terça-feira, 30 de junho de 2020

Afonso Bezerra: Finobrasa Agroindustrial S.A. é autorizada para atividade agrícola irrigada

A empresa Finobrasa Agroindustrial S.A., estabelecida na Fazenda Malheiros, zona rural do município de Afonso Bezerra, região Central potiguar, torna público que recebeu do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema/RN) em Natal a Licença Simplificada (LS), com prazo de validade até 14 de agosto de 2026, em favor do empreendimento para operação em agricultura irrigada, na referida propriedade.
O aviso da obtenção do licenciamento tem divulgação neste sábado (27), no Diário Oficial do Estado, e é assinado pelo diretor de Operações da empresa, Altamir Guilherme Martins.

 

I ExpoVirtual tem vendas de animais e programação científica gratuita


De 04 a 12 de julho, criadores de animais, produtores rurais e representantes de insumos agrícolas estarão reunidos online na 1a Exposição Agropecuária Virtual do Rio Grande do Norte, iniciativa do Governo do RN, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca-SAPE, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE/RN e a Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Rio Grande do Norte – FAERN.
O evento surgiu para fomentar os negócios no setor agropecuário, atendendo a demanda da cadeia produtiva, que devido a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid 19) teve o Calendário de Exposições Agropecuárias do RN suspensas neste primeiro semestre.
“A ExpoVirtual vem de modo seguro preencher um vazio deixado pela suspensão das Exposições Agropecuárias do RN, em decorrência do coronavírus e o setor sem ambiente para presencialmente venderem e comprarem seus produtos. Com toda segurança que o momento requer e a comodidade os produtores e criadores poderão tanto vender seus animais, como comprar outros para fortalecer o seu plantel”, destacou Guilherme Saldanha, secretário da SAPE.
Os participantes poderão tanto comercializar seus produtos, como realizar compras e assistir à programação científica, no conforto e na segurança de sua casa por meio de um computador, tablet ou celular.
Para participar como vendedor basta o interessado entrar em contato com a equipe do Agrobatida – plataforma digital especializada em vendas, escolhida para abrigar o evento- por meio do e-mail:  contato@agrobatida.com.br ou pelo telefone: (79) 9 9855-8722, e gratuitamente, preencher a ficha de inscrição e enviar material de foto e filmagem do produto até a próxima segunda (29).
Já para comprar o interessado deve baixar o aplicativo do Agrobatida (http://onelink.to/34zswj), disponíveis gratuitamente na Play Store ou Apple Store fazer o cadastro e acessar a oferta que lhe interessar.
O comprador pelo aplicativo faz seu lance e acessa informações sobre o rebanho, fotos, vídeos e até a árvore genealógica do animal. Pelo chat do app é possível esclarecer qualquer dúvida. Até o término do horário do evento, no dia 12, o lance mais alto será o valor da compra sem o comprador ter de pagar comissão.
Programação Científica
Os participantes contarão com uma programação científica diversificada totalmente online e gratuita. Entre os temas estão Cultivo da Palma Forrageira; Registro de Queijeiras, SISBI, Vacinação Animal; Armazenamento de Forragem; Crédito Rural; entre outras que serão transmitidas simultaneamente às 09h e às 16h nas redes sociais da SAPE, Sebrae/RN e Sistema FAERN/SENAR.
A 1ª Exposição Agropecuária Virtual do RN conta com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte – EMPARN, Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN – IDIARN, Associação Norte-rio-grandense dos Criadores – ANORC, Associação Norte Riograndense de Criadores de Caprinos e Ovinos – ANCOC, Associação dos Criadores de Cabras Leiteiras do Litoral e Agreste – ACLAP, Associação Seridoense de Criadores – ASSERC, Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Sertão Cabugi – ACOSC, e Associação Norte-Riograndense de Criadores de Cavalo Quarto de Milha – ANQM; agentes financiadores de crédito como o Banco do Nordeste - BNB, Banco do Brasil - BB e Agência de Fomento do RN – AGN; e a divulgação do Programa Cheiro da Terra.

Acesso de beneficiários da reforma agrária ao crédito rural é simplificado


Ubirajara Machado

Articulação do Incra junto ao Banco Central permitiu simplificar um dos requisitos para a concessão de crédito rural a beneficiários da reforma agrária. Caso não possuam inscrição no Cadastro Ambiental Rural do lote no qual residem, poderão apresentar o recibo da matrícula no CAR referente ao perímetro do assentamento a fim de obter recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A partir de 1º de julho, o chamado CAR Lote seria documento obrigatório para a assinatura de contratos no âmbito do Programa. A Resolução do Banco Central nº 4.828, de 18 de junho de 2020, válida a quem integrar a relação de beneficiários do assentamento em questão, retirou essa exigência.A mudança foi necessária porque parte do público atendido vive em áreas de reforma agrária nas quais é inviável identificar o perímetro de cada lote. Desta forma, os moradores não conseguiriam cumprir as condições necessárias para fazer empréstimos nas instituições financeiras credenciadas a operar o Pronaf.
“Isso ocorre, por exemplo, em dezenas de projetos localizados nas regiões Norte e Nordeste do país, implantados de maneira coletiva e sem previsão de individualização de área por unidade familiar”, explica o diretor de Desenvolvimento e Consolidação de Projetos de Assentamento, Giuseppe Serra Seca Vieira.
A resolução do Banco Central abrange assentados da reforma agrária ou beneficiários do Crédito Fundiário dos chamados grupos ‘A’ (obtenção de financiamento necessário à estruturação de práticas agropecuárias e não agropecuárias) e ‘A/C’ (custeio de atividades agropecuárias ou industrialização da produção).
Além de ampliar o conjunto de pessoas aptas a obter capital e investir na produção, o diretor ressaltou o fato de a inscrição no CAR do perímetro do assentamento ser um dos requisitos para as famílias conseguirem a transferência definitiva de suas parcelas – por meio de títulos de domínio (TD) ou da Concessão de Direito Real de Uso (CDRU).
Os procedimentos e documentação necessários para a titulação de imóveis rurais em assentamentos de Reforma Agrária criados em terras de domínio ou posse do Incra ou da União são elencados na Instrução Normativa nº 99, de 30 de dezembro de 2019.
MCR
O Manual de Crédito Rural sistematiza as normas aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e aquelas divulgadas pelo Banco Central relacionadas ao tema, às quais devem ser subordinados os beneficiários e as instituições financeiras que operam no Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). Isso, sem prejuízo da observância da regulamentação e da legislação extensivas.
Os valores são assegurados tanto a produtores rurais (pessoas físicas) quanto a cooperativas de produção agrícola. Podem ter como finalidade custeio, investimento, comercialização e industrialização.
O primeiro objetivo elencado é o estímulo à produção, ao extrativismo não predatório, ao armazenamento, beneficiamento e industrialização de produtos agropecuários.
Também está relacionado como meta da concessão do crédito rural o incentivo à introdução de métodos racionais visando ao aumento da produtividade, à melhoria do padrão de vida das populações rurais e à adequada defesa do solo e proteção do meio ambiente.
No caso dos agricultores familiares, como os beneficiários da reforma agrária, os recursos disponibilizados têm como principal intuito estimular a geração de renda e o melhor uso da mão de obra empregada. O crédito pode ser destinado ao financiamento de atividades e serviços rurais agropecuários e não agropecuários, incluindo o turismo rural e a produção de artesanato e similares.
Possibilitar o desenvolvimento de atividades florestais e pesqueiras é outra destinação do crédito rural.

