terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nordeste sem água vai plantar cana

- 14/11/2011

A Petrobras Biocombustível vai iniciar as análises de solo e clima no Semiárido brasileiro para produção de cana-de-açúcar. A região tem prioridade de investimentos do governo federal, motivados, principalmente, pelo sistema de irrigação agrícola. No novo programa de irrigação do Ministério da Integração Nacional, serão contemplados 200 mil hectares para irrigação. Desse total, 125 mil vão ser destinados à plantação de cana-de-açúcar para a produção de etanol.
A Petrobras Biocombustível não quis se manifestar sobre o assunto e informou que qualquer decisão da empresa será feita por meio de um comunicado ao mercado. Sua atuação na região, porém, será feita por meio de usinas parceiras, como a Guarani. O programa de irrigação na região deve alcançar R$ 5 bilhões por meio de PPPs (parcerias público-privadas). Entre as empresas envolvidas está a Cutrale, que deve plantar laranja na região para exportação de suco. Para a produção de cana, a região oferece estabilidade climática, como alta incidência de luz solar e chuvas concentradas em poucos meses do ano, impedindo inclusive a proliferação de doenças como a ferrugem alaranjada. Segundo dados do governo, a produtividade por hectare de cana no Semiárido chega a 200 toneladas.

O campo dá lucro para o Brasil

- 14/11/2011

Dados do Ministério da Agricultura mostram que, nos 12 meses encerrados em agosto, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro alcançou US$ 72 bilhões, resultado de exportações de US$ 88,3 bilhões e importações de US$ 16,3 bilhões. Esse valor é 22,9% maior do que o registrado nos 12 meses encerrados em agosto de 2010, de US$ 58,6 bilhões. Nos 12 meses até setembro, o saldo do agronegócio norte-americano foi de US$ 43,5 bilhões, bem menor do que o brasileiro.

Dinheiro do leite sumiu no RN-Matéria do Berro

- 14/11/2011

Os Pronafianos do Rio Grande do Norte estão em pé de guerra. Estão sem receber dinheiro da venda do leite desde junho de 2011: são 8 quinzenas que o governo federal não paga. “O governo compra apenas umas canecas de cada produtor e ainda não paga”, comenta o líder ruralista que estimula os criadores de cabras na região de Lajes, Luiz Carlos Correia Dantas.

Hora da Caça

- 14/11/2011

O ano de 2011 vai se fechando, tendo mostrado grandes realizações positivas para a caprino-ovinocultura: houve Feinco, a GranExpoES, a Expointer, a Expo Fortaleza, o Sincorte e ainda outras exposições vão brilhar.
As raças vão assumindo posições: Santa Inês, Dorper, Suffolk, Texel, Hampshire, Ile-de-France, há um despertar para o futuro que se mostra francamente risonho para todas as raças.
Neste ano, a revista O Berro está salientando a mais alta tecnologia do planeta e vem deixando claro que cada país defende, ardorosamente, seu patrimônio genético. A Inglaterra, os Estados Unidos, a Austrália e a Nova Zelândia estão repletos de minúsculas raças “nativas”. Também estão a todo vapor fabricando raças sintéticas ou compostas. Os países não estão engessados em raças puras, mas sim nos produtos que estas raças podem gerar lucrativamente.
Por isso há uma profusão de nomes: Tefrom, Suftex, Dortex, Texdale, Romdale, etc. - sempre indicando produtos em pesquisa. Os países, então, indicam o caminho a ser seguido: as raças precisam provar que valem a pena, rigorosamente, por meio de seus produtos cruzados! O valor está no prato e não apenas na exposição!
Assim, a exposição mantém seu valor, como vitrine de alta genética, mas o mercado produtor de carne quer mais, muito mais. Quer ver, apalpar, medir, cordeiros lucrativos, produzidos por acasalamentos programados e documentados a cada geração.
Nesse momento, pergunta-se: quem fará isso, no Brasil? Já há entidades suficientes para cuidar das vitrines de alta genética, como nos demais países. Faltam, porém, as entidades para cuidar da produção, a exemplo do que acontece em todos os demais países. Estas entidades promovem a tecnologia dentro das porteiras e segue a produção até chegar nas gôndolas de muitos países. É união de esforços entre todos os campos de produção.

