será mais uma oportunidade para que ruralistas e ambientalistas cheguem a um acordo em relação ao substitutivo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) ao PL 1876/99, já Saiba mais')" >http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/149459-COMISSAO-APROVA-REFORMA-DO-CODIGO-FLORESTAL.html" target=_blank>aprovado em comissão especial.
Saulo Cruz
Moreira Mendes
Moreira Mendes: não existe anistia para produtores, mas suspensão das penalidades por cinco anos.
Segundo o coordenador da Frente Agropecuária, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), o objetivo da reunião é abrir o debate e fazer um contraponto com as informações apresentadas por deputados ambientalistas e por outros segmentos da sociedade.

Para o presidente da Câmara, Marco Maia, a complexidade do tema e a demora em encontrar uma solução que agrade ambos os lados têm inviabilizado a votação da proposta em Plenário. “Não vejo nenhuma possibilidade de colocar a proposta na pauta sem acordo. Tanto ruralistas quanto ambientalistas têm força suficiente para impedir a votação em Plenário”, afirmou o presidente, que na semana passada instituiu informalmente um colegiado composto por 14 deputados para facilitar o entendimento entre produtores rurais e defensores do meio ambiente.
Penalidades aplicadas
Moreira Mendes questiona, por exemplo, a maneira como os ambientalistas se referem à parte do relatório que suspende as penalidades aplicadas a produtores rurais por crimes ambientais cometidos até julho de 2008. “Não existe anistia em nenhum ponto da proposta do Aldo Rebelo. O que existe é uma suspensão temporária das penalidades por cinco anos para que estados, municípios e produtores se envolvam com a questão e promovam a regularização ambiental de suas propriedades”, argumenta Mendes.
Consolidação de área ocupada
De acordo com o texto, a suspensão permitiria aos produtores continuar as atividades em área de reserva até que seja elaborado o Programa de Regularização Ambiental, cujo prazo é de cinco anos. Por outro lado, a proposta passa a proibir pelo mesmo período a abertura de novas áreas para agricultura ou pecuária em qualquer propriedade do País.
Mendes lembra que, dentro do prazo de cinco anos, o poder publico acompanharia e fiscalizaria as ações de cada produtor até que ele enquadre a propriedade ao que determina a lei. “Aqueles que não se enquadrarem dentro desse período perdem o direito à isenção”, completa.
Outro ponto bastante questionado pelos ambientalistas é a dispensa conferida a pequenos proprietários com áreas de até quatro módulos fiscais da obrigatoriedade de recomposição ou compensação da área de reserva legal. Segundo Mendes, atualmente já existe uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) prevendo isso.
Estados
Moreira Mendes considera justa a transferência para os estados e municípios da competência para legislarem sobre áreas de floresta por entender que o Brasil é muito diverso e que não se deve dar para o pampa gaúcho o mesmo tratamento que se dá para a região da caatinga.

O debate com o relator e com especialistas será realizado das 14 às 18 horas no auditório Freitas Nobre, no anexo 4.
*Matéria atualizada em 15/03.

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Menos chuva e mais seca


Relatório do INCT diz também que a estiagem no Nordeste será mais rigorosa nos próximos anos
Foto: TVBrasil
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Redução de chuvas na Amazônia deve ser de até 40%

14/03/2011 - Diminuição de chuvas na Amazônia e no Nordeste do Brasil é um dos cenários projetados pelo relatório de atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT-MC), realizadas entre 2009 e 2010. O relatório já está disponível no site do órgão, no endereço http://www.ccst.inpe.br/inct/index.php.

Segundo os novos cenários climáticos encontrados no relatório, “as projeções apontam que as áreas do norte do continente, que compreendem a Amazônia e o Nordeste do Brasil, deverão experimentar deficiência de chuvas (com redução de até 40%), enquanto no sudeste da América do Sul, incluindo a bacia Paraná La Plata, as chuvas deverão aumentar cerca de 30%”.
As simulações elaboradas pelos modelos do INCT abrangerão um período de 30 anos, com base no cenário atual, e um cenário futuro para o período 2071-2100. A diferença entre o volume de chuvas e a evaporação para o Norte da América é negativa, dizem os cientistas. Este déficit de água e a redução do escoamento fluvial da Amazônia Oriental e a bacia do São Francisco vão tornar estas regiões suscetíveis a condições mais secas no futuro.
Doenças
O relatório do INCT abrange diferentes áreas que possuem correlação com as mudanças climáticas, como saúde humana, urbanização e megacidades, energia e políticas públicas.
Na área de saúde humana, estão sendo realizados estudos para avaliar as variações temporais de variáveis climáticas e doenças. Os pesquisadores priorizaram a leptospirose, doenças respiratórias, cardiovasculares e a dengue, selecionadas conforme sua prevalência e biomas. Em Manaus, por exemplo, a dengue está associada às doenças transmitidas pela água. Segundo os estudos, riachos e ocupação recente de áreas explicam a elevada incidência de malária nessa cidade.
“O ritmo de desmatamento e a extensão dos riachos alagáveis podem aumentar consideravelmente durante as próximas décadas, devido à variação do nível de água dos rios e as pressões decorrentes do uso da terra”, diz o estudo.
O INCT-MC, criado em 2008 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, reúne cientistas de instituições de pesquisa em meio ambiente no Brasil, distribuídos em 90 grupos. Ao todo, são aproximadamente 400 participantes.
Os INCTs são financiados pelo Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do MCT, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação (MEC) e por agências estaduais de fomento. Um dos órgãos participantes do grupo é o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
De acordo com informações da assessoria do Inpa, onde fica a sede do INCT, a principal meta do estudo é fornecer informação científica de alta qualidade necessária para compreender o funcionamento do clima, sua variabilidade e suas mudanças, além de subsidiar as políticas públicas de mitigação e adaptação em níveis local, nacional e internacional.

Festa de São José em Angicos

Estive hoje pela manhã na vizinha cidade de Angicos, onde se comemora a festa do seu padroeiro São José. A missa campal celebrada pelo Arcebispo D. Matias, foi cercada de emoções. Uma grande multidão compareceu a praça Pe. Félix, formada por visitantes, Angicanos ausentes, autoridades e principalmente de agricultores esperançosos pelo um inverno promissor. Mas o dia do santo dos agricultores não correspondeu a expectativa da população. Realmente o dia de São José, não agradou a ninguém. Esperamos, quem sabe, dias melhores, como dizia Seu Praxedes, o inverno começa depois do dia de São José. Vamos aguardar.




Vista da Pça. J. da Penha e da Igreja Matriz de São José em Angicos.

