quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Vacas que produzem mais leite estão propensas a doenças que provocam edemas e infecções mamárias

úbere inflamadoO Brasil é um dos maiores produtores de leite do mundo, ocupando a 5ª posição no ranking global. Com um mercado tão amplo e competitivo, um rebanho com alto índice de produtividade e qualidade é fundamental para os criadores. No entanto, paralelamente ao aumento da produção, podem aparecer distúrbios fisiológicos e metabólicos – como o edema de úbere (comumente conhecido como edema de mama) -, que causam danos à saúde do animal e prejuízos econômicos aos produtores.
De acordo com a médica-veterinária da UCBVET Saúde Animal, Amanda Jaculi, o edema de úbere é caracterizado por um acúmulo excessivo de líquidos no espaço entre as células do tecido mamário e pode se estender, em casos mais graves, para a vulva, o abdômen e os membros posteriores. “Muitas pessoas desconhecem o assunto e acreditam que o aumento da mama representa apenas grande quantidade de leite e uma ótima produtividade. Mas é extremamente importante saber diferenciar um úbere saudável de um doente, para evitar prejuízos tanto ao animal como ao criador”, explica.
Segundo Amanda, as causas primárias ainda não são cientificamente comprovadas. “Sabe-se, porém, que existe um fator hereditário envolvido e que o problema é observado com incidência maior em novilhas de primeira cria. A doença também pode ser associada à gestação e a dietas muito energéticas, ricas em sódio e potássio”, afirma. Ela ressalta, ainda, que vacas de alta produtividade estão mais propensas à doença, pois têm maior fluxo sanguíneo nos vasos que irrigam o órgão. “Esse aumento promove maior pressão contra as paredes dos vasos, aumentando sua permeabilidade e causando a formação do edema”, completa.
Entre as medidas preventivas mais recomendadas, estão as relacionadas ao manejo, como, por exemplo, reduzir a quantidade de grãos fornecidos no pré-parto das novilhas e vacas de alta produção, exercitar os bovinos com caminhadas antes e depois do parto e praticar ordenhas frequentes e controladas no pós-parto. De acordo com a médica-veterinária Amanda Jaculi, essas práticas auxiliam a evitar não só o edema de úbere, mas também as infecções causadoras de mastite.

Existe uma recomendação médica para essas doenças. Segundo a UCBVET Saúde Animal podem ser associados os medicamentos Cortvet e Apyron. O primeiro é um anti-inflamatório hormonal à base de Dexametasona, indicado em todos os quadros clínicos que necessitam de uma resposta rápida. Já o Apyron é um diurético que contribui para a redução da doença e, como benefício adicional, exerce uma ação antisséptica sobre o trato urinário, combatendo eventuais infecções.

Projeto de Lei incentiva a geração e aproveitamento das energias renováveis


A Câmara Legislativa do DF aprovou, nesta manhã (17), o Projeto de Lei 2112/2018 que institui diretrizes para a Política Distrital de incentivo à geração e aproveitamento da energia solar, eólica, de biomassa e a cogeração.

Esta ação se iniciou a partir da iniciativa do grupo de políticas públicas da Unidade, composto por Bruno Laviola, Rossana Guiducci, Lídia Nobre e Daniela Collares. O grupo procurou os assessores do presidente da Câmara Legislativa do DF, Deputado Joe Valle, e articulou junto a eles toda a proposta do Projeto de Lei.

Entre os objetos da proposição estão a promoção de estudos; o estímulo aos investimentos e a implantação de sistemas de energia renovável, ecologicamente corretos. Além disso, o projeto deverá contribuir para a melhoria das condições de vida de famílias de baixa renda além de estimular a adoção de medidas de eficiência energética no âmbito do Distrito Federal, entre outros.

No Brasil, a principal fonte geradora de energia elétrica é a hidráulica. Embora renovável, pesam sobre as grandes usinas hidrelétricas questionamentos em razão dos impactos ambientais, por alagar grandes áreas, afetar populações tradicionais e agricultores familiares e destruir áreas de vegetação nativa especialmente florestas. Além disso, os combustíveis fósseis geram emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas. Essa realidade força a busca de soluções por soluções sustentáveis. No mundo cresce a demanda por energia e todos os países buscam o desenvolvimento de tecnologia e meios de proporcionar melhor qualidade de vida às suas populações, ampliando produção e consumo de energia renovável.