u Acordar - O Brasil tem espaço, gente, tecnologia e mercado interno sufi­cientes. No mundo real, porém, continua faltando uma, ou muitas locomotivas para a atividade. O gado teve sua hora da caça e descobriu seus padrinhos; o frango e o suíno também; mas onde estão os padrinhos das ovelhas e cabras?
É hora de cutucar governadores, senadores, empresários e pessoas influentes, pois a atividade está crescendo vertiginosamente e vai gerando milhares, que logo serão milhões de empregos - algo muito importante na carreira de alguns políticos.
Pergunta-se: onde estão os políticos gaúchos? A atividade teve 14 milhões de cabeças, caiu para 4 e vai subindo, podendo chegar a quase 60 milhões, ocupando os vastos territórios, gerando renda e empregos como jamais visto. O Estado tem a maior exposição do país, mas o setor de ovinos e caprinos é tacanho no recinto! Cadê a grandeza histórica da atividade que retrocede à ocupação das terras no período colonial? Muito tem sido feito, mas é pouco diante da pressa do Brasil e do mundo.
Pergunta-se: onde estão os políticos nordestinos? A atividade sobreviveu a muitas secas e à caça, com dezenas e dezenas de raças nativas, como em qualquer país. Mais de um milhão de propriedades têm algo a ver com cabras e ovelhas. Ali estão 92% dos caprinos e 62% dos ovinos, mas não há uma política coerente, eficaz, de inclusão da atividade num mercado que garanta bem-estar social e dignidade para o cidadão rural. Muito tem sido feito, mas é pouco diante da pressa do Brasil e do mundo.
Pergunta-se: onde estão os políticos nortistas? Saem dali as maiores exportações de gado em pé, enquanto os países do Oriente Médio gostariam de adquirir milhões de ovelhas, cordeiros e carneiros. Bastaria implantar um sistema produtor de ovinos na região, voltado para exportação e para o mercado interno. Muito tem sido feito, mas é pouco dian­te da pressa do Brasil e do mundo.
Pergunta-se: onde estão os políticos do Centro-Oeste? Acontece ali a mais expressiva maratona de exploração de terras, com alta tecnologia, deixando milhares de pequenas glebas que poderiam produzir muita carne ovina e caprina. Muito tem sido feito, mas é pouco diante da pressa do Brasil e do mundo.
Nos últimos tempos, a área plantada do Brasil cresceu apenas 27%, mas a produção aumentou 273%. Antes, um agricultor produzia para 73 pessoas; hoje já atende 155. O potencial produtivo, então, é imenso, mas o potencial de miopia política, também. Cerca de 71% do território brasileiro está imerso em áreas protegidas, intocáveis, enquanto que a média mundial é de apenas 12%. Mesmo assim, a produção de carne nas áreas já ocupadas pode acrescentar um formidável exército de cabras e ovelhas, bem como de frangos e suínos, para atender à fome mundial.
Assim, a ovelha e a cabra são ferramentas de grande poder político. Por isso, é hora de caçar os políticos, autoridades e empresários, que vão registrar seu nome na História. Pessoas que vão além das minúsculas ideologias sociológicas e ambientalistas que cerceiam a produção; pessoas que colocam o homem rural como herói por sua incrível teimosia em continuar produzindo alimentos para seus semelhantes e para o mundo.
É hora da caça!


O poderoso crachá-Coisas do Nordeste

- 14/11/2011

Seu Namedes era conhecido por ser muito calmo e, naquele dia, recebeu a visita de um fiscal de governo, desses que acha que é parente e amigo íntimo de Deus. O homem desceu do carrão, com motorista particular, com um crachá vistoso pregado no paletó.
- Vim fazer uma vistoria, porque estão dizendo que nessa região tem mutreta naquela mata lá no fundo. Que, por sinal, é do senhor. Então, antes de lavrar um auto de infração, eu quero fiscalizar.
Seu Namedes, tranquilamente, respondeu.
- Pois o amigo pode fazer tudo que quiser, dentro dos conformes.
- Então, para começar, vou lhe adian­tar que vim para fiscalizar, fis-ca-li-zar tudo. Tá claro?
Seu Namedes não entendeu tamanho sermão e falou baixinho:
- Pois tá certo. Eu só quero dar um conselho: não vá por aquele trilhado ali.
O fiscal empertigou-se, viu que o tal caminho ia justamente se perder na ma­ta, onde devia ter coisa feia escondida.
- Ô Seu Namedes, eu não sou burro! Parece que o senhor não tá sabendo quem é que está aqui em sua frente.
Ninguém manda em fiscal de governo, não. Pois eu vou é por esse caminho, mesmo.
- Mas é...
- Nem mais, nem menos. Eu sou autoridade, posso fazer o que quiser e quando quiser. Está claro? Posso revistar sua casa e até suas roupas, tá entendendo?
Não deu tempo de Seu Namedes retrucar e o imponente fiscal já ia seguindo em passo marcial, para descobrir alguma maracutaia, para colocar no relatório do dia.
O sitiante nem tinha começado a dar milho para as galinhas, quando escutou um tropel e vê o fiscal, meio cansado, estropiado, se coçando, gravata troncha, cara inchada, vermelha, aos berros:
- Que diacho é isso? É carrapato? É abelha? É formiga?
- Pois eu quis lhe dizer, mas o amigo não quis escutar. Tá nos dias do carrapatinho safado, desses que vira ferida e coça até arrebentar.
O valentão não quis se fazer de molenga por causa de uns carrapatos, lavou a cara com sal e espinafrou:
- Vamos acertar essa pendenga quando eu encontrar o que eu quero na fazenda. Já que não dá para ir por esse cercado, eu vou pelo outro.
Seu Namedes foi calmo, de novo:
- O senhor é do governo, pode ir para onde quiser, mas eu não iria por aquele pasto ali.
- Tem carrapato também?
- Não tem, não, senhor.

