domingo, 30 de dezembro de 2012

Aquarela Nordestina





No Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra,
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.
Juriti não suspira, inhambú seu canto encerra.
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.

Acauã, bem no alto do pau-ferro, canta forte,
Como que reclamando nossa falta de sorte.
Asa branca, sedenta, vai chegando na bebida.
Não tem água a lagoa, já está ressequida.

E o sol vai queimando o brejo, o sertão, cariri e agreste.
Ai, ai, meu Deus, tenha pena do Nordeste.

Laiá laiá laiá,...

No Nordeste imenso, quando o sol calcina a terra,
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.
Juriti não suspira, inhambú seu canto encerra.
Não se vê uma folha verde na baixa ou na serra.

Acauã, bem no alto do pau-ferro, canta forte,
Como que reclamando nossa falta de sorte.
Asa branca, sedenta, vai chegando na bebida.
Não tem água a lagoa, já está ressequida.

E o sol vai queimando o brejo, o sertão, cariri e agreste.
Ai, ai, meu Deus, tenha pena do Nordeste.

Laiá laiá laiá,...

Nota do Blog:
Após alguns dias de recesso, nossaterra volta a postar matérias de interesse do homem do campo. E nada mais prazeiroso do que ler o poema nordestino " Aquarela Nordestina", um clássico de Luiz Gonzaga, que retrata de forma contundente a situação por que passa o nosso nordeste brasileiro.
Feliz ano novo nação nordestina. Feliz ano novo região central. Feliz ano novo agricultor sofrido, esquecido, porém, bravo e ordeiro.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Famílias de classe média também fogem da estiagem no Pernambuco

Moradores do agreste e do sertão de Pernambuco estão abandonando suas casas na zona rural para fugir da seca, mas diferentemente do que ocorria, os novos retirantes não são apenas miseráveis.

Agora há famílias de classe média que deixam para trás casas mobiliadas.Parentes cuidam do patrimônio. E quem vai se compromete a enviar dinheiro para ajudar os que ficam.
“Meu filho e a mulher dele não aguentaram”, disse o agricultor Edigar Aristides dos Santos, 68, um ex-retirante que também fugiu da seca nas décadas de 1970 e 1980.
“Eles fecharam a casa com tudo dentro, entregaram a chave para um sobrinho e foram embora para São Paulo faz uns 30 dias”, disse.
Das 11 reses do casal, nove morreram. Das plantações de fumo, feijão e milho só sobraram caules secos.



Noticias do PRODECENTRO

Brasília -- Cerca de 600 representantes de organizações de economia solidária de todo o país estão reunidos para fazer um balanço sobre a área e discutir os desafios para os próximos anos. A 5ª Conferência Nacional da Economia Solidária ocorre em Luziânia (GO), cidade a cerca de 60 quilômetros da capital federal.

Um dos desafios apontados é o acesso ao financiamento para os empreendimentos econômicos solidários. A representante da Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, do Ceará, Ana Dubeaux, aponta a necessidade de implementação de um fundo com recursos públicos para financiar o trabalho das organizações.

"De 2003 para cá, começamos a ter políticas públicas para a economia solidária, mas elas ainda são muito fracas. Não existe um fundo público que apoie o investimento nos empreendimentos que estão querendo se organizar em forma de trabalho associado que é fundamental para a economia solidária existir", disse, acrescentando que as políticas públicas governamentais têm se destinado, principalmente a formação e ao mapeamento das atividades e não oferecem recursos suficientes para a aquisição de maquinário.

Ana Lourdes de Freitas, do Empreendimento Econômico Cultural Templo da Poesia, de Fortaleza (CE), também cita o desafio da sustentabilidade dos empreendimentos e a necessidade de uma lei federal que regulamente a atividade. A organização da qual Ana Lourdes faz parte busca sensibilizar o público para as artes e faz também apresentações pagas para custear as despesas do grupo. "Assim com as grandes empresas recebem investimentos para crescerem, acreditamos que também os empreendimentos da economia solidária precisam de investimento para que se expandam. Queremos produzir para que a comunidade local consuma".

A conferência nacional ocorre a cada três anos e o momento de debates é também para tratar de avanços alcançados desde o último encontro. O crescente reconhecimento da economia solidária é apontado como um dos avanços por Ana Dubeaux. "Temos conseguido fazer com que haja um reconhecimento da economia solidária que começa a existir nas estatísticas, começa a ter políticas públicas voltadas para ela e um olhar da sociedade em geral", disse.

