segunda-feira, 29 de julho de 2019

Inteligência artificial é aplicada para contar laranjas no pomar

iStock-Siegfried Schnepf - Visão computacional pretende aprimorar trabalho manual de contagem feito a cada safra
Visão computacional pretende aprimorar trabalho manual de contagem feito a cada safra
Pesquisa com inteligência artificial e técnicas computacionais busca automatizar a contagem de frutos em laranjais. Para estimar a safra nacional de laranja, atualmente é feita a derriça (retirada de todos os frutos) de mais de 2.500 árvores em diversos municípios dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Mas pesquisadores da Embrapa e do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) já estão desenvolvendo tecnologia para criar um método com potencial para contar frutos verdes e maduros, sem precisar arrancá-los.
Só que esse processo, aparentemente simples para os humanos, não é trivial quando se trata de tecnologia computacional. Para realizar a tarefa, o computador precisa aprender a reconhecer o que é uma laranja verde ou madura, diferenciando-a de folhas, caule e galhos, além de considerar a densidade das plantas, diferença entre floradas, iluminação não uniforme e áreas sombreadas. Por isso, os pesquisadores estão usando técnicas de processamento digital de imagens e aprendizado de máquina (machine learning) para criar algoritmos que permitam ao computador enxergar os frutos com o máximo de precisão.
O objetivo da pesquisa, chamada eContaFruto, é aprimorar o método atual de contagem dos frutos e, principalmente, reduzir os custos operacionais, gerando um protocolo metodológico mais eficiente para apoiar a estimativa da safra pelo Fundecitrus. O cálculo depende também de outras metodologias, envolvendo mapeamento dos pomares de citros, coleta de dados nas propriedades, inventário de árvores, entre outras.

Laranja é mercado bilionário

O Brasil é responsável por 76% de participação no comércio mundial de suco de laranja, a fruta mais produzida no território nacional. Na safra 2019/2020 do cinturão agrícola de São Paulo, e Triângulo e Sudoeste mineiro, devem ser colhidos 388,89 milhões de caixas. A cultura movimenta anualmente em torno de R$ 17,4 bilhões no País, considerando o faturamento dos citricultores com a venda de laranjas para o mercado in natura e para processamento industrial e as exportações de suco de laranja e subprodutos, respondendo por cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos no agronegócio, segundo o Fundecitrus.
Para a estimativa da safra são consideradas informações como quantidade de árvores produtivas no cinturão citrícola e de frutos por árvore, projeção da taxa de queda de frutos e da quantidade de laranjas por caixa. Esse trabalho é feito por amostragem que, em 2018, envolveu 2.560 árvores, escolhidas para representar as diferenças entre regiões geográficas em 422 municípios do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais, o maior centro produtor do Brasil.
A Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus conta com equipes de campo que, desde 2015, vão aos pomares para derriçar uma amostra de laranjeiras, entre meados de março ao fim de abril, para estimar o número de frutos por árvore. A derriça é a colheita antecipada de todos os frutos da árvore, independente da florada que os originou. O trabalho relativo ao inventário de árvores, que inclui as atividades de coleta de dados de campo, laboratório e processamento de informações, exige tempo, grande quantidade de mão de obra e tem custo elevado; o orçamento aprovado em 2018 foi de quase R$ 6,4 milhões, segundo o Fundecitrus.
O método de derriça é adotado no País por causa das características de plantio específicas do território brasileiro. De acordo com o pesquisador Kleber Sampaio, da Embrapa Informática Agropecuária (SP), outras técnicas usadas no exterior se mostraram inadequadas à realidade brasileira, especialmente devido à densidade da copa e ao espaçamento entre as plantas que dificultam a identificação individual das árvores.

Identificação automática

A inteligência artificial, com a aplicação de visão computacional para identificar automaticamente os frutos, é uma alternativa promissora a esse método usado no Brasil, já que, associada aos métodos adotados atualmente pelo Fundecitrus, é capaz de fazer uma estimativa da produção de citros de forma não destrutiva. “A construção de um modelo de estimativa da quantidade de frutos em pés de laranja é uma solução inovadora que pode beneficiar diretamente o setor agrícola, trazendo economia de tempo e de recursos”, avalia a pesquisadora da Embrapa Sônia Ternes, líder da pesquisa.
“A construção de um modelo de estimativa da quantidade de frutos é uma solução inovadora ...”
Os estudos desenvolvidos incluem a produção de fotografias das árvores, antes de serem derriçadas, por equipes de campo do Fundecitrus. Todo esse processo envolve um trabalho prévio minucioso de identificação de cada planta, contagem dos frutos extraídos, e posterior comparação entre o número obtido pelos técnicos no campo e aquele que será apontado pelo método computacional.
Com esses dados, os pesquisadores e técnicos vão desenvolver algoritmos e ferramentas computacionais para identificação e contagem dos frutos. Por meio de técnicas de visão computacional, ensina-se o computador a reconhecer as laranjas com a análise de milhares de imagens, repetidas de modo exaustivo, a fim de se obter a maior precisão possível na identificação automática.
Além de obter os dados reais coletados nas propriedades citrícolas, como frutos contidos nos ramos, faixa de idade e variedades das plantas, a pesquisa vai possibilitar a validação das informações durante três safras, de 2019, 2020 e 2021, período de duração do projeto. “Vamos ter dados reais e esse é o diferencial da pesquisa, que vai permitir ver a acurácia do trabalho que está sendo feito”, afirma Leonardo Queiros, que integra a equipe pela Embrapa Informática Agropecuária.
Essa tecnologia também vai ser usada nos experimentos do Programa de Melhoramento Genético (PMG) de Citros conduzido pela Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA). O programa da Embrapa, assim como os de outras instituições, avalia centenas de combinações de copa e porta-enxerto de citros em uma extensa rede experimental em todo o Brasil, notadamente no cinturão paulista.

