Suplementação de bovinos no período das águas
Sistema de criação de bovinos baseado na exploração de forragem é preponderante no Brasil
O sistema de 
criação de bovinos baseado na exploração de forragem é preponderante no 
Brasil. Por este motivo, pecuaristas que não compreendem a relação e a 
interação (solo – planta –animal), dificilmente utilizarão os recursos 
disponíveis de maneira eficiente.
Bovinos manejados em regime de pasto têm 
como principal fonte de alimento a forragem, que possui oferta e valor 
nutricional (qualidade) variável ao longo do ano. A estação da seca 
(outono e inverno) é marcada pela menor oferta de forragem - 
consequência da quantidade reduzida de água, baixa temperatura e menor 
fotoperíodo. Em adição, o valor nutricional desta forragem normalmente é
 inferior (menores teores de proteína, energia e minerais), pois quase 
sempre é oferecida aos animais com idade de crescimento mais avançada.
Para evitar a perda de bovinos manejados 
em regime de pasto, neste período, pecuaristas investem em tecnologia de
 suplementação a pasto e substituem minerais linha branca pelos 
proteicos, proteico-energéticos ou rações de semiconfinamento. Estes 
suplementos disponibilizam além dos macro e microminerais, carboidratos 
não estruturais, proteína e aditivos melhoradores de desempenho. Como 
resultado, o ambiente ruminal é enriquecido com nitrogênio e nutrientes 
digestíveis totais fermentescíveis. Os microrganismos se tornam mais 
eficientes ao degradar fibra, os animais aumentam a ingestão de alimento
 e ganham mais peso. A suplementação com fontes protéicas na estação da 
seca é mais disseminada e compreendida no campo, quando comparada ao 
mesmo procedimento adotado no período das águas.
Na estação chuvosa a forragem se apresenta
 verde e abundante, o que reduz consideravelmente o uso de suplementos 
proteicos, proteico-energéticos e rações. Na estação das águas, o 
fornecimento de 80 g de suplemento mineral contendo macro (cálcio, 
fósforo, magnésio, enxofre e sódio) e microminerais (manganês, zinco, 
cobre, iodo, cobalto, selênio e ferro) propiciará aproximadamente 400 a 
500 g de peso vivo (PV)/ animal / dia, caso não haja restrição de 
qualidade e oferta de alimento volumoso. Este é o principal motivo pela 
menor suplementação protéica nas águas, porém a eficiência alimentar e 
desempenho dos animais poderiam ser bem superiores.
É importante ressaltar que a adoção de 
suplementos que forneçam somente minerais no verão não é uma prática 
incorreta, pelo contrário, o não fornecimento destes minerais resultaria
 em perdas produtivas e reprodutivas. No entanto, a suplementação com 
fontes adicionais de proteína e carboidratos de rápida degradação 
ruminal resultam em:
Maior desempenho em pastagens manejadas 
intensivamente - estas áreas são normalmente muito adubadas e apresentam
 elevados teores de nitrogênio. É necessário fornecer carboidratos 
visando à sincronização com a porção solúvel e de rápida degradação 
ruminal da proteína disponível na forragem.
Maior desempenho em pastagens manejadas de maneira mais leniente (baixa taxa de desfolha, onde há maior presença de material senescente). Neste caso, é necessário o aporte de proteína verdadeira (aminoácidos), o que resultará em maior consumo e digestibilidade do alimento.
O incremento de desempenho é necessário, visto que a constante valorização da terra, maior preço da reposição e o incremento dos custos de produção obrigam a atividade pecuária a se tornar cada vez mais eficiente. Apenas o aumento do teor de proteína bruta e dos nutrientes digestíveis totais (NDT) do capim, no período das águas, não é suficiente para um ganho de peso adicional dos animais.
Maior desempenho em pastagens manejadas de maneira mais leniente (baixa taxa de desfolha, onde há maior presença de material senescente). Neste caso, é necessário o aporte de proteína verdadeira (aminoácidos), o que resultará em maior consumo e digestibilidade do alimento.
O incremento de desempenho é necessário, visto que a constante valorização da terra, maior preço da reposição e o incremento dos custos de produção obrigam a atividade pecuária a se tornar cada vez mais eficiente. Apenas o aumento do teor de proteína bruta e dos nutrientes digestíveis totais (NDT) do capim, no período das águas, não é suficiente para um ganho de peso adicional dos animais.
A suplementação resultará em maior 
investimento, porém a compensação virá com o aumento de peso (mérito 
individual) e da produtividade (@/hectare/ano). O período de engorda de 
um animal suplementado com proteinado, em comparação ao ruminante que 
recebe apenas mineral linha branca, é inferior. Este sistema acarreta no
 ganho indireto de poder retirar o animal mais cedo do pasto, 
disponibilizando o espaço para outro bovino, que iniciará o processo de 
recria ou engorda.
É fundamental que o produtor de proteína 
de origem animal avalie não somente o quanto investirá na alimentação 
complementar, mas o retorno do capital investido quando a suplementação é
 realizada de maneira correta.
 
                
                
                 
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