CONTAG na luta por direitos, democracia e pela vida!
Com o lema “Por direitos e democracia, a luta é todo dia!” e tema “Vida em primeiro lugar”, acontece o 23º Grito dos Excluídos, nessa quinta-feira (07 de setembro), 2017, em todo Brasil.
A CONTAG abraça essa importante ação popular com várias pessoas, grupos, entidades, igrejas, organizações sindicais e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
“Convidamos todas as nossas Federações, Sindicatos, trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, para participarem do processo de construção dos Atos que acontecerão nessa quinta-feira (7 de setembro), em todo o Brasil. O Grito dos excluídos já virou uma marca de combate à desigualdade social e em defesa de políticas inclusivas”, reflete o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
Uma exclusão social que nos últimos dois anos tem tomado uma proporção desumana no Brasil, que se evidencia e se materializa na retirada de direitos da sociedade nas últimas propostas do governo Temer, com a aprovação da PEC 55-PEC da maldade, a “reforma” trabalhista, e a “reforma” previdenciária, ainda em tramitação no Congresso Nacional, entre outras ações que fragilizam a nação brasileira em detrimento dos interesses do capital internacional. “Precisamos nos mobilizar para reverter a já aprovada “reforma” trabalhista e a PEC 55- PEC que congela os investimentos públicos por 20 anos, e ao mesmo tempo realizar ações de pressão para barrar a proposta da ‘reforma’ da Previdência, pois se for efetivada, será impossível a aposentadoria dos agricultores e agricultoras familiares. A “reforma” também impactará na economia das pequenas cidades, pois mais de 70% delas dependem do recurso da Previdência Social, que é maior até do que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Assim, será impossível para os municípios mais pobres e com mais dificuldade, implementar políticas públicas”, denuncia Aristides.
(Arquivo ANPr)
Para a CONTAG o 23º Grito dos Excluídos também será uma ação de denúncia contra os cortes de benefícios do programa Bolsa Família. “O corte do Bolsa Família nos mostra um governo que está compromissado com os ricos e não com os pobres. Tirar o Bolsa Família é devolver para extrema pobreza milhões de pessoas. Dados do Banco Mundial apontam que a previsão até o final do ano é que 2 milhões de pessoas voltem para extrema pobreza, ou seja, o Brasil retornará para o mapa da fome, sendo a maioria famílias da áreas rurais”, ressaltou Aristides.
Dentro das propostas truculentas de Temer ainda está a redução de R$ 10 no salário mínimo projetado para 2018. “Isso deve ter um impacto na população em geral. Já estão falando em termos dois salários mínimos. O da previdência e outro para o piso nacional que servirá para toda economia. Isso interferirá na qualidade de vida das pessoas. O governo não vão considerar nem mesmo a inflação”, denunciou Aristides.
Outra preocupação da CONTAG é o aumento assustador da violência no campo, onde só no primeiro semestre de 2017 foram registrados vários massacres em todo o território nacional, a exemplo assassinato de 6 trabalhadores rurais da comunidade quilombola Luna, em Lençóis, na região da Chapada Diamantina, na Bahia; de 9 trabalhadores e uma trabalhadora, em Pau D’Arco, Pará; de 9 trabalhadores rurais, em Colniza, Mato Grosso; o ataque aos índios Gamelas, em Viana, Maranhão; entre outros casos que são resultados da omissão do atual governo, “É lamentável que o governo Temer, ao invés de facilitar a vida dos trabalhadores e trabalhadoras rurais no que se refere o acesso à terra, sancione justamente a Lei 13.465/2017. Uma Lei que é um retrocesso para as políticas de reforma agrária e uma barreira para a democratização da terra no País”.
Lei 13.465/2017- A Lei incentiva à comercialização de lotes da reforma agrária por ruralistas após dez anos da titulação e a grilagem de terras na Amazônia. A proposta possibilita a privatização dos assentamentos e acampamentos sob o nome de titulação, ignorando o princípio social da terra, e impedir a participação das organizações sindicais e movimentos sociais no processo de democratização da terra.
(Arquivo CONTAG)
Manifestações UNIFICADAS
Aristides acredita que só com grandes manifestações UNIFICADAS em cada capital, cada cidade e em cada comunidade, será possível preservar a soberania do Brasil e retomar o crescimento social e econômico do País, “Precisamos continuar ajudando nesse debate e mobilizando nossa base e todos os segmentos da sociedade que puderem nos ajudar. Precisamos continuar a pressão popular para alterar essa situação”, ressalta.
Assim, o 23º Grito dos Excluídos se afirma “Por direitos e democracia, a luta é todo dia!”. “Vida em primeiro lugar”
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