O agricultor já pode contar com uma nova semente de amendoim para cultivo
É a cultivar OL5, com alto teor oleico. Os grãos possuem de 70% a 80% de ácido oleico, característica que garante maior tempo de prateleira ao produto, sem perder o sabor. Essas características têm grande relevância, sobretudo, porque 80% da produção de amendoim são destinados para a indústria de confeitaria. “Este índice é alto, comparado aos amendoins tradicionais, que têm cerca de 40% a 50% desse ácido”, diz o pesquisador do IAC, Ignácio José de Godoy. Ele explica que as indústrias buscam materiais que proporcionem maior durabilidade dos produtos.Para o consumidor, há ainda uma vantagem nutricional: o ácido oleico contribui para reduzir a taxa de triglicérides e aumentar o bom colesterol.
Segundo Godoy, a cultivar IAC OL5 está sendo lançada como uma nova opção aos produtores porque associa o ciclo mais curto com uma relativa resistência a doenças. A cultivar apresentou adequação para um período de cultivo inferior a 130 dias, característica desejável para adoção em áreas de renovação de canavial.
A IAC OL5 foi exposta ao vírus Tomato Spotted Wilt Virus, em testes realizados na em região de Tifton, no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos, onde há alta incidência desse vírus. “O resultado apontou que a cultivar é moderadamente resistente”, afirma. Segundo o pesquisador, no Estado americano, a incidência desse vírus é alta e traz altos danos econômicos ao cultivo de amendoim. “Nas lavouras paulistas, a incidência tem sido moderada, mas também causa prejuízos à cultura”, diz.
Com alta produtividade, que fica acima de 6.000 quilos, por hectare, em casca, as cultivares IAC representam 60% da produção paulista de amendoim. O Estado de São Paulo produz 400 mil toneladas do produto em casca, o que representa 90% do volume nacional.
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