Investimentos no agro
CNA se reúne com fundos de previdência complementar para debater investimentos no agro
CNA promoveu o “Diálogo Executivo com Entidades de Previdência Complementar: potencial de investimentos na agropecuária brasileira”
Por:
CNA
A Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu nesta quarta (21) o
“Diálogo Executivo com Entidades de Previdência Complementar: potencial
de investimentos na agropecuária brasileira”. O evento reuniu diretores
de entidades de previdência complementar, executivos e produtores rurais
para apresentar o potencial de investimentos na agropecuária
brasileira, em segmentos estratégicos para o País, considerando a
sustentabilidade, a segurança energética, a crescente demanda mundial
por alimentos e as oportunidades de mercado para o Brasil.
Na abertura do encontro, o presidente da
CNA, João Martins, destacou os recordes de produção agropecuária no país
e disse que o desenvolvimento da atividade demanda mais fontes de
recursos para reduzir a dependência do crédito oficial.
“A CNA tem se preocupado com a redução dos
recursos do governo no setor. Estamos buscando alternativas para levar
recursos para o setor agropecuário, porque seu crescimento é
irreversível. Temos uma perspectiva fantástica para o setor, mas a
velocidade para chegarmos onde podemos chegar depende dos recursos. E
por isso estamos conversando com os fundos de pensão para que eles
possam pôr recursos no segmento”, ressaltou.
Na avaliação do vice-presidente da CNA e
presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, José Mário
Schreiner, o governo não tem mais a capacidade de dar as respostas que o
setor precisa. Desta forma, completou, “é preciso buscar novos caminhos
para se investir em infraestrutura, logística, além de aumentar o
acesso ao seguro rural e dar segurança jurídica para que os investidores
tenham retorno”.
Para o 2º vice-presidente de Finanças,
Muni Lourenço, a CNA está empenhada em fomentar alternativas de
financiamento e a maior inclusão financeira dos produtores rurais,
aproximando-se do mercado financeiro e de capitais. “É fundamental
buscar novas fontes de recursos para o setor agropecuário, que é
intensivo em capital e tecnologia”.
De acordo com o secretário de Política
Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Vaz de Araújo, o crédito
oficial financia de 30% a 35% da atividade rural. “Diante dos recursos
movimentados pelos fundos de pensão e com todo o potencial que o agro
tem e o avanço das cadeias produtivas, é um bom caso de investimentos
para atrair esses recursos”.
Os representantes das entidades de
previdência complementar receberam bem a proposta de se investir no
agro. Segundo Moacir Teixeira, sócio fundador do Grupo Ecoagro, que atua
no segmento de mercado de capitais para o agronegócio, o encontro foi
um pontapé inicial para tentar trazer para a atividade uma importante
fonte de financiamento no longo prazo. “Por falta de opção, os fundos de
pensão acabam aplicando 90% dos seus recursos em títulos públicos e
queremos direcionar uma parte para o setor agropecuário”, afirmou
Teixeira.
Para José Carlos Grangeiro, diretor
financeiro do fundo de pensão dos servidores da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), “quanto mais se investir em setores como
agricultura e pecuária, que geram crescimento, você está girando capital
ao invés de ficar só pagando juros de dívidas”.
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