Dados vão subsidiar pesquisa e setor produtivo

“A avaliação de produção de frutos por planta é crítica, pois a produtividade é um dos principais critérios de seleção e deve ser acompanhada por várias safras, em geral dez, sobre uma quantidade considerável de plantas, muitas vezes com diversas colheitas ao longo do ano em função de período de maturação das frutas”, detalha o pesquisador da Embrapa Eduardo Girardi, que atua no campo avançado no Cinturão Citrícola, localizado na sede do Fundecitrus, em Araraquara (SP).
Por isso, na visão de Girardi, tecnologias que permitam estimar com boa precisão a produção a partir da análise de imagem de plantas com frutos maduros poderiam proporcionar expressivo ganho de agilidade e economia no processo de avaliação. “A expectativa é que o projeto seja bem-sucedido nesse tocante, dada a maior facilidade de visualização de frutos maduros, e que a aplicação da tecnologia permita a ampliação da rede experimental em médio prazo de forma exequível pela equipe do PMG. Além do melhoramento, a estimativa de frutos maduros pode ser usada em outras pesquisas com citros, como de fitotecnia e fitossanidade, e ainda permitir a produtores checagens sobre suas práticas de manejo e de colheita”, avalia o pesquisador.
“O projeto trará mais independência para os produtores... Com uma máquina em mãos e algumas imagens por árvore, eles poderão estimar o número de frutos em minutos”

Estimativas de produção

Uma tomada de imagens no campo já foi realizada este ano em uma fazenda na região de Araraquara, no interior do estado de São Paulo, para testar o protocolo de coleta de imagens. Os resultados preliminares são animadores na opinião de João Camargo Neto, da Embrapa Informática Agropecuária. Isso leva a pensar se essa tecnologia poderá ser aperfeiçoada no futuro e embarcada em equipamentos agrícolas ou outros dispositivos, como os smartphones, para que o produtor também estime a produção na sua fazenda.
“Esperamos que esse projeto seja um marco na história da citricultura porque os resultados previstos têm o potencial de possibilitar, em um futuro próximo, a todos os produtores realizarem estimativas de produção de suas fazendas por meio de um método objetivo, que tem a vantagem de ser mais preciso do que o método visual de estimativa geralmente utilizado em pequenas e médias propriedades. A estimativa de safra confere um melhor embasamento para o planejamento e a tomada de decisão”, comenta Vinicius Trombin, coordenador da PES do Fundecitrus.
Automatizar a estimativa da produção de laranja também fornece um subsídio importante para a recomendação de estratégias agronômicas mais eficientes. Esse é um princípio da agricultura de precisão, que busca melhorar a produtividade com um manejo diferenciado, por talhão, permitindo ao produtor fazer o manejo com base em informações específicas para a cultura, segundo Queiros.
“Acredito que o projeto trará mais independência para os produtores, porque muitas vezes eles precisam de auxílio para fazer a estimativa de produção de suas propriedades. Com uma máquina em mãos e algumas imagens por árvore, eles poderão estimar o número de frutos em minutos e por meio de um método objetivo, que lhes dará maior confiança”, acredita Fernando Delgado, supervisor da PES/Fundecitrus.

Projeto eContaFruto

O projeto de pesquisa “Estimativa da quantidade de frutos em pés de laranja por meio de inteligência computacional - eContaFruto” teve início em março de 2019, e tem duração prevista de três anos. Os recursos de R$ 209.778,40, financiados pela Embrapa, destinam-se à aquisição de equipamentos computacionais e dispositivos para computadores, viagens a campo e prestação de serviços de terceiros no formato de concessão de bolsas de estágio. A equipe também já vem discutindo os termos de um acordo de cooperação técnica com o Fundecitrus, a ser firmado ainda este ano, para execução das atividades previstas na pesquisa.

