Microrganismos ajudam a melhorar a resistência das plantas aos períodos de seca Nordeste Rural
Uma pesquisa conduzida pelo Centro de Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), iniciativa da Embrapa e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), demonstrou que microrganismos podem reduzir a temperatura das plantas. Os cientistas demonstraram que a presença de uma comunidade sintética desses pequenos seres vivos foi capaz de reduzir em até quatro graus a temperatura foliar de plantas de milho submetidas a altas temperaturas.
O estudo Modulating drought stress response of maize by a synthetic bacterial community (Modulando a resposta ao estresse hídrico do milho por uma comunidade bacteriana sintética) foi publicado na revista Frontiers in Microbiology.
Por meio de uma sofisticada plataforma de coleta de dados em tempo real, os pesquisadores mostraram que os microrganismos ajudam a controlar o fluxo hídrico da planta e, portanto, a tolerância à seca. A descoberta abre caminhos para o desenvolvimento de novas biotecnologias agrícolas que podem garantir a segurança alimentar durante a transição para uma economia de baixo carbono.
Cada vez mais os cientistas têm descoberto que os fungos, as bactérias e as arqueas presentes no solo, raiz, caule e folha dos vegetais desempenham um papel fundamental no crescimento, produtividade e respostas das plantas em condições de variações ambientais, como seca e calor. O que ainda não se sabia é como essa interação ocorria e de que forma esses seres invisíveis afetavam as plantas.
Os autores desse trabalho são Jaderson S. Armanhi, Rafael S. de Souza e Bárbara B. Biazotti, do GCCRC e do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) da Unicamp, Juliana E. Yassitepe, do GCCRC e da Embrapa Informática Agropecuária, e Paulo Arruda, do GCCRC, CBMEG e do Instituto de Biologia da Unicamp. Modulating drought stress response of maize by a synthetic bacterial community. Frontiers in Microbiology.
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