quinta-feira, 31 de março de 2016

Muita chuva no Nordeste





Áreas de instabilidade continuam ativas sobre o Nordeste provocando mais chuva nesta quarta-feira. De acordo com os meteorologistas da Climatempo, há risco de chuva volumosa no Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. As capitais destes estados também poderão sofrer com chuvas intensas e raios.



Chuvas volumosas sobre áreas do Nordeste
Segundo medições do Inmet – Instituto Nacional de Meteorologia, entre às 9hs da manhã de ontem e 9hs de hoje o acumulado de chuva foi excepcional em algumas regiões nordestinas. A quantidade de chuva muito elevada chamou atenção na cidade alagoana de São Luiz do Quitunde onde choveu 186 milímetros neste período, sendo que a média para o mês é de 112 milímetros.



Nos próximos dias, áreas de instabilidade vão continuar ativas influenciando principalmente o norte do Nordeste que poderá acumular grandes volumes até o início de Abril. As áreas em tom verde no mapa abaixo representam mais de 100 milímetros em 5 dias.

Alagoas registra terceira maior chuva no BR este ano



São Luis do Quitunde, cidade no interior de Alagoas registrou 185,8 mm de chuva no período entre 9 horas do dia 29 de março e 9 horas de 30 de março de 2016, pelo horário de Brasília. Pelas medições do Instituto Nacional de Meteorologia, este foi o terceiro maior volume de chuva neste período de 24 horas registrado no Brasil em 2016, considerando as medições em estações meteorológicas convencionais e automáticas.



O maior volume de chuva no período entre 9 horas de um dia e 9 horas do dia seguinte registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia em 2016 até agora ocorreu entre 29 de fevereiro e 1 de março na cidade de Silva Jardim, no estado do Rio de Janeiro, onde choveu 252,6 mm. O segundo maior volume de chuva registrado este ano no Brasil em 24 horas ocorreu entre os dias 19 e 20 de janeiro em Guanhães, cidade de Minas Gerais, onde choveu 189,4 mm.


Superavit na Balança

A balança comercial da quarta semana de março, com quatro dias úteis, registrou superávit de US$ 1,277 bilhão. O saldo reflete exportações de US$ 3,572 bilhões e de importações de US$ 2,295 bilhões.
No mês, as exportações somam US$ 13,485 bilhões, e as importações, US$ 9,502 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,982 bilhões. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os números nesta segunda-feira (28).
A média diária das exportações da quarta semana de março foi de US$ 892,9 milhões, desempenho 26,1% acima da média registrada no mês até a terceira semana (US$ 708,1 milhões). Nessa comparação, cresceram as exportações de produtos das três categorias: semimanufaturados (108,1%), puxados por borracha sintética e artificial, açúcar em bruto, celulose, semimanufaturados de ferro e aço, couros e peles, catodos de cobre, óleo de soja em bruto; manufaturados (15,3%), especialmente aviões, automóveis de passageiros, veículos de carga, autopeças, motores para automóveis, suco de laranja não congelado; e básicos (12,9%), em razão de soja em grãos, minério de ferro, petróleo em bruto, carne de frango, farelo de soja, café em grãos.
Na semana, também foi observado crescimento da média diária das importações (US$ 573,7 milhões) de 11,4% em relação ao desempenho médio verificado até a terceira semana do mês (US$ 514,8 milhões) explicado, principalmente, pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, veículos automóveis e partes, farmacêuticos, adubos e fertilizantes, instrumentos de ótica e precisão.
Mês de março
Até a quarta semana de março, a média diária das exportações soma US$ 749,1 milhões, valor 2,9% menor que a verificada em todo o  mês de março do ano passado (US$ 771,8 milhões), em razão da queda nas vendas de produtos manufaturados (-3,7%), principalmente óxidos e hidróxidos de alumínio, laminados planos de ferro e aço, motores para automóveis, autopeças, motores e geradores elétricos, bombas e compressores, suco de laranja não congelado.
Na mesma comparação, observa-se também queda de exportações de básicos (-2,7%), especialmente, minério de cobre, minério de ferro, petróleo em bruto, farelo de soja, café em grãos, arroz em grãos. Por outro lado, cresceram as vendas de semimanufaturados (2,3%), alavancadas por borracha sintética e artificial, óleo de soja em bruto, catodos de cobre, ouro em forma semimanufaturada, alumínio em bruto.
Na comparação com fevereiro de 2016, as exportações, também pela média diária, apresentam um crescimento de 6,6%, como resultado das vendas de produtos básicos (20,6%). Entretanto, na mesma comparação, foram observadas retrações nas exportações de produtos semimanufaturados (-4,7%) e manufaturados (-1,9%).
As importações, até a quarta semana do mês, apresentaram média diária de US$ 527,9 milhões, valor que foi 29,7% abaixo da média de todo o mês de março de 2015 (US$ 750,8 milhões).
2016
Até a quarta semana de março, as exportações totalizaram US$ 38,075 bilhões, e as importações, US$ 30,130 bilhões, gerando um superávit de US$ 7,946 bilhões e revertendo o déficit registrado no mesmo período de 2015 de US$ 5,941 bilhões. As exportações acumularam média diária de US$ 668 milhões, valor 3,9% menor que o verificado no mesmo período de 2015 (US$ 695 milhões).
Já as importações apresentaram desempenho médio diário de US$ 528,6 milhões, 33,6% abaixo do registrado no mesmo período de 2015 (US$ 795 6ilhões). No ano, a corrente de comércio soma US$ 68,205 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,196 bilhão, 19,7% menos que o verificado em 2015 (US$ 1,490 bilhão).