De acordo com o autor do projeto, deputado Joe Valle, “estamos diante de um grande desafio de suprir a demanda energética mundial gerando desenvolvimento com a sustentabilidade ambiental. Neste contexto, as energias renováveis são fundamentais e estratégicas para aproveitar as oportunidades sem comprometer o futuro, respeitando as próximas gerações. Isso porque as energias renováveis desempenham um papel fundamental na mitigação da mudança do clima e na garantia do fornecimento de energia no longo prazo”.
Nota do Blog: Esta ação deverá ser estendida aos demais estados da federação, principalmente nos estados nordestinos, que hoje ostenta como o maior parque eólico do Brasil.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Tereza Cristina confirma nova estrutura do Ministério da Agricultura

A futura ministra também confirmou a criação de novas secretarias na pasta


tereza-cristina-ministra-da-agricultura-bolsonaro (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
A futura ministra da Agricultura, deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS), confirmou nesta terça-feira (18/12), em comunicado divulgado pela sua assessoria, a nova estrutura da Pasta, com a reforma administrativa do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Como informou na sexta-feira, 14, "o novo ministério terá mais atribuições e vai absorver unidades que estavam abrigadas nos Ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Social, na Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural, da Casa Civil, e na Secretaria de Mobilidade Social e Cooperativismo do próprio Ministério da Agricultura", informou.
Tereza Cristina confirmou também a criação da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários; da Secretaria da Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação; e da Secretaria de Agricultura Familiar. Também como informou a reportagem, o documento traz os nomes dos secretários indicados, exceto o de Inovação. Não cita, também, mudanças no nome da Pasta, como foi discutido pela equipe de transição. Segundo a assessoria, a futura ministra não deve se pronunciar nesta terça.
A nova Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação vai, segundo informou o documento, "articular, facilitar, promover e alinhar a inovação voltada para o desenvolvimento rural, por meio da Embrapa, das empresas de pesquisa agropecuária estaduais, instituições federais de ensino e de apoio financeiro à pesquisa". Caberá ao órgão coordenar programas nacionais de irrigação e das questões relativas à produção sustentável, como a agricultura de baixo carbono.
A Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo será comandada por Fernando Henrique Kohlmann Schwanke. Engenheiro florestal e superintendente regional da Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais em Santa Catarina, foi consultor da Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO). Ex-prefeito de Rio Pardo (RS), Schwanke é indicado pelo deputado federal Alceu Moreira (MDB).
Incra executará política fundiária, diz assessoria de Tereza Cristina
"A secretaria vai abrigar programas hoje dispersos em diversos ministérios. Vai trabalhar na busca de alternativas de negócios para os produtores e dará nova abordagem à assistência técnica e à extensão rural. Irá também reforçar o cooperativismo e o associativismo rural", informou a assessoria da futura ministra.
A Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, terceira a ser criada no Ministério da Agricultura, será comandada por Luiz Antônio Nabhan Garcia, nome anunciado antecipadamente. Ele é empresário rural, presidente da União Democrática Ruralista (UDR) e foi um dos principais aliados de Bolsonaro durante a campanha. Chegou a ser cotado para o ministério. A secretaria terá orçamento independente e tratará "da regularização fundiária, incluindo as atividades de identificação e demarcação de terras indígenas e quilombolas, o licenciamento ambiental e as políticas de reforma agrária", informou.
“Presidente nos deu carta branca pra fazermos o Ministério dos sonhos”, diz Tereza Cristina
A Secretaria da Aquicultura e Pesca, que volta para o Ministério da Agricultura, será comandada por Jorge Seif, produtor rural e proprietário de um terminal pesqueiro e de embarcações em Santa Catarina. Seif foi indicado pelo próprio Bolsonaro, que é amigo da família e entre as metas da secretaria "estão a busca de garantias para dar maior segurança jurídica às atividades e a ampliação do mercado internacional".
Tereza Cristina confirmou também os nomes do secretário de Comércio e Relações Internacionais (antiga Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio), o economista e diplomata Orlando Leite Ribeiro; do secretário de Política Agrícola, o engenheiro agrônomo Eduardo Sampaio Marques, e do secretário de Defesa Sanitária (novo nome Secretaria de Defesa Agropecuária), José Guilherme Tollstadius Leal. Assim como Ribeiro, Leal também é engenheiro agrônomo e funcionário do ministério. O documento não cita, mas o deputado federal Marcos Montes (PSD-MG) será o secretário-executivo. Ele foi o primeiro indicado pela futura ministra.

