terça-feira, 29 de novembro de 2016

Protagonismo da Juventude Rural









Juventude na luta por sucessão rural: nenhum direito a menos! Esse é o lema da 3ª Plenária Nacional de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, a ser realizada de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2016, em Brasília, reunindo mais de 400 jovens, entre eles(as) dirigentes sindicais, membros das Comissões Estaduais de Jovens, sócios(as), participantes do Programa Jovem Saber e dos itinerários formativos da Escola Nacional de Formação da CONTAG (ENFOC).

A plenária tem um caráter propositivo, avaliativo, formativo e organizativo, bem como visa organizar a participação da juventude nas etapas preparatórias para o 12º Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (12º CNTTR), que acontecerá em março de 2017. Portanto, durante quatro dias, a Plenária terá como objetivos centrais fazer com que os(as) jovens debatam temas estratégicos, diante da conjuntura nacional e dos desafios para a agricultura familiar, a partir da perspectiva da juventude trabalhadora rural brasileira e do fortalecimento das lutas do MSTTR; orientar e qualificar a participação dos(as) jovens nos processos de preparação e realização do 12º CNTTR; propor estratégias de fortalecimento da organização juvenil no MSTTR e das lutas sindicais; e definir agenda estratégica em defesa das políticas públicas para a juventude e sucessão rural.

Além disso, a programação conta com momentos de análise de conjuntura, apresentação de experiências protagonizadas pela juventude rural nos estados, e painéis sobre sucessão rural, trajetória e novos desafios na organização juvenil no sindicalismo. Todos esses debates convergem para fortalecer a organização e luta da juventude rural em defesa dos direitos conquistados pela classe trabalhadora. Como afirma a secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais: “defendemos um campo com jovens, com qualidade de vida para a promoção de sucessão rural. Repudiamos o atual cenário de retrocessos que vem sendo imposto pelo Executivo e Legislativo nacional, que afetará as camadas populares, em especial das populações do campo. Por isso, a nossa Plenária lança o grito de: nenhum direito a menos!”

Estão previstos o lançamento do livro “Juventude rural e sua caminhada na CONTAG” -que traz a trajetória de lutas e conquistas dos jovens trabalhadores e trabalhadoras rurais do MSTTTR-, e uma exposição fotográfica para celebrar os 15 anos da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CNJTTR).

A realização da Plenária Nacional de Jovens está sendo antecedida pelas etapas estaduais, que já estão dando o tom do que a juventude irá propor e lutar no Congresso da CONTAG, que ocorrerá em março de 2017.

“A 3ª Plenária Nacional de Jovens é um momento muito importante para o MSTTR de preparação para o 12º Congresso da CONTAG. A juventude presente terá a oportunidade de pautar as demandas e rumos estratégicos para as lutas sindicais do próximo período. Sem dúvida alguma, será um momento rico, de fortalecimento da juventude rural e do Movimento Sindical, de entusiasmo e disposição para a luta”, disse, com bastante expectativa, Mazé Morais.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi

Leilão da EMPARN na Estação de S. Gonçalo soma mais de R$ 92 mil


ASSECOM/EMPARN


Com uma disputa acirrada entre mais de 30 compradores, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), vendeu os 60 animais do seu próprio plantel oferecidos no último dia 19, no tradicional leilão na Estação Experimental da Fazenda Rockfeller, em São Gonçalo do Amarante. O valor total arrecadado foi de R$ 92.620. O remate, realizado sempre no fim do ano, é aguardado por criadores e comerciantes de carnes. A média por animais bovinos foi de R$ 2.210. A de caprinos/ovinos foi de R$ 564 e de éguas/jumentos de R$ 1.135.

O lote mais caro foi o de dois bezerros da raça Pardo-Suíço, por R$ 5,6 mil. Na maioria dos lotes, o preço inicial mais do que dobrava.  Mais de 200 pessoas estiveram no leilão que foi acompanhado pelo presidente da Empresa, Alexandre Wanderley, e pelo presidente da Associação Norte-Rio Grandense de Criadores (Anorc), Marcelo Passos. No leilão deste ano foram oferecidos animais das raças bovinas Gir, Guzerá, Pardo-Suíço e Sindi, além de eqüinos, muares, caprinos e ovinos. Esses animais são para criação ou abate, todos reconhecidos pela elevada genética e cuidados sanitários que garantem a sua qualidade.

O leilão da EMPARN fecha o calendário de leilões realizado dentro do Circuito Estadual de Exposições Agropecuárias 2016, da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (SAPE).  No primeiro leilão realizado na Exposição Agropecuária do Seridó, em Caicó, a EMPARN vendeu 13 animais, o mesmo número da exposição seguinte, em Currais Novos. Na Exposição do Oeste, a tradicional Festa do Bode, em Mossoró, a EMPARN colocou à venda 11 animais e na Festa do Boi, a empresa de pesquisa comercializou mais 25, totalizando 62 animais. Com o  leilão de Rockfeller, a EMPARN vendeu 122 animais do seu plantel em 2016.

EMPARN promove último seminário Técnico de 2016


ASSECOM/EMPARN
SeminarioTécnico da EMPARN

Reunindo pesquisadores, técnicos e pessoas interessadas, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), realizou na manhã de ontem (28), o último Seminário Técnico interno, com a exposição de dois pesquisadores de milho, sorgo e outras gramíneas. As palestras, realizadas no auditório da Empresa, na Base Experimental do Jiqui, teve a presença de produtores interessados em produzir sorgo.
        Na primeira palestra, o pesquisador Marcelo Abdon Lira, falou sobre o “Programa de Melhoramento Genético com a Cultura do Milho – Resultados Obtidos”, mostrando com gráficos a importância socioeconômica desse grão, para alimentação humana, animal e o etanol. No Nordeste, atualmente, as grandes áreas de produção estão no sul do Maranhão e do Piau e na Bahia. Nas demais áreas a escassez de chuvas reduzir a produção e a produtividade. No Rio Grande do Norte a produção oscilou muito nos últimos anos. No Sudeste e, especialmente, no Centro Oeste, a tecnologia e o material genético elevaram a produtividade, sem muita ampliação da área plantada.
      Na segunda palestra, o pesquisador João Maria de Lima falou sobre a produção de gramíneas, com destaque para o sorgo e a variedade Sorgo Ponta Negra, fruto de pesquisa da EMPARN e hoje plantado em todas as regiões do País. Ele revelou que na década de 80 cerca de 83% do sorgo plantado no Nordeste estava no Rio Grande do Norte.
      Entre outras aplicabilidade destacam-se a rotação de cultura, cobertura vegetal e integração de culturas, além de contribuir para a dessanilização do solo. Outra grande vantagem é a precocidade. Os seminários técnicos de 2017 serão definidos nos próximos dias, devendo começar em fevereiro. 