Fonte: Portal Brasil

Produção agropecuária brasileira deve crescer 40% até 2019

agropecuária-680x365-672x365A agropecuária representa cerca de 23% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA/2015).
O crescimento do setor é reflexo do aumento da população mundial, que deve atingir cerca de 9,7 bilhões de pessoas até 2050. A previsão é que o Brasil aumente sua produção agropecuária em 40% até 2019 e de alimentos em 80% até 2050 para suprir esta demanda, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Em território de solos férteis, abundância hídrica, clima tropical, biodiversidade, e vantagens diversas para o desenvolvimento de novas tecnologias, tornaram o Brasil um dos maiores produtores mundiais de alimento, com potencial para expandir sua área produtiva em 70 milhões de hectares, de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa/2016).

Impulsionada pela demanda de alimentos de uma população crescente, em meados do século XIX, durante a revolução industrial, a necessidade de produzir mais em curto prazo foi o que influenciou a evolução tecnológica na agropecuária. No decorrer dos anos, o investimento em novos recursos tecnológicos tornou-se essencial para elevar a produtividade, e a ascensão significativa da tecnologia no setor aconteceu a partir de 1970, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Cartilhas ensinam como cuidar de suínos desde a granja até os frigoríficos

Publicações do Mapa tratam de medida para o bem-estar animal
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou na internet três cartilhas sobre bem-estar na produção de suínos. As publicações abordam o tratamento dos animais nas granjas, o transporte e os processos que devem ser adotados nos frigoríficos. Os textos são de especialistas em suinocultura e podem ajudar os profissionais que trabalham em toda a cadeia produtiva.
As cartilhas foram elaboradas pela Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Embrapa Aves e Suínos e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Uma das publicações ensina os procedimentos que devem ser adotados nas granjas em relação a questões como nutrição, biossegurança e climatização do ambiente. “Outro tema importante é a movimentação e a densidade adequada, isto é, quilos de suíno por metro quadrado. Caso a densidade seja muito elevada, isso pode causar estresse nos suínos e problemas de comportamento, como a agressividade”, diz a coordenadora da Comissão de Bem-Estar Animal do Mapa, Lizie Buss.

Transporte
O transporte dos animais é tema de outra cartilha. De acordo com Lizie, nela estão os processos de planejamento e preparação do embarque de suínos para reduzir o estresse dos animais. O início do embarque dos animais, segundo a publicação, deve ser pelas baias mais próximas ao embarcadouro, e os grupos conduzidos devem ser pequenos – dois a três suínos por manejador.
A terceira cartilha mostra como deve ser feito o desembarque dos animais quando chegam aos frigoríficos, que devem ter estruturas para recebê-los, com higienização das instalações para o abate humanitário.

“O abate humanitário é obrigatório no Brasil e em vários países”, ressalta Lizie. “A competência dos profissionais responsáveis é essencial para o abate. A sociedade deve saber quais os requisitos básicos para um bom abate e como ele deve ser desenvolvido. Além disso, as pessoas precisam buscar saber a origem da carne que compram, evitando consumir produtos clandestinos.”
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 foram abatidas 39,26 milhões de cabeças de suínos no país.

Fundo Clima recebe avaliação positiva


Jorge Cardoso/MMA
Cooperação técnica avalia projetos
Organismos nacionais e internacionais analisam projetos financiados pela entidade, que investiu, desde 2011, R$ 96 milhões em 190 iniciativas.


Um estudo pioneiro classificou como positivos os principais aspectos dos projetos apoiados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). Apresentada em seminário realizado em Brasília nesta terça-feira (29/03), a avaliação foi realizada em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GIZ).
Entre as conclusões, foi apontada a variedade de projetos financiados pelo Fundo em temas considerados importantes para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas. Também foram citados o rápido crescimento no número de iniciativas, o aumento da capilaridade dos programas e a promoção de medidas “simples, eficazes e de baixo custo”. Esses quesitos foram encontrados em projetos realizados no Semiárido, na Zona Costeira e no Cerrado.
CAMINHOS
O objetivo do estudo é medir o sucesso dos projetos apoiados e identificar boas práticas que possam ser replicadas. O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, José Gonzalez Miguez, afirmou que essas medidas devem contribuir para o cumprimento das metas de redução de emissões de carbono assumidas pelo Brasil. “É preciso analisar o que está sendo feito para seguir os melhores caminhos”, explicou.
O levantamento também identificou pontos que precisam de intervenções. “Essa é uma avaliação de atores que compartilham de um mesmo desafio”, afirmou Carlos Mussi, diretor Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL) em Brasília, entidade parceira na realização do estudo. “As recomendações se referem a questões sobre a gestão de conhecimentos e como construir indicadores”, acrescentou a diretora de Proteção e Gestão Sustentável das Florestas Tropicais da GIZ, Ingrid Prem.