Incra libera créditos para projetos produtivos liderados por mulheres no Ceará


 
Projetos produtivos ganham vida na força e sensibilidade de mulheres assentadas no Ceará por meio do Fomento Mulher. O crédito do Incra destinado ao incremento da produção sob a responsabilidade feminina nas áreas reformadas já beneficiou, de janeiro a novembro deste ano, 2.615 famílias no estado, em um investimento de R$ 10,4 milhões. Recursos que fortalecem o papel da mulher na economia familiar e potencializam vocações econômicas nos assentamentos.
 
O crédito disponibiliza R$ 5 mil por família, para aplicação em atividades produtivas sob gestão da mulher assentada. São as ideias e iniciativas delas que valem para a execução dos projetos, elaborados e acompanhados por técnicos do Incra ou parceiros como prefeituras e instituições públicas de assistência técnica.
 
“Com os créditos e o Fomento Mulher, o Incra estimula oportunidades para que os assentados se tornem empreendedores, através da formação de um pequeno negócio que gere renda para a família”, ressalta o superintendente do Incra no Ceará, Marcos Cals.
 
Após a assinatura de contratos, as beneficiadas recebem os valores no banco, através de cartões magnéticos. O recurso é reembolsável depois de um ano, mas com rebate de 80% do valor disponibilizado.
 
Projetos produtivos e gestão de pequenos negócios
 
Elisangela Mendes e a sogra aplicaram os créditos, recebidos ainda nos valores antigos de R$ 3 mil, na criação de cabras, ovelhas e galinhas. Ainda compraram material para confecção de artesanato feito com recicláveis. A produção delas e de parte das outras 28 mulheres beneficiadas em São Francisco, área reformada em Icapuí (CE), já vem sendo comercializada através de duas barracas cedidas à comunidade pelo programa Terra Sol, do Incra, montadas aos finais de semana na entrada do assentamento.
 
São frutas, verduras, galinhas, ovos, bolos e derivados do caju, como castanhas e mel, expostos à venda. “O crédito foi muito valioso para a gente começar uma criação, para se manter, e as barracas têm ajudado muito para vender o que a gente produz aqui”, explica Elisangela.
 
O crédito também contribuiu para a geração de pequenos negócios e oferta de serviços no meio rural. A jovem Rayla de Gois e sua mãe, por exemplo, resolveram investir na lan house que abriram em casa, no assentamento São Francisco.
 
Agora as crianças da comunidade jogam com um aparelho de jogos X-BOX conectado a uma TV de led de 43 polegadas, adquiridos com o Fomento Mulher, junto com um notebook e uma impressora. "É muito comum vir alguém do assentamento pedir pra imprimir algum documento, tirar xerox ou fazer currículo com a gente", explica Antônio Cícero, marido e ajudante de Rayla no pequeno empreendimento.
 
Turismo rural
 
Para Fernanda Cordeiro dos Santos, uma das 20 pessoas beneficiadas em novembro com o crédito no assentamento Coqueirinho, em Fortim (CE), o Fomento Mulher trouxe a chance de liderar um projeto próprio pela primeira vez. Junto com a nora, investiu na criação de galinha caipira e suínos. “O crédito é uma responsabilidade grande, porque a mulher nunca teve isso, era sempre o homem quem dava conta de receber, hoje vejo todas as mulheres de Coqueirinho empolgadas com o investimento”, avalia.
 