 

O valentão, dessa vez, foi esperto: olhou o capim novo, umas ovelhas, algumas cabras leiteiras, nada demais, não haveria perigo. O sitiante não queria amassar o capim, só isso.
- Pois então é por ali que eu vou, pois um oficial de justiça tem que cumprir o dever na busca das coisas erradas.
Nem terminou de falar e já ia passando pelo arame, em passos largos pelo pasto das ovelhas, rumando para o mato onde deveria estar alguma coisa que poderia colocar o fazendeiro na cadeia.
Seu Namedes pegou o milho e foi tratar dos porcos, quando escutou uma correria, um tomba-tomba, bufa-bufa, lasca-lasca, um berreiro medonho e eis o oficial, todo lambuzado, segurando um enorme bode pelos chifres, com cara de mau.
- Vem me ajudar aqui, homem.
- Uai, por que? O Jeremias está no terreiro dele. Deixe o bichinho defender suas cabritas.
Numa correria amalucada, o fiscal passou por baixo da cerca, lambrecando a camisa limpa com barro. O oficial estava raivoso, havia perdido um sapato e torcido o pé:
- Isso foi uma armadilha. Aqui tem mutreta grande e o senhor está com mangação pra cima de mim.
- Não, nada disso. Venha tomar um café e se acalme, homem.
- Café? Quer me corromper, eu tenho cara de propina? O senhor me ferrou com o bode e quer parecer santo?
- Não, homem, o amigo não perguntou se tinha algum bode lá. Eu disse para não ir.
- Eu não preciso pedir ou responder a nenhuma pergunta. Está claro? Eu sou a justiça, aqui. Olha aqui o meu crachá. É crachá de governo, tá reparando?
Pegou o crachá e quase esfregava na cara de Seu Namedes:
- Tá vendo? É um crachá de autoridade. Ele abre qualquer porta, faz todo mundo obedecer. Com esse crachá eu vou até o inferno! E eu vou até aquele mato saber o que tem lá e, se tiver, alguém vai pro xilindró.
- Pois, tá certo, o senhor pode ir aonde quiser, mas se for para aquele mato, não passe por aquele outro pasto do bambuzal, acolá.
O homem bufou. Olhou o tal pasto: só tinha três vacas leiteiras, nada demais. O sitiante não queria perturbar o leite da vacas, isso sim!
Encheu o peito e rumou para o pasto das vacas em direção da mata. Seu Namedes viu tudo, balançou a cabeça e foi cuidar dos porcos, pois a hora estava passando.
Uns minutos depois, era um berreiro, um vupe-vupe, corre-corre, levanta-cai, o valentão com o enorme touro Corisco bufando a raiva acumulada, doido para chifrar os fundilhos do intruso, espumando e botando olhos vermelhos como o Cão solto em terra de gente pecadora.
O oficial estava imundo, cheio de la­ma e esterco, com baba na cara, trançando as pernas, no meio do pasto:
- Meu Deus, homem, segura o boi!
Seu Namedes viu tudo, arregalou os olhos um pouco e respondeu como se aquilo fosse algo muito comum na vida rural:
- Seu crachá, homem, mostre seu crachá, está na hora do crachá!


Municípios do Sertão da PB recebem mutirões de documentação

Nove municípios do sertão da Paraíba serão os próximos a serem beneficiados pelo Programa Nacional de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural (PNDTR). O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Incra/PB, promovem mutirões de documentação a partir desta quarta-feira (30), até o dia 9/12, nas comunidades rurais, acampamentos e assentamentos da reforma agrária.
Durante a realização do evento é possível fazer, gratuitamente, documentos como registro de nascimento, carteira de identidade, carteira de trabalho, registro junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e carteira de pescador. Os documentos são entregues na hora, inclusive a carteira de identidade.
Os mutirões acontecem nos municípios de Teixeira (30), Santana de Mangueira (01), Serra Grande (02), Aguiar (03), Igaracy (04), Água Branca (05 e 06), Princesa Isabel (07), Tavares (08) e Juru (09).
Segundo o superintendente regional do Incra, Lenildo Morais, na semana passada foi concluída uma rodada de mutirões e, além deste que começa, na quarta-feira, já existe uma programação para o período de 14 a 22 de dezembro. “Queremos encerrar 2011 com todo nosso cronograma de mutirões concluído”, afirmou Morais.
Quem for ao mutirão poderá receber orientações sobre direitos previdenciários, a exemplo de salário maternidade e auxílio doença, e assessoria jurídica (em casos como mudança de profissão de empregada doméstica para agricultora familiar), pensão alimentícia, divórcio, termo de união estável e reconhecimento de paternidade.
A prioridade nos atendimentos é dada às mulheres como parte das ações do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (Ppigre/MDA), mas homens e crianças também também podem se beneficiar.
Desde 2009 a equipe possui o Expresso Cidadã - um ônibus equipado com internet via satélite, dois geradores de energia elétrica, ar condicionado, equipamento de informática, serviço de som, sanitário a vácuo, cadeiras e mesas plásticas, além de aparelho de TV. Tudo para melhor atender aos trabalhadores rurais.
Parceiros
Na Paraíba as ações vêm sendo desenvolvidas em parceria com o Instituto de Polícia Científica do Estado (IPC), o INSS, a Receita Federal, a Secretaria Especial da Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR), a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), a Defensoria Pública do Estado, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater), o Ibama, o Banco do Nordeste, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Projeto Dom Helder Câmara, o Cunhã – Coletivo Feminista, cartórios de Registro Civil, Associação dos Registros de Pessoas Naturais (Arpen), Câmaras Municipais, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do (Fetag), e a Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba. Contam, ainda, com a participação de associações, sindicatos e movimentos de trabalhadores rurais.
Cronograma dos Mutirões
30/11 - Teixeira - Salão Paroquial
01/12 - Santana de Mangueira - Clube Fórmula 1
02/12 - Serra Grande- Escola Munic. Francisco Vidal de Moura
03/12 - Aguiar - Escola Munic. Lídia Cabral de Sousa
04/12 - Igaracy - Colégio Municipal Senhora dos Remédios
05/12 - Água Branca - Escola Municipal Antônio Virgulino
06/12 - Água Branca - Escola Municipal Antônio Virgulino
07/12 - Princesa Isabel - Escola Municipal Carlos Alberto 
08/12 - Tavares - Escola Municipal Reunido Padre Tavares
09/12 - Juru - Escola Municipal Antônio Alves 
Nota do Blog:
Os nossos órgãos governamentais poderiam copiar essa ação da Paraiba, dotando a mulher trabalhadora rural e o homem com documentos pessoais,OK?

