Inseticida
                
Inseticida obtido a partir de semente, óleo de nim é solução de baixo custo
Óleo de nim:?inseticida natural pode ser utilizado em larga escala na agricultura comercial ou em pequena margem na agricultura orgânica
Lagarta-praga, 
pulgões, percevejos, moscas-brancas. Todos esses “bichos” que prejudicam
 lavouras de Norte a Sul podem ser eliminados sem o uso indiscriminado 
de químicos. Esses casos têm boas chances de serem solucionados por um 
inseticida natural: o óleo de nim (ou neem).
Obtido através da semente da planta do 
nim, a grande vantagem dessa alternativa é a utilização em ambientes 
variados. “Pode ser utilizado em larga escala e aproveitado tanto na 
agricultura comercial quanto na agricultura orgânica”, explica o 
professor doutor em entomologia agrícola Marcelo Coutinho Picanço.
Óleo de nim: vantagens e desvantagens
Coordenador do Laboratório de Manejo 
Integrado de Pragas da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Picanço 
destaca algumas vantagens desse recurso. Uma delas é o preço óleo de 
nim: o produto é facilmente encontrado em grande e pequena escala 
industrial, podendo ser utilizado em diferentes lavouras.
Outro benefício é não deixar resíduos no
 meio ambiente. Por ser de extração natural, ele tem uma química menor 
que inseticidas sintéticos. “Toda molécula natural é biodradavel e não 
deixa resíduos quando chegar ao consumidor”, diz o doutor.
Por outro
 lado, uma desvantagem do óleo de nim é não “matar indiscriminadamente” 
os insetos e larvas. Segundo estudo divulgado pela Embrapa, o “nim atua 
sobre os insetos como repelente e antialimentar, interfere nos hormônios
 reguladores do crescimento, na metamorfose e na reprodução. A ação no 
ciclo biológico é mostrada através da redução na longevidade dos 
adultos”. Com isso, a praga é eliminada naturalmente da plantação.
Recomendações: óleo de nim
Apesar disso, a recomendação do 
professor é não aplicar qualquer inseticida antes de identificar o 
inseto. Outro alerta é que o uso elevado do nim pode, inclusive, 
prejudicar “aliados da plantação”. “Além de ser desperdício de dinheiro,
 pode ter impacto sobre indivíduos benéficos, como insetos que auxiliam o
 cultivo”, explica Picanço. A recomendação do especialista é evitar a 
aplicação sem antes consultar um profissional da área agronômica, 
especialmente quando há uma população baixa de insetos.
Segundo ele, também não vale a pena 
tentar a produção própria desse óleo natural. Além de levar de três a 
quatro anos para o crescimento ideal, a planta é originária da Índia, o 
que significa que cresce melhor em ambientes mais quentes, como no 
serrado e Nordeste brasileiro. Assim, a indicação é buscar a solução em 
casas especializadas.
Além disso, o professor da UFV não 
recomenda o uso desse tipo de material em hortas caseiras. Ele indica, 
para estes casos, o uso até mesmo de óleos de soja e milho ou extrato de
 alho.
 
                 
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