domingo, 26 de março de 2023

 

Operação conjunta apreende mais de 23 toneladas de produtos irregulares e clandestinos na fronteira brasileira

Em 20 dias de atuação nos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre, foram apreendidas toneladas de produtos agropecuários de risco sanitário e fitossanitário para o país
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A 34ª Operação Ronda Agro do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) apreendeu e destruiu mais de 23,6 toneladas de produtos agropecuários de risco sanitário ou fitossanitário introduzidos ilegalmente no país, com prejuízo estimado aos infratores de mais de R$ 600 mil.

A ação foi realizada nas fronteiras do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no período de 27 de fevereiro a 21 de março. Além dos produtos apreendidos, foram fiscalizados 22.200 veículos terrestres e embarcações e apreendidos 1.528 animais sem documentação sanitária.

As equipes de fiscalização percorreram os Arcos Norte e Central da Faixa de Fronteira. No Arco Norte, a operação foi realizada no Acre com o apoio da Polícia Federal e da 17ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército Brasileiro visando fiscalizar o trânsito internacional de produtos agropecuários irregulares nos municípios de Assis Brasil, Epitaciolândia e Brasiléia.

No Arco Central, a operação em Rondônia envolveu os municípios de Guajará Mirim e Costa Marques e foi realizada em conjunto com a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), a Polícia Militar (PM-RO) e o Pelotão Especial de Fronteira do Exército de Costa Marques. Já no Mato Grosso, ocorreu nos municípios de Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Porto Esperidião em conjunto com o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), a Polícia Militar (PM-MT) e os 1º, 2º e 3º Pelotões Especiais de Fronteira do Exército Brasileiro de Corixa, Fortuna e Palmarito.

No estado do Mato Grosso do Sul, a ação se deu nos municípios de Corumbá e Ladário em conjunto com a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), o Departamento de Operações de Fronteira (DOF), a Polícia Militar (PM-MS) e a Receita Federal do Brasil (RFB).

A operação no Mato Grosso do Sul envolveu a fronteira com a Bolívia e teve como um dos seus principais objetivos a prevenção da introdução da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade no Brasil, além de outras doenças dos animais e pragas dos vegetais inexistentes no país, que sejam passíveis de serem introduzidas por meio de animais, vegetais e demais produtos irregulares.

“Os resultados demonstram a importância da ação na prevenção de prejuízos que poderiam ser causados pela introdução de pragas e doenças exóticas no país, da integração entre os órgãos de defesa agropecuária e de segurança pública e alto nível de comprometimento institucional das agências de defesa agropecuária com a proteção do agronegócio em seus estados”, avalia o gerente do Programa Vigifronteira, Marcos de Sá. 

 

Angicos: Maria da Conceição Trindade Baracho assume chefia de unidade local do Detran/RN

Mudança na alçada da chefia do Grupo Executivo do Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran/RN) instalado na cidade de Angicos, localizada na região Central potiguar.
Os atos administrativos que tratam da modificação, assinados pela governadora Fátima Bezerra, têm veiculação na edição deste sábado (25) do Diário Oficial do Estado.
O servidor Cirlânio Rodrigues Fonseca foi exonerado da referida atribuição comissionada estadual e, para preencher a vaga, foi nomeada a pessoa de Maria da Conceição Trindade Baracho.

 

Uma semente de soja tolerante a seca foi aprovada pelo CTNBio

  

A decisão da CTNBio foi baseada na normativa que regula o uso de técnicas de edição genética no Brasil, a Resolução Normativa nº 16 (RN16) , a partir de solicitação da Embrapa Soja (Centro Nacional de Pesquisa de Soja), sediada em Londrina (PR ). Os pesquisadores da Embrapa Soja utilizaram o conhecimento da genética da soja envolvidos nas respostas da soja para se defender contra à seca para desenvolver a planta editada.

Primeiramente, os pesquisadores identificaram no Banco Ativo de Germoplasma (BAG), que é uma coleção de sementes com mais de 65 mil acessos de soja (tipos diferentes do grão), que eram as fontes de tolerância à seca. “Essas fontes de tolerância não têm necessariamente as características de alta produtividade e sanidade das cultivares comerciais. Por isso, a estratégia da equipe de pesquisa foi utilizar uma cultivar altamente produtiva para alterar em seu DNA – via técnica de edição gênica – essa característica que visa reduzir as perdas de produção quando da ocorrência de eventos de seca”, defende Nepomuceno.

