Produção em risco
                
Governo ‘deve’ R$ 220 milhões a agricultores e coloca produção em risco
Plano Agrícola prevê R$ 400 milhões para o seguro rural, mas até agora foram disponibilizados apenas R$ 180 milhões
No início do ano, o 
Governo Federal anunciou que o seguro rural teria subvenção de R$ 400 
milhões, conforme o Plano Agrícola e na Lei Orçamentária Anual de 2017. 
Quase dez meses depois, foram disponibilizados apenas R$ 180 milhões, ou
 seja, menos da metade do valor foi liberado, informa a Federação da 
Agricultura do Estado do Paraná (FAEP).
“Esses recursos foram contingenciados no 
primeiro semestre de 2017 e prejudicam o desenvolvimento da agricultura 
brasileira, que tem salvado a economia com geração de divisas, empregos e
 produtividades recordes desde 2001”, afirma Ágide Meneguette, 
presidente da FAEP.
Pensando nisso, a entidade encaminhou um 
ofício neste mês aos ministérios do Planejamento, Desenvolvimento e 
Gestão, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e à bancada de 
deputados federais do Paraná, solicitando a liberação dos R$ 220 milhões
 do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
Seguro rural: café e trigo
Seguro rural: café e trigo
Segundo a FAEP, é preciso disponibilizar 
R$ 10 milhões para operações já contratadas do seguro rural de trigo e 
ainda não contempladas com subvenção. Também são necessários recursos 
adicionais de R$ 5 milhões exclusivamente para o seguro de café.
A liberação é fundamental para o produtor 
obter o crédito rural e comprar insumos paralelamente à contratação do 
seguro rural, considerando o calendário agrícola. “O plantio da safra 
não pode esperar”, lembra Meneguette. A Federação destaca também que os 
produtores contratam o crédito de custeio da safra de verão desde 
fevereiro de 2017.
“Entre 2006 e 2016, foram pagas pelas 
companhias seguradoras indenizações aos produtores na ordem de mais de 
R$ 4,5 bilhões, expressando a importância dessa política para a economia
 do país”, finaliza Meneguette.
Segundo a FAEP, o atraso compromete o 
planejamento dos agricultores, trazendo riscos na hipótese de perdas de 
produção por problemas climáticos da safra atual.
 
                 
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