Assessoria de Comunicação Social do Incra

Pescador artesanal poderá apresentar protocolo de requerimento do registro para ter acesso a financiamentos

No Dia do Pescador, portaria facilitou o acesso desses profissionais à tomada de crédito, inclusive do Plano Safra­­­­
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (29) no Diário Oficial da União a Portaria Nº 205, que regulariza o uso do protocolo de solicitação de Registro Inicial para Licença de Pescador Profissional Artesanal como comprovante para fins de concessão de financiamento ou crédito, direcionado à atividade pesqueira junto às Instituições Financeiras.
Para ter acesso ao financiamento, o interessado também deverá apresentar o Relatório de Exercício da Atividade Pesqueira (Reap). Para o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Jr., a medida, publicada no Dia do Pescador, será importante para o setor.
“A portaria permite aos pescadores artesanais, que são a grande maioria dos pescadores do Brasil, utilizar o seu protocolo como comprovante para a tomada de crédito, inclusive, do Plano Safra. Isso será um grande avanço, uma grande ajuda para nossos pescadores”, disse Seif, agradecendo o apoio da ministra Tereza Cristina.
A ministra parabenizou os pescadores pelo seu dia. “Vocês também são agro. Quero parabenizar pelo trabalho que vocês fazem, por tudo o que vocês produzem para o Brasil e o mundo. Vamos caminhar  fazendo da pesca uma atividade cada vez mais forte no Brasil”, disse Tereza Cristina.

Governadora confirma retoma das atividades econômicas dia 1º de julho e muda cronograma


O Governo do RN confirmou hoje (29) a retomada das atividades econômicas do estado a partir da próxima quarta-feira (1º), prazo em que se encerra o atual decreto de isolamento social. Junto com a confirmação, o governo publicou um novo cronograma para 1ª fase da volta dos estabelecimentos, que antes tinha três frações e agora terá apenas duas frações.
A retomada havia sido adiada por duas vezes, já que, segundo o Executivo, essa reabertura estaria condicionada ao fato de reduzir a ocupação nos leitos de UTI do estado para menos de 70%. O último adiamento aconteceu no dia 23 de junho.  
A taxa de ocupação de leitos críticos na região metropolitana de Natal atualmente é de 97,4%, no Oeste de 93,2% e no Seridó de 82,8%. Ao todo, 44 pacientes aguardam por leitos críticos no estado. De acordo com o último boletim da Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap), o RN tem 24.301 casos de Covid-19 e 937 mortes pela doença.
 
MONITORAMENTO

Nuvem de gafanhotos permanece na Argentina

De acordo com a simulação, nuvem deverá seguir para o Uruguai
O Governo do Estado de Santa Catarina permanece acompanhando a situação da nuvem de gafanhotos em deslocamento no território da Argentina. Nas últimas 24 horas a nuvem de gafanhotos não apresentou grande avanço em função das baixas temperaturas e se encontra na Província de Corrientes, na Argentina. A possibilidade de chegada ao território catarinense permanece remota.
De acordo com informações da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Cataria, a trajetória dos gafanhotos para os próximos três dias foi demonstrada de forma simulada por pesquisadores da EpagriI. Segundo eles, os cálculos apontam que a nuvem deve seguir para o Uruguai.
Conforme projeção realizada por pesquisadores da Epagri, a altura de voo do inseto pode interferir no deslocamento junto com as condições climáticas. No caso de um voo de 50 e 100 metros acima do nível do solo, mais comum para esta espécie, os insetos poderão chegar nos próximos três dias ao Departamento de Rivera, no Norte do Uruguai. Caso a altura seja de 200 metros acima do nível do solo, o possível destino é Cerro Largo, na região Nordeste do território uruguaio.
A Secretaria salienta que não existe até o momento a necessidade de ação preventiva pelos produtores rurais. O uso indiscriminado de agrotóxicos nesta fase é considerado desperdício de recursos e pode causar impactos negativos no meio ambiente, atingindo insetos polinizadores e prejudicando diversas culturas.
Caso ocorra alteração na situação, a Defesa Civil e a Secretaria da Agricultura emitirão alertas para os agricultores e profissionais da área. Mai informações estão disponíveis para os agricultores nos escritórios municipais da Cidasc ou Epagri.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