Dia de campo mostra alternativas para alimentação de rebanhos e convivência com seca

Wilton Duarte - Pesquisadora Nilzemary Lima (de camisa verde, à direita) apresenta sistema agrossilvipastoril
Pesquisadora Nilzemary Lima (de camisa verde, à direita) apresenta sistema agrossilvipastoril
Um grupo de técnicos, produtores rurais, estudantes e pesquisadores participou, nesta quinta-feira (24), de Dia de Campo sobre tecnologias de segurança alimentar animal para convivência com a seca, na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE). Os participantes conheceram alternativas desenvolvidas pela empresa para manejo de vegetação, produção em sistemas agroflorestais, planejamento de recursos forrageiros, além de detalhes sobre o futuro Serviço de Assessoria Nutricional (Assessonutri) para produtores rurais, que deverá funcionar a partir de 2017.
 
Nas três primeiras estações, foram soluções tecnológicas como o manejo para enriquecimento da caatinga para fins pastoris, o sistema de produção agrossilvipastoril e a orçamentação forrageira. Na primeira, o analista Éden Fernandes, da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Caprinos e Ovinos, abordou técnicas de manejo que favorecem a preservação do bioma Caatinga e alternativas para evitar a degradação, em convivência com o pasto nativo.
 
Na sequência, os pesquisadores Nilzemary Lima e Fernando Guedes destacaram o sistema agrossilvipastoril, que permite combinar atividades agropecuárias com exploração sustentável da vegetação nativa, como uma alternativa para as práticas de agricultura itinerante (com desmatamento e queimadas), superpastejo (quantidade de animais acima do suportável em uma mesma área de pasto) e exploração indiscriminada da madeira. Nilzemary também abordou técnicas de enriquecimento da Caatinga com leguminosas, como leucena e gliricídea, e gramíneas, como capim buffel, gramão, urocloa e andropogon.
 
A pesquisadora Ana Clara Cavalcante apresentou a técnica da Orçamentação Forrageira, que pode ajudar produtores rurais a planejarem o uso dos recursos para alimentação dos rebanhos em suas propriedades e, assim, terem maior eficiência de produção. O modelo proposto utiliza tabela padronizada, que ajuda o produtor rural a estimar sua quantidade e fontes de forragem, suas necessidades e, assim, facilitar a tomada de decisões como a preparação das reservas de alimento ou os momentos mais adequados para comercialização ou descarte de animais.
 
O Serviço de Assessoria Nutricional (Assessonutri) foi a última estação visitada. O pesquisador Diego Galvani mostrou as vantagens da técnica que permite estimar a composição da dieta dos animais e elaborar recomendações nutricionais a partir da análise de fezes de caprinos e ovinos. Inicialmente, o Serviço funcionará por meio de uma unidade móvel que prestará assistência a produtores rurais no Sertão dos Inhamuns, disponibilizando boletins de recomendações nutricionais a partir do laudo de análise das fezes e dos recursos forrageiros que o criador tiver em sua propriedade. Futuramente, o Serviço será disponibilizado em plataforma na Internet, ampliando o acesso a todas as regiões do Brasil.
 
Para os participantes, o potencial das tecnologias para uma realidade de produção de animais no semiárido foi um ponto de destaque. "Essas tecnologias são promissoras para o futuro da pecuária no Nordeste", avaliou Pedro Machado, agente rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) em Pacujá (CE). "Informações como essas podem nos dar um passo a passo na atividade, para que caprinos e ovinos sejam ferramentas de negócio", afirmou Vitor Alves, técnico da Ematerce em Mucambo (CE). "Foi um evento riquíssimo, especialmente por vermos o sistema agroflorestal e esse serviço nutricional", opinou o agricultor João Paulo Vieira, de Tamboril (CE).
 
O Dia de Campo foi realizado em parceria da Embrapa com a Secretaria Especial de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Governo Federal.
 
Workshop
 
O dia de campo foi antecedido por um Workshop sobre soluções tecnológicas para segurança alimentar animal no semiárido na Embrapa Caprinos e Ovinos, nos dias 22 e 23. O workshop reuniu, além da equipe da Unidade, pesquisadores da Embrapa Meio-Norte, representantes de instituições de ensino (UFC, UVA, IFPI, IFCE), assistência técnica (Emplanta), produtores, organizações não-governamentais e outras instituições (Projeto Paulo Freire), ligadas à temática da produção animal na região. No evento, foram elencadas tecnologias da Embrapa que poderão ser utilizadas na melhoria da saúde (controle de verminose) e alimentação dos rebanhos (melhoria de pastagens e conservação de forragem). 
 
"É importante conhecer as tecnologias disponíveis e garantir a segurança alimentar dos rebanhos para manter a produtividade e, consequentemente, melhorar as condições de vida do produtor da região semiárida", explica a pesquisadora Ana Clara Cavalcante. Já o engenheiro agrônomo e produtor de ovinos, Cândido Araújo, comentou que a participação em eventos dessa natureza é de fundamental importância para estimular a troca de experiências e conhecimentos com os diversos parceiros da área.
  
Embrapa Caprinos e Ovinos

Curso orienta sobre uso racional de água na irrigação

Transferência de tecnologia acontece em meio à crise hídrica que afeta a região Nordeste
A Embrapa Semiárido realiza, de 30 de novembro a 3 de dezembro, o XV Curso de Manejo de Irrigação, que oferece orientações sobre o uso racional da água, especialmente no que diz respeito a quando e quanto irrigar. O evento acontece no Escritório de Apoio da Embrapa, no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, em Petrolina (PE), às 19h nos dias de semana, com aula prática no sábado (3), a partir das 7 horas.
Como um dos principais fatores de desenvolvimento da região do Vale do Submédio São Francisco, a agricultura irrigada necessita de informações sobre o uso racional da água nos programas de produção integrada, principalmente neste momento de crise hídrica, para ter melhor conhecimento sobre as quantidades adequadas ao crescimento das culturas e como suprir as suas necessidades de forma que possam expressar seu potencial genético produtivo sem restrições hídricas. Entre as vantagens do manejo da irrigação estão a diminuição do controle da contaminação do lençol freático e controle de salinidade do solo.
O Curso de Manejo de Irrigação é voltado para empresários do ramo agropecuário, engenheiros, técnicos e produtores. Além de oferecer suporte para a tomada de decisão na irrigação, o evento também visa capacita os participantes na tomada de amostras indeformadas de solo e manejo de equipamentos para monitoramento de teor de água no solo.
As inscrições para o curso podem ser feitas no Escritório de Apoio da Embrapa, ao custo de R$ 100,00 (Cem Reais). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (87) 3861-4442 e 3861-4947.