SAIBA MAIS
Vinculado ao MMA, o Fundo é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e contribui, também, para o alcance das metas de redução de emissões que o Brasil assumiu ao aderir ao Acordo de Paris, no fim de 2015.
Desde 2011, 190 projetos não-reembolsáveis já foram contratados pelo Fundo Clima, dos quais 65 já foram concluídos. Ao todo, R$ 96 milhões foram investidos nesse período. Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de mitigação e adaptação, o Fundo tem natureza contábil e é administrado por um comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do terceiro setor, dos estados e dos municípios.
Os projetos apoiados incluem estudos para aproveitamento energético de biogás, construção de indicadores de vulnerabilidade da população, recuperação de dados meteorológicos históricos e manejo florestal. As ações são desenvolvidas por órgãos públicos, pela academia e por organizações não-governamentais.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 

Isenção para o Milho

Kátia Abreu propõe isenção de PIS/Cofins para importação de milho

Objetivo é abastecer o mercado interno, disse ministério.
'Medida é necessária devido ao aumento das exportações brasileiras'.

Da Reuters
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, enviou ao Ministério da Fazenda proposta de isenção de PIS/Cofins para importações de milho, com o objetivo de abastecer o mercado interno, informou a pasta em nota à imprensa nesta quarta-feira (30).
"A medida é necessária devido ao aumento das exportações brasileiras do grão. Por isso, há necessidade de incentivar a importação... a fim de não encarecer os custos de produção das carnes suína e de aves, já que o milho é a base na alimentação dos animais", argumentou o ministério.
   

Preços no Atacado Disparam

  Os preços dos produtos agropecuários no atacado subiram 1,63% em março, após registrarem alta de 2,37% em fevereiro, informou nesta quarta a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IPA é um dos índices compõe o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M).
Em março, o IGP-M desacelerou de 1,29% em fevereiro para 0,51% em março, divulgou a FGV. O resultado do IGP-M de março ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, que iam de 0,20% a 0,58%, e acima da mediana encontrada, de 0,45%.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Muita Chuva na Região Central do Estado

                                Foto da cidade de Angicos.

O interior do estado do RN foi banhado por chuvas regulares na tarde/noite de ontem(29/3). Na região central, as maiores precipitações caíram na no município de Angicos, chegando a registrar em alguns setores, 138 mm. O rio Pataxó que banha a cidade de Fernando Pedroza e Angicos, desceu com com bastante água. Alguns açudes da zona rural de Fernando Pedroza, ficaram perto de sangrar. Podemos destacar as comunidades de São Vicente, Riacho Salgado e Joaquim Inácio Filho. O açude velho de Angicos,(centro da cidade) como é conhecido, sangrou com uma lámina de aproximadamente 50cm, trazendo alegria para as comunidades residentes.

Banco do Brasil libera R$ 1,4 bilhão para financiamento da Safra 2016/2017

Crédito agrícola

Montante disponibilizado para pré-custeio da produção agrícola é é 33,4% superior ao mesmo período de 2014, última edição da modalidade de empréstimo

Foto: Governo de SC No total, o banco vai disponibilizar R$ 10 bilhões em financiamento a taxas controladas para o pré-custeio da safra 2016/2017
No total, o banco vai disponibilizar R$ 10 bilhões em financiamento a taxas controladas para o pré-custeio da safra 2016/2017

O Banco do Brasil liberou, desde 1º de fevereiro, R$ 1,4 bilhão para financiamento da Aquisição Antecipada de Insumos - Pré-Custeio da safra 2016/17, sendo R$ 243,1 milhões para o segmento de Médios Produtores Rurais (Pronamp) e R$ 1.173,9 milhões aos demais produtores. A principal atividade financiada foi a soja, com 84,5% dos volumes liberados (R$ 1.197,3 milhões), ainda conforme o Banco do Brasil.
Entre os estados, Goiás é o principal tomador do crédito, com 21,3% do total, seguido de Mato Grosso e do Paraná, com 20,6% e 17,1%, respectivamente. De acordo com o banco, o desembolso de R$ 1.416,9 milhões representa crescimento de 33,4% em relação ao observado no somatório dos meses de fevereiro e março de 2014 (R$ 1.062,5 milhões), última edição da modalidade de financiamento para o Pré-Custeio.
A instituição destaca que há, nas diversas fases do processo de crédito, outras propostas que somam R$ 1,7 bilhão. Com isso, o volume internalizado já ultrapassa R$ 3,1 bilhões.
No total, o banco vai disponibilizar R$ 10 bilhões em financiamento a taxas controladas para o pré-custeio da safra 2016/2017, que tem início oficial em 1º de julho.
A oferta permite melhores condições aos produtores para o planejamento de suas compras junto aos fornecedores e contribui para o incremento das vendas de sementes, fertilizantes e defensivos, produzindo reflexos positivos na cadeia produtiva.
Taxas
De acordo com o Banco do Brasil, os recursos disponíveis aos médios produtores (faturamento de até R$ 1,6 milhão ao ano) terão taxa de 7,75% ao ano até o teto de R$ 710 mil. Os outros produtores acessam o crédito com encargos de 8,75% a.a. até o teto de R$ 1,2 milhão por beneficiário.
Fonte: Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio

Faturamento das lavouras e pecuária alcança R$ 515,2 bi em 2016

Valor bruto da produção deste ano cresce 0,7% em relação ao ano passado

 De acordo com os números da SPA, o valor dos principais produtos das lavouras é de R$ 338,6 bilhões e da pecuária, de R$ 176,6 bilhões
De acordo com os números da SPA, o valor dos principais produtos das lavouras é de R$ 338,6 bilhões e da pecuária, de R$ 176,6 bilhões