Ainda entre as beneficiadas com o crédito em Coqueirinho, Zildene do Carmo Nogueira também pretende aplicar o recurso na criação de galinha caipira e suínos, com o objetivo de fornecer alimentos no restaurante que administra na comunidade, famosa pelo turismo rural que desenvolve no litoral leste do estado. “O hóspede do assentamento terá galinha caipira e ovos produzidos aqui no meu quintal”, diz, orgulhosa.
 
Já Fernanda Sousa de Oliveira, além de investir em criações de animais, deseja usar parte do recurso na compra de equipamentos para a cozinha de outro espaço gastronômico local, onde são servidos lanches e café da manhã aos hóspedes da pousada de Coqueirinho. “Às vezes vem muita gente pra cá e não temos pratos e talheres suficientes, temos que pedir emprestado, então pretendemos resolver isso”, explica o marido Carlos Messias, que ajuda Fernanda na gestão do restaurante.
 
Os créditos também serão usados na compra de equipamentos e matérias primas para produção de bolos artesanais produzidos pelas mulheres da comunidade. “Nossa expectativa é aumentar o fornecimento dos nossos bolos para a merenda escolar”, explica Zildene. Atualmente ,o assentamento fornece 19 quilos de bolinhos por semana, mas a expectativa é alcançar 60 quilos, com a previsão de atender mais três escolas em 2019.
 
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra/CE

Agronegócio

Embrapa quer melhorar o perfil econômico do Nordeste

Entre os 10 estados mais pobres do Brasil pelo critério do PIB, segundo o IBGE, cinco estão no Nordeste
Por:
     
Entre os 10 estados mais pobres do Brasil pelo critério do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o IBGE, cinco estão no Nordeste. Pela ordem: Sergipe, Piauí, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Já pelo critério de rendimento real domiciliar abaixo de um mil reais por ano, a região também é muito tímida e tem cinco estados com menor renda. O Maranhão está no último lugar com um rendimento médio de R$ 710,00.

A Embrapa quer ajudar a melhorar essa estatística, alterando a dinâmica da economia da região, transferindo tecnologias e alcançando o maior número possível de produtores rurais. Um plano para o desenvolvimento agropecuário do Nordeste será construído e encaminhado à futura ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a pedido dela própria, quando participou em novembro último de uma reunião na sede da Embrapa, em Brasília, com os chefes de unidades da empresa.
Nesta quarta-feira 12, durante todo o dia, em Teresina, os chefes gerais das oito unidades da empresa no Nordeste vão se reunir, apresentar diagnósticos e sugerir projetos que possam mudar o perfil sócio-econômico da agropecuária nordestina. O encontro começa às 8 horas, na sede da Embrapa Meio-Norte. A unidade do Piauí vai apresentar a proposta do programa Aliança para a Inovação Tecnológica no Meio-Norte, reunindo oito projetos focando sistemas de produção nas áreas de caprino, ovinos, fruticultura, apicultura, manejo de solo e água.

Participam da reunião os chefes gerais Lucas Antônio de Sousa Leite – Agroindústria Tropical (Fortaleza/CE); Liv Soares Severino - Algodão (Campina Grande/Pb); Marco Aurélio Delmondes Bonfim – Caprinos e Ovinos (Sobral/CE); Maria de Lourdes Brefin - Cocais (São Luís/MA); Luiz Fernando Leite – Meio-Norte (Teresina/PI); Alberto Duarte Vilarinhos – Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/BA); Pedro Carlos Gama da Silva – Semiárido (Petrolina/PE); e Marcelo Ferreira Fernandes –Tabuleiros Costeiros (Aracajú/SE).
Números do atraso
Mesmo com alguns avanços na produção de grãos, frutas e cana-de-açúcar pelo agronegócio, o atraso na agricultura da maioria dos estados nordestinos tem origem na própria realidade dos produtores. Segundo o Censo Agropecuário 2017, divulgado em julho último pelo IBGE, mostra o Piauí, por exemplo, não muito bem. Vejamos: 41,85% do produtor não sabe ler e nem escrever; e 32,14% têm mais de 60 anos, idade que já pesa negativamente na atividade.