O índio guarani Vanderley Martins, da Aldeia Jaguapireu, de Dourados (MS), veio para a conferência com outros 29 indígenas e conta que os índios estão entre os primeiros praticantes da economia solidária, já que sempre fizeram trocas. Ele coordena um grupo que produz artesanato e com os produtos também busca difundir a cultura indígena. A economia solidária é para eles uma importante fonte de geração de renda.

"Temos um banco comunitário na nossa cidade, o Banco Pire, que tem um valor em caixa. O empreendimento vai lá, faz o empréstimo e paga em parcelas com juros muito pequenos. Nosso grupo Guaté trabalha com artesanato, acessórios e junto com o artesanato vai uma embalagem que conta nossa história. Quando chegamos à comunidade com o resultado do nosso trabalho, é muito gratificante", contou.

A 5ª Conferência Nacional da Economia Solidária começou ontem (9) e vai até o dia 13 de dezembro com o tema Bem-Viver, Cooperação e Autogestão para o Desenvolvimento Justo e Sustentável. Uma das definições da economia solidária é a de uma atividade de geração de trabalho e renda com inclusão social. Compreende práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações e empresas autogestionárias.

domingo, 16 de dezembro de 2012

No interior do RN, rebanho não resiste e morre de sede e fome

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 05:29
A TRIBUNA DO NORTE voltou esta semana às cidades visitadas em maio passado. O cenário é praticamente o mesmo. Intacta, mesmo, a esperança do sertanejo.
Preparar a forragem do gado foi substituído pela espera da ração distribuída pelo Governo do Estado. A coleta do leite se manteve, mas em menor escala, tendo em vista que o número de animais diminuiu drasticamente e os que ficaram pouco dão leite. Por último, organizar a produção do assentamento passou a ter novas obrigações. Transportar cadáveres de bois e vacas até o cemitério improvisado pelos colonos, viagens ao escritório do Banco do Nordeste de Caicó para tentar financiamentos, entre outros afazeres. Francisco das Chagas e seus 62 vizinhos fazem parte de um grupo crescente no interior do Rio Grande, o grupo daqueles que dependem quase que exclusivamente da política assistencial do poder público para persistir em seu trabalho.
Hoje pelos menos 17 mil agropecuaristas do Rio Grande do Norte contam com a ajuda de instituições públicas para manter o rebanho e a produção. O número à primeira vista impõe respeito, mas se intimida diante do universo geral de produtores do Estado. Segundo dados do Idiarn, existem hoje mais de 48 mil criadores de gado registrados no Estado. Pouco mais de três mil são atendidos pela distribuição de sorgo e milho do Governo do Estado, segundo dados da Emater. Além disso, cerca de 14 mil produtores compram milho a um preço abaixo do mercado através da Conab.
Segundo os próprios atingidos, é por conta de números como esses que a situação das comunidades rurais no interior do Estado pouco mudou desde o início da estiagem. A TRIBUNA DO NORTE visitou várias cidades em maio e registrou as dificuldades encontradas por conta da seca. Francisco das Chagas foi um dos entrevistados. Sete meses depois a situação pouco mudou. “Temos menos bichos morrendo, mas isso é porque boa parte do rebanho morreu naquela época”, lamenta o criador. Até dezembro cerca de 50 animais morreram no assentamento Seridó.
A principal dificuldade a persistir na vida das comunidades rurais do interior do Estado é a falta de pasto e água para o gado. “Existe a ração do Governo do Estado e o milho da Conab, mas nem todos os colonos conseguem ter acesso. O cadastro não contempla todos”, diz Francisco das Chagas. Com os reservatórios esvaziados e o chão tão seco que até a palma e o xique-xique começa a murchar, os produtores têm duas possibilidades: ou compram a ração ou esperam pelo Governo. Os “menores” não tem como desembolsar o necessário para comprar ração. Dependem dos governos.
Aqueles com um rebanho maior – e mais condição financeira – passaram a bancar do próprio bolso a sobrevivência do rebanho. Isso inclui contrair empréstimos, principalmente na linha de financiamento emergencial para seca, disponibilizada pelo Banco do Nordeste. Ubirajara Lopes de Araújo é um dos que conseguiu acesso ao recurso. O agricultor gastou cerca de R$ 20 mil desde maio apenas para conseguir manter em pé as 160 cabeças de gado que possui na fazenda Estreito. “A única ajuda que eu tenho é o milho comprado na Conab. O açude secou e dependemos da Operação Pipa para abastecer a casa”, aponta Ubirajara.
Com as dificuldades advindas com a seca, e que persistem desde a primeira metade de 2012, a produção de leite tem sido fortemente influenciada no Seridó. Em alguns locais, a diminuição chega a 40%.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Boer, sim senhor !