Embrapa Informática Agropecuária 

sábado, 27 de julho de 2019

Embarques de produtos lácteos para China devem começar em agosto, diz ministra

Abertura de mercado

O governo chinês habilitou, nesta semana, 24 estabelecimentos brasileiros a exportar.
A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) prevê que os embarques de produtos lácteos brasileiros para a China devem começar em agosto. No último dia 23, o governo chinês habilitou 24 estabelecimentos brasileiros para exportação desses itens, como leite em pó, queijos, manteiga e leite condensado.
De acordo com a ministra, para iniciar as vendas, é preciso que o GACC (órgão chinês responsável pela vigilância sanitária) aprove uma lista de veterinários, que deve ser concluída na próxima semana e enviada ao governo chinês.
 “Nós precisamos só credenciar veterinários, pois você precisa de uma lista de veterinários e da assinatura deles para os embarques”, explicou Tereza Cristina, em entrevista ao programa Bom Dia MS, em Campo Grande, da TV Morena.
Desde 2007, já havia certificação acordada com o país asiático, mas nenhuma planta brasileira estava habilitada a exportar. Os chineses são os maiores importadores do mundo de lácteos. Somente de leite em pó, o país compra 800 mil toneladas por ano, 200 mil toneladas a mais em comparação à produção do Brasil.
A ministra destacou que os chineses apreciam lácteos de outros países e a abertura de mercado será uma oportunidade de recuperação da indústria de laticínios do Brasil, que enfrenta queda de até R$ 0,30 no preço do litro de leite, e também a concorrência com os produtos da Argentina e do Uruguai, que entram no mercado brasileiro sem cobrança de tarifas.
“Imagino que, em agosto, já poderemos iniciar os embarques de produtos lácteos para a China. Isso vai ser muito bom para o mercado interno, que está vivendo uma crise enorme de preços baixos para o produtor”, afirmou. “Nós temos um primeiro momento de preparo, de aceitação do nosso produto na China, mas acho que temos uma janela de oportunidade enorme”, acrescentou.
Projeções
Com a abertura do mercado chinês, a Viva Lácteos - Associação Brasileira de Laticínios estima exportar US$ 4,5 milhões em produtos.
Em 2018, os chineses importaram, por exemplo, 108 mil toneladas em queijos, com um crescimento médio anual de 13% nos últimos cinco anos. O setor lácteo brasileiro exportou, no ano passado, para mais de 50 destinos. 
Vietnã
Sobre a missão veterinária do Vietnã, que irá inspecionar frigoríficos brasileiros em agosto, Tereza Cristina destacou que a reabertura das exportações de carne bovina para os vietnamitas é um caminho importante para o ingresso das carnes brasileiras no mercado asiático, já que o principal interesse do Vietnã é a compra de boi em pé.
“Isso [exportação de boi em pé], através dos relatórios sanitários, facilita a entrada de carne”, destacou.
A ministra relembrou que a economia do Vietnã cresce 7% ao ano e o país tem um mercado consumidor de 100 milhões de habitantes.
>> Confira abaixo a lista dos estabelecimentos habilitados. As informações são do General Administration of Customs (China):
1 – Laticínios São João – São João do Oeste (SC) – queijo e manteiga
2 – Itambé Alimentos – Goiânia (GO) – leite em pó e manteiga
3 – Cooperativa Central Gaúcha – Cruz Alta (RS) – leite em pó e creme de leite
4 – Nutrifont Alimentos – Três de Maio (RS) – whey protein, soro de leite em pó e outros
5 – Itambé Alimentos – Sete Lagoas (MG) – leite em pó
6 – Celles Cordeiro Alimentos – Macuco (RJ) – leite em pó
7 – Itambé Alimentos – Uberlândia (MG) – leite em pó
8 – Laticínios Tirolez – Lins (SP) – queijo
9 – Aurea Indústria e Comércio – Braço do Norte (SC) – leite condensado
10 – Polenghi Indústrias Alimentícias – Angatuba (SP) – queijo e outros
11 – Mococa Produtos Alimentícios – Mococa (SP) – leite condensado e creme de leite
12 – Laticínios Bela Vista – Bela Vista de Goiás (GO) – leite em pó
13 – Alibra Ingredientes – Marechal Cândido Rondon (PR) – leite em pó, soro de leite em pó e outros
14 – Sooro Concentrado Indústria de Produtos Lácteos – Marechal Cândido Rondon (PR) – soro de leite em pó e whey protein
15 – Frimesa Cooperativa Central – Marechal Cândido Rondon (PR) – leite condensado e queijo
16 – Laticínios J.L. – Orizona (GO) – queijos
17 – Laticínios Tirolez – Tiros (MG) – queijo
18 – Laticínios Tirolez – Arapuá (MG) – manteiga
19 – Lactalis do Brasil – Ijuí (RS) – leite em pó, fórmula infantil, soro de leite em pó, queijos e outros
20 – Lactalis do Brasil – Teutônia (RS) – manteiga, leite em pó, fórmula infantil e outros
21 – Cooperativa Consulati – Capão do Leão (RS) – leite em pó
22 – Cooperativa dos Suinocultores de Encantado – Arroio do Meio (RS) – leite em pó
23 – Itambé Alimentos – Guanhães (MG) – leite em pó e mO Semiáridoanteiga
24 - Schreiber Foods do Brasil – Rio Azul (PR) – queijos e outros 
Nota do blog: O Semiárido Brasileiro tem condições de se organizar e começar exportar esses produtos. É uma questão de vontade política.