A homeopatia aplicada no rebanho ajuda a reduzir despesas com medicamentos

   
homeopatia para bovinos 1Tratamentos alternativos, como homeopatia e fitoterápicos, além de boas práticas em sistemas de produção animal, podem contribuir para redução do uso de antibióticos e antiparasitários. A utilização inadequada ou indiscriminada desses medicamentos pelo produtor rural aumenta as chances de surgimento e propagação de bactérias e parasitas resistentes.
No Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP) está sendo usada a homeopatia para prevenção de algumas doenças comuns no rebanho leiteiro. De acordo com a pesquisadora Teresa Alves, produtos homeopáticos são misturados à ração para diminuir problemas como diarreia em bezerros, carrapatos nos animais e sistema imunológico debilitado. Além disso, para prevenir a retenção de placenta, é usado um produto na forma de spray direto na vulva das vacas logo após a parição.
No caso da diarreia, as primeiras semanas de vida do animal são as mais críticas, porque a imunidade é baixa. A atenção do pecuarista na vida inicial do bezerro vai refletir no seu desenvolvimento produtivo e reprodutivo. Já para o carrapato, todo o rebanho recebe a homeopatia. “Começamos com plano estratégico com uso de tratamento químico. Agora, a ideia é fazer a transição e manter apenas com a homeopatia”, conta.
Em relação ao fortalecimento, os animais que passam por alguma intervenção terapêutica recebem homeopatia. Teresa explica que nesse caso o homeopático agiria como um complexo vitamínico melhorando a imunidade.
Uma pesquisa realizada em 2015 na Embrapa Pecuária Sudeste testou a homeopatia em bezerros de leite recém-nascidos até completarem 60 dias de vida. O tratamento mostrou-se eficaz para diarreia. Cerca de 25% dos animais tratados com homeopatia não tiveram nenhuma ocorrência de diarreia no período do experimento. Além do tratamento alternativo, boas práticas de manejo animal ajudaram a reduzir a diarreia no Sistema de Produção de leite do centro de pesquisa.
Medidas simples como garantir que recém-nascido receba o colostro nas primeiras seis horas de vida, cuidados com a higiene do local onde os bezerros ficam, limpeza dos equipamentos usados para fornecimento de leite, comedouros e bebedouros sempre limpos, são eficientes e contribuem para o bem-estar e saúde animal.

Cadastro vai reconhecer empresas e cooperativas comprometidas com ética e integridade no agro

A inclusão no banco de dados é o passo inicial para concorrer ao Selo Mais Integridade
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou o Cadastro Agroíntegro, para reconhecer empresas e cooperativas agropecuárias que implementem práticas de integridade, ética e transparência.
Para ter seu nome cadastrado no banco de dados, as empresas deverão assinar um Termo de Compromisso com a Ética e a Integridade, declarando sua disposição para atuar e contribuir para um ambiente concorrencial mais íntegro, ético e transparente no setor privado e em suas relações com o setor público, bem como da demonstração de ações efetivas de curto e médio prazo com este propósito.
O regulamento do cadastro foi publicado no Diário Oficial da União na última terça-feira (23). A empresa ou cooperativa agropecuária interessada em constar do Cadastro Agroíntegro deverá preencher e submeter formulário eletrônico de solicitação de adesão diretamente no site oficial do Mapa, a partir do dia 1º de julho.
Segundo o chefe da Assessoria Especial de Controle Interno do Mapa, Cláudio Torquato, a inclusão no cadastro é o passo inicial para que a empresa possa concorrer ao Selo Mais Integridade. “É um degrau para que as empresas e cooperativas com interesse na pauta de integridade, mas com grau de maturidade ainda baixo, possam no futuro concorrer ao Selo”, diz, ressaltando que a implementação do cadastro foi feita atendendo a pedido da ministra Tereza Cristina. As empresas constantes no cadastro se comprometem a concorrer ao Selo Mais Integridade no prazo de dois anos, sob pena de suspensão do direito de constar no Cadastro.
As empresas que desejarem ser incluídas no cadastro deverão ter uma área responsável pela implementação do Programa de Integridade, com atribuições estabelecidas em documento formal da alta direção da empresa ou cooperativa. Também devem assinar o Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção do Instituto Ethos e disponibilizar canais de denúncia na internet, com possibilidade de apresentação de denúncias anônimas.
Para o secretário-executivo do Mapa, Marcos Montes, o Cadastro Agroíntegro reforça ainda mais a crescente importância do agronegócio brasileiro. "Com esse cadastro, vamos poder mostrar para a nossa sociedade e para o mundo inteiro que o Brasil, além de um grande produtor, é um país que se preocupa com a sustentabilidade e com a sua integridade", disse.
A Coordenação-Geral de Integridade da Assessoria Especial de Controle Interno do Mapa deverá promover diligências junto aos órgãos de controle externo e interno para verificar se existem processos administrativos ou judiciais, certidões positivas, denúncias ou quaisquer notícias desabonadoras graves que possam provocar dúvidas ou questionamentos sobre a efetividade das boas práticas de gestão de integridade, ética, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental, inclusive de seus administradores, dirigentes e diretores. Se forem encontradas essas informações, a empresa será notificada para prestar esclarecimentos sobre as supostas irregularidades e as medidas adotadas.
As empresas deverão demonstrar a adoção de medidas corretivas capazes de minimizar eventuais danos ocasionados por empregados e dirigentes que pratiquem atos comprovadamente antiéticos e ilegais e denunciar a autoridades competentes a prática de atos de corrupção de que tenha conhecimento. Se for comprovado o envolvimento da empresa em denúncias sobre crimes de corrupção ou contra direitos humanos ou o meio ambiente, a empresa poderá ser retirada do cadastro.
O Selo Mais Integridade é promovido pelo Mapa desde 2018. O objetivo é reconhecer as empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade sob a ótica da responsabilidade social, sustentabilidade ambiental, ética e, ainda, o comprometimento em inibir a fraude, o suborno e a corrupção.
 


Aftosa: quais os riscos da retirada da vacina?