Ali estavam 200 animais para apreciação, com 100 em julgamento - uma demonstração de pujança que merece todo respeito dos brasileiros.

Há alguns estudiosos que não apreciam o Boer, simplesmente por ser exótico. Afirmam que “as cabras sempre foram laticínios ambulantes, sendo a carne um subproduto do leite”.  Estão certos, pois a realidade durante muitos milênios era: a cabra para leite e o cordeiro para a carne. Não existiam, então, caprinos para corte? Historicamente, existiam caprinos que conseguiram sobreviver a mil peripécias em montanhas escarpadas, onde só eles chegavam. Nessa maratona, tornaram-se mais musculosos, adequando-se ao transporte de um úbere de pequeno porte. Produziam leite apenas para as crias. Eram, porém, de pouca serventia para o ser humano, servindo apenas para serem caçados. Já as cabras domesticadas produziam leite e peles, dois produtos que ajudaram a escrever a história do ser humano.
Até pouco tempo, embora os caprinos estivessem em todos os pratos, como carne, jamais se pensava em selecioná-los para tal finalidade. Chegava a ser mesmo uma heresia!
Somente recentemente, o ser humano resolveu especializar o pequeno ruminante para produção de carne. Melhorou - e muito! - os ovinos e, então, alguns criadores trataram de fazer o mesmo com os caprinos. A primeira raça desenvolvida para produção de carne recebeu o nome de Boer, na história da humanidade, para lembrar os pioneiros europeus que povoaram a África do Sul. A partir dessa experiência, várias outras raças estão surgindo e tentando ocupar um espaço no mercado mundial de carnes.
A carne, rara iguaria, já pode ser encontrada mais facilmente. Produzir carne caprina é atender um mercado altamente sofisticado, pois se trata de um produto da mais alta nobreza, para ocasiões especiais. Já a carne de cordeiro pode ser encontrada a qualquer momento, a um preço acessível.
A carne caprina, por seu lado, tem muitas virtudes, sendo especialmente indicada para quem precisa de alta digestibilidade. Até por isso, a carne pode ser preparada em pratos muito requintados.

O Boer - O Boer chegou ao Brasil pelas mãos da Emepa-PB, num gesto pioneiro, depois de ferrenha batalha travada pelo especialista Dr. Wandrick Hauss, com órgãos governamentais. Trouxe os caprinos e também os técnicos para ensinarem a tecnologia de transplantes de embriões. Foi um momento decisivo na história da caprino-ovinocultura brasileira, pois todas as operações foram assistidas por empresários que já enxergavam a atividade como uma “ferramenta econômica” importante para o Nordeste. Imediatamente, alguns empresários começaram a importar Boer. Em menos de 10 anos, já pontificavam vários rebanhos no Brasil.
O Boer, logo no primeiro cruzamento com qualquer outra raça, já produz um animal meio-sangue muito mais lucrativo, com carcaça superior. Percebendo esta vantagem, os criadores passaram a introduzir mestiços Boer como se fossem reprodutores puros - até porque não existiam animais puros em quantidade suficiente.
Hoje, quase 20 anos depois, o que se nota em todo Brasil, é que os caprinos deram um salto, em termos de carcaça. Está evidente que a caprinocultura envereda agora por dois caminhos: carne, ou leite, com decisão. No primeiro caso (carne), praticamente todos os rebanhos usaram, em algum momento, um reprodutor Boer, ou mestiço de Boer.
Pode-se, então, discutir a viabilidade histórica de um caprino exclusivamente para carne, mas não a eficiência do Boer dentro dos rebanhos. Lembre-se que a vaca Ongole, na Índia, é selecionada para leite, mas - no Brasil - recebeu o nome de Nelore (pois era ajuntada na cidade de Nellore, na Índia, antes de ser embarcada), sendo selecionada exclusivamente para carne, com absoluta predominância no cenário. Não é novidade, portanto, transformar uma raça leiteira em boa produtora de carne. Diz um ditado: “Colocar carne na vaca leiteira é tarefa fácil diante da dificuldade de colocar leite na vaca de corte”. Vale também para os caprinos.


 

O Boer chegou para cumprir um importante papel: colocar mais carne dentro das  porteiras.