Alemanha propõe intercâmbio sobre bem-estar animal com o Brasil

Proposta foi apresentado pelo adido agrícola alemão ao secretário-executivo do Mapa


Novacki (C) com representante da Alemanha e técnicos do Mapa (Noaldo Santos)

 O conselheiro para Alimentação, Agricultura e Defesa do Consumidor da Embaixada da Alemanha no Brasil, Martin Nissen, defende o intercâmbio sobre bem-estar animal entre os dois países. Ele apresentou a proposta, nesta segunda-feira (29), em Brasília, durante reunião com o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki. Segundo Nissen, a experiência brasileira nessa área é muito grande e pode contribuir com o seu país.
Na visita ao Mapa, Nissen também discutiu detalhes da ida do ministro Blairo Maggi à Alemanha, entre os dias 18 e 21 de janeiro do próximo ano. Maggi participará da reunião dos Ministros de Agricultura do G-20, do Fórum Global da Agricultura e da Semana Verde.
O representante da Alemanha elogiou o Plano Agro+, que visa reduzir a burocracia no Mapa. Ele disse que o programa foi visto de forma positiva pela comunidade europeia. “O discurso do ministro Blairo Maggi é uma revolução”, assinalou.


Secretário-executivo do Mapa e Itay Tagner, do governo de Israel (Noaldo Santos/Mapa)

Israel
Depois da reunião com o adido agrícola da Alemanha, Novaki recebeu o Encarregado de Negócios da Embaixada de Israel em Brasília, Itay Tagner. Ele discutiu detalhes da visita que o secretário-executivo do Mapa fará aquele país agora em dezembro.

Além de fortalecer os laços comerciais com Israel, Novacki quer conhecer de perto a tecnologia de irrigação israelense. Tagner contou que visitou recentemente o Rio Grande do Norte, onde algumas fazendas já utilizam da tecnologia de irrigação do gotejamento, desenvolvida pelos israelenses. “O semiárido nordestino é muito semelhante a Israel”, observou Tagner.

Segundo Novacki, o Mapa deve estimular ainda mais o programa de irrigação para os pequenos produtores, especialmente na Região Nordeste, como forma de aumentar a produtividade e a renda no campo. “Fiquei muito impressionado com o que vi nas fazendas da região que trabalham com esse sistema de irrigação. A terra é muito fértil e a qualidade das frutas produzidas são muito boas”, salientou o secretário-executivo.

Paraíba recebe novo sistema do Água Doce


Solange Amarilis/SRHU/MMA
Água de qualidade em Amparo (PB)
Programa beneficiará, com acesso à água de boa qualidade, 192 famílias do município de Amparo. Entrega foi nesta sexta-feira (25/11).


Nesta quinta-feira passada (25/11), foi inaugurado mais um sistema de dessalinização de água no estado da Paraíba. A cidade de Amparo, a 314 Km da capital João Pessoa, recebeu sistema que beneficiará 192 famílias. A água própria para consumo humano ficará disponível em um chafariz na sede do município.
No Programa Água Doce da Paraíba, está prevista a implantação de 93 sistemas de dessalinização no estado, envolvendo R$ 22 milhões em recursos (federais e estaduais). Desse total, 15 sistemas já foram entregues, beneficiando 1.753 famílias ou aproximadamente 7 mil pessoas do semiárido paraibano. Também há 40 sistemas em fase de obras.
O sistema de Amparo contou com investimento de R$ 146 mil. Os recursos são resultado de convênio firmado entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia do estado.
Segundo o secretário de Infraestrutura, João Azevedo, é muito importante para o semiárido que programas como esses continuem. “Estamos correndo para concluir esse convênio e tentar ampliá-lo para outras comunidades”, afirma. “Aproximadamente 30% das cidades paraibanas estão com a rede de água em colapso e 75% estão em regime de racionamento”, destaca.
O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Jair Tannús, esclarece que em razão da criticidade, resultado da escassez hídrica existente na Paraíba, assim como da priorização dada ao Programa Água Doce pelo estado, o MMA concluiu o repasse dos recursos do convênio no mês de setembro, no valor de R$ 3,4 milhões.
ÁGUA DOCE
O Programa Água Doce é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com cerca de 200 instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Atende prioritariamente comunidades rurais localizadas no semiárido brasileiro e faz parte do Plano Brasil Sem Miséria.
O programa busca estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 
NOTA DO BLOG: E o nosso RN? nem água.

Pesquisa busca alternativas para reduzir uso de drogas veterinárias

laboratorio-de-pesquisa-embrapaO uso inadequado ou indiscriminado de medicamentos veterinários na produção animal aumenta os riscos associados à resistência aos antibióticos e antiparasitários e as chances de surgimento e propagação de bactérias e parasitas resistentes. Para combater essa tendência, a Embrapa Pecuária Sudeste (SP) tem feito estudos com homeopatia, fitoterapia, adição de mineral e controle biológico. Algumas pesquisas já foram concluídas, como homeopatia e utilização de zeólita, um tipo de mineral para controle da diarreia em bezerros.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Ana Carolina Chagas, além dos riscos da resistência, existe o perigo de resíduos em produtos animais, como na carne e no leite, com prejuízos à saúde humana e ao ambiente. “Normalmente, as doenças dos bovinos são tratadas com antibióticos. Mas a maioria das bactérias ou parasitas já está bastante resistente aos medicamentos. A tendência é a droga veterinária não funcionar ou funcionar parcialmente”, explica.
Quando isso ocorre, segundo a pesquisadora, muitos produtores aumentam a dose do medicamento, diminuem o intervalo de aplicação ou não respeitam o período de carência do abate ou de venda do leite. Dessa forma, existe risco de intoxicação animal e resíduos de drogas veterinárias nos alimentos.