Brasil caminha para ter mais estados como áreas livres da febre aftosa sem vacinação mas precisa de medidas para garantir sanidade
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) o Brasil é uma potência pecuária. Em 2019 o faturamento do agronegócio na pecuária foi de R$ 618,5 bilhões; 43,3 milhões de cabeças de gado abatidas; 10 milhões de toneladas de carne bovina produzidas sendo 76% para o mercado interno e o restante para exportação (23, 6% ou 2,48 milhões de toneladas).
Autoridades como o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, defendem que esses números de exportação podem ser bem maiores com a retirada da vacinação contra a febre aftosa. Em uma live para anunciar o início do processo do fim da vacinação no Estado, Covatti explicou que, atualmente, a carne gaúcha detém apenas 30% dos mercados possíveis, podendo exportar somente carne sem osso. “Com essa evolução de status há 70% de oportunidade ociosa e oportunidade para novos cortes. Só na cadeia de suínos vão ser por volta de R$ 600 milhões por ano de oportunidade. Além disso poderemos comercializar bovídeos vivos entre Santa Catarina e Paraná, que representam 70% dos bovinos de alta genética, estímulo à produção de pecuária de corte de raças européias reconhecidas pela qualidade da carne e abertura de exportação de carne e genética para mercados que exigem condição de não vacinação”, destacou.
Há 13 anos somente Santa Catarina é livre de febre aftosa, doença altamente infecciosa, sem vacinação. O Paraná faz o processo para retirar a vacinação desde o ano passado a exemplo de outros estados do bloco 1 como Acre, Rondônia, 13 municípios do sul do Amazonas e cinco municípios do oeste de Mato Grosso, conforme definido pelo Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Seguindo o calendário os estados dos blocos 2, 3 e 4 devem buscar junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, em maio de 2021. Para evoluir de status alguns procedimentos são necessários. Os detalhes e estados podem ser conferidos na reportagem em vídeo ao fim desta reportagem.
Impactos e riscos
O Brasil produz bruto 400 milhões de doses por ano de vacina bivalente para o mercado interno e para exportação para Uruguai, Paraguai e Bolívia. São quatro empresas produtoras em território nacional (Ourofino, Ceva Saúde Animal, Boehringer Ingelheim e Merck) e uma importadora (Biogénesis Bagó). De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) o custo de produção total depende do estágio, sistema usado, automação de cada empresa. “A nossa perda será de R$350 milhões, levando em consideração que cada dose da vacina custe R$ 1 real. A perda da indústria é de 5 % do faturamento de R$ 6 bilhões. Quando levado em conta o faturamento de ruminantes, que é R$ 3,5 bilhões, a vacina da aftosa responde por 8 %", diz o vice-presidente do Sindan, Emílio Salani. 
A indústria está preocupada com a retirada sem ter um banco de antígeno para fabricar novamente caso haja um caso quando retirada a vacinação. “Não se pode brincar com isso. Não tem nenhum país fora daqui que possa produzir a vacina com qualidade e quantidade que precisamos. O jogo é sério”, observa o dirigente. 
O pecuarista de Minas Gerais, Paulo de Castro Marques, que tem uma fazenda referência em genética Angus, Brahman e Simental, acredita que o custo é muito baixo para valer o risco de retirar a vacina. “Se eu fosse dar uma opinião é esperar. Estamos em um momento de pandemia e nossa pecuária é sólida. Acho que as autoridades têm que avaliar bem antes de bater o martelo”, esclarece.

Nota do Blog: Os estados do sul tem realmente que se preocuparem, pois a doença sempre está aparecendo por lá. Aqui no Semiárido não se tem conhecimento de casos a bastante tempo. Mas, gostaria de informar ao nosso produtor rural, que o prazo vai até amanhã. 

FRAUDADORES: 620 mil pessoas recebem auxílio emergencial sem precisar, diz TV


Ao menos 620 mil brasileiros receberam o auxílio emergencial sem necessidade, isto é, sem precisar dos R$ 600 distribuídos pelo governo federal para sobreviver à pandemia causada pelo novo coronavírus. 
A informação consta de um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), revelado em reportagem do Fantástico exibida neste domingo na TV Globo. No mês de abril, o ministério da Economia distribuiu R$ 35,8 bilhões para 50 milhões de beneficiários em todo o país.
O pente fino feito pelo Tribunal constatou que pessoas com elevado poder aquisitivo, vivendo em casas de alto padrão, coberturas e com casamento marcado no Caribe estão recebendo o auxílio emergencial. As irregularidades diz o TCU, devem causar um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
A Caixa informou à reportagem da TV Globo que o Ministério da Economia já suspendeu 600 mil benefícios desde o início da distribuição do auxílio por conta de fraudes.


 
ALGODÃO

Safra mineira 2019/20 da cotonicultura familiar evolui em produção e produtividade