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2016 é estimado em R$ 515,2 bilhões, o que representa um aumento de 0,7% na comparação com os R$ 511,4 bilhões do ano passado. O dado foi anunciado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
De acordo com os números da SPA, o valor dos principais produtos das lavouras é de R$ 338,6 bilhões e da pecuária, de R$ 176,6 bilhões. Entre as lavouras, o destaque é para a soja, que deve representar este ano 36,5% do valor desse grupo, seguida pela cana-de-açúcar, 14,5%, e milho, 13%.
Na pecuária, a liderança é da carne bovina (42,5%). Em seguida, aparecem a carne de frango (28,8%), o leite (14,4%), a carne suína (7,7%) e os ovos (6,6%).
Entre os produtos que vêm obtendo melhores resultados no VBP em 2016 destacam-se a banana (+15%), batata-inglesa (+11,6%), cacau (+9,3%), café (+17,7 %), soja (+12,3 %), trigo (+16,8%) e maçã (+25%).
“Os preços reais mais elevados neste ano favorecem vários produtos, como a batata-inglesa, café conilon, soja, uva e maçã, embora na relação de produtos analisados nessa pesquisa predominam os preços mais baixos do que em 2015”, assinala o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Gasques.
Os dados regionais mostram que o maior faturamento do valor bruto da produção agropecuária é no Sul, com R$ 150,3 bilhões. Em seguida, aparece o Centro-Oeste, com R$ 142,6 bilhões. O Sudeste ocupa a terceira posição, com R$ 133,9 bilhões, o Nordeste, a quarta, com R$ 49,8 bilhões, e o Norte, a quinta, com R$ 30 bilhões. Entre as Unidades da Federação, a liderança é de Mato Grosso, seguido por São Paulo e Paraná.
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento.
Fonte: Portal Brasil

Ovinos elite e 'animais de baia': a disseminação da cultura do 'excesso de cuidados'

A ovinocultura de corte no Brasil está passando por um processo de profissionalização dos seus atuantes devido a necessidade de se resolver um problema grave, e primário, da falta de mão-de-obra qualificada para assumir as rotinas das propriedades. O primeiro impasse acontece quando se busca funcionários com experiência na atividade, e quando essa contratação é efetivada, uma sequência de erros básicos de manejo passam a afetar diretamente a viabilidade do negócio.
 