Para obter um melhor controle do manejo, a Embrapa desenvolve o projeto Verdevet com pesquisas para reduzir o uso de drogas em bovinos de leite no controle de três doenças principais que afetam o rebanho: diarreia de bezerros, carrapato e mastite. Tratamentos alternativos e boas práticas de manejo têm apresentado resultados promissores.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Anec vê melhora nas exportações de grãos do Brasil em 2017, com recorde na soja


Anec vê melhora nas exportações de grãos do Brasil em 2017, com recorde na soja


As exportações de grãos do Brasil deverão se recuperar em 2017 após uma quebra de safra neste ano devido ao tempo seco, com previsão de recorde nas vendas externas de soja, afirmou à Reuters nesta quinta-feira o diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Castanho Teixeira Mendes. Segundo Mendes, as exportações de soja em 2017 deverão atingir um recorde de 60 milhões de toneladas, ante entre 51 milhões e 52 milhões de toneladas na estimativa para este ano, que foi mantida.
Já a projeção para as exportações de milho no próximo ano é de 30 milhões de toneladas, ante uma estimativa mantida para 2016 de entre 18 milhões e 19 milhões de toneladas. O diretor disse que há potencial para que o país registre um recorde também nas exportações do milho, mas ressaltou que é preciso aguardar a definição da segunda safra do cereal. "A ideia é que continuemos batendo aqueles recordes, este ano só não batemos por causa da frustração climática", disse Mendes, que falou à Reuters antes de evento da associação dos exportadores.
Conheça a história do algodão colorido

Conheça a história do algodão colorido e como seu cultivo ajuda os agricultores





Você sabia que o algodão colorido existe na natureza há muitos e muitos anos? Ele é tão antigo quanto o algodão branco e muitas espécies nativas já foram encontradas em escavações no Peru e no Paquistão. Faz mais de 4.500 anos. Dá para imaginar como faz mesmo muito tempo?
Esse tipo de algodão tem as fibras curtas e  fracas e não aguentam a fabricação de fios e tecidos. Os pesquisadores da Embrapa Algodão, então, trabalharam em muitas pesquisas e melhoraram a resistência e o seu comprimento. Esse tipo de trabalho se chama melhoramento genético do algodão colorido.
O que é melhoramento genético do algodão colorido e como é feito?

No começo, a equipe de pesquisadores colheu vários tipos de sementes de plantas selvagens de algodão colorido. Elas podem ser encontradas no interior do Nordeste do Brasil. As sementes de espécies de plantas estrangeiras também foram usadas para formar um banco de sementes ou Banco de Germoplasma.
O melhoramento genético foi feito assim: a planta do algodão tem órgãos masculinos e femininos, ou seja, macho e fêmea na mesma flor. Por isso diz-se que ela é hermafrodita. Um dia antes da flor abrir, foi retirado, com ajuda de uma tesoura, tudo que é masculino ou macho na flor do algodão, sobrando apenas a parte feminina ou fêmea. colheu-se a flor macho (masculina) de outra planta e foi levada para juntar à flor fêmea. Isto se chama cruzamento.

Essas flores cruzadas se transformaram em frutos e, dentro dos frutos, cresceram sementes. As sementes resultantes desses cruzamentos foram plantadas, avaliadas e selecionadas para dar origem às plantas de algodão colorido que conhecemos.



O que é e como se forma um Banco de Germoplasma
Você não pode confundir. Não é banco de guardar dinheiro e sim uma reserva de sementes para garantir a continuação dos trabalhos da pesquisa ao longo dos anos. As sementes colhidas de diferentes locais onde existe algodão silvestre ou que já é plantado pelo homem, são identificadas e guardadas na Embrapa. Isto se chama Banco de Germoplasma.
Qual a importância do algodão colorido?
É muito importante porque, como já dissemos, as fibras nascem coloridas na natureza. Não há necessidade de tingir fios ou tecidos fabricados com elas. O tingimento usa corantes e uma imensa quantidade de água fervente em grandes caldeiras onde são cozidos. Isso mesmo ! Cozidos durante algum tempo.
Gasta-se muita água. Também é preciso gás ou outro combustível para esquentar as caldeiras. Depois do tingimento, se esse caldo colorido que sobra não for tratado, poderá contaminar as nossas fontes de água potável, pois é um resíduo poluente para o meio ambiente. Além disso, como o tecido de algodão colorido não tem corantes, é hipoalergênico: significa que as roupas fabricadas com esse tecido são ideais para o uso por pessoas alérgicas.
Roupas e tenis de algodão colorido
Algodão colorido  em  sitema de cultivo agroecológico. O que significa  agroecológico?
A partir do ano 2000, a Embrapa Algodão iniciou suas pesquisas com cultivo de algodão colorido orgânico e agroecológico. Hoje, é utilizado por agricultores familiares da região Nordeste para produzir uma fibra ecologicamente correta. Para entender melhor, no sistema agroecológico, o agricultor explora os recursos que ele tem na sua área, não sendo permitido utilizar produtos químicos industrializados, como adubos, inseticidas, herbicidas, fungicidas e outros capazes de poluir o solo e a água. Com isso, o agricultor não precisa comprar nem se preocupar com os preços, transporte, armazenagem e cuidados com esses produtos químicos que são perigosaos e prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.Algodão agroecológico
Nesse sistema de cultivo, os adubos químicos são sbstituídos por adubos naturais, como pó de rocha, esterco de curral, esterco de frango e outros. O controle de insetos e doenças é feito utilizando-se extratos vegetais, por meio de cultivo de plantas como gergelim, que são capazes de atrair formigas e outros insetos e ainda catando o botão floral atacado pela praga do bicudo e outros. Assim, esse sistema de cultivo aumenta a biodiversidade e a segurança alimentar do homem do campo. O algodão é plantado com outras culturas alimentares tradicionais, como milho, gergelim, amendoim, feijão, coentro, abóbora e outras. Consórcio é o nome que se dá para esse tipo de plantio. O agricultor vende o algodão para ganhar dinheiro e as outras culturas são utilizadas na alimentação da família.
Variedades de Algodão colorido

Com muitos estudos e experiências, os pesquisadores conseguiram o lançamento das variedades (cultivares): BRS 200 Marrom, BRS Verde, BRS Rubi, BRS Safira e BRS Topázio.














BRS 200 Marrom.


As fibras dessa variedade (cultivar) são de cor marrom-clara e é resultado do melhoramento de plantas selvagens encontradas no interior do Nordeste. Por isso é ideal para ser plantada no Sertão e Seridó nordestino.








BRS Verde



Variedade de fibra verde resultante do melhoramento de algodão estrangeiro de cor verde com uma variedade de fibra branca criada pela Embrapa Algodão








BRS Rubi

A BRS Rubi é uma variedade que possui cor marrom-escura ou avermelhada. Ela é o resultado do cruzamento de plantas de fibra marrom-escura estrangeiras com plantas de fibra branca












BRS Safira



A variedade BRS Safira é de cor marrom-escura ou avermelhada. É resultado do cruzamento entre algodão estrangeiro de fibra marrom-escura com algodão de fibra branca.








BRS Topázio

A BRS Topázio é uma variedade de fibra marrom-clara, derivada do cruzamento entre plantas estrangeiras de cor marrom com plantas de fibra branca. Por ter fibras fortes é considerada a melhor variedade de fibra colorida criada pela Embrapa Algodão.