Obrigado Pela Força-ACAVUJ






Vai um grande abraço para os amigos da ACAVUJ de Afonso Bezerra. NOSSATERRA está a disposição de todos  que fazem o agronegócio na querida cidade da região central.

terça-feira, 15 de março de 2011

O mercado de leite de cabra tem exigido capacitação profissional adequada e qualificada

Como criar cabras leiteiras
Produção de leite de cabra
A caprinocultura leiteira está mais presente na agropecuária brasileira, conquistando e mantendo novos mercados para o leite de cabra e seus derivados. Entre os produtos dessa atividade, destacam-se: leite pasteurizado, leite ultrapasteurizado (UHT), leite esterilizado, leite em pó, iogurtes, sorvetes, doces e queijos. Entretanto, como a oferta de produtos tem crescido, a competição pelo mercado também é uma realidade, exigindo maior eficiência de todos os componentes da cadeia produtiva.
Para criar cabras você precisa, basicamente, de bons animais, instalações confortáveis,  que facilitem o manejo, e de boa alimentação. Mas, também, precisa decidir sobre como será feita a comercialização do leite, vendendo o produto cru, ou se fará o processamento na propriedade. Se optar pelo processamento, terá que escolher quais produtos pretende elaborar, se somente leite para consumo in natura ou também seus derivados, e como será a distribuição.
Além da produção leiteira, o carprinocultor pode investir no melhoramento genético do seu rebanho, visando comercializar matrizes e reprodutores para outros criadores.
No planejamento, a localização do empreendimento tem grande importância. Essa, de forma estratégica, possibilita o crescimento das vendas de todos os produtos do laticínio e também de animais vivos. Por isso, na hora de planejar, pense na importância da proximidade com os centros consumidores, do bom acesso a estradas e na facilidade de aquisição de insumos.
Nota do Blog: A criação de cabras leiteiras ainda não assumiu no nosso estado, um lugar de destaque no cenário nacional, visto que os grandes caprinocultores norteriograndenses não investem adequando-se a uma tecnologia mais apropriada na criação do rebanho. Além do mais, o governo do estado se limita a feiras e exposições onde  o agricultor familiar não tem acesso.A cidade de Afonso Bezerra se destaca mais um pouco das demais, devido a competência e esforço  arrojado dos seus criadores que procuram tratar o assunto como um verdadeiro ofício, quebrando barreiras, em fim, elevando a cidade a categoria da capital do bode. Parabéns aos amigos criadores desta próspera cidade da região central.
Raças de cabras

Logo após a domesticação das cabras pelo homem, começaram a aparecer as diferenças físicas que são características das diversas raças de cabras.

Por exemplo, diferenças nas orelhas, tipo do pelo,cores, etc. Essas diferenças se originaram  ou por meio de seleção feita por seus criadores ou naturalmente devido a fatores físicos em ambientais.


Segundo a universidade de Oklahoma, existem atualmente mais de 50 raças de cabras conhecidas e catalogadas no mundo, mas aqui vamos tratar das principais raças, ou seja daquelas mais conhecidas e criadas no Brasil:  Saanen, Alpina, Toggembourg, Nubiana e também as raças tipicamente brasileiras como a Canindé.

Atualmente existem mais de 600 milhões da cabeças de cabras no mundo sendo em primeiro lugar a  Ásia, com mais da metade das cabras do mundo, seguido pela África.
Em terceiro  lugar está  a América do sul. 

A cabra fornece ao criador produtos úteis como a carne, o couro e principalmente o leite.

Mesmo em ambientes pouco favoráveis, as cabras podem ser ordenhadas para obter pequenas quantidades de leite regularmente.


Comportamento do caprino

A cabra sobrevive a ambientes hostis onde seria impossível a sobrevivência de outro tipo de gado como o bovino.



Em ambientes apropriados e sendo bem tratada, com as modernas técnicas e conhecimentos empregados, a cabra pode fornecer grande quantidades de leite, sendo o investimento muito lucrativo.

São relativamente baratas, pois com o dinheiro empregado em um boi ou vaca, pode-se comprar várias cabras.

A cabra também ocupa uma área muito menor que uma vaca.
Sendo assim, na área onde se pasta uma vaca pode-se pastar várias cabras.

As cabras se reproduzem muito rapidamente. Enquanto que a gestação de uma vaca dura 9 meses, a gestação de uma cabra é de aproximadamente 5 meses. A cabra pode dar a luz a dois filhotes e muitas vezes três.

Devido a essa rapidez, um pequeno rebanho pode crescer muito rapidamente. Por serem animais pequenos, não exigem muita força física para pastorear. Enquanto um rebanho de bovinos pode exigir homens e cavalos para controlar, um rebanho de cabra exige poucas pessoas e pouco esforço, sendo que em alguns países e regiões do Brasil vemos até mesmo crianças tomando conta desses animais.

Existem também muita propaganda negativa a respeito dos caprinos onde se afirma que esses animais são capazes de destruir grandes quantidades de vegetação. Na verdade em diversas localidade o homem é o maior culpado pela devastação de degradação do meio ambiente e não o animal.
Então como por coincidência, a cabra sempre acaba sendo encontrada em ambientes devastados porque o homem já destruiu boa parte da natureza e apenas a cabra conseguiu sobreviver ali.
Assim, os caprinos acabam levando a culpa do erro que foi do homem e não do animal.

Basta olhar e ver as grandes áreas de pastagens onde antes havia florestas e agora apenas existem invernadas. Entretanto ali nunca houve a presença de caprinos.

Na verdade um dos grandes devastadores de recursos naturais é o gado bovino. A cabra quando livre na natureza se move rapidamente de um local para outro por isso não devasta o meio ambiente. Já a ovelha e o boi ficam mais parados e por isso causam mais estragos.

Veja o caso das ovelhas que quando pastoram em solo arenoso acabam por arrancar o capim pela raiz, deixando o solo desprotegido e levando rapidamente a erosão.
Você aprendeu que a cabra é um animal que se reproduz muito rapidamente e que tem facilidade para viver em locais com poucos recursos naturais. Porém é importante notar que a cabra gosta sempre de estar procurando alimento bem limpo. Por isso elas não gostam de ficar comendo em locais que já foram pisoteados por outras cabras ou outros animais. Preste atenção para esse fato quando for planejar o cercado de suas cabras. Elas devem ter espaço suficiente para poder pastar em áreas de capim limpo enquanto a área por onde elas já passaram se renove.

Instalações Adequadas-Caprinos-Agricultura Familiar

O chiqueiro recomendado para a criação de caprinos deve ser rústico, destinado ao abrigo e manejo dos caprinos. Deve ser construído utilizando materiais existentes na propriedade, tais como madeira redonda e palha de babaçu ou carnaúba para a cobertura, com piso de chão batido 

 Modelo de chiqueiro de chão batido, recomendado para o sistema alternativo de criação de caprinos.