Os pequenos agricultores recebem apoio da Associação e da Coopercat para enfrentar a pandemia na colheita
A colheita do algodão familiar (safra 2019/20), no Norte de Minas, foi iniciada em meados de abril e deve prosseguir até setembro, com perspectiva de maior volume de produção e melhor produtividade em relação ao ciclo passado. Os desafios que marcam as atividades na região, como risco de contágio pelo coronavírus durante a colheita manual e retração no mercado consumidor do produto, vêm sendo superados pelos cotonicultores familiares filiados à Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) e integrantes da Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti (Coopercat). Assessor técnico da cooperativa, José Tibúrcio de Carvalho avalia que, mesmo com uma área plantada menor, de 540 hectares, a produção e a produtividade devem superar os indicadores da safra 2018/19, cujo plantio totalizou 664 hectares. “A redução de área na safra foi uma decisão da Coopercat, sendo um dos objetivos evitar o risco de endividamento e manter a capacidade de gestão, usando com responsabilidade o capital disponível”, informa.
Na avaliação do profissional, a região deve superar o resultado de produção da temporada anterior, de cerca de 1,1 tonelada de algodão em caroço, com a produção de mais de 1,4 tonelada, sendo mantido o mesmo patamar de rendimento de fibra alcançado na safra 2018/29, de 39,50%. A produtividade estimada deve chegar a 2.700 kg/ha, contra 1.686,56 kg/ha do ciclo anterior. O volume esperado de pluma, após o beneficiamento, é de 583,20 kg, com a produtividade na casa de 1.080 kg/ha.
O campo não pode parar, diz Tibúrcio. Ele conta que a cooperativa é uma entidade que protagoniza a liderança técnica das atividades de 120 produtores familiares, que têm no algodão do Semiárido Mineiro a sua principal fonte de renda. Os pequenos agricultores se distribuem atualmente em 11 cidades, a maioria localizada nos municípios de Monte Azul (34), Catuti (29), Espinosa (21) e Mato Verde (15), outros em Gameleiras (7), Pai Pedro (5), Porteirinha (5) e um produtor nas localidades de Janaúba, Nova Porteirinha, Rio Pardo de Minas e São Sebastião.
Explica ainda que, se os cotonicultores do Norte de Minas cultivam variedades de alta qualidade e rendimento de pluma equiparadas às utilizadas pelos grandes produtores mineiros, é por causa do apoio e assistência recebidos da Associação e da sua mobilização junto ao governo de Minas, por meio do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) e do Fundo de Desenvolvimento da Cotonicultura do Estado de Minas Gerais (Algominas). São pilares, desde 2005, para a manutenção da cotonicultura na região, e parceiros da Amipa na implementação de novas tecnologias de produção e suporte em ações a cada safra.
Para o técnico, a perspectiva de bons resultados com a safra 2019/20 também se deve as outras importantes iniciativas da Associação, com o apoio do Fundo Algominas, como a irrigação de salvamento implementada em duas etapas, desde 2013. Foram instalados 31 kits de irrigação por gotejamento, sendo 21 deles custeados pelo Fundo Algominas e o restante cedido pela Fundação Solidaridad.
Outro ponto fundamental que ele cita é o apoio recebido da Associação por meio do Proalminas para manter à disposição da Coopercat veículo e combustível para viabilizar o atendimento presencial aos produtores da região, caracterizado por visitas às fazendas para suporte e orientação prestados por técnicos agrícolas. “Não fosse todo esse apoio, o cultivo do algodão familiar no Norte de Minas não teria se recuperado e atingido o número atual de produtores. A agricultura familiar é um trabalho de construção, porque o produtor planta sem crédito, falta crédito rural”, destaca.
Desafios para colher e vender
Os cotonicultores familiares da região do Semiárido de Minas Gerais são pequenos produtores que ainda fazem a colheita manual. Por causa disso, foi preciso buscar soluções para enfrentar um ano atípico. O desafio imposto pela possível contaminação por Covid-19 na realização das atividades somou-se à insegurança no escoamento da produção, face a uma esperada retração e lenta retomada de compra da commodity pelas indústrias têxteis estaduais, que absorvem praticamente toda a produção do Norte de Minas.
“Houve um período de receio com relação à contaminação pelo coronavírus, superado com ações efetivas de informação sobre os cuidados preventivos e os kits de colheita, também com doações de equipamentos de proteção individual para prevenção contra a Covid-19, entregues a produtores e colhedores em maio pela Coopercat, com apoio da Amipa e da Fundação Solidaridad”, afirma Tibúrcio.
Segundo ele, a Associação assumiu a consultoria para recomendar os EPIs adequados e a negociação de insumos a preços competitivos junto a revenda em Patos de Minas, região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, e a Fundação Solidaridad cedeu os recursos financeiros para a aquisição dos EPIs e outros materiais necessários para a composição de um kit de colheita.
Em maio, foram entregues 750 kits para produtores e colhedores envolvidos na colheita do algodão, cada um contendo uma unidade de protetor facial (viseira), luvas, botinas, marmita e garrafa térmica. Um dos beneficiados com o kit foi João José dos Santos (72), residente em Monte Azul, que trabalha como colhedor de algodão há 50 anos, a maior parte desse tempo em São Paulo e há nove anos em Minas Gerais. “Foi muito importante receber esses equipamentos, ia ser muito perigoso, acho que ia correr mais riscos. Do kit todo, além da viseira e das luvas, para mim foi muito bom receber as botinas”, comenta João.
Adelino Lopes (62), conhecido como “Companheiro Dila”, é produtor desde 1972 e há pouco se afastou da presidência da Coopercat, posição em que tem atuado por anos, para se tornar candidato a vereador. Tornou-se associado da Amipa, na época em que se deu a retomada do algodão na região. O ano foi 2005, em decorrência de um projeto de reinserção do algodão no Norte do estado, idealizado pela Amipa em conjunto com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG), por meio do Proalminas. Alguns anos depois, Adelino assumiu como diretor regional Norte de Minas na Associação. Em abril deste ano, foi reeleito para um novo mandato, alongando o seu papel de representante da classe produtora local.
“Pretendia contratar 30 colhedores este ano, mas com a parada de compra pelas tecelagens, e também por causa de área separada para o teste de colheita mecanizada, esse número caiu para 15 pessoas. Todos estão trabalhando com protetor facial e outros equipamentos recebidos no kit, afastados uns dos outros, higienizando as mãos, estão sendo cuidadosos”, conta o produtor.
Na avaliação do diretor executivo da Amipa, Lício Pena, a comercialização da pluma produzida pelos agricultores familiares registrou grandes avanços ao longo dos anos do projeto. “Com o fim da participação do atravessador, esses pequenos produtores alcançaram a condição de igualdade com os grandes produtores empresariais. Passaram a vender a pluma para as indústrias têxteis, de acordo com a qualidade, recebendo o benefício do programa Proalminas, de [preço] Esalq + 7,85%, quando comercializada dentro de Minas Gerais”, esclarece.
De acordo com Lício, a Associação busca promover a comercialização justa da pluma do Norte de Minas, realiza todas as análises de HVI necessárias na filial da Amipa, a Minas Cotton e, muitas vezes, intermedia as negociações entre os produtores e a indústria têxtil.
Experimento de colheita mecanizada
Adelino já está com 50% do algodão colhido em duas áreas de algodão: uma pequena, com plantio irrigado, e outra maior, sequeiro, tem expectativa de obter 30.000 kg de algodão em caroço nos 14,5 hectares distribuídos nessas áreas. “Com o apoio da Amipa, a cooperativa conseguiu vender aqui em Minas três cargas com um total de 14.000 kg de algodão, já enviadas para Araçaí e Guaranésia”, informa o produtor.
Adelino conta que parte da área maior está separada para teste com um protótipo de colheitadeira nos próximos dias. “O custo da colheita na produção do algodão é muito alto, a colheita mecanizada vai reduzir essa despesa para a gente. Da minha parte, vou tentar suportar um pouco do custo para ajudar o trabalhador rural a ter trabalho. Vou buscar outras formas também, talvez com plantios  alternados na entressafra”, relata.
De acordo com Tibúrcio, o teste em questão é de um protótipo de colheitadeira acoplada em trator, desenvolvido pelos pesquisadores Odilon Reny Ribeiro e Valdinei Sofiatti, da Embrapa Algodão, que vem sendo experimentado em várias regiões de produção familiar no país, desde o ano passado.
O equipamento foi carregado em Campina Grande (PB), liberado pela Embrapa Algodão, e chegou a Catuti no dia 15 de junho (segunda), com o transporte viabilizado pela Amipa. “O custo da mão de obra na colheita manual gira em torno de 60%, sendo que na mecanizada representa 5% do custo de produção. Esse protótipo foi desenvolvido para uso em pequenas áreas de produção e vai reduzir custo e também a contaminação que pode ocorrer com a saca, ajudando a manter a qualidade do algodão”, informa o assessor técnico.

sábado, 27 de junho de 2020


 