O profissional da ovinocultura de corte se insere na pecuária de forma tardia quando comparado aos profissionais de outras cadeias que produzem proteína animal. Apenas nas décadas de 80 e 90, quando despencaram os preços da e muitos produtores abandonaram a atividade, a ovinocultura brasileira mudou seu foco para a produção de carnes e peles (SILVA, 2002). A recém chegada desses profissionais com essa ‘aptidão para corte’ nos sugere um número reduzido na oferta dessa mão-de-obra, que acompanha o diálogo de quem está a campo. Faz-se importante também conhecer o grau de capacitação dessas pessoas e entender quais foram os principais influenciadores nessa formação, podendo assim adotar medidas corretivas para que esse profissional possa atender as atuais perspectivas da sua atuação.
Animais elite de 'pista', onde são avaliados e julgados por características visuais, recebendo títulos que determinam o preço a serem negociados nos leilões.
Animais elite de 'pista', onde são avaliados e julgados por características visuais, recebendo títulos que determinam o preço a serem negociados nos leilões.
Os ovinos começaram a aparecer em exposições agropecuárias por volta da década de 70, com foco na produção de . Nas raças de corte, o objetivo era o melhor porte e peso e desde então, muitos animais foram comercializados por grandes valores e o ovino passou a ser vendido em leilões como animal de elite, sendo que um exemplar assim chegou a ser avaliado em mais de R$ 2 milhões, recorde mundial (Revista O Berro, 2009). Esse mercado de ovinos elite permanece até os dias de hoje, como pode ser consultado em qualquer mídia do segmento, sendo o referencial na busca de genética a ser incorporada nos rebanhos comerciais, conseqüência do massivo marketing e modismo das raças.
Conhecendo esse histórico da ovinocultura de corte, a que nos remete a nossa realidade, podemos começar a enxergar com clareza qual foi o processo de capacitação e aprendizagem no qual o profissional da ovelha foi moldado, e permanece até hoje em quase a totalidade das propriedades.
Em um rebanho de ovinos elite, seguindo os padrões brasileiros, encontramos os ‘animais de baia’, tão temidos pelos ovinocultores que buscam resultados. Esses animais recebem essa denominação por serem criados em condições distintas das condições de um rebanho comercial, perdendo o foco do mercado no qual se destina. A suplementação constante faz parte do sistema de criação adotado nessas cabanhas e os insumos são inviáveis de serem utilizados em uma produção comercial (fenos e rações com altos padrões protéicos e energéticos). Por permanecerem confinados, os animais não participam do ciclo dos vermes helmínticos (pastagem). Seguindo esses sistemas de manejo, os animais recebem um tratamento diferenciado por parte dos funcionários, que auxiliam as fêmeas em partos (os animais são caros, possuem ‘títulos’, não se permite que o animal corra o risco de morrer) e demais atividades rotineiras, que caracterizam o ‘excesso de cuidados’ como uma característica intrínseca na atividade.
Como o mercado de ovinos ‘elite’ avalia o ‘embrulho’, e não o real potencial desse animal em apresentar resultados efetivos no rebanho, essa carência de atributos precisou ser mascarada, assim, os compradores sentiriam o efeito das aquisições após as negociações finalizadas (compra). Como consequência, os resultados que esses animais apresentaram em suas propriedades comerciais não foram o esperado (desde falta de libido, definhamento, até a mortalidade), e na tentativa de amenizar as perdas, a cultura do ‘excesso de cuidados’ passou a confortar funcionários e criadores, apesar da constante evasão da atividade, somada também a outros fatores.
O excesso de cuidados dos funcionários com os animais em todas etapas do sistema de produção (cria, recria e engorda) precisa ser corrigido para evitar dois grandes problemas: ‘desvio de função’ e impedimentos na seleção de animais superiores dentro do rebanho.
Um exemplo prático que podemos citar, encontrado comumente nas propriedades, que representa o ‘desvio de função’, ocorre na estação de nascimento de cordeiros. Quando identificado o abandono das crias pelas ovelhas, tradicionalmente os funcionários ‘forçam’ a adoção desses cordeiros rejeitados no parto por outras matrizes e, caso esse manejo não apresente resultados, os cordeiros passam a ser aleitados através da mamadeira, evitando assim, na teoria, a mortalidade desses animais. Confortante, porém insustentável. O tempo desprendido por esse funcionário na realização desse manejo de reparação deve ser levado em conta! Em uma criação comercial, onde o tempo é precioso, o funcionário precisa ter suas funções otimizadas. Seu foco de atuação deve ser bem definido, e quando se trata de modelos em eficiência, esses tipos de manejo não são permitidos.
Outra consequência dessa cultura é a impossibilidade de realizar um programa preciso de seleção genética do rebanho, pois há constante interferência humana nos resultados apresentados pelos animais. Quando o cordeiro abandonado é adotado, ou aleitado artificialmente, ao sobreviver, passa a mascarar a carga genética que perpetuará no rebanho caso ele participe da reposição, ocasionando também a permanência de matrizes que não possuem habilidade materna. O excesso de cuidados impede que animais de baixa resposta produtiva sejam descartados do rebanho, e quem está no dia-a-dia da fazenda é o funcionário, ele sendo negligente (não propositalmente), o conjunto de resultados da atividade será afetado.
A interferência humana nos resultados apresentados pelos animais impossibilita realização de um programa preciso de seleção genética do rebanho. Na foto: ovelha Finnish Landrace com 4 cordeiros recém-paridos
A interferência humana nos resultados apresentados pelos animais impossibilita realização de um programa preciso de seleção genética do rebanho. Na foto: ovelha Finnish Landrace com 4 cordeiros recém-paridos.
Fica claro que os rumos da atividade influenciam diretamente na qualificação dos profissionais envolvidos. A partir do momento que os ovinocultores adotarem novas tecnologias mudando a realidade da fazenda, principalmente incluindo programas de melhoramento genético que adicionem rentabilidade ao negócio, haverá também uma pressão na seleção de pessoas capacitadas para assumirem o compromisso com os resultados buscados, colaborando assim com o desenvolvimento de atuais e novos profissionais que atendam a expectativa do mercado.
Uma solução imediatista encontrada pelos ovinocultores foi a contratação de funcionários oriundos da cadeia leiteira nacional, pois o manejo diário nessas criações molda um perfil atrativo para o setor, facilitando a aprendizagem do manejo do rebanho ovino, porém, essa prática não se mostra suficiente por si só. É preciso aceitar que a mão-de-obra é fator vital quando se quer controlar a mortalidade dos animais, aplicar novas tecnologias e realizar a gestão dos índices zootécnicos nos rebanhos. A capacitação dessa mão-de-obra deve ser permanente, e encarada como um investimento básico para o sucesso da atividade.
Literatura citada:

SILVA, R.R.da. O Agronegócio Brasileiro de Carne Caprina e Ovina.

Região Nordeste fecha ciclo de reuniões para coleta de propostas do Ano-Safra 2016/2017

 A região Nordeste fecha, nesta terça e quarta-feira (29 e 30/03), o ciclo de encontros, para receber sugestões de aperfeiçoamento de políticas agrícolas e pecuárias para o país, promovidos pela Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Este último workshop ocorre no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Natal, RN, e conta com a participação de representantes das federações de agricultura e pecuária, sindicatos e produtores rurais da região.
Para o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, José Mário Schreiner, a reunião pretende traduzir os anseios dos produtores da região e atender suas reais necessidades. "É importante lembrar que a Confederação vem, constantemente, debatendo com as federações propostas para a melhoria da política agrícola brasileira, com o intuito de fornecer subsídios para a elaboração do Plano Agrícola e Pecuário”.
Schreiner explica que a iniciativa é de grande importância, pois vai tornar o Plano Agrícola ainda mais democrático. Ele afirma que a Confederação está organizando o conteúdo resultante das reuniões, realizadas nas cinco regiões do país, para formular uma proposta a ser encaminhada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Podemos concluir que os workshops foram extremamente efetivos. Retiramos deles propostas concisas que devem trazer benefícios para o produtor", finaliza.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, acrescenta que o Nordeste terá um capítulo próprio no Plano Agrícola e Pecuário, como é de praxe, uma vez que muitas demandas são específicas e se diferem das demais regiões brasileiras. “A finalidade é captar as diferenças e dificuldades do sistema produtivo. No caso do Norte e Nordeste, que se diferem bastante do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, as questões climáticas e logísticas são as que mais interferem na rentabilidade dos produtores. Por isso, é preciso uma análise mais detalhada para contemplar todas as demandas de forma igualitária”.
Lucchi observa que mesmo tendo muitas demandas parecidas nas regiões já visitadas até o momento (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte), ainda há muitas discrepâncias. “No documento final queremos colocar as proposições que estão mais ligadas a todas as regiões, conforme as unanimidades obtidas nas reuniões”. O superintende técnico diz que a expectativa é o Plano contemplar de forma abrangente as diversidades brasileiras, a cultura heterogênea, além dos vários sistemas produtivos. “Queremos preservar essa vantagem competitiva que nós temos. Por isso, trabalhamos para manter as políticas públicas adequadas para cada região”, finaliza.
Demandas – As principais demandas dos produtores dizem respeito à revisão das taxas de juros de programas específicos de investimento, à elevação do volume de recursos para custeio e à garantia para pré-custeio. Outra reivindicação apresentada como prioritária pela Comissão trata do alinhamento dos preços mínimos, que estão defasados. Também é pedida a revisão dos seguintes programas: Programa para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (ABC), Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra), Programa de Modernização da Agricultura e Conservação de Recursos Naturais (Moderagro) e a garantia de recursos para a subvenção ao prêmio de seguro rural.
Workshops – O objetivo das reuniões é construir uma proposta de política agrícola que respeite as diferenças existentes no país.  Em cada encontro foram debatidos assuntos decisivos para o setor, tais como: crédito rural (volume de recursos e taxas de juros), política de garantia de preço mínimo, seguro rural, zoneamento agrícola de risco climático e demandas setoriais.