O crescimento do mercado, a falta de instituições adequadas, a falta de uma cadeia organizada e outros fatores parecem reduzir a ação do Boer, mas ele está vigorosamente dentro das porteiras, para todos enxergarem que o futuro é grandioso para a raça. O uso do Boer, portanto, é caracterizado como “uma fatalidade seletiva”, ou seja, como ferramenta a ser utilizada para colocar mais carne no mestiço comum. “O Boer é o caminho mais fácil para somar carne, ou seja, lucro no rebanho” - garante Fabrício Zaccara.
- Eu mesmo tinha dúvidas quanto ao Boer, no início - confessa Fabrício. Será que aquele animal grandioso conseguiria sobreviver na caatinga? Conseguiria ficar em pé, sobre as patas traseiras, para poder alcançar as folhas catingueiras? Fiquei observando muito tempo e fiz muitas pesquisas com o Boer. Ele passou em todas.
- Na verdade, o Boer está completando sua primeira fase no Brasil - lembra Renato Galvão. Nesta fase inicial, todos quiseram testar o Boer e isso aconteceu - de fato - de uma maneira espontânea, sem qualquer regra. Todo mundo fugiu de qualquer regulamento, ou associação, ou mesmo de qualquer seleção. O animal dava resultado e isso bastava. Foi um sucesso evidente dentro das porteiras. Essa fase, porém, esgotou-se e é necessário procurar reprodutores mais qualificados para cobrirem as fêmeas atuais. Está retornando, então, a procura por reprodutores puros.

Expo Natal - A grande vitória do Boer podia ser vista na Expo Natal. Ali estavam 200 animais puros, literalmente colocados à venda. Foi a raça mais numerosa nos julgamentos, batendo até os ovinos como o Santa Inês. Em um ano de forte Seca.
A Exposição de Natal mostrou claramente a tendência da atualidade: havia 100 Boer no julgamento, representando o caprino de corte e mais 70 Saanen, representando o caprino leiteiro. Onde se juntaram tantos caprinos Saanen, num mesmo recinto?
Pode-se entender que 80% das propriedades estão interessadas em produzir caprinos para carne, no momento, utilizando o Boer. Estas mesmas propriedades reservarão 20% do rebanho para seleção e registro genealógico, como maneira de garantir o futuro. Esse é, portanto, um novo alvorecer para o Boer, agora com mais maturidade. Há dezenas de caminhos a serem escolhidos na produção de carne caprina, mas todos aproveitam as virtudes do Boer.

Criador inova na criação de ovinos e caprinos



Na cidade de Apucarana (PR), um criador de ovinos e caprinos resolveu inovar. Ele possui em seu criatório, 300 cabeças de ovinos e 150, de caprinos confinados. Segundo ele, os animais confinados não entram em contato com os demais, criados a campo, evitando-se, assim, uma possível contaminação, agregando valor ao seu produto final. Em confinamento, evita-se que os animais corram por longas distâncias, pois as correrias endurecem os músculos, produzindo carne mais dura e de pior qualidade.
Uma curiosidade é que, os animais criados em confinamento, quando abatidos, demonstram ser mais saudáveis, observando-se o estado em que se encontram seus órgãos, principalmente, o coração, o pulmão e os rins. Isso gera maior rentabilidade e agrega valor ao produto final, a carne, assegura o produtor paranaense, que investiu em seu próprio abatedouro.

Quem gosta e não gosta de leite de cabra



Estudo realizado pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa) mostra as preferências do gaúcho quanto ao leite de cabra. A pesquisadora Débora Strider já havia feito tal estudo em Parnamirim (PE), onde 72,5% dos entrevistados não consumiam por “não apreciar o produto”. A pesquisa concluiu em Pernambuco que o leite devia melhorar a qualidade para se aproximar do consumidor.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa verificou que o baixo consumo está atrelado à falta de informação e ao alto custo. Um litro de leite de cabra pode superar em até 100% o preço do de vaca. A pesquisa, feita em São Leopoldo, Dom Pedrito, Santana do Livramento e Bagé, avaliou o custo, assim como o hábito de consumo, estando este muito ligado ao perfil medicinal do produto. De fato, a adoção medicinal do produto da cabra é recomendada em casos de alergia na digestão, especialmente manifestada por crianças e idosos.