Segurança hídrica: governadora entrega planos de trabalho a ministro



A governadora Fátima Bezerra entregou três planos de trabalho para andamento e execução de obras de infraestrutura hídrica no Rio Grande do Norte, durante reunião com o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho, na noite desta quarta-feira (24).  O vice-governador, Antenor Roberto, o secretário estadual de meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), João Maria Cavalcanti, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, e o secretário de Nacional de Segurança Hídrica do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), Marcelo Borges, também participaram da reunião.
Inicialmente, a chefe do Executivo estadual enfatizou a importância da relação interinstitucional para o crescimento socioeconômico do Estado e ressaltou a importância, para o RN, da concretização de obras hídricas fundamentais, como a Barragem de Oiticica, a Transposição do Rio São Francisco e o Projeto Seridó, que são indispensáveis para melhorar a qualidade de vida do povo potiguar.
“Finalizamos o projeto executivo das adutoras que integram o Sistema Seridó, que vai ofertar água pelos próximos 50 anos para a região, e nos colocamos inteiramente à disposição para tocar essa obra”, disse a governadora. “O projeto Seridó, que é composto por dois eixos, tem um desenho funcional e vai trazer sustentabilidade social, além de segurança hídrica, ao garantir abastecimento também para atividades produtivas. Vamos continuar lutando para que ele seja viabilizado”, completou a governadora ao entregar ao ministro o Plano de trabalho para execução do eixo norte do projeto orçado em R$ 177 milhões.
Os outros dois documentos entregues tratam do andamento das obras da Barragem de Oiticica. Um deles traz o novo cronograma financeiro no qual consta o levantamento de todos os itens adicionais imprescindíveis ao empreendimento e que não estavam previstos no plano elaborado originalmente, no valor de R$ 135 milhões, e o outro é o plano de trabalho que solicita o repasse de R$ 40 milhões, relacionados ao saldo das parlamentares impositivas da bancada potiguar em 2019.
Durante a reunião, o ministro Rogério Marinho assegurou que os repasses serão mantidos para o Complexo de Oiticica e garantiu que as águas da transposição devem chegar ao RN, pela bacia do Rio Piranhas-Açu, até junho de 2021. “Estamos solucionando com os governos estaduais os entraves jurídicos e ambientais sobre o contrato comercial de operação do Projeto de Integração do Rio São Francisco, o PISF, e pretendemos finalizar esse ano a obra do canal da Barragem Engenheiro Ávidos na Paraíba, o que agiliza a chegada das águas ao RN” garantiu ele.

O ministro informou também sobre a liberação de R$ 552 mil para a obra de recuperação da barragem de Passagem das Traíras, iniciada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), com a ação emergencial de abertura na fenda do reservatório. Rogério Marinho destacou que a obra, a partir de agora, será de responsabilidade do DNOCS – Departamento Nacional de Obras contra a Seca, e se comprometeu em concluir a recuperação total até o fim deste ano.

A chefe do Executivo estadual se colocou à disposição para auxiliar o Governo Federal neste trabalho, disponibilizando também a equipe técnica da Semarh, e ressaltou a importância da transposição em termos de segurança hídrica. “Para ver efetivamente a chegada dessa água, travo uma luta desde a época de parlamentar, quando presidi a comissão que articulou no Senado a retomada das obras. Também não posso deixar de pautar aqui o tema do ramal do Apodi, pois sem ele não teremos as ações do PISF beneficiando todo o Rio Grande do Norte. Esse tema tem que constar na agenda do ministério”, cobrou Fátima.

Na ocasião, o titular da Semarh, João Maria Cavalcanti, destacou que sua pasta entregou recentemente ao MDR uma nota técnica justificando a necessidade urgente do trecho do Apodi, mostrando a insegurança hídrica, do setor produtivo e de abastecimento d'água, desde o Alto Oeste até Mossoró. “Também solicitamos apoio ao Governo Federal, por meio da Sudene, para elaboração do Plano de Bacia do rio Apodi-Mossoró´”, disse, frisando que a pasta tem um portfólio de ações em andamento que vão auxiliar a implementação de projetos de desenvolvimento, a partir da chegada do PISF, entre eles a atualização do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e o macrozoneamento da Bacia do Rio Piranhas-Açu.

Outros Pleitos
Além da pauta de recursos hídricos, a governadora apresentou outras demandas para as quais solicitou apoio do ministro. Uma delas foi para a implantação da “Infovia Potiguar”, um projeto que objetiva a implantação e operação de rede de comunicações de dados em prédios públicos de diversas cidades do Rio Grande do Norte. “Considero um dos investimentos mais importantes de infraestrutura considerando o mundo globalizado em que vivemos. É uma prioridade da minha gestão levar essa tecnologia para todas as escolas, principalmente. Nossa equipe técnica já está entregando o projeto executivo na próxima terça-feira ao Governo Federal”, frisou Fátima.

A governadora informou, ainda, que o Governo do RN publicou nesta quarta-feira, 24, aviso de licitações para contratação de empresas candidatas a concorrer à realização das obras da segunda etapa do Pró-Transporte, na zona Norte de Natal, e solicitou apoio da União, na figura do ministro, para começar os trâmites necessários e iniciar a terceira etapa do projeto, orçada em cerca de R$ 50 milhões. “Essa intervenção é fundamental e será, para a zona Norte, o que a Avenida Roberto Freire representa para a zona Sul, em termos de mobilidade”, disse Fátima.

Sobre a Ponte Newton Navarro, a governadora lembrou que desde o início de sua gestão vem mantendo diálogo com o MDR para a realização de intervenções no equipamento que conecta as zonas Norte e Leste de Natal. “Mais uma vez eu faço um apelo ao Governo Federal sobre a problemática da Ponte Newton Navarro. É urgente a necessidade de se reforçar a estrutura com a proteção das laterais”, cobrou.

Mapa lança projeto-piloto para estimular a contratação de seguro rural entre os produtores enquadrados no Pronaf

Serão destinados R$ 50 milhões para subvencionar a contratação de apólices de seguro rural em todo o país
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (25) a Resolução nº 75, do Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural, que aprova o projeto-piloto de subvenção ao prêmio do seguro rural para operações enquadradas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para as culturas de milho 1ª safra, soja, maçã e uva, no âmbito do Programa de Seguro Rural (PSR), em 2020.
“O objetivo desse projeto é fomentar a contratação de seguro rural para esse público específico, que em muitos casos ainda não conhece como funciona esse mecanismo de mitigação de riscos. Para isso, vamos proporcionar condições diferenciadas no Programa. Além disso, o projeto também servirá para avaliar a capacidade das seguradoras de ofertar produtos compatíveis a esse perfil de produtor rural”, explica Pedro Loyola, diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa.   
Para participar do projeto, o produtor rural deverá contratar uma apólice de seguro em uma das 14 seguradoras habilitadas no PSR, ao contratar o crédito rural na instituição financeira. Serão disponibilizados recursos de maneira escalonada entre os meses de julho e setembro.
>> Pontos principais do projeto-piloto:
  • Orçamento: R$ 40 milhões (milho 1ª safra/soja) + R$ 10 milhões (maçã/uva).
  • Abrangência: nacional.
  • Atividades: milho 1ª safra, soja, maçã e uva.
  • Percentual de subvenção ao prêmio diferenciado (fixo): milho 1ª safra/soja (55%) e maçã/uva (60%)
  • Tipo de cobertura: multirrisco (milho 1ª safra/soja)
  • Nível mínimo de cobertura da produtividade esperada: 70% (milho 1ª safra/soja)

Para mais informações sobre o PSR, faça o download do aplicativo. Basta acessar para Android e para IOS.