Acordo com Associações do Assentamento Rosa Luxemburgo objetiva restaurar área desmatada


Consequência do Inquérito Civil nº 06.2014.00003758-5, é publicado nesta sexta-feira (26), por meio do Diário Oficial do Estado, Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta, oriundo da 1ª Promotoria de Justiça da comarca do Assú, cuja titular é a promotora pública Fernanda Bezerra Guerreiro Lobo.

O documento foi firmado dia 25 deste mês, pela manhã, na sede da referida unidade do Ministério Público do RN (MPRN), com a presença de representantes de três associações localizadas no Projeto de Assentamento de Reforma Agrária Rosa Luxemburgo, área rural do município de Carnaubais.

São elas: Associação do Assentamento Rosa Luxemburgo, representada por seu presidente, Júnior Antônio da Silva (foto); Associação dos Trabalhadores Rurais do Projeto de Assentamento Rosa Luxemburgo, por seu presidente, Antônio do Nascimento; e, a Associação de Libertação dos Agricultores do Rosa Luxemburgo, presidida por Francisco de Assis Paulino Alves.

O Termo foi lavrado considerando os seguintes aspectos: que todos os presentes afirmam que a área que foi desmatada é área coletiva e, portanto, de responsabilidade de todos os assentados, os quais são representados pelas associações acima nominadas.

Os dirigentes das associações obrigam-se a, no prazo de 15 dias, demarcarem a área coletiva, dentro do projeto de Assentamento Rosa Luxemburgo, que será destinada à recuperação dos quatro hectares da área desmatada; e, a fazer o plantio das carnaúbas na área demarcada no prazo de 12 meses a contar da assinatura do Termo.

O MPRN compromete-se a, no prazo de 30 dias, comparecer ao local para fazer o georreferencimento da área demarcada.

Em caso de descumprimento injustificado, resta acordada multa de R$ 100,00 por dia de atraso, que poderá ser cobrada solidariamente das associações celebrantes do Termo.

Já é possível fazer curso de pós-graduação em direito animal a distância

pos-graduacao-a-distancia-uninter-e-boa-confira-os-cursosO curso de pós-graduação lato sensu em direito animal, será oferecido a advogados, defensores públicos e bacharéis em direito, bem como profissionais da área animal, como médicos veterinários, biólogos e engenheiros ambientais. A especialização é coordenada cientificamente pelo juiz federal e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Vicente de Paula Ataíde Júnior e pode ser realizada on-line, a distância, por qualquer pessoa com acesso à internet. A promoção é do Centro Universitário Internacional Uninter, em parceria com a Escola da Magistratura Federal do Paraná (Esmafe).
O curso tem por objetivo discutir a tutela jurídica dos chamados “animais não-humanos”, independentemente de sua função ecológica, ambiental ou econômica – no que se diferencia do direito ambiental. Com um total de 12 disciplinas, distribuídas em 3 módulos temáticos, e 360 horas, o curso dura cerca de nove meses.
“Temos um número crescente de demandas judiciais envolvendo o Direito Animal e precisamos de profissionais prontos para atendê-las, sejam da área jurídica ou da área animal. Mesmo que a Constituição Brasileira de 1988 assegure que todos os animais são protegidos contra práticas cruéis, a jurisprudência sobre o assunto ainda é recente e necessita de reforço, o que pretendemos realizar com esse curso”, explica o professor Vicente.
No Brasil, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi pioneira em ofertar pós-graduação stricto sensu em direito animal, sob a liderança do professor Heron José de Santana Gordilho. A Uninter é a primeira instituição de ensino a disponibilizar a especialização na modalidade a distância, em nível nacional