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) considerar, portanto, como a soja convencional desenvolvida pela Embrapa para tolerância à seca, a partir da técnica de edição gênica CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, ou seja, Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas). “Ao considerar essa soja como não transgênica, os processos de pesquisa são menos burocráticos e, portanto, reduzem o prazo e os custos para que as cultivares tolerantes à seca cheguem ao mercado, com biossegurança assegurada”, comemoram Alexandre Nepomuceno ,chefe-geral da Embrapa Soja, e a pesquisadora Liliane Henning. “Além disso, não haverá necessidade de conduzirmos o complexo de processo de desregulamentação comercial de um produto transgênico, que é demorado e oneroso”, destacam.

A partir dessa aprovação da CTNBio, a Embrapa tem a possibilidade de validar a planta editada, em diferentes regiões produtoras de soja. “Com esta decisão da CTNBio, temos condições como empresa pública, de testar essa tecnologia a campo, e caso obtenhamos sucesso, reduziremos as perdas por falta de água no campo”, explica Nepomuceno. Ao confirmar que a planta editada apresenta as características de tolerância à seca, a soja seguirá as mesmas etapas de desenvolvimento de uma cultivar convencional. “Essa soja irá passar pelos testículos que avaliarão seu valor quanto ao cultivo e uso, assim como seu comportamento nos diferentes ambientes de produção. Esse processo leva, em média, 3 anos”, explica Henning.

sábado, 25 de março de 2023

 

Caern: Campanha de negociação de débitos vai até o começo do mês de abril.

Até o dia 06 de abril de 2023, a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) segue com a campanha de negociação de débitos, oferecendo condições especiais para os clientes que quiserem ficar em dia.

A campanha oferece desconto de 100% dos juros de mora e multas por impontualidade, nas faturas anteriores a dezembro de 2022.
Também haverá desconto de 50% nas multas infracionais.

O consumidor ainda pode parcelar os débitos, dando 5% do valor total da dívida como entrada, sendo possível pagar o restante no prazo de até 60 meses. Débitos anteriores não quitados podem ser incluídos, mas nesses casos, a entrada será de 10% do valor total da dívida.

As negociações podem ser feitas online, pelos canais virtuais da companhia, ou presencialmente nos escritórios e centrais do cidadão, registra texto do órgão de imprensa.

Por Foco Central

 

Grupo privado entra na campanha para reflorestar a floresta amazônica

   

A promessa inicial é de auxiliar no plantio de 100 mil mudas de árvores em Concórdia do Pará. A proposta é do Grupo BBF (Brasil BioFuels), maior produtor de óleo de palma da América Latina. A promessa foi feita durante o I Fórum Regional de Sustentabilidade Concordia Verde, promovido pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de Meio Ambiente. Na cerimônia de abertura, a BBF reafirmou o seu compromisso com a descarbonização da Amazônia ao assinar o termo de contribuição para plantar 100 mil mudas de árvores na cidade de Concórdia até 2030.

A atuação da BBF no Pará influencia o processo de produção agro sustentável na Amazônia. Só no Estado do Pará, o Grupo cultiva mais de 60 mil hectares de palma de óleo que ajudam a capturar, anualmente, mais de 463 mil toneladas de carbono da atmosfera, o que destaca sua atuação no cultivo sustentável da palma de óleo recuperando áreas degradadas na região Norte do País.

A prefeita da cidade de Concordia do Pará, Elizângela Selestino, enfatizou que precisa e conta com o apoio de empresas parceiras para auxiliar o município a ser pioneiro no combate ao desmatamento da Amazônia. “Com o apoio primordial do setor privado, estamos conseguindo alcançar números que colocam o Pará como exemplo na luta ao desmatamento diante do mundo todo. E a BBF, que tem um ativo de plantações de dendê aqui no município de Concórdia, é um parceiro que tem nos estendido as mãos nesse constante trabalho”, destaca a prefeita.