Assessoria de Comunicação CNA

Fruticultura e telemarketing empregaram mais no RN


O estudo da CNC não mostra a realidade do emprego em cada estado, apenas a situação global no país. Contudo, números do Ministério do Trabalho e Emprego servem de termômetro e apontam que, no caso do Rio Grande do Norte, atividades relacionadas à agropecuária e aos serviços também foram as que mais abriram vagas entre julho de 2014 e dezembro de 2015. Nesse período, o estado registrou 263.301 admissões e 271.406 desligamentos, considerando todas as atividades econômicas.

Adesão ao CAR será condição para acesso ao crédito rural a partir de 2017


A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) constatou que os proprietários de imóveis rurais, em muitos estados da federação, enfrentam dificuldades técnicas para aderirem ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), cujo prazo para adesão expira no próximo dia 5 de maio. No Nordeste, por exemplo, os pequenos produtores rurais precisam superar obstáculos para o cumprimento das exigências legais. Nos onze estados da região o índice de adesão ao CAR, até agora, é de apenas 37,7%.
Os números mais recentes divulgados pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), mostram que, dos 5,1 milhões de propriedades rurais existentes no país, apenas 2,2 milhões de estabelecimentos já se cadastraram no sistema do CAR, até último mês de janeiro. A CNA alerta que os produtores rurais com passivo ambiental poderão enfrentar problemas nos casos do não cumprimento das normas de proteção da vegetação nativa em Áreas de Proteção Permanente (APPs); de Reserva Legal (RL); e nas Áreas de Uso Restrito (AUR).
A proibição de acesso ao crédito agrícola, dentre outras medidas, deverá acontecer a partir de maio de 2017. “O desafio é realizar em três meses o que deixou de ser feito em um ano e meio”, assinala Nelson Ananias, coordenador do Núcleo de Sustentabilidade da CNA.
Exigências legais - No caso das APPs, as normas estabelecem exigências como um mínimo de preservação ambiental, conforme previsto no Programa de Recuperação Ambiental (PRA), que define a forma de recuperação do eventual passivo ambiental, respeitando as características regionais. Já em relação às RLs, a recuperação é obrigatória. No entanto, a legislação permite compensação fora da propriedade ou por meio da flexibilização das formas de recuperação ambiental da área afetada. No que diz respeito às AUR, as normas consolidam as atividades de culturas perenes, pastagens e áreas alagadas.
Com o objetivo de permitir que os proprietários de imóveis rurais possam fazer a adesão ao CAR, com mais facilidade e informações detalhadas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), órgão integrante do sistema CNA, oferece em seu portal de educação a distância (ead.senar.org.br) um curso gratuito, ensinando o passo a passo do CAR. O curso  Cadastro Ambiental Rural é livre e pode ser feito por qualquer pessoa com 18 anos de idade ou mais.
Pontos críticos - A legislação que define o CAR, segundo a CNA, é complexa e exige condições que dificultam a declaração, pelo proprietário de imóvel rural. Além disso, existem obstáculos adicionais importantes a serem superados. A situação mais preocupante diz respeito ao acesso à internet, especialmente nas áreas rurais e naqueles municípios onde o acesso é precário devido a problemas de infraestrutura, logística e desenvolvimento tecnológico.  Essa situação é mais grave nos estados do Nordeste.
O sucesso do CAR e o cumprimento das metas fixadas pelo no novo Código Florestal, em vigor desde 2012, dependerão do alcance das informações obtidas pelo produtor rural e da remoção dos principais obstáculos para que a declaração seja feita pela internet, especialmente na transmissão dos dados.
Vale lembrar que, segundo a Lei 12.651, (Código Florestal), estabelece que os proprietários de imóveis rurais de até 4 módulos fiscais – cujo tamanho varia de acordo com cada município -, deverão receber auxílio direto dos governos estaduais na captação das coordenadas geográficas. Nesses casos, os produtores rurais deverão se dirigir às secretarias estaduais de Meio Ambiente, ou a órgão correspondente, protocolando solicitação formal de apoio técnico para que possam fazer o cadastramento de sua propriedade.
Entendendo os termos do Código Florestal:
APP (Área de Preservação Permanente): Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo de espécies de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;
UCs (Unidades de Conservação): Espaço territorial e seus recursos ambientais, com objetivos de conservação e limites definidos ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção. Podem ser de uso sustentável ou proteção integral;
Matas Ciliares: Vegetação que é adjacente ao curso de água e pode fazer parte da APP de curso de água. O termo refere-se ao fato de que ela pode ser tomada como uma espécie de "cílio" que protege os cursos de água;
ARL (Área de Reserva Legal): Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa;
Área de Uso Restrito: São os pantanais e planícies pantaneiras, além das áreas com inclinações entre 25° e 45°.