domingo, 27 de novembro de 2011

MUNICÍPIOS POTIGUARES ASSUMIRÃO O PROGRAMA DO LEITE


O Programa do Leite deve ser municipalizado no início do próximo ano. A informação é do diretor geral da Emater, Ronaldo Cruz, que informou que a iniciativa do governo do estado é uma recomendação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome que financia parte do programa. Segundo ele, a proposta já foi apresentada a cerca de 50 prefeitos de municípios do Rio Grande do Norte que avaliaram a mudança de forma positiva. "O Ministério observou que a questão do controle dos beneficiários, que atualmente é feito pela Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas), acontecia de forma mais organizada quando gerido pelos municípios, a exemplo do Ceará", disse Ronaldo.
O diretor geral da Emater explicou que a municipalização do Programa do Leite deve acontecer por meio de um termo de cooperação técnica entre as prefeituras e o governo do estado, onde os municípios ficariam responsáveis apenas pelo controle dos beneficiários e a distribuição do leite. "O município vai indicar os postos de distribuição do leite e o trabalho deverá ser realizado por servidores da própria prefeitura. Não existirá repasse de dinheiro para os municípios para que essa distribuição seja operacionalizada", disse. De acordo com Ronaldo, a aquisição e o pagamento do leite continua a cargo do governo do estado e será centralizado na Secretaria de Agricultura.
Ele explicou que o Rio Grande do Norte possui dois programas de distribuição de leite. Um deles é financiado exclusivamente pelo governo do estado e custa R$ 62 milhões por ano aos cofres do estado. O outro é o Programa de Aquisição de Alimentos - modalidade leite, que custa R$ 18 milhões por ano, e é financiado pelo governo federal (80%) com contrapartida do governo do estado (20%). A diferença entre os dois, além dos valores envolvidos, é que o programa do governo federal é focado na agricultura familiar e o leite é comprado de pequenos produtores.
Já no programa estadual não há restrição em relação à compra de leite dos grandes produtores. "No próximo ano nós vamos tentar fortalecer o programa do governo federal no Rio Grande do Norte, porque o Ministério de Desenvolvimento Social já sinalizou com a perspectiva de repassar mais recursos para o RN se a gente tiver um cadastro maior de pequenos produtores", disse.

Ministério apoia medidas para avanço de status do Ceará

Ação faz parte da meta nacional de transformar todo o território brasileiro imune da doença com vacinação até 2013
Classificado como de risco médio para a febre aftosa, o Ceará pretende melhorar o seu status sanitário para livre da doença com vacinação nos próximos anos. Para isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai ampliar o apoio às iniciativas programadas pelo governo daquele estado.
O assunto foi discutido na semana passada durante uma reunião do diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Guilherme Marques, com o governador do Ceará, Cid Gomes. O encontro – que também contou com a presença da superintendente federal de Agricultura no estado, Maria Luiza da Silva Rufino – debateu estratégias e ações de adequação necessárias para o estado avançar no processo de reconhecimento como área livre de aftosa com vacinação. O rebanho cearense é formado por cerca de 2,5 milhões de cabeças.
Entre as resoluções acertadas, Gomes se comprometeu em autorizar a contratação imediata de 61 profissionais de nível superior (40 médicos veterinários e 21 engenheiros agrônomos) e 79 técnicos para ampliar a capacidade de atuação da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri). Com essa medida, a estrutura de proteção do Ceará poderá contar com mais 15 Unidades Veterinárias Locais (UVLs), totalizando 40 unidades, além de dezenas de escritórios de atendimento a comunidade. Em contrapartida, o ministério oferecerá cursos de reciclagem para os fiscais agropecuários que já atuam no serviço estadual. Também vai treinar os novos selecionados, além de repassar recursos contínuos por meio de convênio plurianual com validade pelos próximos cinco anos.
Segundo Marques, a decisão do Ceará dará condições para o estado sanar a maioria das deficiências apontadas na auditoria realizada pelo Mapa durante os meses de junho e julho passado. Assim que o Plano de Ação definido for cumprido, o governo cearense poderá solicitar uma nova avaliação para a sua possível inclusão no grupo de estados – Maranhão, Piauí, Pernambuco e o Norte do Pará – que está na fase mais avançada para o estudo soroepidemiológico com vistas à obtenção do reconhecimento de zona livre de aftosa com vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
“Em Alagoas ocorreu um acordo semelhante recentemente. Agora, a nossa preocupação maior é com o Rio Grande do Norte e a Paraíba, que ainda se encontram em situação de atenção especial. Esperamos, junto com as autoridades técnicas e políticas, buscar uma solução para as inconformidades registradas nesses estados. O ministério se coloca à disposição para colaborar nesse processo, já que nosso objetivo é fortalecer o Serviço Veterinário Oficial no Estado”, declara.
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2184/ 2203
Marcos Giesteira
marcos.giesteira@agricultura.gov.br