Fardos de Algodão Marrom


EMBRAPA ALGODÃO

Incra define diretrizes para o próximo ano

Gestão

Diretores e superintendentes se reúnem em Brasília para debater os principais programas do instituto para a reforma agrária

 A titulação de terras é importante porque dá segurança jurídica aos assentados
A titulação de terras é importante porque dá segurança jurídica aos assentados

Os 30 superintendentes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além dos diretores e assessores estratégicos, se reúnem na sede da autarquia em Brasília (DF), nestas quinta e sexta-feira (24 e 25).
O objetivo é discutir os principais programas do instituto no âmbito da reforma agrária, além dos desafios e das diretrizes para 2017.
Durante a abertura do encontro, o presidente do Incra, Leonardo Góes, apresentou um panorama da atual conjuntura da questão agrária, destacando os desafios enfrentados por todos no ano de 2016.
“Este ano enfrentamos um grande contingenciamento de recursos e o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), que paralisou ações da política de reforma agrária para mais de 400 mil famílias assentadas em função de indícios de irregularidades. Tudo isso atravessando um momento político difícil para todo o País”, salientou.
Góes frisou que esse cenário exigiu um empenho ainda maior de toda a equipe para equacionar as contas da autarquia com o recurso disponível e seguir com as políticas de reforma agrária em curso.
“Esse esforço envolveu muito planejamento e discussão com áreas estratégicas do Governo, como Casa Civil, Ministério do Planejamento e a Secretaria do Tesouro Nacional, num processo de convencimento da importância das políticas de reforma agrária”, destacou o presidente do Incra.
Outro ponto abordado foram as medidas tomadas em relação ao bloqueio dos assentados. “Paralelamente, apresentamos ao TCU um plano de providências que tivesse robustez para ser aprovado e, com isso, conseguíssemos desbloquear parte das famílias para que não houvesse comprometimento da safra de 2017”, avaliou Góes.
Titulação
O presidente do Incra adiantou que a orientação do governo federal é transformar a política de titulação de terras na marca da nova gestão da autarquia. “Estamos iniciando a discussão sobre a entrega de títulos que o governo quer que seja a nossa marca daqui para frente. Mas o Incra continuará promovendo o acesso à terra com a criação de novos assentamentos e as políticas de qualificação dos mesmos”, garantiu.
A titulação é importante, lembrou Góes, pois dá segurança jurídica aos assentados, elevando seu patamar de vida, além de possibilitar que ele tenha acesso a outros tipos de políticas públicas.
Novo marco legal
O Incra aguarda para breve a publicação da Medida Provisória (MP) que regulamentará a titulação de lotes em assentamentos, a seleção de famílias para projetos de assentamento, a regularização de ocupações e a obtenção de terras. Para o presidente da autarquia, a MP marcará uma nova fase da reforma agrária no País, dando “maior segurança jurídica àqueles que produzem, além de promover o acesso à terra a quem quer produzir alimentos”.
Fonte: Incra

Nova tecnologia de confinamento está sendo testada para o clima brasileiro


confinamento-vacasÉ o chamado “Compost Barn”, que pode ser traduzido livremente como “Estábulo de Composto”. Uma técnica muito usada em vários países e que oferece mais confortável ao gado. Atualmente esse tipo de manejo vem despertando o interesse de produtores de leite. Esse tipo de confinamento aumenta o bem-estar animal e já é muito utilizado em países de clima temperado.
Trata-se de uma alternativa aos sistemas de produção de leite em confinamento denominados free stall, no qual as vacas ficam retidas em baias de poucos metros quadrados, ou tie stall, em que os animais são criados, também em baias individuais, presos a correntes. O Compost Barn tem por característica deixar os animais livres no estábulo. Embora continue confinada, a vaca circula à vontade, interagindo com as outras, o que possibilita que ela exercite seus instintos sociais com o grupo e apresente cio com mais facilidade, o que melhora os índices reprodutivos.
Esse sistema de produção já é adotado em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Israel desde meados de 1980. Cerca de 300 produtores brasileiros já optaram pelo Compost Barn, seja adaptando antigos free stalls, seja construindo um novo sistema. Mas ainda há poucas informações da pesquisa agropecuária nacional sobre sua adaptabilidade às condições do País. Para suprir esta lacuna, a Embrapa Gado de Leite (MG) vem realizando, desde 2014, um estudo sobre o uso do Compost Barn. “Por ser uma tecnologia importada de países com clima temperado é necessário que verifiquemos sua adaptabilidade às condições tropicais”, diz o pesquisador Alessandro Guimarães, que está à frente dos trabalhos.
A analista Letícia Mendonça, que integra a equipe da Embrapa Gado de Leite responsável pelos estudos, informa que três propriedades em Minas Gerais que adotam o sistema estão sendo acompanhadas. Nos laboratórios da Embrapa de da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) são realizadas análises sobre a qualidade do leite e a microbiologia dos compostos orgânicos utilizados nas camas.
A principal característica do Compost Barn é a utilização de uma “cama” orgânica cobrindo todo o estábulo. Em função dessa característica, vários outros aspectos de engenharia agronômica foram modificados em comparação aos sistemas de confinamento tradicionais. As baias, com suas camas de areia ou de borracha, por exemplo, foram abolidas. Em vez do concreto, que prejudica o casco dos bovinos, o piso do estábulo é formado por material orgânico que pode ser serragem e casca de amendoim, ou outro material orgânico que seja de baixo custo e de fácil disponibilidade para o produtor.

No entanto, os pesquisadores ainda são cautelosos em relação ao sistema. “Precisamos aprofundar os estudos para dar respostas sólidas aos produtores no que diz respeito à viabilidade econômica, com relação aos custos de implantação e manutenção do sistema. Também é preciso ampliar o conhecimento sobre a microbiologia da cama, a incidência de mastite e a qualidade do leite”, pondera Guimarães.
EMBRAPA

Vale do São Francisco vai exportar mangas para a Coréia do Sul

Acordo exigiu longa negociação e só foi concluído após recente visita do ministro Maggi ao país
O Brasil vai começar a exportar manga para a Coreia do Sul, um dos mercados mais exigentes do mundo em relação à sanidade e à qualidade dos alimentos. O anúncio foi feito pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante viagem, nesta semana, a Pernambuco, à Bahia, ao Ceará e ao Rio Grande do Norte. Maggi esteve em áreas de produção de frutas e de camarão, onde se reuniu com produtores locais. A contrapartida do país será importar peras frescas da Coréia.

A abertura do mercado sul-coreano à manga nacional é fruto de uma longa negociação nos últimos anos e ficou mais próxima depois de recente viagem do ministro à Ásia. A exportação deve beneficiar principalmente a região de fruticultura irrigada do Vale do São Francisco. A expectativa é de que os embarques iniciem em cerca de 30 dias.