O discutido espaço para os ovinos

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O produtor de Alegrete (RS), Eduardo Piccoli Machado, enviou uma carta para o comentário de um outro leitor do FarmPoint: “Este final de semana foi muito importante para mim, no sentido de alguns conceitos de criação. Tive de concordar com teorias de um empregado que não tem o segundo grau completo, mas conhece a atividade bem mais do que eu. Ele dizia que minhas ovelhas precisavam de mais campo, mais espaço. Do alto de todas as teorias que conheço, escutava desconfiado este conselho. Por que? Neste final de semana, estava em Termas de Arapey, complexo termal Uruguayo, com hospedagem de 3 a 5 estrelas. Estava à beira de uma piscina conversando com uruguaios e argentinos, pessoas do campo e produtores rurais do Mercosul. Pasmei quando um argentino falava da maravilha do cordeiro da Patagônia. Do alto dos meus parcos conhecimentos afirmei que havia mais marketing que qualidade, já que a raça predominante é a Merino Australiano, que produz muita lã e pouca carne. Então escuto daquele argentino a mesma teoria que escutei do meu empregado. Ovelha é um animal que tem que caminhar, pois isso faz com que diminua a incidência de verminose e desenvolva a musculatura. Ele ainda afirmava que o cordeiro patagão tinha excelente rendimento de carne por ser criado em áreas muito grandes.
Sou advogado. Ovelheiro por paixão (com profissionalismo), mas deixo para os colegas e principalmente os técnicos, que me esclareçam estas afirmativas (como se diz no direito). Aplico os melhores vermífugos no meu rebanho. Alterno princípios ativos. Anualmente lhes dou um modificador orgânico. Faço monta controlada e estou sempre na média da produtividade. Comecei a acreditar realmente que ovelha necessita de espaço”.

Governo diz que agricultores receberão auxílio complementar do Garantia-Safra

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 18:37 Segundo o governo federal, mais de 148 mil agricultores de 151 municípios que aderiram ao programa Garantia-Safra receberão, neste mês, a primeira parcela do pagamento adicional relativo à safra 2011/2012. A Portaria n° 43/2012, que autoriza o pagamento extra, foi publicada no Diário Oficial da União da quarta-feira (12), pela Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Os repasses serão realizados nas mesmas datas definidas pelo calendário de benefícios sociais da Caixa Econômica Federal. O valor adicional do benefício é de R$ 280 por agricultor; dividido em duas parcelas de R$ 140.
“Considerando a gravidade e a duração do período de seca, a decisão da presidenta Dilma Rousseff foi de liberar mais recursos tanto para o Garantia-Safra como para o crédito emergencial, para amenizar o impacto na renda e no consumo das famílias e, consequentemente, na economia regional”, detalha o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Programa de garantia de preços concede desconto em financiamentos para 12 produtos
Programa de garantia de preços concede desconto em financiamentos para 12 produtos
07/12/2012 02:27
O Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), neste mês de dezembro, concederá descontos nos financiamentos realizados para o cultivo de 12 produtos, além da cesta de produtos. Os beneficiados serão os produtores de algodão em caroço, babaçu (amêndoa), borracha natural extrativa, café arábica, cará/inhame, castanha de caju, laranja, leite, pequi (fruto), piaçava (fibra), sisal e tomate.
A portaria do PGPAF foi publicada nesta sexta-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU), pela Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA). Os preços de mercado têm validade para o período de 10 de dezembro a 9 de janeiro de 2013. O bônus de desconto tem como referência o mês de novembro de 2012.
O Programa garante ao agricultor familiar um desconto no momento do pagamento de seus financiamentos de custeio e investimento. O valor é abatido nos casos em que o preço de mercado do produto financiado está abaixo do preço de garantia.
Neste período, o bônus para a laranja é de 32,497% em São Paulo, de 41,25% em Santa Catarina e de 4,08% em Minas Gerais. Para o leite, os descontos são de 10,99% no Maranhão, 9,89% no Ceará e 5,49% na Bahia.
A borracha natural extrativa, produto da sociobiodiversidade brasileira, tem desconto em sete estados, variando de 18,16% no Tocantins a 55,24% no Acre.
O desconto da cesta de produtos vale para os estados do Ceará (2,47%), Maranhão (2,75%) e Bahia (1,37%).
Consulte aqui a Portaria e saiba todos descontos oferecidos pelo PGPAF para dezembro.