Brasil discute biocombustíveis em reunião da OIA

Gestores do mapa integram delegação brasileira em seminário promovido pela Organização Internacional do Açúcar
Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participam de dois importantes eventos do setor sucroalcooleiro em Londres na semana que vem. O novo diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Gerardo Fontelles, e o coordenador-geral de Açúcar e Álcool, Cid Caldas, integram a delegação brasileira que participa das discussões do 20º Seminário da Organização Internacional do Açúcar (OIA), de 29 e 30 de novembro. “As reuniões da organização tornaram-se o principal encontro do setor açucareiro e agora também do setor de etanol, devido à importância que o biocombustível vem garantindo no mundo todo”, o diretor Gerardo Fontelles.
Na segunda-feira (28), os gestores participam da reunião da Associação Mundial dos Produtores de Cana-de-açúcar e Beterraba. O Brasil tem papel preponderante neste mercado, por ser o 2º maior produtor e o maior importador de cana-de-açúcar, com mais de 500 milhões de litros de biocombustíveis produzidos em 2011.
“A participação brasileira em compromissos externos estratégicos é condição básica para manutenção e avanço dessa política de liderança, diz Fontelles. O diretor acrescenta que há uma forte expectativa gerada pelas várias missões presidenciais a outros países, que firmaram parcerias com o Brasil nessas áreas, muitas delas já em andamento.
Saiba mais
O Brasil é líder mundial na produção de açúcar e maior produtor etanol de cana. Atualmente, o açúcar brasileiro é responsável por mais de 50% do comércio internacional de açúcar, livre de cotas. Em 2010, o país exportou mais 28 milhões de toneladas de açúcar o que gerou cerca de US$ 12 bilhões na Balança Comercial. A experiência brasileira com o bicombustível é referência mundial no campo das energias renováveis, como forma de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a dependência de combustíveis fósseis.
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-3086 / 2203
Inez De Podestà
inez.podesta@agricultura.gov.br