Por meio do Programa de Agricultura Familiar, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a BBF incentiva mais de 400 famílias nas comunidades dos municípios de Tomé Açu e Acará, no Estado do Pará. A elas, a BBF fornece mudas, permuta para compra de fertilizantes com preços acessíveis, assistência técnica com especialistas no cultivo de dendê, auxílio para crédito bancário, estímulos à melhoria contínua e garantia de compra dos frutos a preços competitivos do mercado. Ao todo, a produção garantiu uma receita de mais de R$ 30 milhões às famílias parceiras da empresa que trabalham no cultivo de palma de óleo.

 

Após reunião com Mapa, maior compradora chinesa pretende ampliar parceria com o Brasil

Ministro Carlos Fávaro se reuniu com diretoria da Cofco para apresentar as oportunidades de investimento no país
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Principal empresa chinesa de investimentos no agronegócio brasileiro, a Cofco recebeu a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na manhã desta sexta-feira (24) na sua sede em Pequim. Durante o encontro, o ministro Carlos Fávaro falou das potencialidades brasileiras para ampliação da parceria comercial.

"Há um marco sendo estabelecido na nossa missão aqui na China. Além das relações comerciais, a retomada das relações fraternais, consequentemente ampliaram nossa parceria para compra e venda de produtos", destacou o ministro.

As operações da Cofco no Brasil representaram a exportação de 33 milhões de toneladas de produtos, num total de U$ 5,4 milhões de investimentos, sendo que a empresa detém o quinto lugar nas exportações de milho, sexto em soja e sétimo em açúcar, com 7,2 mil funcionários no Brasil, o que representa 60% da força de trabalho da empresa fora da China. Além disso, a Cofco está investindo cerca de U$ 300 milhões na reforma e ampliação do terminal arrematado no leilão do Porto de Santos para aumentar a capacidade de transporte de grãos.

"Como todos já sabem, nosso presidente Xi Jinping valoriza muito a relação Brasil - China e também nossas operações em território brasileiro", comentou o chairman da Cofco, Lyu Jun.

O embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão lembrou que a visita do presidente Lula, precedida pelo ministro Favaro, é um marco no relançamento das relações entre os países. "O Brasil respondeu, no ano passado, por 22% de tudo que a China comprou no mundo. Este é um grande símbolo da confiança e de como se dá a nossa parceria", disse.

Diante dos números apresentados, ele ressaltou que a empresa pretende atingir, no agronegócio mundial, a mesma representatividade que a Seleção Brasileira tem no futebol.

Para isso, as parcerias com o Brasil são fundamentais. Além da comercialização de grãos, Cofco investe em infraestrutura logística no Brasil e demonstrou interesse em ampliar a relação focada na economia verde, de baixo carbono, proposta pelo Mapa.

"Com toda essa introdução sobre a cooperação, ficamos satisfeitos e com esperança no futuro. O cenário, como o ministro e o embaixador falaram, é muito importante para a Cofco, mas também para os brasileiros e os chineses. Nos 15 anos futuros, com o aumento da qualidade de vida do povo chinês nossa cooperação vai se fortalecer mais. Não somente a Cofco, mas também a China precisa de mais parceria com o Brasil", afirmou Lyu Jun.

Com o foco no novo programa ABC do Plano Safra 23/24, que terá linhas de crédito diferenciadas e com juros mais atrativos para produtores que investirem em práticas sociomabientais, o Brasil poderá contar com mais investimentos do grupo chinês, inclusive para uma parceria privada, sob coordenação do Mapa, para a recuperação de pastagens degradadas.

Diante da proposta apresentada, a Cofco organizará uma missão para visitar o Brasil em breve e seguir nas negociações.

Também participaram da reunião oficial os secretários de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa; de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o assessor especial Carlos Ernesto Augustin; o chefe de gabinete, Wilson Taques; o secretário adjunto de Relações Internacionais, Fernando Zelner; o adido agrícola da Embaixada do Brasil, Fábio Araújo, a diplomata da seção de agricultura Ana Prates e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, André Nassar, além da diretoria executiva da Cofco.