No uso de insumos modernos, apenas 1,6% aplicam calcário na correção do solo; e 0,91% fazem adubação química e orgânica. O censo mostra também a fragilidade em áreas de grande importância para o crescimento de qualquer sistema de produção agrícola: apenas 1,35% trabalham com irrigação e 96,56% não recebem assistência técnic


Preços das carnes sobem devido festas de final de ano

Dados foram extraídos de um conjunto composto de 55 itens coletados diariamente e divulgados no boletim diário de preços do 
     
No mês de novembro, 13 dos 22 produtos de maior importância no sistema de comercialização do mercado atacadista da Região Metropolitana paulista apresentaram queda de preços e nove tiveram alta, quando confrontados com os valores praticados no mês anterior, informa o Instituto de Economia Agrícola (IEA), instituição de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os dados foram extraídos de um conjunto composto de 55 itens coletados diariamente e divulgados no boletim diário de preços do IEA.

O grupo de produtos de origem animal acompanhados pelo estudo é composto por dez itens, dos quais quatro apresentaram variação positiva: as carnes bovina resfriada traseiro com osso (+4%), suína ½ carcaça (+4,64%) e de frango (+4,11%), puxam a fila. A manteiga (+0,73%) completa a lista. “Esses resultados indicam que as festas de fim de ano e o recebimento de 13º salário podem impulsionar o consumo de carnes bovinas mais nobres, assim como de suíno e frango, a maior procura sem incremento na oferta impulsiona a alta de preços”, explica Vagner Azarias Martins, pesquisador do IEA.

Os produtos de origem vegetal que apresentaram alta de preços no período em novembro de 2018 foram: cebola (+45,37%), as batatas (escovada +10,93% e lavada +27,72%), feijão (+18,91%) e o óleo de soja (+1,28%).
Em direção contrária aparecem: as carnes bovinas, dianteiro com osso (-5,99%) e ponta de agulha (-6,345%); os ovos, branco (-0,73%) e vermelho (-0,48%); o leite longa vida (-10,04%) e o queijo mussarela (-2,24%). “Os cortes que representam menor custo para o consumidor, como acém e costela, não são comumente procurados para consumo em festas e confraternizações, como o Natal e o Ano Novo. A queda da procura provocou a queda de preços mais acentuada em novembro. O leite longa vida continua a trajetória descendente iniciada em agosto deste ano, embora o resultado seja positivo quando observados os últimos 12 meses”, ressalta o pesquisador. Os alhos, chinês (-11,34%) e nacional (-7,43%), e o arroz (-3,08%) foram os produtos de origem vegetal que apresentaram as maiores variações no período. 

Boi

CNA discute bonificação para qualidade do couro

CNA apresentou um sistema de bonificação pela qualidade do couro para representantes de indústrias e curtumes na quinta (13), em Brasília
Por:
     
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou um sistema de bonificação pela qualidade do couro para representantes de indústrias e curtumes na quinta (13), em Brasília. A ideia surgiu a partir de uma solicitação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de curtumes para melhorar a qualidade do couro, considerada baixa. Por esta razão, explica o assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Ricardo Nissen, as indústrias não conseguem agregar valor ao produto. “O produto perde o seu valor e acaba sendo substituído pelos materiais sintéticos. O grande valor agregado é quando você tem o couro mais próximo do seu estado natural possível”, afirmou.

O sistema apresentado pretende definir uma bonificação para os produtores que entregam um couro com qualidade acima da média, ou seja, sem defeitos como “marca fogo” no lugar errado, riscos ou carrapatos. A proposta é definir uma classificação, com diversos tipos de couro, que possa ser atendida e que ofereça uma remuneração justa para o pecuarista.

Segundo Nissen, hoje o mercado funciona no sistema bica corrida. Basicamente todos os couros produzidos pela indústria frigorífica entram na mesma “vala” e o produtor recebe dentro da arroba um pequeno valor, igual para todos. “Esse protocolo visa justamente segregar esse produtor. Trazer uma bonificação para quem fez um trabalho bem feito”, disse o assessor da CNA.