O tamanho do chiqueiro deve ser definido de acordo com a dimensão do rebanho, recomendando-se uma área útil de 0,8 m2 a 1,0 m2, para cada animal adulto. É importante que o chiqueiro apresente, internamente, pelo menos quatro divisões (Figura 17), destinadas para lotes de animais nas seguintes fases de desenvolvimento.


 
Planta baixa do modelo de chiqueiro para o sistema alternativo de criação de caprinos, com capacidade para 100 animais.

  • Cabras em estado avançado de gestação (próximas à parição) e cabras recém-paridas.
  • Animais em fase de reprodução (matrizes e reprodutores).
  • Cabriteiro (animais em lactação).
  • Cabritos desmamados.
A primeira divisão deve dar acesso a um piquete com pastagem nativa ou cultivada. Esta área permite manejar adequadamente as cabras próximas à parição e as cabras recém-paridas, evitando a ação de predadores e a ocorrência de miíases (bicheiras) nos animais recém-nascidos.
Em cada uma das divisões reservadas tanto aos lotes de cabras próximas à parição e as recém-paridas, quanto para os animais em reprodução e desmamados, devem ser colocados cochos para sal mineral para a suplementação dos animais. Os cochos podem ser feitos de pneus, de tábuas ou de troncos ocos encontrados na propriedade e devem ficar posicionados a uma altura de 0,50 m do solo, podendo, sobre eles, ser colocado um protetor, constituído por ripa ou arame, a uma altura de cerca de 0,30 m acima da altura do cocho, para evitar a entrada de animais.

Cuidados com a Criação-Caprinos

Deve-se levar em consideração alguns aspectos básicos relevantes para que a atividade tenha êxito, mesmo em criações com emprego de tecnologias mais simples.
Um aspecto que deve ser considerado diz respeito às condições climáticas predominantes no local onde se deseja implantar ou aprimorar a criação. Quando da formação do rebanho, devem ser adquiridos animais com características adaptadas à região que satisfaçam aos interesses do criador.
A região Meio-Norte do Brasil, sobretudo o Estado do Piauí, caracteriza-se pelas elevadas temperaturas e regime de chuvas irregular. Dessa forma, para as criações cujo objetivo é a produção de leite e de carne, recomenda-se o uso de reprodutores com aptidão mista, como os Anglo-Nubianos, que apresentam grande rusticidade e adaptabilidade a essas condições climáticas (Figura 18). Para um bom desempenho reprodutivo, deve-se estabelecer a relação de um macho para 30 fêmeas. A ocorrência de partos duplos é relativamente comum nos caprinos, sendo que um plantel de 30 matrizes é capaz de apresentar uma natalidade de 40 crias por ano.

Figura 18. Reprodutor da raça Anglo-Nubiana.

Todas as matrizes do plantel devem ser identificadas com brincos numerados, permitindo o seu monitoramento com relação ao desempenho produtivo, idade, número de partos e aspectos sanitários. A reposição do plantel deve ser realizada adotando-se uma taxa de substituição de 20% das matrizes a cada ano. Deste modo, como as novas matrizes advirão do próprio rebanho e com idade de aproximadamente 10 meses, recomenda-se, também, a substituição do reprodutor a cada 2 anos, para evitar o seu acasalamento com filhas ou netas, causando problemas de consangüinidade no rebanho.
O desmame das crias deve ocorrer entre 3 e 4 meses de idade. Nesse período, deve-se, também, realizar a castração dos machos destinados ao abate, evitando-se coberturas e prenhezes indesejáveis.


segunda-feira, 14 de março de 2011

PARA PENSAR:
“O prêmio da boa ação é tê-la praticado”
Sêneca

PARA REFLETIR:
“Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão”
Fedro
Utilizaçâo do farelo de algodão de alta energia na alimentação de vacas leiteiras