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Pela Autodeterminação dos Povos, com Soberania Alimentar e Energética
Seguimos a caminhada pelos 10 eixos da Marcha das Margaridas falando sobre mais um dos pilares da nossa plataforma política: Pela Autodeterminação dos Povos, com Soberania Alimentar e Energética. O que significa cada um desses conceitos? 
Autodeterminação dos povos significa que um povo deve poder conduzir livremente sua vida política, econômica e cultural, de acordo com princípios democráticos. No entanto, se o Estado, por meio de seus governantes, não permite que populações indígenas e quilombolas participem das decisões que as afetam, nem tenham controle adequado de seus territórios (em muitos casos até de terras já demarcadas e homologadas), ou quando o Estado permite que essas populações sofram violências e constantes invasões e extrações de seus recursos naturais, esse Estado está ferindo o princípio da autodeterminação dos povos. 
A soberania, como já vimos na matéria sobre o lema da Marcha, significa poder de decisão. 
Quando falamos de soberania alimentar, queremos dizer que o povo de nosso País deve ter o poder e o direito de defender sua cultura alimentar e decidir sobre as formas de cultivo, distribuição, consumo e preparo dos alimentos. Isso tem a ver com o respeito às culturas e diversidades dos modos camponeses, pesqueiros, indígenas e quilombolas, assim coo da produção agropecuária, comercialização e gestão dos espaços rurais – e nesses aspectos, as mulheres desempenham um papel fundamental. 
“A produção da ‘comida de verdade’ depende fundamentalmente da agricultura familiar, camponesa e indígena, que são constantemente ameaçadas pelas políticas impostas pelo agronegócio. Por isso, a garantia da soberania alimentar torna-se uma estratégia para romper com a lógica do modelo de desenvolvimento capitalista e patriarcal, gerador de pobreza e desigualdades. Através da soberania alimentar são questionados os pilares do atual sistema alimentar dominante, que tem levado ao empobrecimento e padronização das práticas alimentares e à disseminação de conflitos territoriais”, afirma a secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora da Marcha das Margaridas 2019, Mazé Morais. 
A soberania energética, por sua vez, diz respeito ao direito da sociedade de tomar suas próprias decisões em relação à geração, distribuição e ao consumo de energia de maneira apropriada do ponto de vista ambiental, social econômico e cultural. Mas o atual modelo energético brasileiro tem como principal objetivo dar lucro para grandes corporações transnacionais, bancos e empreiteiras, sem considerar questões ambientais nem os impactos às populações atingidas por barragens, hidrelétricas, mineradoras, carvoarias ou campos de extração de petróleo. A energia virou um negócio e não um meio de atender às necessidades da população e promover o desenvolvimento solidário e sustentável de nosso País. 
“As empresas do setor energético – como Petrobrás e Eletrobrás – não podem estar nas mãos do capital privado e de corporações transnacionais. Os recursos gerados devem ficar no Brasil para serem investidos em saúde e educação para nosso povo. Muitos hospitais e postos de saúde foram construídos com recursos vindos dessas estatais, a maior parte deles nos municípios rurais. Esses municípios serão os mais prejudicados se deixarmos que o patrimônio energético para empresas privadas”, explica Mazé Morais.
CONTAG

Governo impõe restrições de uso a novos defensivos

Controle de pragas

Dosagem, distância mínima e época de uso devem ser observadas, com o objetivo de proteger insetos polinizadores


Seis novos produtos formulados que tiveram os registros publicados dia  (22) no Diário Oficial da União terão restrições de uso estabelecidas pelo Ibama. Já registrado em 82 países, incluindo Estados Unidos e países da Europa, o ingrediente ativo sulfoxaflor, que controla pragas como pulgão, mosca-branca e psilídeo, só poderá ser usado nas lavouras brasileiras se obedecer a várias restrições.
O uso do inseticida no Brasil deverá seguir as orientações estabelecidas pelo Ibama para a mitigação de risco para insetos polinizadores como, por exemplo, a restrição de aplicação em períodos de floração das culturas, o estabelecimento de dosagens máximas do produto e de distâncias mínimas de aplicação em relação à bordadura para a proteção de abelhas não-apis. Essas restrições constam na rotulagem dos produtos e são estabelecidas de acordo com cada ingrediente e cultura.
O ingrediente ativo sulfoxaflor teve o registro do produto técnico (de uso industrial)  concedido no fim de 2018 e o produto formulado estava em avaliação final das autoridades ambientais. Depois de passar por consulta pública,o produto foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo a Instrução Normativa (IN) n° 02/2017, do Ibama, o registro de novos defensivos no país deve ser condicionado à "apresentação de informações que permitam o uso adequado desses produtos, sem efeitos que comprometam a sobrevivência, a reprodução e o desenvolvimento das abelhas". Além da avaliação do risco para abelhas do gênero apis, o Ibama foi a primeira autoridade regulatória de pesticidas no mundo a realizar a avaliação de risco para abelhas não-apis.
"Do ponto de vista da saúde humana, o sulfoxaflor está entre os inseticidas 20% menos tóxicos hoje aprovados. Há um possível impacto sobre insetos polinizadores, por isso a importância da avaliação do Ibama. Foram apresentados estudos técnicos sobre o impacto dos resíduos nas abelhas para determinar o que pode ou não ser aprovado. O Ibama tem a liberdade técnica de aprovar ou não o produto ou para estabelecer restrições de uso que garantam a segurança para os insetos polinizadores”, explica o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Defesa Agropecuária, Carlos Venâncio.
Os produtos formulados aprovados à base de sulfoxaflor apresentaram estudos laboratoriais de toxicidade aguda e crônica para abelhas adultas e larvas, estudos de resíduos em néctar e pólen em diversas culturas, além de um estudo específico com o objetivo identificar a ação desta substância sobre colônias de abelhas. Todos os estudos, realizados no Brasil e no exterior foram conduzidos de acordo com as Boas Práticas Laboratoriais (BPL) seguindo normas de qualidade, segurança e rastreabilidade reconhecidas internacionalmente.
Na semana passada, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos retirou restrições de uso do sulfoxaflor e aprovou novos usos para o produto a longo prazo. No entanto, também é preciso seguir recomendações de uso, como distâncias mínimas e épocas de aplicação. Segundo a EPA, o sulfoxaflor é uma ferramenta importante para proteger as plantações e evitar perdas econômicas potencialmente significativas. 