Assessoria de Comunicação CNA

NOTA DO BLOG: Muitos produtores rurais do nosso estado, não vão fazer este bendito CAR, principalmente aqueles que possuem mais de quatro módulos rurais, que equivale a mais de 300 ha. O governo orientou alguns técnicos no interior do estado para atender apenas os agricultores familiares. E o restante? só Deus e o homem do cuscús é quem sabe. 

terça-feira, 29 de março de 2016

Produtores cearenses discutem custos de produção de caprinos e ovinos

Produtores rurais das cidades de Sobral e Granja, no Ceará, se reuniram na última sexta-feira,  para discutir os custos de produção das cadeias de caprinocultura e ovinocultura. Dados sobre a realidade econômica da região, levando em consideração os custos de infraestrutura, insumos agrícolas, nutrição de rebanhos, medicamentos e mão de obra foram apresentados pelo Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O objetivo do encontro, realizado na Embrapa Caprinos e Ovinos, foi aperfeiçoar a metodologia das informações levantadas pelo Campo Futuro, para promover, ainda neste primeiro semestre, três painéis sobre os custos de produção nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Para os produtores participantes, a discussão sobre os custos é relevante para se pensar em sistemas de produção economicamente mais viáveis. "A partir desse debate podemos ver quais pontos podem ser melhorados, para que cada criador possa custear sua produção, produzir com qualidade e ter um lucro desejado", destacou o produtor rural de Sobral, Walney Moraes.
O recém-nomeado presidente da Comissão Nacional de Ovinos e Caprinos da CNA, Ivo Santiago, destacou que “é de grande importância todo o projeto Campo Futuro, porém ainda mais quando se trata do custo de produção da ovino caprinocultura, devido a uma melhor percepção da viabilidade técnico econômica dessas atividades”. O vice-presidente regional da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), José Pinto de Albuquerque, ressaltou a importância de reunir os caprinocultores e ovinocultores de Sobral e Granja para entender as diferentes realidades de cada produção, que vão desde o manejo até o produto final.
Além de pesquisadores e analistas da Embrapa, também participaram da reunião o assessor técnico da CNA, Rafael Linhares e o gerente técnico da Secretaria de Agricultura e Pecuária de Sobral, Pedro Pitombeira.
Campo Futuro
O Campo Futuro é um projeto realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) em parceria com universidades e centros de pesquisa, além das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados. A parceria com a Embrapa Caprinos e Ovinos teve início em 2015 e já começa a levantar informações juntos aos produtores rurais neste ano.

Assessoria de Comunicação CNA

 Brasil quer ampliar zonas livres de febre aftosa sem vacinação




Santa Catarina é o único estado brasileiro reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa, sem vacinação. A última ocorrência da doença, no estado, foi em dezembro de 1993 e, em 2007, foi reconhecido o status fitossanitário sem vacinação. Além de Santa Catarina, o Brasil quer outras zonas livres de vacina e, para isso, a cadeia produtiva de carne bovina tem trabalhado com o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da febre aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para avançar na erradicação da doença no território nacional e sustentar essa condição sanitária.
O assunto foi levantado e discutido na 43ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina do Mapa, no último dia 23/03. O coordenador do PNEFA, Plínio Lopes, explicou que a vacina é essencial para evitar possível ocorrência e proliferação da doença, mas o Brasil já tem 77% do território reconhecido como zona livre de aftosa com vacinação e tem condições de conquistar o status sem a vacina em outros estados. “A última ocorrência da doença no país foi registrada no Mato Grosso em 2006. O processo de suspensão da vacina é trabalhoso, mas precisamos evoluir e garantir um avanço seguro sem o medicamento”, disse Plínio.
O objetivo do PNEFA é implantar progressivamente novas zonas livres da doença e manter as atuais, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela OIE. O trabalho é executado por meio de um sistema de vigilância apoiado na manutenção das estruturas do serviço veterinário oficial, com a participação da comunidade. A ampliação da zona livre com vacinação para os estados do Amazonas, Roraima e Amapá – 22,8% do território nacional – está entre as metas do programa para este ano. “A CNA buscará apoio financeiro sobre o trabalho de revisão do PNEFA e ao estabelecimento de um cronograma para a retirada da vacina aos poucos”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo.