Os subprodutos da agroindústria são fontes valiosas de proteína, energia e fibra para indústria de produção animal e, tradicionalmente, estes subprodutos têm sido utilizados para substituir concentrados energéticos ou protéicos.
Alguns subprodutos, devido à organização da cadeia agroindustrial a que pertencem, ultrapassaram as fronteiras nacionais e tornaram-se “produto” de exportação; a exemplo do farelo de soja, que atualmente tem uma grande fatia de sua produção absorvida pelo mercado externo. Nesse ínterim, o preço desse suplemento protéico tornou-se menos competitivo para o mercado interno.
Diversas alternativas alimentares vêm recebendo atenção com vistas à elevação do conhecimento científico e da tecnologia de utilização na alimentação de ruminantes. No entanto, nenhuma tem se mostrado tão promissora como os subprodutos da cultura do algodão.
Segundo o NRC (2001), o farelo de soja pode ser substituído pelo farelo de algodão nas rações de ruminantes sem grandes prejuízos zootécnicos, desde que as exigências nutricionais sejam mantidas.
O farelo de algodão contém 44,3% de PB; 5% de EE; 6,6% de cinzas; 12,8% de FB; 28% de FDN; 20% de FDA e 78% de NDT em sua matéria seca (NRC, 2001).
O farelo de algodão tem sido utilizado com o objetivo de reduzir o uso do farelo de soja, visando a obtenção de condições econômicas mais vantajosas, e muito embora apresente menores teores de energia e proteína, é caracterizado por apresentar maior teor de proteína não degradável no rúmen. Quanto a esta degradabilidade, para o farelo de algodão temos valores de 49%, enquanto que para o farelo de soja esse percentual pode chegar a 80% da proteína consumida.
A proteína não degradável no rúmen é muito importante para animais de elevada produção, por proporcionar digestão intestinal da proteína alimentar, favorecendo o aproveitamento de um melhor perfil de aminoácidos e evitando perdas de nitrogênio na forma de amônia.
Na inclusão do farelo de algodão na alimentação de bovinos leiteiros há de se considerar que, por ser um alimento rico em lipídeos, possui alta densidade energética, o que favorece o aporte de energia por unidade de matéria seca ingerida, característica nutricional importante para animais de elevada exigência, como vacas em pico de lactação.
Embora seja reconhecida a qualidade dos subprodutos do algodão na alimentação de ruminantes, permanecem os problemas resultantes da presença do gossipol nestes derivados. O gossipol é um fator antiqualitativo que interfere no desempenho reprodutivo dos animais. Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e nutricional do animal.
Até recentemente considerava-se que os ruminantes poderiam inativar mais gossipol do que seriam capazes de consumir. No entanto, métodos modernos de extração do óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e, consequentemente, a de gossipol.
Assim, com avanço tecnológico os processos de extração de óleo tornaram-se mais eficientes, traduzindo-se em subproduto de menor valor nutritivo – menor teor de óleo residual e maiores teores de gossipol. Tratamentos físicos ou químicos constituem-se em alternativas viáveis no processamento de rações, com o objetivo de incrementar a eficiência de sua utilização.
A extrusão é um método de processamento de rações que utiliza elevada temperatura e pressão, proporcionando maior gelatinização do amido e menor digestibilidade da proteína no rúmen, através da desnaturação da mesma. Além de inativar os fatores antiqualitativos presentes nos alimentos submetidos ao processo, já que altas temperaturas aumentam a formação de ligações do gossipol com outras moléculas, o que o torna fisiologicamente inativo.
Com base na tecnologia disponível a Bunge Alimentos (2007) desenvolveu o farelo de algodão com alta energia; este alimento é obtido a partir dos caroços (cariopses) que primeiramente passam por extrusão e posteriormente são prensados para extração do óleo. Tal processo de extração do caroço de algodão semideslintado confere ao alimento as seguintes especificações: Proteína Bruta, 28%; Fibra em detergente neutro, 50%; Extrato etéreo, 8% – dados expressos na matéria natural, tornando-o um produto bastante equilibrado para os ruminantes. Além de serem minimizados os fatores antinutricionais, por exemplo, o gossipol livre com um teor < 5 mg/kg de produto.
Lima Júnior (2009) avaliou o consumo e a digestibilidade aparente de nutrientes em ovinos alimentados com dietas contendo diferentes níveis (0%, 20%, 30% e 40%) de inclusão do farelo de algodão de alta energia em uma ração completa a base de milho e soja. Não houve influência da adição do farelo de algodão nos consumos de matéria seca (MS) (g/dia); extrato etéreo (EE) (g/dia); energia bruta (EB) (kcal/kg/dia); carboidratos totais (CHOT) (g/dia). No entanto, os consumos de proteína bruta (PB) (g/dia); matéria orgânica (MO) (g/dia); e matéria seca (% PV), diminuíram com o nível de 40% de inclusão. Para os coeficientes de digestibilidade não houve resposta para PB (%) e EE (%). No entanto, a digestibilidade da MS (%); MO (%); EB (%); e CHOT (%), diminuiu com a inclusão de 40% de farelo de algodão de alta energia. O farelo de algodão extrusado pode ser incluído em níveis de até 30% em rações completas para ruminantes sem alterar significativamente o valor nutritivo da ração total.
Alves (2008), trabalhando com níveis crescentes de inclusão de farelo de algodão de alta energia (zero, 8,7; 17,4; 26,1; e 34,8% na matéria seca) em substituição ao farelo de soja no concentrado para vacas no terço final de lactação, avaliou o efeito sobre o consumo, digestibilidade, produção e composição de leite e viabilidade econômica da ração. Os aumentos dos níveis de farelo de algodão de alta energia não afetaram o consumo de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro. Observou-se efeito sobre o coeficiente de digestibilidade apenas sobre o extrato etéreo, que fica maior para os níveis de inclusão de 8,7; 26,1; e 34,8%. A eficiência de utilização de nitrogênio e os teores de nitrogênio uréico no sangue e no leite não foram afetados por nenhum dos níveis de inclusão, bem como a eficiência alimentar, a produção de leite e o teor de gordura no leite.
Portanto, a utilização do farelo de algodão de alta energia surge como uma alternativa promissora na alimentação de bovinos leiteiros, por apresentar equilíbrio entre teor energético e protéico, por possuir proteína de baixa degradabilidade ruminal que contribui para a melhoria do perfil aminoacídico absorvido no intestino e por conter níveis seguros de gossipol que permitem desempenho zootécnico satisfatório.

Referências Bibliográficas

ALVES, A. F. Substituição do farelo de soja por farelo de algodão de alta energia na dieta de vacas em lactação. Cuiabá, MG: UFMG, 2008. 76f. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal) – Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, Cuiabá, 2008.

BUNGE ALIMENTOS. Farelo de Algodão de Alta Energia. Disponível em < HTTP://www.bungealimentos.com.br/nutricao/artigo.asp?id=3048 >, Acesso em: dezembro de 2008.

LIMA JÚNIOR, D. M. Avaliação do farelo de algodão (Gossipum spp.) extrusado na dieta de ruminantes: Consumo e Digestibilidade. Mossoró, RN: UFERSA, 2009. 32f. Monografia (Graduação em Zootecnia), Mossoró, 2009.

NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC. Nutrient requirements of dairy cattle. 7ª Revised ed. Washington, National Academy Press, D.C., 2001. 381 p.
Artigos: Utilização de farelo de algodão na nutrição animal X gossipol





O custo com a alimentação do rebanho varia de acordo com os alimentos que compõem a dieta, por isso, a busca por alimentos alternativos de qualidade e menos onerosos é fundamental para a redução dos custos com alimentação. Entretanto, a redução dos custos não deve ser feita a “qualquer preço”, pois uma dieta que não atende as exigências de mantença e produção dos animais resultará em queda no desempenho animal e perdas econômicas.

A utilização de subprodutos de indústrias pode ser boa alternativa de alimentos menos onerosos. O uso de derivados do algodão na ração animal, como o farelo de algodão, é bastante difundido pela sua composição nutricional e por conter proteína de boa qualidade. O farelo de algodão é o terceiro farelo protéico mais produzido no mundo, perdendo apenas para o farelo de soja e de canola. Porém, a planta do algodão produz um pigmento tóxico, um aldeído polifenólico denominado gossipol. A semente do algodão pode conter quinze pigmentos diferentes do gossipol, sendo que no processamento das sementes, as glândulas se rompem e liberam o gossipol, assim, a concentração de gossipol nos derivados de algodão é em função do grau de extração do óleo e do método utilizado.

Outro processamento que contribui para diminuir o potencial de toxicidade do gossipol é a peletização, pois o calor úmido provoca modificação em suas propriedades. No entanto, este procedimento, abaixa significativamente o valor biológico das proteínas, principalmente a disponibilidade da lisina. Além disso, a peletização apenas reduz o potencial de toxicidade e não soluciona o problema por completo.

O gossipol é altamente tóxico para animais monogástricos e, apesar de ruminantes tolerarem níveis mais altos, esse composto também é tóxico para ruminantes. O gossipol não é metabolizado pelos microorganismos do rúmen e, por isso, é necessária atenção aos teores de gossipol nas dietas, principalmente, para animais com alta ingestão de matéria seca, como animais de alta produção.