 

Estudo aponta valores de referência para consumo de água em propriedades leiteiras

Juliana Sussai - Trabalho das empresas proporciona aos produtores acesso aos dados que são referência em indicadores de eficiência hídrica para o consumo de água de vacas. Essas informações são diferenciadas segundo o sistema de produção confinado, semiconfinado e a pasto

Trabalho das empresas proporciona aos produtores acesso aos dados que são referência em indicadores de eficiência hídrica para o consumo de água de vacas. Essas informações são diferenciadas segundo o sistema de produção confinado, semiconfinado e a pasto

  • Pesquisadores estabeleceram valores para o consumo de água de vacas em lactação para sistemas de confinamento, semiconfinamento e a pasto.
  • Pesquisa também definiu a quantidade de água para lavagem de salas de ordenha..
  • Valores ajudarão produtores a averiguar se seu consumo hídrico está adequado e adotar medidas de ajustes para economizar.
  • Economia de água reduz custos e aumenta a sustentabilidade e a eficiência da produção leiteira.

 

No Dia Mundial da Água, a Embrapa e a Nestlé apresentam valores de referência para o consumo de água na atividade leiteira. Os resultados exclusivos proporcionam aos produtores de todo o País acesso aos dados que são referência em indicadores de eficiência hídrica para o consumo de água de vacas em lactação e também para lavagem de sala de ordenha (lavagem dos pisos, do equipamento de ordenha e do tanque de leite). Essas informações são diferenciadas de acordo com o sistema de produção confinado, semiconfinado e a pasto.

Em um sistema a pasto as vacas em lactação bebem em torno de 64 litros de água ao dia. Já no semiconfinado, são 48 litros de água por vaca em lactação ao dia e, no confinado, 89 litros. Esse consumo das vacas em lactação é influenciado por sua produtividade de leite. A pasto, a produtividade média foi de 17,6 litros de leite por vaca ao dia; no semiconfinado, 14,4 e, no confinado, 25 litros.

Assim, uma vaca em sistema confinado consome 8 litros de água ao dia a mais do que uma vaca a pasto e produz uma quantidade maior de leite, 7,4 litros adicionais.

Em relação ao consumo de água por litro de leite ao dia, os valores para os três modelos de produção variaram de 3,3 (a pasto) a 3,8 (confinado) litros de água por litro de leite ao dia.

Para a lavagem da sala da ordenha, os valores de referência foram 17 litros de água por vaca em lactação ao dia para os produtores que mantêm os animais no pasto; no semiconfinado e confinamento, foram 20 e 21 litros de água, respectivamente.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste (SP) Julio Palhares (foto à esquerda), que avaliou os dados, para esse tipo de uso da água há grande variação entre as fazendas. “Enquanto a maior parte das propriedades em sistema semiconfinado consome 20 litros de água por vaca ao dia, há fazendas consumindo em torno de 55 litros. Nos locais onde o consumo é muito alto, os produtores devem se perguntar: por que estamos consumindo essa quantidade de água se outras fazendas consomem menos para o mesmo uso?”, observa Palhares.

O pesquisador diz que a variação no valor do indicador ocorre porque esse tipo de uso da água é influenciado por vários aspectos, como raspagem ou não do piso, utilização de água com ou sem pressão, mangueira com fechamento do fluxo hídrico, condição do piso da ordenha (rachaduras, buracos etc.) e mão de obra capacitada.

Quando se fala em eficiência hídrica do produto leite, o confinamento foi o mais eficiente – um litro de água por litro de leite produzido ao dia. No semiconfinado, o consumo foi maior – 1,5 litro por litro de leite. No sistema a pasto, o valor foi de 1,2 para cada litro de leite produzido.

Com esses valores, o produtor de leite pode saber se seu consumo de água está de acordo com os valores de referência. Se o gasto for além, o pecuarista não está sendo eficiente e, consequentemente, desperdiçando dinheiro. Há uma lista de boas práticas para melhorar esses indicadores.