Novo herbicida

Entre os produtos formulados registrados hoje também está um herbicida à base do ingrediente ativo florpirauxifen-benzil. O produto técnico foi aprovado em junho deste ano.
O produto formulado à base deste novo herbicida poderá ser utilizado para o controle de plantas daninhas na cultura do arroz. O ingrediente ativo ganhou o prêmio de química verde em 2018.
“Com este novo herbicida, o produtor rural terá agora uma nova alternativa altamente eficiente para plantas daninhas de difícil controle e de menor toxicidade do que os disponíveis hoje no mercado”, destacou Carlos Venâncio.

Genéricos

Estes sete produtos novos fazem parte de um conjunto de 51 defensivos que tiveram os registros publicados no Diário Oficial da União desta segunda-feira (22).  Desse total, 44 são produtos equivalentes, ou seja, genéricos de princípios ativos já autorizados no país.
A aprovação de novos moléculas tem como objetivo disponibilizar alternativas de controle mais eficientes e com menor impacto ao meio ambiente e à saúde humana. Já a aprovação de produtos genéricos é para promover a concorrência no mercado de defensivos, o que faz cair o custo de produção.
Do total de registros, 18 referem-se a produtos técnicos de uso industrial e outros 33 produtos são formulados, sendo quatro de origem microbiológica. Os produtos técnicos são os ingredientes ativos para uso industrial, que são destinados à fabricação dos defensivos e os produtos formulados são aqueles que já podem ser adquiridos pelos produtores rurais em lojas especializadas, mediante a emissão do receituário agronômica, para controle de pragas na agricultura brasileira.

Processo de registro

Para serem registrados, os pesticidas devem ser avaliados e aprovados pelo Ministério da Agricultura quanto à eficiência agronômica, pela Anvisa quanto ao impacto para a saúde humana e pelo Ibama quanto aos impactos ao meio ambiente.
Atualmente, são mais de 2 mil produtos na fila para serem avaliados e o prazo legal para a liberação é de quatro meses. Há produtos que estão na fila há mais de oito anos.
Com a publicação do ato nº 48, do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, chega a 262 o número de produtos autorizados desde o início do ano. O aumento da velocidade dos registros se deve a ganhos de eficiência possibilitados por medidas desburocratizantes implementadas nos três órgãos nos últimos anos, em especial na Anvisa, que modernizou seu processo a partir de 2015.
“Há uma avaliação criteriosa do registro de agrotóxicos no Brasil, que é feita com muita seriedade pelos órgãos envolvidos no registro”, explica o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal. Segundo ele, nos próximos meses o Ministério vai atuar mais fortemente na fiscalização do uso dos produtos, apoiando os órgãos estaduais.
O objetivo de fazer a fila andar no Brasil é justamente para aprovar novas moléculas, menos tóxicas e ambientalmente corretas, e assim substituir os produtos mais antigos. Atualmente, são cerca de 2 mil produtos na fila para serem avaliados e o prazo legal para a liberação é de quatro meses. Há produtos que estão na fila há mais de oito anos.
“A partir do momento que você melhora a análise, é natural que você tenha um número maior de concessões. Esse é um processo que começou em 2015, desburocratizando, mas preservando o rigor técnico necessário para soltar um novo registro à disposição do agricultor”, diz o secretário.
 O fato de haver mais marcas disponíveis no mercado não significa que vai aumentar o uso de defensivos no campo. O que determina o consumo é a existência ou não de pragas, doenças e plantas daninhas. Os agricultores querem usar cada vez menos em suas plantações, pois os defensivos são caros e representam 30% do custo de produção.
De 2016 para 2017, o número de registros de defensivos passou de 277 para 405, segundo dados do Ministério da Agricultura. No mesmo período, o valor total das vendas de ingredientes ativos no país caiu de 541.861,09 toneladas para 539.944,95 toneladas, de acordo com o Boletim Anual de Produção, Importação, Exportação e Vendas de Agrotóxicos no Brasil, elaborado pelo Ibama.
O Brasil aparece em 44º posição em um ranking da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre uso de defensivos agrícolas. 