A indústria frigorífica também terá vantagens com o projeto da CNA. De acordo com Nissen, é necessário um sistema de rastreabilidade do couro, mas esse custo será revertido em bonificação e na possibilidade de agregar valor a um produto que se encontra depreciado no mercado atualmente. 

Agronegócio vende mais de US$ 100 bilhões nos últimos 12 meses


Exportações de soja 1As exportações do agronegócio atingiram US$ 100,10 bilhões entre dezembro de 2017 e novembro de 2018 (+5,2%), ultrapassando a marca de US$ 100 bilhões. O aumento das exportações ocorreu em função do incremento da quantidade exportada (+ 5,3%). “A superação da marca dos 100 bilhões de dólares de exportações anuais do agronegócio brasileiro reflete tanto a gestão do Ministério da Agricultura como a excelência do nosso setor produtivo”, comemora o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Odilson Ribeiro e Silva.
Recorde para o período ocorreu entre dezembro de 2012 e novembro de 2013, quando o Brasil exportou US$ 100,70 bilhões em produtos do agronegócio, conforme dados do boletim da Balança Comercial do Agronegócio divulgado no início da semana. A participação do setor nas exportações totais brasileiras registraram 42,1% (-1,9 ponto percentual em relação ao período anterior, que foi de 44%).

As exportações do agro, no último mês, atingiram US$ 8,37 bilhões, em alta de 18,3%. Apesar desse crescimento, a participação dos produtos do agronegócio no total exportado pelo Brasil no período diminuiu, passando de 42,4% para 40,0%. As importações tiveram incremento de 2,2% no mês de novembro, com US$ 1,18 bilhão. O saldo da balança comercial do agronegócio alcançou US$ 7,20 bilhões (+21,4%). Em relação aos produtos exportados em novembro deste ano, destacam-se os recordes da soja em grãos, café verde, celulose, papel, carne bovina in natura e algodão.
MAPA

Polêmica sobre o uso de cama de galinha como adubo provoca indignação de ex-secretário de Agricultura de Pernambuco

Reutilizacao_de_cama_de_aviario__sustentabilidade__201056102815O debate começou com a denuncia de produtores e consumidores sobre o alto índice de proliferação da mosca-dos-estábulos – tomoxys calcitrans – em vários municípios Pernambucanos provocada, principalmente, pelo uso da cama de galinha como adubo. O problema é tão sério que gerou uma Portaria do Governo de Pernambuco, regulamentando o uso da “cama” e estabelecendo fiscalização para controle das moscas. Ocorre que essa fiscalização não vem atendendo as necessidades que a infestação exige.
Segundo os especialistas, dois problemas pelo uso indiscriminado da cama-de-galinha. Os produtores não  obedecem critérios de controle sanitário e em segundo lugar, não existe uma ação da Adagro, órgão responsável pelo controle, tendo como base a própria Portaria emitida pelo órgão. Os produtores de dioscoreáceas, como inhame e cará, usam a cama-de-galinha como adubo, e os pecuaristas usam para adubação de pastagens. A Portaria, que em tese, não é cumprida, foi criada exatamente pela necessidade de combater a ocorrência da praga “Mosca dos Estábulos” – tomoxys calcitrans no Estado de Pernambuco, com o objetivo de evitar a proliferação excessiva nas áreas próximas aos plantios, bem como proteger a saúde dos rebanhos e da população do ataque desta praga. A Portaria foi gerada em atendimento ao que determina o Artigo 61 da Seção III da Lei Ordinária Federal nº 9.605 (Crimes Ambientais), de 12 de fevereiro de 1998.
Foi exatamente, o que é considerado um descumprimento desta Portaria que promoveu a revolta do Ex-Presidente da Sociedade Nordestina de Animais e Ex- Secretário Estadual de Produção Rural e Reforma Agrária de Pernambuco, Ricardo Rodrigues. Para ele, “ora, como produtor e criador de semoventes, sinto-me ferido, tolhido e vilipendiado no meu direito de exercer a atividade! Diante da infestação que na minha Região no Município de Gravatá, Distrito de Uruçú Mirim, ocorre anualmente entre os meses de setembro indo em alguns anos até fevereiro! Em anos considerados “menos ruins” a infestação ocorre sempre de setembro até dezembro!
O ex-secretário é taxativo quando em correspondência encaminhada diz “externar a minha opinião pessoal, assim como o meu inconformismo com a matéria postada na data de 13 de dezembro do corrente ano de 2018, no “Nordeste Rural” sobre o não cumprimento por parte da ADAGRO de Pernambuco, a qual não vem cumprindo com as suas obrigações quanto ao cumprimento da Portaria de número Portaria ADAGRO Nº 31 DE 14/05/2014 a qual se reporta à regulamentar o uso e procedimentos para utilização da “cama de aviário” no estado de Pernambuco!
Para Ricardo Rodrigues, a reportagem faltou esclarecer o que determina textualmente a referida Portaria no seu Artigo 2º que “determinar que todo o transporte de “cama de aviário” deverá ser acompanhado obrigatoriamente da documentação sanitária pertinente, o Certificado de Inspeção Sanitária Modelo – E (CIS – E); e nos seus Incisos II e III é taxativa ao determinar que : II – O CIS – E deverá ser emitido pelo Responsável Técnico – RT, da granja que produziu a “cama de aviário”, habilitado pelo Serviço Veterinário Oficial – SVO, ou pelo Fiscal Estadual Agropecuário na impossibilidade da emissão pelo RT”. Sendo condição  essencial que tem que haver a expedição deste documento supra epigrafado na referida Portaria, e mais além vai o Inciso III que determina que : III – Deverá constar no CIS-E, a especificação do tratamento utilizado para inativação dos agentes patógenos e os procedimentos para inibição da proliferação das moscas. Sendo obrigatório constar, qual o produto que foi utilizado para a inativação dos agentes patógenos e os procedimentos para inibição da proliferação das moscas. ”