Bônus
O bônus do PGPAF é calculado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado pela Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA). A Conab faz um levantamento nas principais praças de comercialização dos produtos da agricultura familiar e que integram o PGPAF.
Nas operações de investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o bônus pode ser concedido bastando que um produto incluído no PGPAF seja gerador de no mínimo 35% da renda estimada pelo agricultor para o pagamento do financiamento. Os bônus das operações de custeio e investimento ficam limitados a R$ 7 mil anuais por beneficiário do crédito rural.
O PGPAF abrange 49 produtos: abacaxi, açaí (fruto), algodão em caroço, alho, amendoim, arroz longo fino em casca, babaçu (amêndoa), banana, baru (fruto), batata, batata-doce, borracha natural cultivada (heveicultura), borracha natural extrativa, café arábica, café conilon, cana-de-açúcar, cará, carne de caprino, carne de ovino, castanha de caju, castanha do Brasil (com casca), cebola, feijão, girassol, inhame, juta (embonecada), laranja, leite, maçã, malva (embonecada), mamona em baga, manga, mangaba (fruto), maracujá, milho, pequi (fruto), piaçava (fibra), pimenta do reino, pó cerífero de carnaúba, raiz de mandioca, sisal, soja, sorgo, tomate, trigo, triticale, umbu (fruto), tangerina e uva.


Fernando Collor pede solução para a seca no Nordeste

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 15:12 O senador Fernando Collor (PTB-AL) pediu, nesta sexta-feira (7), que as autoridades competentes além de socorrer os sertanejos nordestinos que enfrentam a seca, também busquem soluções definitivas para o problema.
Segundo informou, a estiagem deste ano já é considerada a pior desde 1970. Collor reclamou que apesar de recorrente, a falta d’água no sertão nordestino não trouxe aprendizado aos governos. Ele avalia que os governos estaduais, em especial o do estado de Alagoas, têm investido em soluções paliativas e não em planejamento estrutural de longo prazo que minimize as consequências das estiagens prolongadas.
- É inexplicável que no alvorecer do século XXI a sexta economia mundial ainda seja palco de cenas que já deveriam ser parte do nosso passado. Os seus efeitos negativos sobre o Semiárido nordestino poderiam ser menos nocivos pela pura e simples ação humana bem planejada, ponderou Fernando Collor.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

A assessoria do governo do Estado esclarece a criação de taxa cobrada ao setor agropecuário, e que está sendo questionada por empresários do setor, que criticam  ação do governo em ano de seca histórica no Rio Grande do Norte.

Segundo entendimento do governo, a instituição da Taxa de Defesa e Inspeção Sanitária Animal e Vegetal (TDIAV), encaminhada para aprovação da Assembleia Legislativa, cumpre uma exigência do Ministério da Agricultura, quando do plano de ação para atendimento do relatório da última auditoria para enquadrar o Rio Grande do Norte como área livre de febre aftosa com vacinação.
E, para avançar neste processo, exige-se dos órgãos de defesa e inspeção agropecuária nos estados a busca por sua autonomia financeira.
A taxa é cobrada pela maioria dos estados brasileiros e os setores da agricultura, da pecuária e de abastecimento, têm conhecimento destas cobranças ao participar de feiras, vaquejadas, exposições…

A assessoria do governo diz ainda que, ‘ciente da situação de estiagem no semiárido potiguar, o Governo do RN inicia com este Projeto de Lei enviado à Assembleia Legislativa, a busca pela autonomia do IDIARN, estabelecendo taxas inferiores à média nacional e menor do que as cobradas na região Nordeste, em 90% dos casos. Com valor menor em 30%, 50% e até 88% com é o caso da GTA para a carcinicultura retirar 1 milheiro de camarão, que em alguns estados se cobra R$ 7,00 e no RN se propõe cobrar R$ 1,06′.

Para o Idiarn, se em 2012 já fosse cobrado o conjunto de todas as taxas, o valor arrecadado aproximado seria de R$ 430 mil ao ano.
Clique nos links abaixo para ter acesso a:
Anteprojeto de Lei
Arrecadação 2011 e 2012
Tabela Animal
Tabela Vegetal

Nota do Blog:
O governo do Estado não está com esta bola toda para criar imposto ao produtor rural. Além de não possuir um plano de medidas que venha sanar a situação do homem do campo, o que vem do governo federal pouco chega para os produtores. No inicio do ano, após configurar-se a estiagem prolongada, o governo do estado emitiu medidas que nunca foram cumpridas. É aquela velha máxima. "Além da queda o coice"