Boas práticas hídricas

O estudo teve como referência o programa Boas Práticas Hídricas, desenvolvido pelas duas empresas, que oferece apoio às fazendas leiteiras e instalação de hidrômetros para ajudar a mensurar o consumo de água na produção. Foram analisadas cerca de 10 mil leituras dos hidrômetros de 1.200 produtores que fornecem leite para a Nestlé, no período de 2021 e 2022, dos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

Por meio do monitoramento mensal realizado com hidrômetros instalados em diversos locais de consumo nas propriedades, ao longo desses dois anos, foi possível analisar o volume total de água utilizado em cada propriedade. Esse trabalho foi realizado por profissionais da Embrapa e da Nestlé, que computaram os dados no aplicativo Leiteria, uma ferramenta que permite aos produtores fazer a documentação hídrica e inserir mensalmente as informações referentes ao consumo dos hidrômetros. Com isso, foi possível gerar os valores de referência.

“Há cinco anos que o programa Boas Práticas Hídricas contribui, de forma prática, para o desenvolvimento da nossa jornada de sustentabilidade no campo. A cada ano, novos índices de produtividade e eficiência são alcançados. O que antes parecia distante para a cadeia leiteira agora é uma realidade que supera os desafios em cada uma das milhares de fazendas leiteiras do nosso País”, explica a gerente de Milk Sourcing da Nestlé Brasil, Barbara Sollero.

Casos práticos

No grupo analisado existem extremos, tanto positivos quanto negativos. Um exemplo é um produtor na cidade de Lagoa dos Patos, Minas Gerais. Ele trabalha com sistema confinado. No uso para lavagem da sala de ordenha, o consumo foi de 79 litros de água por litro de leite ao dia. Já a quantidade de água por vaca em lactação ao dia foi de 1.133 litros. O consumo está muito acima dos valores de referência – de um e 21 litros – para cada um desses indicadores. No mesmo estado, na cidade de Serra do Salitre, uma pecuarista consegue ser eficiente e mostra que é possível fazer melhor uso da água. A fazenda consome um litro de água por litro de leite ao dia, valor igual à referência, e 19 litros diários por vaca. Ou seja, ela é mais eficiente porque consome, diariamente, dois litros de água por vaca a menos que o referencial, que é 21.

O fato atípico da propriedade de Lagoa dos Patos, segundo o pesquisador, pode ser um erro de anotação dos tipos de consumo medidos pelo hidrômetro. É possível que outros usos passem pelo hidrômetro, como irrigação, por exemplo.

Outro produtor, agora no estado de São Paulo, que trabalha com as vacas no pasto, gasta 36 litros de água por vaca na lavagem, quando a referência é 17. Ou seja, ele consome mais que o dobro do valor referência. Além disso, usa 2,5 litros de água para cada litro de leite produzido diariamente. Nesse caso, não há problemas de anotação, mas de gestão hídrica. “É um indicativo de que há necessidade de adequação por parte do gestor da fazenda. É bem provável que exista falha na mão de obra, que não está capacitada, ou pode indicar que as vacas passam muito tempo na sala de ordenha, o que aumenta a quantidade de esterco a ser retirada”, acredita.

O pesquisador alerta que não existe sistema hidricamente melhor; cada uso de água vai determinar se a propriedade está sendo eficiente ou não.

O objetivo do trabalho é iniciar a geração desses valores de referência de indicadores do uso da água no Brasil. É uma ação contínua. “Esses não são valores de referência definitivos. O banco de dados não está fechado, continua sendo alimentado mensalmente. Quanto mais informações, maior robustez. Também vamos gerar referências para outros usos da água, como irrigação, residências etc.”, esclarece Palhares.

Essas são as primeiras referências para uso da água em propriedades leiteiras que se têm no Brasil e estão entre as poucas no mundo. Os valores irão auxiliar os produtores e o setor leiteiro para  o melhor uso deste recurso natural finito e para mostrarem à sociedade que a produção de leite é feita com eficiência hídrica.

Adoção de boas práticas

O manejo adequado da água proporciona disponibilidade hídrica em quantidade e com qualidade na propriedade rural. A gestão da água não pode ser deixada em segundo plano para evitar o risco de não se ter o recurso em quantidade e qualidade suficientes. Alguns estados brasileiros já sofreram ou sofrem com crises hídricas. Este ano, o Rio Grande do Sul, por exemplo, passa por uma seca com impactos negativos na agropecuária.