O ex-secretário Ricardo Rodrigues finaliza dizendo que “diante da resposta da ADAGRO, que consta na reportagem do Nordeste Rural, que a Adagro vem fazendo palestras e conscientizando aqueles que usam a “cama de aviário”, (acho importante como complemento) mas em contra partida, não obriga aos granjeiros e à aqueles que se utilizam desse material como adubo que CUMPRAM o que determina a supra epigrafada Portaria”, conclui.

Cartilha atualiza técnicas de criação de tambaqui

Ronaldo Rosa - O tambaqui é o peixe amazônico mais criado no Brasil
O tambaqui é o peixe amazônico mais criado no Brasil
/A publicação está disponível gratuitamente neste link. /
A cartilha "Criação de Tambaquis” traz informações atualizadas sobre a criação desse peixe, que é a espécie nativa mais produzida no Brasil, com uma produção de 90 mil toneladas em 2017, segundo o IBGE. Com linguagem simples e acessível, a publicação reúne informações úteis sobre as dúvidas mais frequentes dos produtores da região.
A publicação está dividida em três partes que tratam sobre densidade de estocagem (quantidade de peixes por tanque), qualidade da água e manejo alimentar. Para a bióloga Roselany Corrêa, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental e uma das autoras da cartilha, a rusticidade do tambaqui favorece a criação em sistemas semi-intensivos e intensivos, mas “para o sucesso da criação desta espécie, é fundamental atentar para vários aspectos relacionados ao manejo, sobretudo o alimentar”, ressalta a especialista.
O estado do Pará é o quarto produtor brasileiro de tambaqui, com 8 mil toneladas em 2017 (IBGE), ficando atrás de Rondônia (30 mil ton/ano), Maranhão (10 mil ton/ano) e Roraima (9 mil ton/ano). É um mercado que movimentou cerca de 60 milhões de reais no estado no ano passado.
"Criação de tambaquis" tem como autores os biólogos Roselany Corrêa, Alexandra Sousa e Heitor Martins Júnior, pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental.