Apesar da crise hídrica que tem afetado o Nordeste, o futuro da região passa pela agricultura, acredita Maggi. O ministro disse ter ficado impressionado durante visita a Petrolina (PE) e a Juazeiro (BA), “onde se produz vinho de muita qualidade e também espumantes”. A produção de frutas nos estados que ele percorreu também foi encorajadora para o esforço do governo de aumentar as exportações. “A gente percebe o quanto esses produtores estão entusiasmados com o cultivo de frutas. E o que nos dá segurança é o conhecimento que eles já adquiriram no dia a dia ou com as pesquisas da Embrapa e de outra empresas.”
Maggi visitou áreas de cultivo irrigado de melão, manga, mamão, melancia e limão. O Vale do São Francisco concentra o maior polo de fruticultura irrigada do país. De acordo com a Associação de Produtores e Exportadores do Vale, 85% das mangas exportadas pelo Brasil saem da região.

Produção de camarão

O ministro também conheceu a produção de camarão do Ceará.  “É uma indústria muito grande que tem um potencial imenso.” Maggi explicou que é preciso ajustar um pouco a legislação e combater as doenças que estão sendo registradas nos camarões. Em Aracati (CE), ele determinou que a Secretaria de Defesa Agropecuária tome medidas para prevenir a entrada de doenças do crustáceo no Brasil, amparada em princípios da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Maggi reconheceu que a região passa por uma escassez de água muito grande, que tem dificultado a vida dos irrigantes e levado os agricultores a fazer investimentos para aumentar o bombeamento de água. 

O ministro conheceu nesta quinta-feira (24) a Fazenda Agrícola Famosa, que emprega 9 mil trabalhadores envolvidos no cultivo de melão, melancia e mamão. No local, ele se reuniu com os governadores do Rio Grande do Norte, Robson Farias, e do Ceará, Camilo Santana. Maggi viajou acompanhado do secretário-executivo Eumar Novacki e dos secretários de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, e de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, José Dória.

Paraíba recebe novo sistema do Água Doce


Solange Amarilis/SRHU/MMA
Água de qualidade em Amparo (PB)
Programa beneficiará, com acesso à água de boa qualidade, 192 famílias do município de Amparo. Entrega será nesta sexta-feira (25/11).
Nesta quinta-feira (25/11), será inaugurado mais um sistema de dessalinização de água no estado da Paraíba. A cidade de Amparo, a 314 Km da capital João Pessoa, receberá sistema que beneficiará 192 famílias. A água própria para consumo humano ficará disponível em um chafariz na sede do município.
No Programa Água Doce da Paraíba, está prevista a implantação de 93 sistemas de dessalinização no estado, envolvendo R$ 22 milhões em recursos (federais e estaduais). Desse total, 15 sistemas já foram entregues, beneficiando 1.753 famílias ou aproximadamente 7 mil pessoas do semiárido paraibano. Também há 40 sistemas em fase de obras.
O sistema de Amparo contou com investimento de R$ 146 mil. Os recursos são resultado de convênio firmado entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Secretaria de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia do estado.
Segundo o secretário de Infraestrutura, João Azevedo, é muito importante para o semiárido que programas como esses continuem. “Estamos correndo para concluir esse convênio e tentar ampliá-lo para outras comunidades”, afirma. “Aproximadamente 30% das cidades paraibanas estão com a rede de água em colapso e 75% estão em regime de racionamento”, destaca.
O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Jair Tannús, esclarece que em razão da criticidade, resultado da escassez hídrica existente na Paraíba, assim como da priorização dada ao Programa Água Doce pelo estado, o MMA concluiu o repasse dos recursos do convênio no mês de setembro, no valor de R$ 3,4 milhões.
ÁGUA DOCE
O Programa Água Doce é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com cerca de 200 instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Atende prioritariamente comunidades rurais localizadas no semiárido brasileiro e faz parte do Plano Brasil Sem Miséria.
O programa busca estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano por meio do aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA):

Criada uma nova semente de maracujá do mato ou da Caatinga nordestina  

maracuja-do-mato-florO trabalho demorou doze anos de pesquisa mas o resultado é a primeira variedade de maracujá nativo da Caatinga recomendado para cultivo comercial: o BRS Sertão Forte, uma variação da espécie Passiflora cincinnata. Fruto do trabalho de melhoramento genético tradicional realizado na Embrapa Semiárido (PE), em parceria com a Embrapa Cerrados (DF), essa variedade é decorrente da seleção de mais de 50 tipos de maracujazeiros silvestres coletados em diferentes áreas de Caatinga. Em comparação com as plantas nativas, ela apresenta maior produtividade e maior tamanho e rendimento dos frutos.
“O maracujá do mato é a segunda principal fruta do bioma, vindo logo depois do umbu. É uma espécie silvestre, de ampla distribuição geográfica, tolerante a doenças e resistente às pragas, e muito adaptada às condições climáticas adversas da região”, conta Francisco Araújo. Os frutos do BRS Sertão Forte, quando maduros, têm coloração verde-clara e pesam de 109 g a 212 g. A polpa é bastante ácida, sendo recomendada para processamento agroindustrial e elaboração de doces, geleias, sorvetes e mousses, por exemplo. Apresenta como característica de destaque maior tolerância ao estresse hídrico e longo ciclo produtivo, sendo uma alternativa viável para a agricultura familiar da região. Além disso, sua flor exuberante, arroxeada, evidencia também seu potencial ornamental para paisagismo de grandes áreas, como muros e pérgulas.
Recentemente, o maracujá do mato ou maracujá da Caatinga entrou para a Arca do Gosto do movimento Slow Food. O umbu já integra a Arca do Gosto desde 2007, que é um catálogo mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores de uma região, ligados à memória, à identidade de uma comunidade e ao conhecimento tradicional local. Reúne alimentos esquecidos ou ameaçados de extinção, com potenciais produtivos e comerciais. A nutricionista Neide Rigo, que faz parte do movimento e integrou a equipe de avaliadores Arca do Gosto do Slow Food, conta: “O maracujá da Caatinga estava sendo preterido por aqueles maracujás maiores e mais suculentos. Era destinado apenas à alimentação dos animais ou à brincadeira de criança”.