Inmet prevê fim de semana ensolarado no Nordeste

Aviso especial alerta para chuva forte com trovoadas e rajadas de ventos em Minas Gerais
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para as condições meteorológicas favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de ventos ocasionais em áreas isoladas no noroeste, centro e sul de Minas Gerais. O Aviso Especial no. 389 é válido para este sábado, 26 de novembro.
Na região Sul, o tempo fica nublado com chuva no Paraná. No Norte, há previsão de pancadas de chuva e trovoadas isoladas no centro, oeste, norte e sudoeste do Amazonas; sul e oeste do Pará; Acre, Rondônia e Tocantins. Também há possibilidade de chuva no Amapá.
A meteorologia prevê pancadas de chuva e trovoadas isoladas no sul, leste e oeste do Maranhão e na Bahia. Há possibilidades de chuva no litoral leste do Rio Grande do Norte, litoral da Paraíba, litoral e Zona da Mata de Pernambuco. No Centro-Oeste, pancadas de chuva e trovoadas atingem áreas isoladas no norte, leste, nordeste e sudeste de Goiás; Mato Grosso; norte, nordeste e sul de Mato Grosso do Sul.
Na região Sudeste, o tempo fica nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e em São Paulo.
Domingo
Neste domingo, 27 de novembro, a atuação de áreas de instabilidade provoca pancadas de chuvas, trovoadas e rajadas de vento em praticamente toda a região Sudeste e Centro-Oeste. Os maiores volumes de chuva devem ocorrer nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, norte de São Paulo, leste e norte de Goiás e no Distrito Federal.
No Norte o dia será de sol entre nuvens, mas devido à associação entre temperaturas elevadas e à alta concentração de umidade, pancadas de chuva devem ocorrer. No Sul, há possibilidade de chuva em áreas isoladas no norte e litoral norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Já no Nordeste, o dia será de sol, com previsão de chuva apenas para o sul no Maranhão e Piauí, sul e oeste da Bahia.
Segunda
Na segunda-feira, 28 de novembro, áreas de instabilidade continuam atuando sobre as regiões Sudeste e Centro-Oeste. As chuvas mais intensas devem concentrar-se no norte de Minas Gerais e no Espírito Santo. Já no Norte, as chuvas devem se intensificar no sul do Tocantins. Nas demais áreas da região, há previsão de sol entre nuvens e pancadas de chuva isoladas.
No Nordeste, o sol aparece entre nuvens, com previsão de pancadas de chuvas apenas no oeste e sul da Bahia e no sul dos estados do Maranhão e Piauí. Há possibilidade chuva isolada no litoral entre a Bahia e a Paraíba. Na região Sul, tempo bastante nublado com chuva isolada no leste do Paraná, Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, há possibilidade de chuva isolada.
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2203
imprensa@agricultura.gov.br
Como o Blog prima pelos dois lados da informação, eis a explicação de um leitor sobre o projeto de irrigação da Chapada do Apodi, suspenso aos 45 do segundo tempo, quando a presidente Dilma Rousseff estava prestes a autorizar o início das obras:
Boa noite Thaisa!
Parabéns pela publicação. Espero que este comentário seja postado, pois contém esclarecimentos importantes sobre o Projeto Santa Cruz Apodi.
Dessa vez parece que finalmente o povo foi ouvido! Há tempos que se tentava chamar atenção da mídia, mas sempre havia resistência em divulgar mais detalhes sobre esse assunto. Agora, após o cancelamento da assinatura da ordem de serviço de início das obras pela presidenta Dilma, foi que tudo começou a vir à tona.
Tudo começou a mais ou menos um ano, quando foi assinado um decreto pelo presidente Lula, autorizando a implantação do projeto de irrigação Santa Cruz Apodi/RN, que a priori se pensava que traria benefícios, mas, no entanto só causou polêmica, medo e insegurança ao povo da zona rural apodiense imposto pelo DNOCS, que insiste implantá-lo mesmo com quase 100% de desaprovação dos atingidos. Mas, a razão desse interesse demasiado é explicável, uma vez que o projeto custará aos cofres públicos R$ 280.000.000,00. O receio é: pode ser mais um elefante branco?
A questão é muito mais complexa do que se imagina. O DNOCS começou errado, quer executar um projeto sem medir as consequências da situação das famílias que serão desapropriadas, estas que são as protagonistas do projeto. Água, irrigação e desenvolvimento econômico todo mundo necessita e aceita, desde que as famílias pudessem opinar, participar do processo de discussão na elaboração do projeto, o que não foi feito, aliás, o próprio DNOCS admitiu em reunião. Agora, querem empurrar um projeto goela abaixo, sem definir a priori a situação desses proprietários. Todo mundo fala em irrigação, emprego, mas ninguém, nenhum político, principalmente aquele que apoia o projeto, comenta sobre a desapropriação.
O porquê disso todo mundo sabe, interesses próprios. Do que adianta implantar um projeto e ao mesmo tempo expulsar as famílias de suas terras, para colocar outras ou empresas, que no futuro vão ser patrões delas mesmas?
