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 História nos mostra que, há milênios, um expressivo número de cidades 
teve suas origens às margens de mares e rios, mas, principalmente em 
áreas abrigadas. Geralmente começaram como aglomerados de pescadores 
evoluindo, em seguida, para outras atividades comerciais. A relação do 
porto com a cidade que originou, a partir de um determinado instante 
começou a apresentar os mais diversos desafios que motivaram e ainda 
motivam conflitos que, se não bem administrados poderão resultar sérios 
prejuízos à população.
Em Natal, cidade 
nascida em razão, também, da localização em área abrigada, portanto de 
boas condições a atracagens, conta com inúmeros problemas ainda 
insolúveis em sua “área de porto organizada”, ou seja, padece de solução
 urgente a reorganização de alguns de seus espaços portuários 
notadamente quanto à retroárea, ao trânsito, aos acessos, tudo isto 
vital ao estabelecimento de uma boa logística operacional.
Por sua localização 
geográfica, a Cidade dos Reis Magos apresenta um elenco significativo de
 vantagens comparativas e competitivas capazes de transformar no futuro 
próximo a capital potiguar num dos mais importantes polos de produção e 
exportação pesqueira do Atlântico. A relativa proximidade dos “portões 
de entrada” dos grandes mercados consumidores de pescados – EUA e União 
Europeia, aliada a vocação demonstrada para as capturas dos atuns e 
afins acenam para um amanhã promissor.
Entretanto, faz-se 
necessária a união convergente de esforços no sentido de que todas as 
instituições direta e/ou indiretamente relacionadas ao assunto sejam 
ágeis e colaborativas. No caso do Terminal Pesqueiro Público – TPP, além
 da finalização da obra e do modelo de gestão a ser implantado, urgem 
definições quanto aos acessos. Naturalmente espera-se que estes sejam 
representados pelas vias existentes – Av. Tavares de Lira, Rua Chile, 
Travessa Aureliano e, claro, mediante o uso de pequena e estratégica 
área nos domínios da CBTU. Nada que o estabelecimento de um diálogo 
proativo não resolva.
Importante lembrar que
 o Rio Grande do Norte vive momentos de grandes dificuldades não 
podendo, pois, prescindir das oportunidades geradoras de emprego e 
renda, portanto dinamizadoras da economia. Ou seja, é preciso pensar o 
Terminal Pesqueiro não apenas nos seus aspectos técnicos e operacionais,
 mas, também, como um órgão vital à economia do nosso Estado face as 
grandes possibilidades de crescimento da atividade pesqueira e a força 
de sua respectiva cadeia produtiva.
O Terminal Pesqueiro 
Público de Natal não é um sonho de A ou de B. É, sim, uma proposta 
viável e um dos instrumentos mais importantes a disposição de um projeto
 maior: o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.
Antônio Alberto Cortez
 
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