Produtividade
                
Irrigação por gotejamento reduz gastos e pode dobrar produtividade
O gotejamento não necessita de vasão nem pressão muito grande
Crise hídrica, 
racionamentos, seca. Economizar água e manter a produtividade tem sido 
um grande desafio para o homem do campo. Mas, de acordo com 
especialistas, sistemas simples, como o de irrigação por gotejamento, 
podem reduzir o consumo, os custos e ainda aumentar a produtividade das 
lavouras. Tal tecnologia já vem sendo utilizada em propriedades rurais 
do entorno do DF e é tida como uma das técnicas de irrigação mais 
eficientes atualmente, pois permite alta uniformidade de aplicação de 
água e nutrientes às lavouras.
Para ajudar o produtor rural a minimizar
 as perdas, o engenheiro agrônomo e extensionista da Empresa de 
Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater/DF), da
 unidade de Brazlândia, Rodrigo Teixeira Alves, explica sobre os 
benefícios da irrigação por gotejamento: “Esse sistema é localizado, ou 
seja, a gota d’água cai próxima às raízes das plantas, por isso sua 
eficiência é elevada, reduzindo o desperdício. É uma técnica muito usada
 nas culturas de morango, tomate, berinjela, pimentão, pepino, vagem, 
conhecidas como hortaliças-fruto”, diz.
Segundo ele, o gotejamento está 
associado à proteção do solo, pois diminui a evaporação da água e a 
proliferação de ervas daninhas, garantindo a redução do consumo de água 
em até 80%, em comparação com outros tipos de irrigação. Quando o 
sistema é implantado da forma correta, são calculados os padrões de 
vasão e pressão para que a eficiência seja alcançada.
O engenheiro agrônomo explica ainda que o
 uso desse sistema possibilita também a economia de energia, 
fertilizantes e mão de obra, por meio da fertirrigação, ou seja, a 
diluição do adubo na água. Assim, é possível adubar e irrigar ao mesmo 
tempo, menos vezes por semana. Segundo ele, esse método é capaz de 
diminuir os intervalos de irrigação semanal, de sete para duas vezes por
 semana.
“O gotejamento não necessita de vasão 
nem pressão muito grande, pois a irrigação é localizada, dependendo do 
tamanho dos setores de irrigação. Por esse motivo, as tubulações são 
menores. Adotando esse manejo é possível inclusive em épocas de chuva 
dispensar a irrigação e apenas fertirrigar. Com esse controle da 
irrigação não se tem água de mais nem adubo de menos e o agricultor 
consegue produzir o dobro”, completa Rodrigo.
Como funciona
O sistema de gotejamento compreende: 
gotejadores, tubulações, cabeçal de controle e conjunto motobomba. O 
cabeçal de controle prepara a água que será distribuída no sistema, no 
qual são instalados o sistema de filtragem, que visa reduzir o 
entupimento dos emissores; os manômetros e as válvulas de controle de 
pressão, que permitem maior controle da lâmina de irrigação.
Além disso, no cabeçal de controle podem
 ser inseridos os sistemas de injeção de fertilizantes e de automação. O
 conjunto motobomba exerce o importante papel de impulsionar água no 
sistema com pressão e vazão adequadas. Normalmente, são utilizadas 
bombas centrífugas, de eixo horizontal, com motores elétricos ou à 
combustão interna.
 
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