Seria muito mais justo e barato tentar manter essas famílias, adaptá-las em seus locais de moradia onde já produzem há séculos. Adaptar o projeto as condições reais dos moradores seria a forma mais inteligente e justa. Caso contrário, um projeto dessa magnitude trará muito mais consequências desastrosas, do que mesmo benefícios como emprega o DNOCS aqueles mais desavisados, que não ligam para o destino das famílias que até então não tem segurança para onde vão ou o que vão fazer da vida.
É hora de esquecer as questões políticas, de criticar partido A ou B e partir para o interesse principal que é a situação do povo, que é o que menos tem vez e voz para falar ou protestar. Por que não se unir neste momento e defender uma só causa? Que venha o projeto, mas que a princípio seja discutido, debatido e aprovado pela população apodiense em geral, afinal todos serão beneficiados ou prejudicados.
No dia 22 de outubro passado, o Jornal Nacional da Rede Globo, divulgou uma matéria sobre o abandono de quilômetros de canal em Icó/CE, sem funcionamento, manutenção ou qualquer fiscalização há mais de dois anos. Isto justifica nossa preocupação devido ao histórico de insucessos e descasos apresentados pelo DNOCS em projetos anteriores.
Portanto, é hora de agir com calma, um projeto dessa grandiosidade não pode ser executado sem esclarecer uma série de dúvidas de caráter socioeconômico, cultural e ambiental, que comprovam a insegurança e receio quanto a capacidade operacional do DNOCS, do tipo:
• O porquê do fracasso dos projetos anteriormente implantados como o de Tabuleiro de Russas/CE com a desapropriação de 14.000 ha, mas apenas 8% estão em atividade;
• A falência das empresas NOLE em 2008 e BELMONTE em 2010, deixando muitas dívidas com trabalhadores e fornecedores, além de inúmeros processos nos cartórios de Mossoró/RN e que leiloou uma frota de tratores em Fortaleza/CE, respectivamente;
• A situação dos ex-proprietários que vivem praticamente em favelas urbanas há quase 12 anos em Russas comprovada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, inclusive que alguns ainda não receberam a indenização prometida;
• A desativação dos projetos em Cabeça Preta/CE e Cabrobó/PE, em virtude do uso abusivo de substâncias químicas, onde boa parte das famílias desapropriadas está morando em favelas, marginalizadas, vitimadas pelas drogas, prostituição e violência;
• A desativação dos projetos de irrigação de Tibau e dos Sucos Maísa em Mossoró/RN, hoje transformados em assentamentos, com mais de 100 mil hectares de terra desapropriados;
• Investigar junto ao Tribunal de Contas da União, já que se trata de dinheiro público.
A alegação do DNOCS é que as propriedades são improdutivas, mas é fato que o município apodiense possui uma economia diversificada e em expansão, além de ser dotado de muitas riquezas naturais como:
• 2º solo mais fértil do mundo;
• Água potável mineral e abundante;
• Produção de calcário, granito, mármore, gás natural e petróleo (recebe quase meio milhão de reais mensais em royalties);
• Possui um dos maiores rebanhos de caprinos do país e é destaque também na produção de leite bovino, arroz, fruticultura, entre outras culturas;
• Destaque como maior produtor de mel de abelha do Brasil (IBGE), inclusive para exportação.
Consequências negativas com a implantação negligenciada do projeto:
• Redução da produção de mel pela aplicação de agrotóxicos em grande escala (inclusive pulverização aérea) no plantio dessas culturas, provocando a morte das abelhas e ao mesmo tempo indo contra os princípios da agroecologia.
• Poluição do solo e lençol freático;
• Agressão ao meio ambiente provocada pelo desmatamento: flora e fauna.
Lutar para adaptar o projeto não será exigir muito. Afinal, são 280 milhões de reais que estão em jogo, não 280 mil. Uma forma inteligente seria aproveitar este recurso fazendo o contrário, ou seja, torcendo que o projeto venha, mas adaptado a nossa realidade. Desta forma todos sairiam ganhando e com certeza apoiariam a causa. Com parte do dinheiro economizado com a não desapropriação de algumas áreas, por exemplo, poderia se investir exigindo do DNOCS itens não comtemplados no projeto, mas que já foram discutidos, como:
• A aquisição de kits de energia verde para baratear a produção, por que com a tradicional é praticamente impossível se obter lucro;
• A aquisição de lotes já instalados com equipamentos de irrigação, caso contrário, o futuro irrigante não terá recursos para o investimento inicial;
• Assistência técnica contínua, priorizando os profissionais locais, inclusive os recém-formados do IFRN que estão desempregados;
• Entre outros.
Enfim, negociar, dialogar, discutir, é uma alternativa muito mais inteligente do que ficar perdendo tempo disputando espaço político ou procurando culpados pela não assinatura da presidenta. Afinal, esses 100 produtores que hipoteticamente apoiam o projeto da forma como está, representam apenas uma pequena parcela das quase 8 mil pessoas da zona rural ou dos 35 mil apodienses em geral que serão direta ou indiretamente atingidos pelo projeto.
Que venha o progresso, mas de forma justa e racional!!!
MDA lança Plano Safra em Pernambuco, com R$ 650 milhões para Pronaf
MDA lança Plano Safra em Pernambuco, com R$ 650 milhões para Pronaf