Para valorizar as frutas do bioma, como o maracujá do mato, ela acaba de lançar o livro Mesa farta no Semiárido: Receitas com Produtos da Agricultura Familiar, em conjunto com a Coopercuc. “A ideia é mostrar como os produtos cultivados atualmente no Semiárido podem ser preparados, incentivando o uso deles na merenda escolar e na casa dos agricultores. São receitas simples, saudáveis, com o mínimo de ingredientes processados que atendam não só a adultos, mas crianças pequenas e em idade escolar”, revela. Receitas com abóbora, mandioca, umbu, maracujá do mato e outros frutos são formas novas e criativas de valorizar a biodiversidade nacional.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

lote 06


 

Em reunião com os senadores Garibaldi Filho (PMDB-RN), José Pimentel (PT-CE) e Raimundo Lira (PMDB-PB), o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho informou que as águas da transposição do Rio São Francisco chegarão ao Rio Grande do Norte no final de setembro do próximo ano. Ele anunciou também a antecipação da abertura das propostas da licitação dos trechos que estavam sob a responsabilidade da Construtora Mendes Júnior. O ministro participará na próxima quarta-feira (30), às 8h30, de audiência pública na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).
Segundo Garibaldi Filho, que preside a Comissão de Serviços de Infraestrutura, a audiência pública da próxima semana também deverá contar com a presença dos governadores do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Ceará. Na ocasião, será discutido o que cada autoridade presente poderá fazer para que as obras não atrasem. No caso dos senadores, eles analisarão se haverá necessidade de incluir mais recursos no Orçamento de 2017 para garantir o fluxo dos recursos necessários para a obra.
Robson Cabugi
Nota do Blog: Tomara que este prazo não seja adiado mais uma vez. Vamos aguardar.
 Comissão de Redação, Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa deliberou uma série de matérias nesta terça-feira (22), durante a sua 21ª reunião ordinária. Dentre elas, destaca-se o Projeto de Lei que reconhece a prática da vaquejada no Estado como elemento pertencente ao Patrimônio Cultural do RN, regulamentando-a como atividade esportiva. A proposta, de autoria do deputado Kelps Lima (Solidariedade), foi relatada pelo deputado Carlos Augusto Maia (PSD), que emitiu parecer pela admissibilidade da matéria.
“Aprovamos hoje projetos que já haviam sido lidos em reunião anterior mas que ainda estavam pendentes de votação. A Comissão de Justiça tem atuado com celeridade para que importantes projetos que propõem benefícios à sociedade não fiquem presos na Casa”, avalia o deputado Albert Dickson (PROS), presidente da CCJ.

O Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) possui como uma de suas atribuições o monitoramento do volume de águas nos reservatórios do estado. Ao todo, 47 reservatórios, com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, são monitorados. O último relatório, divulgado no dia 18 de novembro, indicou que o volume de águas continua reduzindo em todos os açudes vistoriados, resultado da escassez de chuvas.
Dos 47 reservatórios do estado monitorados pelo Igarn, 16 já estão em volume morto, o que corresponde a 34% do total. Outros 15 já estão secos. Somando-se os números, 65% dos açudes que abastecem as cidades do Rio Grande do Norte estão em estado crítico.
Maior reservatório do estado, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com uma capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos, atualmente possui 398.818.133 milhões de metros cúbicos, 16% do seu volume total. A Barragem de Umarí, em Upanema, com capacidade total de 292,8 milhões de metros cúbicos, está com 33.679.531, 11% do seu volume. Já o açude Santa Cruz do Apodi, 124,52 milhões de metros cúbicos, 20% do seu volume total, que é de 600 milhões.

Justiça Federal: MPF/RN obtém liminar que pode minimizar crise hídrica em cidades do Seridó



A Justiça concedeu liminar ao Ministério Público Federal (MPF) determinando que a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn) e a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da PB (Aesa) garantam uma fiscalização rigorosa e permanente do uso das águas do Rio Piancó-Piranhas-Açu, medida que pode minimizar a crise hídrica em quatro dos municípios potiguares abastecidos a partir desse manancial: Caicó, Jardim de Piranhas, São Fernando e Timbaúba dos Batistas.
A liminar foi concedida dentro de uma Ação Civil Pública, de autoria do procurador da República Bruno Lamenha, protocolada nessa terça-feira (22) e que alertou quanto às graves consequências das falhas existentes na fiscalização desses órgãos, que deveriam estar impedido o uso inadequado das águas do rio.  
A notícia é oriunda da assessoria de comunicação social do MPF/RN, na capital potiguar.
Desde 2014, vigoram regras a esse respeito, que determinam a utilização apenas para consumo humano e animal.
A irrigação encontra-se terminantemente proibida, inclusive por meio de resoluções conjuntas das três agências.
O juiz federal Arnaldo Pereira de Andrade Segundo, autor da liminar, concluiu: “As circunstâncias, portanto, prefiguram um ambiente de negligência por parte dos demandados em proceder ao cumprimento da obrigação de fiscalizar e até mesmo de desobstruir o leito do Rio Piancó-Piranhas-Açu”.
Além da fiscalização efetiva, que deve ocorrer inclusive no período noturno, os três órgãos deverão apreender equipamentos utilizados nas captações e desvios irregulares.
A decisão prevê ainda que “o descumprimento das determinações implicará na fixação de multa em desfavor dos respectivos entes, com possibilidade de redirecionamento em face dos gestores correspondentes”.
O próprio MPF já havia emitido duas recomendações, cujos objetos, entre outros, já apontavam para a necessidade de intensificação das medidas de fiscalização.
Entretanto, “apesar das recomendações e das resoluções emitidas, há numerosas evidências, colhidas desde 2014, de que a fiscalização empreendida pelos três réus não tem sido suficiente para coibir a prática de captação irregular de água ao longo da calha do rio”.
Pauta Aberta

Governo reconhece situação de emergência em 104 municípios do Ceará

Estiagem

Com a medida, ações emergenciais continuarão a ser implementadas em 104 municípios

 Governo destinou mais de R$ 2,6 bilhões para 27 obras hídricas estruturantes no Ceará para combater efeitos da seca
Governo destinou mais de R$ 2,6 bilhões para 27 obras hídricas estruturantes no Ceará para combater efeitos da seca