Grande parte do gossipol é removido durante a manufatura da torta de sementes de algodão na fase de cozimento, no entanto, ainda assim podem ser encontradas as formas “livres” e “conjugadas” do gossipol. A forma “livre” é considerada tóxica, reduzindo a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, resultando em respiração mais curta e edema pulmonar. Os sintomas de intoxicação são: anorexia, dispnéia, fraqueza, deficiência reprodutiva, edema cardíaco agudo, alterações nos glóbulos vermelhos e morte. O principal efeito tóxico do gossipol observado em ruminantes é a alteração dos glóbulos vermelhos.

O gossipol atua no metabolismo de aminoácidos, ligando-se às proteínas que contém aminoácidos livres. Além disso, o ferro forma complexos com o gossipol e estes complexos não são absorvidos pelo organismo. As ligações com proteínas, bem como os altos níveis de ferro na dieta podem inativar os pontos de ligação do gossipol, diminuindo sua toxicidade. Recomenda-se adicionar sulfato de ferro, óxido ou hidróxido de cálcio a dietas para ruminantes contendo subprodutos de algodão, no entanto, o uso de sulfato ferroso nas rações é pouco comum, pois onera o custo da produção.


Produtos derivados do algodão podem ser altamente tóxicos para animais monogástricos, mesmo quando tratados termicamente e utilizado juntamente com sais de ferro, portanto o nível de inclusão destes produtos nas dietas deve ser cuidadoso. O teor de gossipol, nos derivados de algodão, muda em função da variedade de algodão, do grau de extração do óleo e do método utilizado. Além disso, por ser um subproduto de indústrias possui variações não só no teor de gossipol, mas também na concentração dos nutrientes. Por isso, devem ser realizadas análises para determinação de gossipol livre no farelo de algodão, como ferramenta para calcular seu nível de inclusão na dieta.

Para suínos o nível máximo de gossipol livre no farelo de algodão sugerido por Ezequiel (2002) é de 400 ppm. Os valores de concentração do gossipol livre na dieta total que provocam toxicidade são de aproximadamente 100 ppm (Tanksley Jr., 1992). Com a adição de 12% de Farelo de algodão contendo 330 ppm de gossipol livre, a ração contém 40 ppm de gossipol livre, o que está bem abaixo dos 100 ppm indicados por esses autores. Assim, a inclusão de até 12% de farelo de algodão (36% de PB) em rações balanceadas para leitões (15 a 30 kg) não prejudica o desempenho desses animais, sendo desnecessária a inclusão de sulfato de ferro (Moreira et al., 2006).

O farelo de algodão pode ser usado nas rações de crescimento de frango de corte, se o gossipol livre não exceder a 0,03%, pois abaixo deste nível o ferro, na proporção 2:1 ferro:gossipol livre, pode completamente superar o efeito antinutricional. Segundo Butolo (2002) a formulação das rações para aves de postura deve conter níveis de gossipol abaixo de 0,015%, considerado como limite.

Para bezerros e cordeiros com menos de quatro meses de idade não é recomendado o fornecimento superior a 100ppm de gossipol livre. Quanto mais velho o animal, mais gossipol é capaz de tolerar, no entanto, 400-600 ppm é toxico para jovens ruminantes. Bezerros acima de quatro meses de idade toleram até 200 mg/kg (Morgan, 1989). Bovinos adultos podem tolerar quantidades muito maiores de gossipol livre, mas a toxicidade tem sido relatada com níveis de 800 ppm alimentado por um longo período de tempo (Morgan, 1989). O efeito tóxico do gossipol nos ruminantes parece ser cumulativo.

O gossipol tem efeito anticoncepcional em animais reprodutores e, por isso, alguns pesquisadores recomendam a não utilização de derivados de algodão em dietas de reprodutores machos. Dietas com até 30 mg de gossipol por quilo de peso vivo não causam efeito tóxico sobre a quantidade e qualidade do sêmen. Em fêmeas o consumo de mais de 36,0 mg de gossipol livre/kg de peso vivo resulta em redução na qualidade e desenvolvimento embrionário in vivo e in vitro. De fato, a ingestão de quantidades excessivas de gossipol aumenta a sua concentração plasmática e não só reduz a taxa de concepção em vacas de leite, mas também aumenta a perda de prenhez após os 45 dias de gestação (Santos et al., 2003). Além disso, embriões provenientes de novilhas alimentadas com gossipol reduzem a taxa de prenhez quando transferidos para vacas em lactação (Galvão et al., 2006).

Outro fator antinutricional presente no algodão são os ácidos graxos ciclopenóides encontrados no óleo contido na semente. Estes ácidos provocam a deposição de ácido esteárico e ácido palmítico na gordura do ovo e na carne de aves. Estes ácidos também são conhecidos por ser carcinogênico como a aflatoxina.

A utilização de derivados do algodão, como o farelo de algodão, em dietas de animais monogástricos ou ruminantes é uma boa alternativa para redução dos custos com alimentação, pois pode ser utilizado como fonte protéica e substituição do farelo de soja. Porém, o cuidado com seu nível de inclusão na dieta é imprescindível para obtenção de bons resultados de desempenho animal e produção.


Literatura consultada

BUTOLO, J.E. Qualidade de ingredientes na alimentação animal. Ed. FACTA, Campinas, SP. 430p., 2002.

EZEQUIEL, J.M.B. Farelo de algodão como fonte alternativa de proteína alternativa de origem animal In: SIMPÓSIO SOBRE INGREDIENTES NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL., 2., Uberlândia. Anais... Uberlândia: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, p.137-162, 2002.

GALVÃO, K.N., J.E.P. SANTOS, A.C. COSCIONI, S.O. JUCHEM, R.C. CHEBEL, W.M. SISCHO, AND M. VIALLASEÑOR. Embryo survival from gossypol-fed heifers after transfer to lactating cows treated with human chorionic gonadotropin. J. Dairy Sci. 89: 2056-2064, 2006.

MOREIRA, I.; SARTORI, I. M.; PAIANO, D.; MARTINS, R. M.; OLIVEIRA, G. C. Utilização do farelo de algodão, com ou sem a adição de ferro, na alimentação de leitões na fase inicial (15-30 kg). R. Bras. Zootec., v.35, n.3, p.1077-1084, 2006.