O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) lança nesta sexta-feira (25), em Recife (PE), no Salão das Bandeiras, 1º andar do Palácio do Governo, o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 para o estado. A solenidade será realizada a partir das 11 horas, com as presenças do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, do governador Eduardo Campos, do secretário de Desenvolvimento Territorial, Jerônimo de Souza.
Neste Plano Safra, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) destina R$ 650 milhões para ações do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em Pernambuco. Deste montante, R$ 370 milhões são para operações de investimento e R$ 280 milhões para operações de custeio. Os recursos estão disponíveis nas instituições financeiras desde 1º de julho.
O Plano Safra 2011/2012 aprofunda as políticas públicas de estruturação produtiva e geração de renda com políticas específicas para a organização econômica, beneficiando especialmente a gestão das cooperativas e de pessoas jurídicas da agricultura familiar.
Novidade deste Plano Safra, a Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar, a PGPM-AF, permitirá a utilização de instrumentos de comercialização para garantir que o produtor receba o preço mínimo do produto (pré-fixado no início da safra). Instrumento de garantia de renda para os agricultores familiares, a PGPM-AF vai possibilitar a compra a preços justos de produtos, que serão destinados aos estoques governamentais. Neste ano, o Governo Federal disponibilizou R$ 300 milhões para a PGPM-AF.
Outra política de apoio à comercialização, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) destinará, este ano, de R$ 53,4 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar no estado de Pernambuco. O programa disponibiliza R$ 794 milhões este ano em todo Brasil.
Juros menores
O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 aperfeiçoa as políticas públicas implantadas nos últimos anos para este segmento produtivo. Ele combina aumento da produção de alimentos, geração de renda no campo e promoção da organização econômica dos agricultores e agricultoras familiares, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais. Uma das novidades é a redução de 4% para 2% da taxa de juros máxima cobrada nas operações de investimento do Pronaf e a adoção da taxa de 1% para operações do Mais Alimentos de até R$ 10 mil por ano/agricultor. Todas as linhas de investimento, inclusive a linha Mais Alimentos, têm juros de 1% ou 2% ao ano, prazo de pagamento de até dez anos e até três anos de carência. O limite de financiamento de contratos de investimento do Pronaf foi ampliado para até R$ 130 mil.
Todas as linhas de investimento, inclusive a linha Mais Alimentos, têm juros de 1% ou 2% ao ano, prazo de pagamento de até dez anos e até três anos de carência. O limite de financiamento de contratos de investimento do Pronaf foi ampliado para até R$ 130 mil.
Estas medidas são qualificadas pelos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), para os quais Pernambuco terá uma liberação de R$ 37,6 milhões.
Garantia-Safra
Na safra 2011-2012, o número de cotas do seguro Garantia-Safra foi ampliado de 740 mil para 940 mil para todos os estados e municípios do Semiárido brasileiro que fazem parte do programa. Isso significa que mais 200 mil agricultores poderão aderir ao Garantia-Safra. O valor de cobertura nesta safra será de R$ 680,00 (na safra anterior era de R$ 640,00).
No estado de Pernambuco, 66 municípios aderiram ao Garantia-Safra em 2010-2011: mais de 98 mil agricultores aderiram. Em 2011-2012, o estado contará com 130 mil cotas disponíveis para o seguro. O Garantia-Safra busca garantir condições de sobrevivência aos agricultores familiares de municípios do Semiárido (entre eles, todos os estados da região Nordeste) sujeitos à perda de safra por falta ou excesso de chuva.
A agricultura familiar
Em Pernambuco, existem 275.740 estabelecimentos da agricultura familiar, o que corresponde a 90% dos estabelecimentos agropecuários do estado. Eles ocupam 47% da área total dos estabelecimentos agropecuários e são responsáveis por 83% do pessoal ocupado no meio rural (780.048 pessoas) e 52% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do estado. A agricultura familiar responde, por exemplo, por 97% da produção de mandioca, 91% do feijão, 90% do arroz em casca, 89% do milho em grão, 81% da produção dos suínos e 61% do leite no estado.
O Censo Agropecuário do IBGE aponta que a agricultura familiar brasileira conta com mais de 4,3 milhões de unidades produtivas, o que corresponde a 84% do número de estabelecimentos rurais do Brasil. Este segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação de pessoal no meio rural (12,3 milhões de pessoas).
MEDIDAS DO PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR 2011/ 2012 PARA O BRASIL
CRÉDITO
Pronaf Investimento: redução de 4% para 2% ao ano dos juros das operações acima de
R$ 10 mil; juros de 1% ao ano para operações de até R$ 10 mil; ampliação de oito para
dez anos do prazo de pagamento.
Pronaf Mais Alimentos: redução de 2% para 1% ao ano da taxa de juros de
financiamentos de até R$ 10 mil.
Microcrédito Produtivo Rural: ampliação do limite de crédito de R$ 2 mil para até R$
2,5 mil por operação; o beneficiário pode acessar até três operações, totalizando R$ 7,5
mil.
Pronaf Agroindústria: aumento do limite de R$ 30 mil para R$ 50 mil nos
financiamentos individuais; aumento de R$ 20 mil para até R$ 30 mil do limite
individual de crédito para sócios/associados/cooperados; aumento do prazo de
pagamento de oito para dez anos.
Pronaf Agroecologia: aumento do limite de financiamento de R$ 50 mil para até R$ 130
mil; aumento do prazo de pagamento de oito anos para até dez anos, com até três anos
de carência.
Pronaf Eco: aumento do limite de financiamento de R$ 6,5 mil para até R$ 8 mil por
hectare, limitado a R$ 80 mil por beneficiário em uma ou mais operações; aumento de
R$ 500,00 para até R$ 600,00 por hectare da parcela de pagamento da mão de obra
entre o segundo e o quarto ano de implantação do projeto.
Pronaf Cotas-Partes: aumento do limite de crédito individual de R$ 5 mil para até R$ 10
mil por beneficiário; passam a ser atendidas cooperativas com patrimônio líquido
mínimo entre R$ 25 mil e R$ 100 milhões (antes era entre R$ 50 mil e R$ 75 milhões);
aumento do limite de crédito por cooperativa de R$ 5 milhões para até R$ 10 milhões.
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (ATER)
- Atendimento diferenciado a mil empreendimentos e 150 mil famílias da agricultura
familiar (agroindústrias, cooperativas) para o desenvolvimento de processos de
agregação de valor e renda
- Oferta de serviços focados na organização da produção para a comercialização para
200 mil famílias;
- Ampliação e qualificação dos serviços para 150 mil famílias beneficiárias de crédito
rural na linha de investimento;
- Atendimento de 10 mil jovens rurais; e
- Oferta de serviços para 90 mil famílias em condições de extrema pobreza.
COMERCIALIZAÇÃO
- Criação da Política de Garantia de Preços Mínimos para a Agricultura Familiar
(PGPM-AF), com destinação de R$ 300 milhões para regular preços em 2011.
- Ampliação do orçamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em R$ 194
milhões.
SEGURO
- Ampliação de 740 mil para 940 mil do número de cotas do Programa Garantia-Safra
terá maior número de cotas disponíveis para adesão. O valor de cobertura aumenta para
R$ 680,00.
- Ampliação de R$ 5 mil para R$ 7 mil da cobertura dos custos de produção do
Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF), que também passa a
atender operações de culturas de laranja e tangerina