RN SUSTENTÁVEL

CONVITE
Aos Presidentes de Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Conselhos Municipais e Núcleos Diretivos dos Territórios da Cidadania.
Dando continuidade a preparação e construção do Projeto Integrado de Desenvolvimento Sustentável do Rio Grande do Norte (RN Sustentável), o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, através da Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (SEPLAN), vem convidar Vossa Senhoria para participar de reunião a realizar-se no dia 17 de dezembro de 2012, no Auditório da EMATER - Centro Administrativo/ Natal-RN, no horário das 8:00 às 13:00 horas.
O objetivo é iniciar a discussão do processo de articulação com os atores sociais municipais e territoriais, visando à formação e estruturação dos conselhos municipais no contexto do Projeto RN Sustentável.
Dessa forma, queremos ressaltar a importância da presença de representantes para viabilização deste processo. Para tanto, sugerimos que seja articulada em nível de território uma comissão de no mínimo 10(dez) representantes para garantir o fortalecimento das discussões e encaminhamentos do processo. Informamos que será fornecido almoço para todos os participantes.
PS. Solicitamos confirmar presença através do telefone: (84) 3232-1818, falar com Cristina Dantas, Sueli Paulo e Joana Darc ou através do e-mail: rnsustentavel@rn.gov.br
Coordenação do RN Sustentável

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O deputado Felipe Maia pediu, nesta terça-feira (04), que a presidente da República, Dilma Rousseff, declare estado de emergência da região Nordeste para a utilização da logística do Porto de Cabedelo (PB) no armazenamento e na distribuição de milho no estado.
Em virtude da seca, considerada a maior dos últimos 30 anos, o rebanho de diversos estados da região está sendo dizimado e a distribuição de milho sanaria parte do problema. Entretanto, de acordo com o Ministério da Agricultura, toneladas de milho não chegam ao Nordeste por falta de local para a estocagem. “Estamos desperdiçando estrutura em um momento de necessidade, pois o Porto de Cabedelo tem capacidade para guardar ao menos 15 mil toneladas para suprimento da Paraíba e do Rio Grande do Norte”, lembrou o parlamentar.
Entretanto, para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) dispense licitação e contrate o sistema logístico dos portos é preciso que a Presidência da República decrete o estado de emergência do Nordeste. “Em nome dos moradores da região peço que a presidente reconheça o estado de emergência para que a Conab adote as providências na distribuição do milho”, disse.
Nota do Blog:Medida justa e oportuna. 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Na PB, seca faz agricultores tirarem do sustento para alimentar o gado

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 10:11 O gado magro de ossos visíveis mal tem forças para manter-se de pé. Para os criadores, a carne não serve e o leite é pouco ou quase nada. Os pecuaristas lutam para manter o gado vivo e como convivem diarimente com o “cemitério de animais” a céu aberto. No Sertão da Paraíba, o agricultor ainda tira do pouco que tem para alimentar o gado, com os já escassos mandacaru e palma, dando aos animais para beber até mesmo água de esgoto.
Apesar das dificuldades, o trabalhador não desiste da vida no campo.
Na zona rural de Patos, o criador Francisco Trindade, de 62 anos, perdeu três animais nesta seca. O alimento do gado é o mandacaru e a ração de milho, a água vem do rio Espinharas. “Estou dando água de esgoto que vem do rio, porque não tem mais nem água. Já tentei furar poço, mas não deu certo e perdi o dinheiro. Consegui formar uma filha na universidade com o dinheiro do leite e da criação de vacas, então continuo lutando”, afirmou.
O racionamento na distribuição de grãos para o gado vem sendo praticado desde julho nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na Paraíba.

Na PB, seca faz agricultores tirarem do sustento para alimentar o gado

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 10:11 O gado magro de ossos visíveis mal tem forças para manter-se de pé. Para os criadores, a carne não serve e o leite é pouco ou quase nada. Os pecuaristas lutam para manter o gado vivo e como convivem diarimente com o “cemitério de animais” a céu aberto. No Sertão da Paraíba, o agricultor ainda tira do pouco que tem para alimentar o gado, com os já escassos mandacaru e palma, dando aos animais para beber até mesmo água de esgoto.
Apesar das dificuldades, o trabalhador não desiste da vida no campo.
Na zona rural de Patos, o criador Francisco Trindade, de 62 anos, perdeu três animais nesta seca. O alimento do gado é o mandacaru e a ração de milho, a água vem do rio Espinharas. “Estou dando água de esgoto que vem do rio, porque não tem mais nem água. Já tentei furar poço, mas não deu certo e perdi o dinheiro. Consegui formar uma filha na universidade com o dinheiro do leite e da criação de vacas, então continuo lutando”, afirmou.
O racionamento na distribuição de grãos para o gado vem sendo praticado desde julho nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na Paraíba.