MORGAN, SANDRA. Gossypol Toxicity in Livestock. VTMD-9116 Oklahoma Cooperative Extension Fact Sheets are also available on our website at: http://osufacts.okstate.edu

TANKSLEY JR., T.D. Cottonseed meal. In: THACKER, P.A.; KIRKWOOD, R.N. (Eds.) Nontraditional feed sources for use in swine production. Washington, D.C.,p.139- 151, 1992.
O ALGODÃO NA NUTRIÇÃO DE BOVINOS
O algodoeiro é cultivado para produção de fibra e a torta, resultante da semente,
após a extração do óleo, representa mundialmente a segunda mais importante fonte ou
suplemento protéico disponível para a alimentação animal, ultrapassada apenas pela soja
(3). De todos os subprodutos de algodão, os farelos da torta, são os mais conhecidos e
utilizados. Resultam da remoção do óleo, que pode ser feita tanto pelo esmagamento
mecânico do caroço como através do uso de solventes.
A produção brasileira de algodão vem apresentando grandes oscilações ao longo
dos anos, ainda que a produtividade tenha apresentado tendência crescente. Na região
produtora de algodão arbóreo, a praga do bicudo teve efeitos mais acentuados,
acelerando a substituição desta espécie pelo algodão herbáceo (9).
Os farelos, como fonte protéica, apresentam teores de proteína bruta (PB) de
34,3 a 48,9% e, como fonte de energia, teores de energia digestível (ED) de 3,22 a 3,44
Mcal/kg. Os caroços de algodão, além de teores de PB de 22 a 25% e de FDN entre 37 e
44%, possuem de 4,12 a 5,30 Mcal/kg de ED. São também importantes fontes de fibra,
com teores de fibra bruta (FB) de 17,2 a 28%. A casca do caroço de algodão e os restos
de culturas, utilizados como fontes de fibra, apresentam teores de FB de 42,9 a 50,0%.
Como fontes de macrominerais, ressaltem-se os teores de fósforo (P), acima de 1% nos
farelos, de cálcio (Ca), que chegam a 0,24% nos farelos e caroços e de enxofre (S),
atingindo 0,43% no farelo proveniente da extração mecânica do óleo (15).
Apesar da reconhecida qualidade dos subprodutos resultantes da indústria
algodoeira, como alimento para bovinos, permanecem os problemas resultantes da
presença do gossipol nestes derivados. Além disso, métodos modernos de extração de
óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos subprodutos, ao mesmo
tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar a ingestão de alimentos e,
conseqüentemente, de gossipol. Nestas condições, o limite máximo de ingestão de
gossipol de 24 g/dia (8,10) pode ser excedido, com possíveis conseqüências adversas.
Reações fisiológicas diversas podem ocorrer, dependendo do estágio produtivo e
nutricional do animal. A molécula de gossipol não é metabolizada pelas bactérias do
rúmen nem pelo animal (1). Ela se une às proteínas que contém aminoácidos livres,
impedindo seu metabolismo (14). As ligações com proteínas (12), bem como altos níveis
de ferro na dieta podem inativar os pontos de ligação do gossipol, diminuindo sua
toxicidade. A peletização também resulta em diminuição de sua atividade (4). Os
subprodutos do algodão, principalmente aqueles nos quais o gossipol ainda não foi
Estrada da Ribeira, 3001 • km 03 • 83408-000 • Colombo.PR • Telefone: (41) 2169 3100 • www.nuvital.com.br • nuvital@nuvital.com.br
inativado, não são recomendados para bezerros, devido à alta suscetibilidade dos
monogástricos (5). Os teores de gossipol do algodão diferem com as variedades e os
locais de plantio. As tortas apresentam valores em gossipol de 0,5 a 0,2%.
Bovinos alimentados com Caroço de Algodão mostram resultados diferentes
daqueles apresentados por animais recebendo os seus componentes, gordura, farelo e
casca, separadamente. Uma das razões pode ser a liberação lenta da gordura no rúmen e
mesmo alguma gordura que não é liberada no rúmen e atinja o intestino, o que pode
explicar o aumento da produção e da gordura do leite observado em vacas recebendo
caroço de algodão (16).
O aumento da demanda por energia, observado em vacas de alta produção, tem
realçado a importância do caroço de algodão como suplemento energético. Devido ao
teor de gordura, é considerado um alimento de alta energia, especialmente na
alimentação de vacas, em início de lactação, expostas a ambientes de altas temperaturas
e umidade, quando estão em balanço energético negativo. Nestas condições, a
suplementação com caroço de algodão resulta em aumento da produção (2).e do teor de
gordura do leite (6, 17). Por outro lado, quando a fibra da ração é de qualidade inferior
ou em quantidade insuficiente, pode ocorrer uma queda no teor de proteína do leite de
vacas recebendo caroço de algodão (19). O efeito do caroço do algodão pode ser
negativo quando a forragem for apenas silagem de milho (11). No entanto, este efeito
pode ser corrigido pelo fornecimento de feno de alfafa nas quantidades de 25 a 50% da
MS da ração (18).
Alguns tratamentos têm sido desenvolvidos visando melhorar a qualidade do
caroço de algodão e, principalmente, aumentar a quantidade de proteína e gordura que
ultrapassem o rúmen sem serem degradas. A extrusão diminui a solubilidade do
nitrogênio e a quantidade de proteína degradada no rúmen, porém não afeta a produção
de leite (13). A tostagem do caroço de algodão não mostra efeito que a justifique (7).
Fontes
1. ABOU-DONIA, M., 1976. Physiologiacal effetcts and metabolism of gossypol. Residue Rev., 61: 125.
2. ANDERSON, M.J.; ADAMS, D.C.; LAMB, R.C.; WALTERS, J.L., 1979. Feeding whole cottonseed to
lactating dairy cows. J. Dairy Sci., 62: 1098.
3. ANDRIGUETTO, J.M.; et al, 1988. Nutrição Animal, As Bases e os Fundamentos da Nutrição Animal –
Os Alimentos; volume 1; 4ª Edição. Editora Nobel;
4. BARRAZA, M.L.; COPPOCK, C.E.; BROOKS, K.N.; WILKS, D.L.; SAUNDERS, R.G.; LATIMER Jr., G.W.,
1991. Iron sulfate and feed pelleting to detoxify free gossypol in cottonseed diets for dairy cattle. J.
Dairy Sci., 74: 3457.
5. COPPOCK, C.E.; LANHAM, J.K.; HORNER, J.L., 1987. A review of the nutritive value and utilization of
whole cottonseed, cottonseed meal, and associated by-products by dairy cattle. Anim. Feed. Sci.
Techonol., 18: 89.
6. DePETERS, E.J.; TAYLOR, S.J.; FRANKE, A.A.; GUIRRE, A.A., 1985. Effects of feeding whole cottonseed
on compositions of milk. J. Dairy Sci., 68: 897.
Estrada da Ribeira, 3001 • km 03 • 83408-000 • Colombo.PR • Telefone: (41) 2169 3100 • www.nuvital.com.br • nuvital@nuvital.com.br
7.