Manejo alimentar

“A alimentação do tambaqui é hoje o principal desafio do produtor”, afirma o técnico Lenildo Silva, da piscicultura Estrela Dalva, do município de Castanhal, Nordeste do Pará. Ele conta que as melhores rações para esse animal, que é exigente em proteína, são produzidas fora do estado e o custo de obtenção delas pesa no bolso do produtor. “A ração tem um impacto econômico de 80% no custo total de produção do tambaqui em cativeiro”, afirma.
A cartilha mostra em detalhes as duas formas básicas de alimentação do tambaqui: seja oferecendo ração até a saciedade aparente do animal ou fixando a quantidade a ser oferecida de acordo com o crescimento dele. A pesquisa da Embrapa já gerou tabelas de alimentação que indicam a quantidade de ração necessária para o animal, por faixa de peso, ao longo do ciclo de criação.
O diferencial da cartilha é que além de apresentar as tabelas de alimentação, mostra também como fazer o cálculo para uma oferta de alimento sem desperdício. “No momento em que o produtor aplica o método, ele tem condições de calcular a quantidade de ração que vai usar diariamente no tanque. Isso evita perda econômica e tem um impacto direto na qualidade da água”, finaliza a pesquisadora.
Embrapa 

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

EMPARN instala primeiros pluviômetros automáticos, no interior do RN


ASSECOM/EMPARN
Pluviômetro Automático

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), começou na última sexta (14), a instalação dos pluviômetros automáticos no interior do Rio Grande do Norte. Ao todo serão instalados 100 telepluviômetros, distribuídos por todas as regiões do Estado. Esses primeiros equipamentos foram instalados nos municípios de Ceará-Mirim e Guamaré. Os 100 telepluviômetros fazem parte do projeto de Modernização da Meteorologia Potiguar, que já instalou 15 Estações Automáticas.
Essa rede automática vai monitorar as variáveis meteorológicas como: temperatura, umidade do ar, vento, pressão atmosférica, radiação solar, umidade do solo, temperatura do solo, quantidade chuva, etc. As medições serão feitas de hora em hora e transmitidas online para o servidor da EmparnAs informações serão utilizadas tanto para divulgação para a sociedade como um todo, geração de produtos voltados para a agricultura, pecuária e turismo. A partir dessas informações, por exemplo, vai ser possível melhorar o zoneamento e monitoramento agrícola, o que dará mais segurança aos agricultores, principalmente na hora de escolher a hora e a cultura agrícola que vai plantar em sua propriedade. O monitoramento climático mais eficaz possibilita ainda auxiliar na gestão dos recursos hídricos do Estado. 
A reformulação e modernização mais ampla, vai permitir que a EMPARN disponibilize de forma mais eficaz, por exemplo, a previsão do tempo e o monitoramento de chuvas.  Informações que vão auxiliar, principalmente, as áreas de turismo, agricultura e pecuária do RN. O Projeto de “Ampliação e Modernização do Monitoramento Hidrometeorológico, Climático e Agrometeorológico do Rio Grande do Norte”, foi desenvolvido pela gerência de Meteorologia da EMPARN e em 2016 e apresentado ao Governo do Estado e Banco Mundial, agente financiador do projeto no valor de 5,5 milhões em equipamentos e desenvolvimento de Softwares.
O projeto contempla também uma melhor estrutura para monitoramento e previsão do tempo. Atualmente o monitoramento das chuvas é feito por observadores voluntários, que medem os dados dos pluviômetros e enviam para a EMPARN, via telefone, de segunda a sexta, sendo um processo lento e que tem algumas falhas, o que vai ser resolvido com o monitoramento automático, que vai disponibilizar ao público em geral boletins de chuva a cada hora e em todos os dias da semana. Com a reestruturação do processamento de dados, a previsão do tempo, também vai ser melhorada já que vai ter a disposição modelos mais avançados tecnologicamente atendendo todos os municípios.
A previsão é que essa nova rede esteja em pleno desenvolvimento no primeiro semestre de 2019. Quando este projeto estiver em plena execução serão 100 pluviômetros automáticos, 23 estações automáticas (15 novas e 8 que já tem e passarão por manutenção), além dos 200 pluviômetros convencionais em uso atualmente.