Anunciada a ampliação das exportações de produtos lácteos para a China

lacteosMas nem todas as empresas poderão vender os produtos que fabricam. A China abriu mercado para os produtos lácteos brasileiros de apenas 24 estabelecimentos brasileiros. Poderão ser  exportados produtos como leite em pó e queijos. A novidade para o mercado brasileiro foi anunciada pela ministra Tereza Cristina, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A ministra destacou que a abertura do mercado irá impulsionar a cadeia produtiva do leite. “Acho que é uma notícia excepcional para o setor leiteiro que passa por um momento muito difícil, sem esperança. E isso traz esperança para a indústria de leite”, comemorou.
Atualmente, há 1,2 milhão de pequenos produtores de leite no Brasil. “Fiquei muito feliz e gostaria de passar essa boa notícia para os produtores brasileiros, que estão vivendo um momento difícil, acabaram de perder R$ 0,30 no litro de leite, e agora vão poder ter a perspectiva. É claro que não é para amanhã, mas é uma abertura excelente para o Brasil”.
Tereza Cristina destacou que “o Brasil sempre quis ter acesso ao mercado chinês, para poder tirar o produto do Brasil, melhorando, inclusive o preço dos produtores brasileiros”. A certificação estava acordada com a China desde 2007, mas não havia nenhuma planta brasileira habilitada a exportar. Na viagem que fez ao país em maio, o assunto foi uma das prioridades da ministra. “O Brasil é um grande produtor e a China é a o maior importador do mundo. O Brasil produz 600 milhões de toneladas de leite, mas a China importa 800 milhões de toneladas, 200 milhões de toneladas a mais do que produzimos”.
Antes, em abril deste ano, o ministério havia encaminhado a lista dos 24 estabelecimentos ao país asiático. Entre os produtos que poderão ser exportados estão não fluidos, como leite em pó, queijos e leite condensado. “Queijos brasileiros poderão ser exportados e, com isso, regulamentar o mercado de leite brasileiro”, ressaltou Tereza Cristina.
Com a habilitação dos estabelecimentos, a expectativa é o setor exportar US$ 4,5 milhões em queijos, estima a Viva Lácteos (associação que representa a indústria de lácteos). Em 2018, os chineses importaram 108 mil toneladas em queijos, conforme a associação. A importação do produto tem crescido a uma taxa média anual de 13% nos últimos cinco anos

Lavar alimentos com bicarbonato de sódio elimina agrotóxicos em até 96%

Lavar alimentos com bicarbonato de sódio elimina agrotóxicos em até 96%

Esqueça a água sanitária na hora de lavar frutas, legumes e verdurasEstudo realizado na Universidade de Massachusetts, nos EUA, apontou que a forma mais eficaz de eliminar os agrotóxicosdos alimentos é lavando-os com água e bicarbonato de sódio.
Os testes foram feitos com maçãs, não por acaso a fruta que apresenta os maiores níveis de resíduos de pesticidas, segundo o Environmental Working Group. Após ficarem imersos por 15 minutos em água com bicarbonato, os exemplares testados apresentaram 96% menos agrotóxicos.
Para ter o mesmo resultado em casa, a dica é colocar 10 gramas de bicarbonato de sódio por litro de água usado para imergir o alimento e deixá-lo descansar nessa solução por 15 minutos. Em seguida, é importante ainda lavar as comidas em água com vinagre, a fim de matar também os germes que podem conter. E, claro, no caso de frutas e legumes, é sempre preferível descascá-los antes de consumir, uma vez que os agrotóxicos se concentram em maior quantidade na casca desses alimentos.
Já para se livrar totalmente dessas substâncias tão nocivas à saúde, o ideal mesmo é optar sempre pelos alimentos orgânicos. Nem todos, no entanto, têm condições financeiras para isso. Fica a dica então!

Emater-RN realiza Dia de Campo em Messias Targino sobre Alimentação Animal



Na comunidade de Juruá, em Messias Targino, a Emater-RN realizou um “Dia de Campo sobre Alimentação Animal”. Agricultores familiares beneficiários do Programa Dom Helder Câmara (PDHC) dos municípios de Itaú, Janduís, Messias Targino e Patu participaram da atividade, no último dia 18.
Com três estações: “Palma Forrageira, Silagem e Fenação; “Implantação do sistema agroflorestal” e “Saúde da família” os agricultores, de forma teórica e prática, puderam sanar dúvidas sobre temas abordados.
Participaram cerca de 80 agricultores e convidados, entre eles o coordenador estadual de pecuária Manoel Neto, a nutricionista da EMATER Bruna Araújo e o técnico de agropecuária da regional de São José de Mipibu Sandro Siderley.

O evento teve a parceria da Prefeitura Municipal de Messias Targino, Secretaria de Agricultura, meio ambiente, obras, saúde, assistência social e finanças, além dos sindicatos dos trabalhadores rurais, Fetraf, fórum de associações, CMDRS e câmara dos vereadores