Na PB, seca faz agricultores tirarem do sustento para alimentar o gado

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 10:11 O gado magro de ossos visíveis mal tem forças para manter-se de pé. Para os criadores, a carne não serve e o leite é pouco ou quase nada. Os pecuaristas lutam para manter o gado vivo e como convivem diarimente com o “cemitério de animais” a céu aberto. No Sertão da Paraíba, o agricultor ainda tira do pouco que tem para alimentar o gado, com os já escassos mandacaru e palma, dando aos animais para beber até mesmo água de esgoto.
Apesar das dificuldades, o trabalhador não desiste da vida no campo.
Na zona rural de Patos, o criador Francisco Trindade, de 62 anos, perdeu três animais nesta seca. O alimento do gado é o mandacaru e a ração de milho, a água vem do rio Espinharas. “Estou dando água de esgoto que vem do rio, porque não tem mais nem água. Já tentei furar poço, mas não deu certo e perdi o dinheiro. Consegui formar uma filha na universidade com o dinheiro do leite e da criação de vacas, então continuo lutando”, afirmou.
O racionamento na distribuição de grãos para o gado vem sendo praticado desde julho nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na Paraíba.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Tem chuva!!! No Maranhão e temporal no Piauí… Notícia boa!

- Publicado por Robson Pires, na categoria Notas às 08:03
A notícia é boa. O pessoal da meteorologia anota ocorrências de chuvas no Piauí, no Ceará e bandas da Bahia. Logo cedo confiro o boletim do CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos do Clima), que faz parceria com o INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). A previsão para ontem, 30, era: “Em grande parte do centro-sul do Maranhão e centro-oeste do Piauí: temporal, com chuva forte e rajadas de vento”. Para hoje, primeiro de dezembro: “No oeste do Ceará e leste do Piauí, oeste da Bahia: variação de nuvens e possibilidade de pancadas de chuva. No oeste do Piauí, no Maranhão e oeste da Bahia: nublado com fortes pancadas de chuva.”
O CPTEC aponta tendências: “No extremo oeste da Bahia, Piauí e grande parte do centro-sul do Maranhão: nublado com fortes pancadas de chuva. No leste do Piauí, oeste de Pernambuco e oeste da Bahia, variação de nuvens e possibilidade de pancadas de chuva”.
O oeste da Bahia, sertão brabo, se encosta com o sudeste do Piauí e com o leste de Tocantins e ainda com um pedaço de Goiás, cerrados. O oeste de Pernambuco também faz divisa com o sudeste do Piauí, separados pela Serra Dois Irmãos, mais em cima a Chapada do Araripe, na divisa com o sul do Ceará, região do Cariri. Ali por perto fica Exu, chão pernambucano onde nasceu Luiz Gonzaga. Vai fazer agora 100 anos, dia 13, também consagrado a Santa Luzia, a das pedrinhas de sal que viram água, sinal de inverno.
Depois de bater nas porteiras do CEPTEC, fui ver o que a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia) tinha de novidade. Tinha noticia de chuvas no Cariri e no Sertão de Inhamuns. Mas antes veja o que diz sua previsão (ontem) para 24 horas: “Céu parcialmente nublado com possibilidade de chuvas isoladas em todo o Estado devido a um Vértice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN)”. Não entendi o que é VCAN, mas achei bonito.
Segundo a Funceme a tendência do tempo no Ceará para 48h e 72h é de “céu parcialmente nublado com possibilidade de chuvas isoladas em todo o Estado.” Mas adiante confiro o boletim de chuvas caídas ontem, 30, no Ceará. Região do Cariri: Carius, 34 milímetros, Missão Velha, 16, Barbalha e Farias Brito, 15, Várzea Alegre e Juazeiro do Norte, 10, Santana do Cariri, 4. No Sertão Central e Inhamuns, uma parte no caminho do Piauí: Assaré, 36, Iguatu, 12, Saboeiro, 7, Choro, 3.
Na região do Jaguaribe também choveu: Potiretama, 10 e Iracema, 3. Os dois municípios ficam olhando para o Rio Grande do Norte, Chapada do Apodi. Potiretama tira um fino em Rodolfo Fernandes, do lado potiguar, a mesma divisa.
Tem que se animar, gente.
Por Woden Madruga