Importação
                    
Licenças de importação de leite do Uruguai serão suspensas, anunciou Maggi
A decisão, segundo o ministro, valerá até que seja concluída a rastreabilidade do produto
A suspensão das 
licenças de importação de leite do Uruguai foi anunciada nesta 
terça-feira (10) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
 Blairo Maggi, depois de reunir-se na Câmara dos Deputados com 
integrantes da Frente Parlamentar do Agronegócio. A decisão, segundo o 
ministro, valerá até que seja concluída a rastreabilidade do produto. E 
só será revertida se conseguirem comprovar que 100% do volume exportado 
ao Brasil são produzidos no Uruguai, afirmou.
“Setores organizados, produtores, 
sindicatos, associações, federações, todos reclamam muito da quantidade 
de leite importado do país e alegam que a produção deles seria 
insuficiente para exportar a quantidade que tem chegado ao Brasil”, 
afirmou.
Maggi observou que haverá comunicado 
oficial sobre a suspensão de guias de importação. “É a primeira medida 
prática que estamos tomando. Já havia defendido publicamente que devemos
 negociar com o Uruguai cotas a exemplo do que há com a Argentina. O 
Uruguai não se sente confortável para fazer isso, mas é uma necessidade 
do mercado brasileiro”.
Uma medida 
mais drástica também está no horizonte, envolvendo o Itamaraty, outras 
instituições e outros países, que é a de retirar o leite do Mercosul, 
declarou. “Trabalhamos nessa direção, já que a situação está se 
transformando em quase insuportável para o produtor brasileiro, em 
função dos custos locais que inviabilizam competir com eles.
De acordo com o ministro, as medidas 
administrativas legais com esse objetivo estão sendo adotadas 
imediatamente. Ele adiantou que será enviada uma missão técnica ao país 
vizinho e lembrou já havia conversado sobre o assunto com o ministro 
uruguaio da Agricultura, Tabaré Aguerre.
Maggi demonstrou preocupação com a crise 
vivida por agropecuaristas do setor leiteiro, que disse empregarem mais 
de um milhão de pessoas, e admitiu como mais uma opção a aquisição de 
leite destinado a programas sociais e recursos para que a Conab compre 
leite em pó para estocar e vender no futuro, quando os preços estiverem 
melhores. Mas isso, explicou, está ainda em discussão na Casa Civil e no
 Ministério do Desenvolvimento Agrário. 
 
                     
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