Notícias do PRODECENTRO


SÚMULA DA IV REUNIÃO MENSAL DE ASSESSORAMENTO TÉCNICO AOS COLEGIADOS TERRITORIAIS
DO RIO GRANDE DO NORTE

Local: Escritório do IDS – Sede da ANEA, Natal/RN
Data: 25 de fevereiro de 2011.
Horário: 09h00min
Pauta:
       I.            Planejamento Trimestral da Assessoria Territorial;
    II.            Informações Territoriais – Cadastro dos Colegiados;
 III.            Projetos Territoriais – Plano de Providências e PROINF 2011;
 IV.            Informes;
    V.            Outros Assuntos.

Abertura:
A IV Reunião Mensal de Assessoramento Técnico aos Colegiados Territoriais do Rio Grande do Norte foi iniciada as 10h00min, moderada por Valdivan Almeida, que abriu dando boas vindas.
Valdivan sugeriu que alterasse a ordem da pauta iniciando com os Informes.
       I.            Informes
A Plenária com a palavra livre foi repassando os informes conforme necessidade:
1.      Auricélio
ü  Com a transição de governo muitos cargos ainda não foram definidos: INCRA, DFDA e ainda os da SDT, de forma que muitas ações ainda estão sendo planejadas;
ü  Em viagem recente a Brasília, Auricélio expos que os colegiados devem discutir a nível territorial a Conjuntura Política do Rural “Código Florestal” e, também informou que haverá adaptações das novas regras do PROINF-2011, o recurso deve priorizar os projetos com problemas de funcionalidades e gestão;
ü  Informou ainda que o governo federal deverá anunciar o Programa de Erradicação de Extrema Pobreza. O futuro programa terá como eixos a ampliação da renda (como ocorreu recentemente com o reajuste dos benefícios do Bolsa Família); a melhoria da oferta de serviços públicos (funcionamento de creches, pré-escola e postos de saúde); e a inclusão social (qualificação profissional e empreendedorismo);
ü  Os assessores técnicos devem junto com o Colegiado planejar executar o Plano de Providência, e que esta sendo agendada uma reunião com o Governo do Estado/ SAPE/ CEDRUS para discutir as ações para viabilizar os projetos territoriais que tem como proponente o Governo do Estado;
ü  Reunião de preparação do planejamento estratégico da SDT.

2.      Claúdia Suassuna
ü  Realizará a videoconferência no dia 02 de março de 2011, e terá como pauta as informações do PROINF; Plano de Providencia; Programa de Erradicação da Pobreza Extrema (Novo Programa do Governo Federal);
ü  As 19h00min, no dia 25 de março de 2011, no canal da TV Cultura ou no canal do NBR, Afonso Florence ministro do MDS, irá comentar sobre o Pobreza de Erradicação de Pobreza Extrema.
ü  Realizará a primeira reunião interministerial para debater o Programa de Erradicação de Extrema Pobreza. Com objetivo de realizar um plano geral de trabalho que prevê três frentes: a inclusão produtiva dos mais pobres, ampliação da rede de serviços e continuidade e aprofundamento do trabalho de transferência de renda.

3.      Augusto
ü  Reunião no ASSINCRA – mais recurso para obtenção e regularização de terras e menos para o desenvolvimento, videoconferência do CNASI.


4.      Johan:
ü  Na última reunião do Colegiado Territorial do Potengi encaminhou uma audiência com o governo do estado para viabilizar os projetos territoriais, através das contrapartidas, uma vez que os projetos territoriais do Potengi são na sua maioria via Estado. E a preocupação é como vai pensar em novos projetos se não foram viabilizados os anteriores.

5.      Silvana:
ü  Há uns vinte dias atrás teve uma reunião com Carlos Alberto, secretário de agricultura do Estado, com a proposta de discutir sobre os projetos do PROINF, ficou encaminhada uma reunião com o Governo do Estado para deliberar ações para viabilizar os projetos dos territórios.

6.      Paloma:
ü  A Coordenação Estadual de Rede de Colegiados do Rio Grande do Norte se reuniram para planejar as ações de 2011 e avaliar as ações anteriores no dia 24 de fevereiro de 2011, no auditório do Escritório de Apoio do IDS – Sede da ANEA, na oportunidade ficou encaminhada que nas próximas reuniões ordinárias dos colegiados territoriais do Rio Grande do Norte conceda uma pauta para a Coordenação da Rede Estadual para apresentar as suas ações específicas para o ano de 2011.

7.      Valdivan
ü  Informou que as ações do IDS específicas do Programa Território da Cidadania estarão concentradas na Sede da ANEA, dispondo de duas salas e quando necessário o auditório para reuniões;
ü  Também informou que Emídio não se fez presente por problemas de saúde.

    II.            Planejamento Trimestral da Assessoria Territorial
Dando continuidade à ordem do dia, os assessores técnicos territoriais e assessores voluntários territoriais do Rio Grande do Norte apresentaram as ações planejadas para o 2º Trimestre de 2011 (Abril/Maio/Junho).
Os assessores territoriais: Teófilo Fernandes (Açu/Mossoró), Genilson Nunes (Alto Oeste Potiguar), Johan Adones (Potengi) e Carlos Sobral (Mato Grande) apresentaram seus planejamentos trimestrais utilizando-se da ferramenta Power Point, as apresentações estão no Anexo 02.
Enquanto que demais assessores na plenária expuseram seus planejamentos oralmente, segue abaixo o relato dos mesmos.
1.      Assis: Território Agreste Litoral Sul
ü  Neste ano não ocorreu atividades do Colegiado, esta sendo agendado pra estes dias a Reunião Ordinária do Núcleo Diretivo. Esta agendado para a segunda semana de março a próxima reunião do Colegiado.
ü  No Território Terra Sul foi realizado as seguintes ações no ano de 2010: Deliberação de Casas Digitais; Reuniões sobre SECAFES; Reunião para discutir o PNAE em São Jose de Mipimbu;
ü  Informou que a reunião Ordinária do Colegiado Territorial Agreste Litoral Sul acontecia sempre na ultima sexta-feira do mês, e comunicou que mudança da ata para a primeira sexta-feira do mês.
ü  Recuperar o Estatuto do Território

2.      Verlane: Território Terra dos Potiguaras
ü  As reuniões sempre são na quarta-feira da segunda semana do mês, e que as atividades para o ano de 2011 irão serem retomadas no mês de março;
ü  Semana passada deu continuidade às discussões do PNAE, vão lançar as novas chamadas públicas com a Prefeitura Municipal de São Gonçalo;
ü  O Colegiado Territorial deliberou a reestruturação das instancias do Colegiado;
ü  Também vão voltar a discutir o PROINF 2011.