Embrapa realiza treinamento prático sobre controle biológico de pragas

O controle biológico de pragas é uma tecnologia limpa, realizada por meio da ação de diferentes organismos que utilizam como fonte de alimento uma ou mais fases de desenvolvimento dos insetos-pragas.  Este tipo de controle permite a manutenção da eficiência da produção e a redução nos custos.
"Além da eficiência e do menor custo, o controle biológico evita o aumento de resistência de insetos-pragas aos inseticidas e promove um aumento significativo dos inimigos naturais ou insetos benéficos nas lavouras", explica o pesquisador Ivan Cruz, da Embrapa Milho e Sorgo.
Um dos insetos benéficos é a vespa Trichogramma. "A espécie Trichogramma pretiosum, também conhecida vulgarmente como vespinha, é um inseto benéfico muito pequeno, mas de grande eficiência para controlar os ovos das pragas, notadamente daquelas espécies onde seriam geradas lagartas, caso os ovos não fossem eliminados. Ou seja, a vespinha impede o nascimento das lagartas e evita danos à planta. Esta vespinha benéfica é muito eficiente na detecção, no campo, do ovo da praga”, diz Cruz.
Com o objetivo de difundir este conhecimento, foi realizado o curso internacional "Spodoptera frugiperda e seu manejo com tecnologias sustentáveis voltadas para países africanos”. O treinamento teve uma abordagem prática e foi ministrado na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, de 8 a 19 de julho. Participaram representantes do Instituto Nacional de Investigação e de Desenvolvimento Agrário (INIDA), de Cabo Verde, e do Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM). As atividades foram realizadas em parceria com os governos africanos e a FAO.
Os temas abordados deram ênfase ao controle biológico, utilizando o parasitoide Trichogramma pretiosum e a produção dele em biofábrica. As atividades desenvolvidas pelos participantes em relação à praga envolveram reconhecimento prático de todas as fases de desenvolvimento, diferenciação dos diversos estágios larvais e reconhecimento do inseto adulto, tanto pelo aspecto visual como pela genitália. Foi mostrada também a metodologia de criação da vespa, incluindo o preparo e a utilização de dieta artificial e o monitoramento e o reconhecimento, no campo, por meio de armadilhas.
Já em relação aos agentes de controle biológico, foram realizadas atividades de campo e de laboratório, para ensinar como criar predadores e parasitoides. “Buscamos dar ênfase à metodologia de criação do parasitoide de ovos Trichogramma pretiosum, incluindo a multiplicação da traça das farinhas (Anagasta kuehniella). Esta traça é um hospedeiro alternativo do parasitoide. Mostramos também os protocolos de qualidade e a viabilidade econômica de uma biofábrica. E, para finalizar, organizamos tarefas voltadas para o controle de lagartas, quando enfatizamos a produção e o uso de extratos de nim (inseticida natural)”, informa Cruz.
Visita a biofábrica em Paraopeba, Minas Gerais
Para complementar a capacitação, foi realizada uma visita à empresa JB Biotecnologia, na manhã de 18 de julho. Na oportunidade, a delegação africana conheceu as instalações e o funcionamento da biofábrica, localizada em Paraopeba-MG.
Na JB Biotecnologia, a equipe foi recebida pelos sócios Júlio Cruz e Bianca Vique. “É um prazer recebê-los aqui e contribuir para esta missão. Vamos apresentar o que fazemos e nossos desafios. Agradecemos também ao professor Ivan Cruz, que é um grande incentivador das biofábricas no Brasil, por seu apoio ao nosso trabalho aqui em Paraopeba”, disse Vique.
Compareceram também à biofábrica o secretário de Governo da Prefeitura de Paraopeba, Roberto de Jesus Viana, e o vice-prefeito da cidade, Aroldo Costa Melo. Viana ressaltou que tem interesse por atividades de intercâmbio de conhecimentos. “Queremos organizar um dia de campo ou um workshop para receber outras delegações nacionais e internacionais, para difundir o conhecimento referente ao manejo de pragas”, disse.

Embrapa Milho e Sorgo

terça-feira, 23 de julho de 2019


MEDICAMENTOS

Espanha reduz vendas de antibióticos veterinários em 32,4%

O país ainda está entre os países com o maior consumo de antibióticos na UE tanto em medicina humana e veterinária
A Espanha registrou redução de 32,4% nas vendas de antibióticos veterinários. A redução foi calculada através dos dados fornecidos pelos laboratórios farmacêuticos. Para esta diminuição contribuiu diretamente o trabalho das empresas pertencentes aos programas criados no âmbito do Plano Nacional contra a Resistência aos antimicrobianos (PRAN) em suínos, carne de aves, criação de coelhos, gado de corte, gado leiteiro, ovinos e caprinos. Esta iniciativa já alcançou uma redução do consumo de colistina de 97,18% em suínos (2015-2018) e uma redução no consumo total de antibióticos de 71% em aves de capoeira (2015-2018).

O consumo total de antibióticos no campo da saúde humana na Espanha registou uma redução de 7,2% (2 ou DHD dose diária definida por 1000 habitantes por dia) entre 2015 e 2018,. Isto foi revelado pela análise dos últimos dados recolhidos no âmbito do Plano Nacional contra a Resistência aos antimicrobianos (PRAN) do Ministério da Saúde, Consumo e Bem-Estar social (MSCBS) . Esses números confirmam a tendência decrescente registrada em ambas as taxas nos últimos anos.

A evolução do consumo no quadro PRAN
O consumo médio espanhol de antibióticos na saúde humana passou de 28 DHD registrado em 2015 representaram 26,1 DHD em 2018. No caso de vendas de antibióticos veterinários, com 32,4% de redução vai de Espanha a 418,8 mg / PCU (miligramas de ingrediente activo por unidade de Correcção População) gravada em 2.014-283,1 mg / PCU 2017. em qualquer caso já à espera de banco de dados ESAC-líquido  e O projeto ESVAC  atualiza seus números, a Espanha ainda está entre os países com o maior consumo de antibióticos na União Europeia, tanto em medicina humana e veterinária.