Lácteos
Queda nas importações brasileiras de lácteos em julho e agosto
Importações de lácteos tiveram queda no volume em julho na comparação mensal, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
As importações de
lácteos tiveram queda no volume em julho na comparação mensal, segundo o
Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O montante
importado no mês foi de 16,03 mil toneladas. Na comparação com o mês
anterior a queda foi de 7,6%. Os gastos também diminuíram na mesma
proporção, houve recuo de 11,8% na mesma comparação, totalizando
US$53,29 milhões no período.
O produto mais importado foi o leite em
pó. No total foram 9,14 mil toneladas que somaram US$30,04 milhões. Os
maiores fornecedores para o Brasil, em valor, foram o Uruguai, com
48,6%, a Argentina, com 39,0% e a Nova Zelândia com 3,2%. Na comparação
com igual período do ano passado (julho de 2016) a redução foi de 33,0%
para o volume e 11,8% para os gastos.
Os maiores preços do produto importado e o
aumento da produção nacional, associados ao enfraquecimento da demanda
interna explicam esta redução. No parcial de agosto, até a quarta
semana, a média diária foi de US$2,15 milhões em gastos com as
importações de lácteos, frente aos US$2,64 milhões por dia em julho/17,
uma queda de 18,8%.
Na
comparação com agosto de 2016, o valor médio diário embarcado está 27,2%
menor. A demanda interna patinando e as quedas de preços dos lácteos no
mercado interno e patamar mais alto de preços no mercado internacional
(comparativamente com 2016) deverão reduzir os volumes importados neste
segundo semestre. Com relação as exportações de lácteos pelo Brasil,
estas totalizaram US$6,06 milhões em julho. Na comparação com o mês
anterior, o faturamento reduziu 56,7%.
O volume embarcado também teve queda.
Passou de 3,60 mil toneladas em junho deste ano para 2,32 mil toneladas
em julho, uma redução de 35,3%.
O produto mais exportado foi o leite em
pó, que correspondeu a 48,5% do volume total de lácteos embarcado. A
Venezuela, um dos principais clientes brasileiros em 2016, não adquiriu
nada em julho. Os principais compradores dos lácteos brasileiros, em
julho, em valor, foram as Filipinas com 20,4%, a Argentina com 8,9% e o
Paraguai com 8,8%. Na comparação com igual período do ano passado, o
volume e o faturamento referentes às exportações brasileiras reduziram
37,7% e 49,0%, respectivamente. A balança comercial brasileira de
lácteos ficou negativa em julho, com déficit de US$47,23 milhões, frente
aos US$48,49 milhões em igual período de 2016.
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