O Ministério da Integração decretou, nesta quarta-feira (23), situação de emergência em 104 cidades do Ceará. Com a medida, as ações emergenciais continuarão a ser implementadas nesses municípios para atender a população que sofre com os efeitos da seca.
Com a decisão, as prefeituras podem solicitar o apoio do governo federal para reestabelecer a operação de serviços básicos, como o abastecimento de água.
Agora já são 150 municípios que tiveram o reconhecimento federal de situação de emergência. Entre as ações de auxílio para mitigação dos efeitos da seca, foram investidos R$ 170,6 milhões para execução da Operação Carro-Pipa somente no Ceará. Além disso, foram repassados R$ 20,9 milhões por meio de transferências diretas ao governo estadual. Atualmente, 1.788 caminhões atuam no abastecimento de 137 municípios e beneficia cerca de 928.336 pessoas diariamente.
Para as obras emergenciais, foram destinados mais de R$ 36,7 milhões na implementação de adutoras de abastecimento de água nos municípios de Pereiro, São Luis do Curú, Tamboril, Iracema, Apuiarés, Morada Nova, Chorozinho e Jaguaribara. As obras já foram iniciadas e têm o prazo de 90 a 180 dias para conclusão. A licitação e a execução estão sob responsabilidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão com expertise em empreendimentos hídricos.
Obras estruturantes
O governo federal destinou mais de 2,6 bilhões para 27 obras hídricas estruturantes no Ceará. Objetivo é acelerar o processo e intensificar a aplicação de políticas públicas que garantam o atendimento da população. Mais de 100 municípios serão contemplados com essas iniciativas.
A população do Ceará já está sendo atendida pelos Trechos IV e V do Eixão das Águas, que beneficiam 4,2 milhões de habitantes. Outra iniciativa é o Trecho I do Cinturão das Águas, que está em execução e prevê beneficiar mais de um milhão de pessoas em 24 municípios. Em ambos os casos, os empreendimentos estruturantes são executados pelo estado com recursos federais.
Outras ações
O maior exemplo de obra estruturante que contempla a população do Ceará, o Projeto de Integração do Rio São Francisco, entrou em sua fase final e já apresenta 90,85% de conclusão, sendo 91,25% no Eixo Norte e 90,27% no Eixo Leste. Outra medida no estado é o programa Água para Todos (APT) que já investiu mais de R$ 1,1 bilhão na implementação de cisternas, sistemas simplificados de abastecimento, barreiros, kits de irrigação e pequenas barragens.
Fonte: Portal Brasil

Um mapa completo das variedades de cana cultivadas no Brasil

cana-de-acucar-mapaO trabalho foi realizado pelo Instituto Agronômico – IAC – e será apresentado hoje a partir das 9h, no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, interior paulista. Este é o maior censo varietal de cana-de-açúcar já realizado no Brasil. O Censo Varietal IAC, feito pelo Programa Cana IAC, levantou quais são as variedades plantadas em 6,1 milhões de hectares na região Centro-Sul do Brasil. O censo representa uma prestação de serviço a esse importante setor do agronegócio brasileiro, possibilitando adoções de estratégias que ampliem, por exemplo, a segurança biológica em áreas canavieiras.
O objetivo do trabalho é mostrar para as empresas os riscos biológicos existentes na concentração varietal e também estimular os produtores a adotarem novas tecnologias varietais de maneira mais dinâmica.
O levantamento, iniciado em maio de 2016 e concluído em novembro, resultou em uma base de informação que é única no Brasil, segundo o pesquisador e líder do Programa Cana IAC, Marcos Guimarães de Andrade Landell. Os dados foram pesquisados junto a 217 unidades de produção, situadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins e Espírito Santo.

A finalidade do Censo Varietal IAC é levantar informações de áreas de variedades, por estágio de corte, em todas as unidades produtoras de cana-de-açúcar, incluindo usinas, destilarias e associações de fornecedores do Brasil.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

NORDESTINO SOFRIDO PELA SECA

DO SERTÃO GOSTO DE FALAR
ESCRITO EM FORMA DE CORDEL
NAS LINHAS DESSE PAPEL
COLOCO MEU VERSEJAR
FALANDO DA MINHA TERRA
MEU CORAÇÃO LOGO BERRA
VOCÊ PODE ATÉ ESCUTAR
FALO DA ESTIAGEM
QUE ACABA A PAISAGEM
AQUI DO MEU LUGAR

SOU NORDESTINO AFAMADO
CABOCLO DA PELE GROSSA
COMIGO NÃO HÁ QUEM POSSA
CORRENDO NO MATO FECHADO
DEVOTO DE FREI DAMIÃO
DO PADRE CÍCERO ROMÃO
GOSTO DA FESTA DE GADO
DESDE CRIANÇA VAQUEIRO
CORRENDO NO TABULEIRO
EM MEU CAVALO MONTADO

JÁ DIZ O VELHO DITADO
"ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA
TANTO BATE ATÉ QUE FURA"
COMO MACHADO AFIADO
ASSIM É O GRANDE JATÃO
NÃO ARREDO PÉ DO SERTÃO
MESMO ELE ASSIM RESSECADO
SEM ÁGUA E SEM ALIMENTO
É GRANDE O SOFRIMENTO
O FARDO É MUITO PESADO

É TRISTE O DIA AMANHECER
SEM OUVIR BEZERRO BERRAR
DO CURRAL SÓ ESCUTAR
A PORTEIRA A RANGER
ABERTA ESCANCARADA
POR FALTA DA INVERNADA
QUE FAZ O GADO MORRER
MAIS SOU QUE NEM JUMENTO
MESMO COM ESSE TORMENTO
ESCOLHI AQUI PRA VIVER

O GALO DE CAMPINA SOME
A SERIEMA VAI EMBORA
NÃO FICA AQUI NEM CAIPORA
POR FALTA D'ÁGUA E FOME
ENTRISTECE A PLANTAÇÃO
SOME DO AÇUDE O CARÃO
SEM TER COMO MATA-FOME
ATÉ GALINHA DO TERREIRO
O GALO VELHO DO POLEIRO
SUMIU DA RAPOSA QUE COME

UM DIA JESUS VAI ESCUTAR
AS PRECES DESSE ROMEIRO
QUE DEBAIXO DE UM JUAZEIRO
REZA E VIVE A SUPLICAR
PELA CHUVA NO SERTÃO
PARA MOLHAR ESSE CHÃO
E O PASTO PODER BROTAR
ACABANDO COM A FOME
A SEDE QUE NOS CONSOME
E O CALOR DESSE LUGAR

A VIDA NO SERTÃO
NÃO É FÁCIL MEU SENHOR
NA SECA É UM HORROR
CHEIA DE PRECISÃO
CHORA A FAMÍLIA INTEIRA
POR NÃO VER NA PRATELEIRA
ARROZ, MILHO E FEIJÃO
FALTA ATÉ A QUALHADA
JANTA DA MOLECADA
QUE VIVE NESSE TORRÃO

“MAIS NÓS SEMO INSPRITADO
QUE NEM PREÁ DE BAXI
QUE NEM NÓS, NUNCA VI
HUMILDE, PORÉM ARRETADO
NÓS SOFRE QUE NEM A PESTE
MAIS NUM LAIGA O NORDESTE
SÓ SE FOR PRA SER ENTERRADO
MERMO ASSIM NO CAXÃO
BRIGO ATÉ COM O CÃO
PRA NÃO SER EMBURACADO
NÃO QUERO DEIXAR O SERTÃO
ESSA É A MORADA DE JATÃO
NASCI AQUI E FUI CRIADO”

TEXTO: JATÃO VAQUEIRO