Novo Regimento cria Seções de Correição nas regionais do Incra
Seção de Correição vai cuidar dos procedimentos disciplinares nas regionais do Incra. Foto: Freepik
Com a publicação do novo Regimento Interno do Incra,
em 24 de março de 2020, uma importante mudança foi estabelecida no
âmbito das competências correicionais: a criação de Seções de Correição,
subordinadas diretamente ao Gabinete das superintendências regionais da
autarquia.
São 29 seções com atribuições
específicas e atuação como unidades das próprias regionais do instituto,
sob a supervisão e orientação técnica da Corregedoria-Geral (CGE). "Foi
uma luta grande para isso acontecer. Temos agora unidades
administrativas, com titular e substituto, auxiliando o superintendente
regional nas atribuições correcionais. Trata-se de demanda antiga,
inclusive dos órgãos de controle", explica o corregedor-geral do Incra,
Jorge Mourão.
Segundo o novo normativo do Incra,
compete à Seção de Correição auxiliar o superintendente regional no
tratamento, planejamento e operacionalização das atividades
correcionais, executando, regionalmente, as competências regimentais das
unidades que compõem a Corregedoria-Geral, no que couber.
Entre outras atribuições, os
responsáveis pela Seção também devem propor a instauração de
sindicâncias, quando necessárias, além de promover investigações e
diligências exigidas à instrução ou à instauração de procedimentos
disciplinares no âmbito regional. Tais prerrogativas vão auxiliar a
autoridade instauradora regional (superintendente), na formação do juízo
de admissibilidade, bem como nos julgamentos de sua competência.
Para cada Seção de Correição será
destinada uma das Funções Gratificadas, vinculadas ao Gabinete da
superintendência regional, previstas no Quadro Demonstrativo dos Cargos
em Comissão e das Funções de Confiança do Incra.
"Trata-se de uma evolução frente aos
problemas correcionais que a autarquia enfrenta há anos e é resultado de
um trabalho sério e reconhecido pela alta administração, bem como dos
efeitos da atuação da CGE desde 2018", considera Mourão.
Outra novidade advinda com o novo
Regimento Interno do Incra diz respeito à implementação de três novos
setores de assessoramento à CGE: a Divisão de Prevenção e Instrução
Prévia (DIP), a Divisão de Análise Processual (DAP) e o Serviço de
Gestão Correcional (SEGEC). As competências de cada instância podem ser
consultadas nos artigos 69 a 71 do referido normativo.
"O Incra não tinha absolutamente nenhuma
estrutura de assessoria, formal ou informal, que tratasse da matéria.
Isto explica a existência de mais de 600 processos hoje na CGE", afirma o
corregedor. Ele anuncia que estão sendo realizadas forças-tarefa no
âmbito da Sede da autarquia, com vistas à diminuição do passivo
processual.
Atuação da CGE
A Corregedoria-Geral do Incra foi criada
por meio do Decreto nº 8.955, de 11 de janeiro de 2017. "A evolução do
trabalho da CGE foi fenomenal. Este é um legado importante que será
deixado para o instituto", avalia Jorge Mourão, a frente da unidade
desde junho de 2018.
Segundo o corregedor, o maior desafio da
unidade é a falta de pessoal. Na tentativa de sanar a questão, foi
realizado processo seletivo, em julho de 2019, para integrar força de
trabalho especializada para a CGE, em comum acordo com os setores de
origem dos servidores. O processo se encontra em fase final com previsão
para ser concluído ainda no primeiro semestre de 2020.
Também no intuito de oferecer um
atendimento mais eficiente ao passivo processual, a Corregedoria
lançará, até o final do primeiro semestre de 2020, um edital externo
para aumentar o quadro de pessoal da unidade. "A CGE funciona hoje com
um efetivo muito aquém do que o Incra requer", justifica Mourão.
Há aproximadamente dois anos a CGE vem
investindo na capacitação com foco na prevenção, com ações coibitivas no
âmbito das superintendências regionais com o Projeto Prevenir. Também
tem atuado na capacitação de servidores na matéria disciplinar, visando
instruir o quadro funcional do Incra sobre sistema correcional e
aproximar o servidor da unidade de Corregedoria.
Mais recentemente, a CGE tem empenhado
esforços no sentido de realizar treinamentos específicos destinados a
servidores e colaboradores lotados nas unidades correcionais das
regionais do Incra. O objetivo tem sido atualizar a equipe correcional
em temas afetos às áreas finalísticas da autarquia, na perspectiva de
sua execução e pontos críticos suscetíveis de desvios de conduta.
Mourão destaca ainda que a estruturação
da área correcional na sede do Incra e a criação das Seções Correcionais
na estrutura das superintendências regionais foram viabilizadas com o
apoio da gestão da autarquia. “Essa estruturação só foi possível porque a
presidência reconheceu a importância do trabalho da Corregedoria e
também pelo fato da alta administração estar comprometida com a
integridade, prevenção e governança corporativa no âmbito do instituto”,
explica o corregedor-geral.
Assessoria de Comunicação Social do Incra
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