Uma nova resolução autoriza renegociação de financiamentos para agricultores familiares

ministério da agriculturaCom a aprovação da resolução pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), as instituições financeiras operadoras dos recursos do FTRA nos municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública pela seca ou estiagem estão autorizadas a renegociar as parcelas de principal e juros vencidas e vincendas no período de 1º de janeiro de 2020 a 29 de dezembro de 2020, mantendo os encargos financeiros de normalidade e os rebates e bônus de adimplência pactuados. A renegociação pode ser feita para até um ano após o vencimento final do contrato.
O ato normativo também altera as regras para contratação das operações de crédito no âmbito do Terra Brasil. A decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), autoriza a renegociação de financiamentos com recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária (FTRA) para os agricultores familiares que tiveram prejuízos em decorrência de seca ou estiagem. A Resolução 4.823, do Banco Central do Brasil, também altera as regras para contratação das operações de crédito no âmbito do Terra Brasil – Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
Sobre os ajustes às normas do Fundo de Terras e da Reforma Agrária, a resolução substitui a “Proposta de Financiamento” pela elaboração de um “Projeto Técnico de Financiamento”, que integrará itens como aquisição de terra, assistência técnica, infraestrutura e custeio produtivo. O Projeto também deverá incluir laudo de viabilidade econômica e capacidade de pagamento, seguindo a lógica já existente para créditos rurais.
A mudança deve diminuir os retrabalhos originados da má qualificação da demanda, permitindo a redução das etapas de análise e a realização da gestão de riscos agropecuários e climáticos, com a melhoria no planejamento das atividades agropecuárias do produtor e a viabilidade produtiva da propriedade rural.
Com a alteração, será exigido maior empenho, horas de trabalho e despesas obrigatórias às empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), responsáveis por auxiliar o agricultor na elaboração do novo formato de projeto. Por isso, de acordo com o novo texto, o valor destinado à Ater, passa a ser de até R$10 mil, divididos em até cinco parcelas anuais.
Outro ajuste anunciado está relacionado ao valor para investimentos básicos e produtivos, que, no âmbito do Fundo de Terras, se encontrava restrito a R$ 27,5 mil. Na nova resolução, houve o aumento desse teto, que, agora pode chegar a 50% do valor total do financiamento por beneficiário. A medida visa permitir maior flexibilidade no planejamento das atividades e os investimentos necessário para viabilizar a aquisição do imóvel rural com o crédito.
Também houve uma atualização da taxa de juros para a linha de financiamento PNCF Empreendedor, de 5,5% para 4,0%, visando equiparar o percentual às possíveis taxas do Pronaf. A nova proposta de resolução faz parte de uma série de medidas tomadas pelo Mapa, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), que visam desburocratizar, dar maior agilidade, eficiência e segurança jurídica, bem como ampliar o acesso dos agricultores familiares ao crédito rural, no âmbito do Fundo de Terras e da Reforma Agrária.

Previsões: Segmentos produtivos afirmam que o RN vai fechar mais de 12 mil empregos formais


Quando a pandemia passar, o RN terá fechado mais de 12 mil empregos e ampliado o número de trabalhadores desempregados para mais de 225 mil.  As previsões pessimistas foram apresentadas pelas entidades que representam os segmentos produtivos do Estado, no mesmo dia em que a governadora Fátima Bezerra (PT) prorrogou até 1º de julho o início da reabertura das atividades econômicas.
 
PECÚARIA

Sumário da raça Guzerá será lançado em “live” pela internet

Sumário 2020 do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGuL) será lançado virtualmente
O Sumário 2020 do Programa Nacional de Melhoramento do Guzerá para Leite (PNMGuL) será lançado virtualmente. Nesta terça-feira (30), às 19h, a Embrapa Gado de Leite vai apresentar o documento em uma “live” transmitida simultaneamente pela RepiLeite (http://www.repileite.com.br), e pelos canais da instituição no Youtube (https://www.youtube.com/watch?v=wtGMFDxUTeg) e no Facebook (https://www.facebook.com/100905931659134/videos/787333652010527/).
 A apresentação será iniciada pelo Diretor-presidente do Centro Brasileiro de Melhoramento Genético do Guzerá (CBMG²) Carlos Fernando Fontenelle Dumans e pelo Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite Paulo do Carmo Martins e seguirá com o pesquisador Frank Ângelo Tomita Bruneli. A decisão pelo lançamento virtual visa evitar aglomerações em tempos de pandemia.
Essa é a 21ª edição do sumário do PNMGuL. Segundo Bruneli, a publicação traz o mérito genético de 754 touros para características de leite e corte, além das 529 matrizes Guzerá com maior mérito genético para produção de leite em 305 dias de lactação. “Para este ano, contamos com cerca de 18 mil dados de produção de leite de mais de 11 mil vacas puras e mestiças que passaram por controle leiteiro oficial, a partir de uma base de dados de 28 mil animais”, diz o pesquisador.
A realização do presente trabalho é fruto da parceria de sucesso entre a Embrapa Gado de Leite e o CBMG². Participam também renomadas instituições nacionais e estaduais de ensino e pesquisa, de empresas públicas e privadas voltadas ao Agro e de diversas fazendas leiteiras colaboradoras do teste de progênie.
O PNMGuL está em execução há 26 anos. “Desde 2000, o sumário é publicado anualmente e é uma importante ferramenta para o contínuo melhoramento deste recurso genético animal nos trópicos” afirma Bruneli. A raça Guzerá se destaca por sua dupla aptidão, atraindo cada vez mais produtores que se interessam por utilizar tanto animais puros da raça quanto seus cruzamentos, com o objetivo de aumentar a lucratividade nos sistemas de produção de leite, de carne e de duplo propósito.
O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, diz que o Guzerá produzido no Brasil “vem atraindo inclusive os olhares da pátria-mãe da raça, a Índia”. As instituições daquele país têm buscado no Brasil parcerias e material genético para melhorar o Guzerá indiano. “A raça milenar chegou ao Brasil no século XIX, graças ao engajamento e à resiliência dos criadores, técnicos e pesquisadores que apostaram em seu melhoramento genético”, conclui Martins.
A partir do lançamento, o sumário poderá ser acessado por criadores e aficionados pela raça através dos sites:

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Uma semente de acerola para a produção orgânica na agricultura familiar

acerola brs 366É a acerola BRS 366 (Jaburu), a mais nova cultivar lançada pela Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE) para produção na agricultura familiar. A seleção do clone foi feita com base no desempenho produtivo e características morfológicas da planta, bem como nas características físico-químicas dos frutos. O nome é uma homenagem à localidade de Jaburu, no município de Ubajara (CE), onde se realizaram os primeiros testes da variedade. A BRS 366 vem se destacando como a principal cultivar plantada pela cadeia produtiva local para exportação de vitamina C.
Embora tenha sido avaliada em cultivo orgânico irrigado na região da Serra da Ibiapaba, no estado do Ceará, espera-se que a acerola Jaburu tenha boa adaptação em outras regiões semiáridas. As plantas possuem porte de baixo a médio, com altura média de 1,87m e diâmetro da copa de 2,18m, no terceiro ano de idade, em cultivo orgânico irrigado.
A produção distribui-se por quase todo o ano, com valores baixos apenas nos meses de junho e julho, favorecendo a colheita manual. As folhas são pequenas, de cor verde, opostas e sem pelos. Ao abrir, as flores têm coloração rosa.
Em condições irrigadas, o clone BRS 366 tem se caracterizado por sua precocidade de produção e ciclos produtivos contínuos durante quase todo o ano. Por essas peculiaridades, o fruto adapta-se bem à produção familiar, proporcionando boa distribuição da renda ao longo do ano.

Agricultores do semiárido brasileiro recebem doação de 10 toneladas de sementes

 
foto milho debulhadoA doação é feita através do Projeto Lagos do São Francisco, uma iniciativa da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) em parceria com a Chesf e BNDES.  Agricultores familiares dos estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas e Sergipe, vão receber sementes de feijão, milho e sorgo. As sementes estão sendo distribuídas por meio de articulações com instituições locais, respeitando as medidas de proteção e segurança em relação ao coronavírus.
De acordo com o pesquisador Rebert Correia, coordenador do Projeto, a ação busca ajudar na manutenção da produção familiar nesse período de início dos plantios, contribuindo também com a reserva alimentar dos rebanhos, que é considerada uma questão crítica para os pecuaristas do semiárido.
Os municípios contemplados com as doações foram: Canindé do São Francisco, Poço Redondo e Nossa Senhora da Glória, em Sergipe; Delmiro Gouveia e Pariconha, em Alagoas; Jatobá em Pernambuco e Glória na Bahia.
O Projeto Lagos do São Francisco busca atender comunidades situadas no entorno de barragens e usinas hidrelétricas do Rio São Francisco, contemplando 12 municípios em quatro estados do Nordeste (AL, SE, BA e PE). A iniciativa conta com atividades voltadas para a produção de mel, frutas, hortaliças e culturas alimentares, criação animal e preservação e recuperação da mata ciliar.

Monitoramento indica que nuvem de gafanhotos não entrou no Brasil

Mapa continua em alerta e divulga manual com orientações para eventual controle da praga
Foto: Senasa/Argentina

O monitoramento feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) indica que, até o momento, estão mantidas as previsões sobre a rota da nuvem de gafanhotos, que não entrou em território brasileiro. O trabalho do Mapa segue em ritmo de alerta em conjunto com as equipes técnicas das Superintendências Federais de Agricultura e dos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além de unidades federais de vigilância agropecuária localizadas na fronteira com o Rio Grande do Sul.
A portaria divulgada hoje (25) pelo Mapa declarando estado de emergência fitossanitária no RS e em SC tem caráter preventivo. Além disso, essa medida visa permitir uma mobilização mais ágil de recursos humanos e financeiros para promover eventual controle da praga.
O Mapa divulga também nesta quinta-feira um manual técnico de orientações sobre as ações de controle da praga adaptado às condições do Brasil, respaldado por dados científicos, com a devida capacitação dos agentes envolvidos num eventual surto da praga no país.
>> Veja aqui o manual
De acordo com os dados meteorológicos para a Região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável - até o presente momento - que a nuvem avance em território nacional. Caso isso ocorra, será feito um monitoramento interno para o acompanhamento da evolução do evento.

Deputado Benes solicita ao ministro Rogério Marinho projeto para construção da Barragem do Alívio

O deputado federal Benes Leocádio (Republicanos-RN) acompanhou na manhã desta quinta-feira (25) a agenda do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em Natal. Na oportunidade, o parlamentar solicitou a elaboração do projeto de engenharia para a construção da Barragem do Alívio na cidade de Lajes, beneficiando também os municípios de Pedra Preta, Jardim de Angicos e Caiçara do Rio dos Ventos.
“No encontro o ministro prontamente assumiu o compromisso de formular o projeto. Com isso, temos a garantia do Ministério do Desenvolvimento Regional de priorização dessa etapa de uma obra tão sonhada pelos moradores da região Sertão Central Cabugi. Conheço de perto as dificuldades enfrentadas pela população que não dispõe de nenhum reservatório hídrico para o atendimento das zonas rurais. Estaremos empenhamos e acompanhando esse pleito tão importante para várias famílias potiguares”, reforçou Benes.
De acordo com o deputado Benes a obra é também um estímulo importante para economia da região, podendo fomentar a geração de emprego e renda. “A Barragem do Alívio mudará a realidade hídrica das cidades beneficiadas, visto que, há uma carência de reservatório público de médio ou grande porte para atendimento da população rural. Além disso, poderá ser explorada para a criação de peixes, oportunizando fontes de emprego e renda aos moradores”, disse.
Nota do Blog: Solicitação importantíssima para aquela região tão carente de água. A barragem do Alívio é uma obra que vem ao longo dos tempos sendo prometida pela classe política. Vamos aguardar, quem sabe, com a participação do Deputado Benes. 
Em Fernando Pedroza é a barragem de São Vicente, também prometida a bastante tempo. Está na hora dos nossos parlamentares e gestor, procurar o Deputado Benes para formular a devida solicitação.