Fungos que podem reduzir a safra do feijão

plantaão de feijãoOs fungos Fusarium e Rhizoctonia são patógenos de solo que atacam a cultura do feijão em todo o seu ciclo de desenvolvimento, causando problemas como (tombamento, murcha e podridão. Segundo o engenheiro agrônomo, Vinícius Abe, gerente técnico da Alltech Crop Science, essa incidência pode causar até mortalidade da planta, impactando diretamente na produtividade da lavoura.
“Após cultivo sucessivo, o ataque de Fusarium na lavoura já chegou a registrar mais de 80% de danos na produtividade da área. São fungos que a partir do momento que se instalam, vão se multiplicando e podem debilitar severamente a planta”. De acordo com o especialista, eles se manifestam em condições adversas como de estresse hídrico, reduzindo o abastecimento de água e nutrientes para a planta.
Para diminuir os danos causados por esses fungos ou prevenir sua incidência nas culturas de feijão, Vinícius destaca a importância do manejo integrado. “Tratando-se de doença de solo, nunca trabalhamos com uma ferramenta sozinha, já que são patógenos muito especializados e complexos. O que se deve fazer é agregar o máximo de ferramentas que puder”, explica.

A utilização de produtos biotecnológicos para manejo biológico do solo e nutrição das plantas também contribui para a resistência da cultura. “Com mais nutrientes, a planta fica menos suscetível ao ataque do patógeno e o tratamento da matéria orgânica do solo contribui para o equilíbrio dos microrganismos, evitando que esse fungo se prolifere e venha a causar danos”, complementa.

  Sertão Empreendedor: Um Novo Tempo para o Semiárido

Superar as dificuldades impostas pela falta de chuvas e produzir em meio à seca são os maiores desafios para quem vive no semiárido brasileiro. O sertanejo, mesmo sendo um forte, como afirmou Euclides da Cunha,  está cansado de esperar. Precisa de alternativas, de acesso a tecnologias que permitem conviver com o clima e trabalhar em diversas atividades. E isso é possível porque o semiárido brasileiro, apesar de todas as adversidades, é o que registra o maior volume de chuva em relação a outras regiões semelhantes do planeta.
E foi com a determinação de estimular o espírito empreendedor e elevar a qualidade de vida da população do semiárido brasileiro, que o SENAR criou o "Programa Sertão Empreendedor: Um novo Tempo para o Semiárido" que será desenvolvido em uma ação conjunta com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). O Programa visa promover a competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais no semiárido brasileiro através do fomento à inovação, ao empreendedorismo e a difusão das tecnologias sociais, de produção, gestão e boas práticas de convivência com o semiárido.
Pautada na qualificação profissional com orientação técnica, a implantação de novos negócios rurais e a consolidação dos já existentes, em especial em municípios que sofrem constantemente com secas e estiagens prolongadas, certamente contribuirá para o crescimento social e econômico, com melhoria na qualidade de vida dos empreendedores rurais, incluindo a de seus familiares e colaboradores. Viabiliza-se, desta maneira, uma melhor convivência nas adversidades existentes e, principalmente, um desenvolvimento produtivo mais sustentável nessa região.

O Semiárido


  • 1.135 municípios distribuídos por nove estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e norte de Minas Gerais);
  • 11,5% do território nacional e mais da metade da área do Nordeste;
  • 22,5 milhões de pessoas (sendo 14 milhões na zona urbana e 8,5 milhões na zona rural);
  • Cerca de 1,7 milhão de estabelecimentos rurais.
  • 800 mm de precipitação anual máxima.

Linhas de ação do programa Sertão Empreendedor

O programa reúne um conjunto de ações sistêmicas e continuadas para contribuir com o desenvolvimento rural sustentável a partir da difusão e aplicação de tecnologias de convivência com as adversidades do semiárido, para melhorar a gestão, aumentar a produtividade e a renda dos empreendimentos rurais, com respeito ao meio ambiente.

Tecnologias sugeridas

O programa Sertão Empreendedor vai incentivar as seguintes tecnologias:
  • Captação e conservação hídrica (barragem subterrânea, poço amazonas com anéis de cimento, cisterna calçadão e barreiros de salvação)
  • Produção de forrageiras (palma forrageira em sistema adensado, gramíneas, leguminosas, fontes proteicas e energéticas)
  • Conservação de forragens (fenação, ensilagem e amoniação)
Além disso, o programa pretende difundir atividades com potencial econômico na região, como a ovinocaprinocultura, a apicultura, a fruticultura, a fabricação de produtos e alimentos a partir da palma forrageira, o turismo rural e a energia solar, entre outras.

Público


O programa Sertão Empreendedor vai atender empreendedores rurais, incluindo seus familiares e colaboradores.

O Tempo em Algumas Cidades do RN

NATAL PARNUBLADO
29/03/16
30/03/16 31/03/16
Tempo   CHUVASOL
 
CHUVASOL
 
Temp. Máxima 29˚C 30,6˚C 30,8˚C 2 1,6 1,8                    
Temp. Mínima 24,1˚C 24˚C 25,5˚C 3,1 3 3,5
Umidade do Ar 84% 86% 87% 6 6 7
Municípios Tempo Temp. Máx. Temp.Mín. %
MOSSORÓ CHUVASOL,CHUVASOL,CHUVASOL,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO,PARNUBLADO
 
36,5˚C 25,8˚C
APODI   36,5˚C 24,3˚C
PAU DOS FERROS   36,5˚C 25,8˚C
MARTINS   30,5˚C 21,8˚C
CAICÓ   37˚C 24,8˚C
CURRAIS NOVOS   36,1˚C 25˚C
    36,5˚C 25,3˚C
PARELHAS 3,5 1,8
SANTA CRUZ   35,5˚C 25˚C
ASSU   36,5˚C 25,3˚C
TOUROS   29,5˚C 25,1˚C
˚C
MACAU   37,1˚C 25,9˚C
PARNAMIRIM   30,5˚C 23,8˚C