terça-feira, 5 de setembro de 2017


Lácteos

Queda nas importações brasileiras de lácteos em julho e agosto

Importações de lácteos tiveram queda no volume em julho na comparação mensal, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
     
As importações de lácteos tiveram queda no volume em julho na comparação mensal, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O montante importado no mês foi de 16,03 mil toneladas. Na comparação com o mês anterior a queda foi de 7,6%. Os gastos também diminuíram na mesma proporção, houve recuo de 11,8% na mesma comparação, totalizando US$53,29 milhões no período.

O produto mais importado foi o leite em pó. No total foram 9,14 mil toneladas que somaram US$30,04 milhões. Os maiores fornecedores para o Brasil, em valor, foram o Uruguai, com 48,6%, a Argentina, com 39,0% e a Nova Zelândia com 3,2%. Na comparação com igual período do ano passado (julho de 2016) a redução foi de 33,0% para o volume e 11,8% para os gastos.
Os maiores preços do produto importado e o aumento da produção nacional, associados ao enfraquecimento da demanda interna explicam esta redução. No parcial de agosto, até a quarta semana, a média diária foi de US$2,15 milhões em gastos com as importações de lácteos, frente aos US$2,64 milhões por dia em julho/17, uma queda de 18,8%.

Na comparação com agosto de 2016, o valor médio diário embarcado está 27,2% menor. A demanda interna patinando e as quedas de preços dos lácteos no mercado interno e patamar mais alto de preços no mercado internacional (comparativamente com 2016) deverão reduzir os volumes importados neste segundo semestre. Com relação as exportações de lácteos pelo Brasil, estas totalizaram US$6,06 milhões em julho. Na comparação com o mês anterior, o faturamento reduziu 56,7%.
O volume embarcado também teve queda. Passou de 3,60 mil toneladas em junho deste ano para 2,32 mil toneladas em julho, uma redução de 35,3%.
O produto mais exportado foi o leite em pó, que correspondeu a 48,5% do volume total de lácteos embarcado. A Venezuela, um dos principais clientes brasileiros em 2016, não adquiriu nada em julho. Os principais compradores dos lácteos brasileiros, em julho, em valor, foram as Filipinas com 20,4%, a Argentina com 8,9% e o Paraguai com 8,8%. Na comparação com igual período do ano passado, o volume e o faturamento referentes às exportações brasileiras reduziram 37,7% e 49,0%, respectivamente. A balança comercial brasileira de lácteos ficou negativa em julho, com déficit de US$47,23 milhões, frente aos US$48,49 milhões em igual período de 2016. 

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