3.      Leonete: Território Sertão Central
ü  Com a alteração do Regimento Interno as reuniões ordinárias realizarão a cada 03 meses, sendo a próxima em Maio de 2011;
ü  A Plenária criou uma comitiva, em reunião no dia 18 de fevereiro, para fortalecer as câmaras temáticas de Educação, Saúde e Cultura;
ü  O Sertão Central esta participando do Fórum da Economia Solidária, com recurso do CFES. O projeto visa a formação e capacitação de técnicos em Economia Solidária. São cursos centralizados e descentralizados, em 02 módulos e 04 pessoas por território.

4.      Tairi:
ü  O Colegiado Territorial solicitou a reestruturação do Colegiado, a ser realizada no dia 15 de março de 2011 em Boa Saúde/RN;
ü  Apoio as cadeias – PTCP;
ü  Casas Digitais Territorial do Trairí;
ü  Discussão sobre o PNAE;
ü  Assessoramento as atividades do Núcleo Diretivo (nas terça-feira da ultima semana do mês) e nas atividades das reuniões ordinárias do Colegiado (terça-feira da primeira semana do mês).

 III.            Informações Territoriais – Cadastro dos Colegiados;
Neste ponto de pauta, Taís Belém apresentou uma síntese do II Parecer Técnico do Produto Quadrimestral dos Assessores Técnicos Territoriais do RN, onde abordava a situação da alimentação do registro das instituições e representantes Membros do Colegiado dos Territórios.
No II Parecer Técnico foram analisados produtos de 04 assessores territoriais, sendo Açu/Mossoró, Alto Oeste Potiguar, Potengi e Seridó. Destes foram observados uma evolução na alimentação das informações das instituições membros dos colegiados, no entanto as informações estão incompletas, faltando dados de CNPJ, endereço, e-mail, telefone de contato, documentos pessoais, indicação de representantes, entre outros.
Para este ponto ficou encaminhado:
ü  Se a instituição ou o seu representante não possui correio eletrônico, incentivá-los para a criação do mesmo;
ü  Na ausência de telefone fixo na instituição ver a disponibilidade de telefones públicos próximos, e se o seu representante também não dispor do serviço inserir o contato da instituição ou telefone público próximo.
O II Parecer Técnico do Produto Quadrimestral dos Assessores Técnicos Territoriais do Rio Grande do Norte esta no Anexo 03.
 IV.            Projetos Territoriais – Plano de Providência e PROINF 2011
Para as discussões do PROINF 2011 os colegiados territoriais devem adotar  os seguintes critérios:
ü  Está de acordo com os programas e eixos do PTDRS;
ü  Resgatar o Plano de Providência – atualizar com novas informações do andamento dos projetos;
ü  Priorizar projetos na Diretriz Macro do GF – “combate a pobreza extrema”;
ü  Definir antes de elaborar os projetos – os gestores e que participem.
Foram acordados prazos para que as discussões ocorram no tempo devido:
ü  Março a Maio/2011 – reuniões territoriais e no CEDRUS
ü  Até julho – enviar para SDT/MDA.
ü  Projetos vão ser inseridos no SGE - monitoramento pelos colegiados e pela SDT e alimentação pelos proponentes;
A orientação da SDT/MDA que os territórios formem um BANCO DE PROJETOS como estratégia operacional para viabilizar por meio de várias fontes de financiamento, para isso é imprescindível que os territórios formem e qualifiquem uma Equipe Técnica para elaboração de projetos territoriais de acordo com as prioridades e demandas dos territórios.
    V.            Outros Assuntos.
1.      Colegiados Territoriais:
    1. Composição dos Membros das Instituições – concluírem as informações;
    2. Gestão das Informações – alimentação no SGE das instituições e das atividades territoriais;
    3. Escritório de apoio dos colegiados territoriais – reavaliar os atuais locais e ver possibilidades – entidades parceiras com custeios territoriais, etc.
2.      Casas digitais
a.       Contato com Rosana – NEAD/MDA;
b.      Esta aguardando a liberação de recursos do MDA e do Ministério da Comunicação ate o momento acenou a liberação de equipamentos de 05 casas digitais.

3.      Segurança Alimentar (3/3 trimestre):
a.       V Conferência Nacional de Segurança Alimentar e as Conferências Estaduais e Territoriais;
b.      Interesse de criar os conselhos municipais – quem tem ação do MDS;
c.       Debate na próxima reunião de assessoria com presença do FPECOSOL,
4.      Possivelmente:
a.       Edital para contratação da BSC do Seridó e Mato Grande – Março/2011;
b.      Oficinas Interterritoriais da Alimentação Escolar e Agricultura Familiar – Abril/11.
5.      Agenda dos Territórios Rurais
DATA
HORÁRIO
OBJETIVO
LOCAL
02 de Março
08h30min
Reunião do coletivo estadual de alimentação escolar
Auditório do INCRA – Natal/RN
02 e 03 de Março
09h00min
Oficina de Reestruturação do Colegiado Territorial Açu/Mossoró
Auditório do STTR de Assú/RN
02 e 03 de Março

Reunião dos Núcleos Produtivos da COAFES

03 de Março
10h00min
Audiência com SAPE com os Assessores Técnicos com representantes dos Colegiados, SDT/MDA para discutir as ações para viabilizar os projetos territoriais do Rio Grande do Norte.
Auditório da SAPE – Natal/RN
11 de Março

Reunião Ordinária do Colegiado Territorial do Mato Grande

15 de Março

Reunião Ordinária do Colegiado Territorial do Trairi

15 a 16 de Março

Oficina de ECOSOL do Território Sertão Central e Litoral Norte
Lajes/RN
16 de Março

Reunião Ordinária do Colegiado Territorial do SR (????)

16 de Março

Reunião Ordinária do Colegiado Territorial do Potengi

16 a 18 de Março

Capacitação do PTCP
Escritório de Apoio do IDS – Sede da ANEA – Natal/RN
18 de Março

Lançamento de Gestão dos Territórios da Cidadania da UFRN
IFRN – João Câmara/RN
18 de Março
09h00min
Reunião da Comitiva para fortalecer as câmaras temáticas do Sertão Central e Litoral Norte
Pedra Preta/RN
18 de Março
14h00min
Reunião da Comitiva para fortalecer as câmaras temáticas do Sertão Central e Litoral Norte
Lajes/RN
23 a 24 de Março

Oficina Territorial do Mato Grande de ECOSOL
João Câmara/RN
28 de Março
09h00min
V Reunião Mensal de Assessoramento Técnico dos Territórios do Rio Grande do Norte
Escritório de Apoio do IDS – Sede da ANEA – Natal/RN
28 de Março a 01 de Abril

 Planejamento Integrado das Ações da SDT/MDA

11 a 15 de Abril

Capacitação para o Planejamento Estratégico e Operacional
SDT – Brasília/DF
Abril

Circuito de seminários estaduais e territoriais de Educação do Campo
Territórios