A Embrapa Pecuária Sudeste tem à disposição do setor produtivo um guia de boas práticas para auxiliar técnicos, produtores e gestores na gestão dos recursos hídricos. São práticas simples de serem adotadas na fazenda, como instalação de hidrômetros, uso de mangueiras de pressão, manutenção do piso, captação de água da chuva para uso na lavagem do piso, eliminação de vazamentos, raspagem do piso da sala de ordenha, além de manter a nutrição dos animais balanceada e capacitar a mão de obra.

Na publicação, a Embrapa considera a realidade da produção leiteira brasileira e a legislação ambiental para proposição das ações de gestão eficiente da água.

 

Meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 

Esses resultados contribuem para o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), meta nº 6, uma vez que orienta e estimula a adoção de práticas conservacionistas nas propriedades rurais. Segundo a meta, até 2030, o Brasil precisa aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores. Além disso, deve assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para reduzir o número de pessoas que sofrem com a escassez.

sexta-feira, 24 de março de 2023

 

Semioquímicos para o manejo e controle do “cascudinho da cama de frango”

Contexto

A produção avícola é uma das principais atividades da pecuária nacional, e o inseto praga mais importante da avicultura de corte é Alphitobius diaperinus, mais conhecido como “cascudinho da cama de frango”.
Nos galpões de criação de aves de corte o piso é revestido por serragem, palha de arroz ou outro material orgânico que, misturada com as fezes e ração excedente, torna-se um local propício para a proliferação do inseto, que também se aloja nas fendas de muretas e piso, entre as cortinas ou divisórias dos galpões. As aves gostam de se alimentar desses insetos. Com isso, elas acabam substituindo a ração balanceada por larvas e adultos do cascudinho, o que interfere diretamente na absorção de nutrientes, causando danos na mucosa intestinal das aves, abrindo portas para patógenos. Com isso, o resultado da alta infestação não controlada é o aumento do custo de produção.
Os cascudinhos são veiculadores de diversos patógenos, como Escherichia coli, Eimeria, vírus de Gumboro e, entre eles, destaca-se a salmonela. Por isso, é preciso fazer o controle de A. diaperinus que, pelas características crípticas do inseto, é difícil e realizado, atualmente, por meio de inseticidas químicos, com o perigo potencial de contaminação das aves além dos efeitos negativos do impacto ao meio ambiente. Porém, até essa solução é precária, já que a presença de alta quantidade de matéria orgânica nos aviários provoca a diminuição da efetividade dos inseticidas químicos.

Sobre o ativo

Feromônio de agregação do inseto Alphitobius diaperinus, também conhecido como cascudinho, para monitoramento e controle do inseto.
Nível de maturidade tecnológica na escala TRL/MRL: 5

Modelos teóricos
Ensaios laboratoriais
Piloto
Final/completa
Prova de conceito
Protótipos
Mercado

* Saiba mais sobre a escala dos níveis de maturidade tecnológica TRL/MRL adotada pela Embrapa.

Características em relação aos concorrentes disponíveis no mercado
A produção avícola é uma das principais atividades da pecuária nacional, e o inseto praga mais importante da avicultura de corte é Alphitobius diaperinus, mais conhecido como “cascudinho da cama de frango”. Nos galpões de criação de aves de corte o piso é revestido por serragem, palha de arroz ou outro material orgânico que, misturada com as fezes e ração excedente, torna-se um local propício para a proliferação do inseto, que também se aloja nas fendas de muretas e piso, entre as cortinas ou divisórias dos galpões. As aves gostam de se alimentar desses insetos.
Com isso, elas acabam substituindo a ração balanceada por larvas e adultos do cascudinho, o que interfere diretamente na absorção de nutrientes, causando danos na mucosa intestinal das aves, abrindo portas para patógenos. Com isso, o resultado da alta infestação não controlada é o aumento do custo de produção. Os cascudinhos são veiculadores de diversos patógenos, como Escherichia coli, Eimeria, vírus de Gumboro e, entre eles, destaca-se a salmonela. Por isso, é preciso fazer o controle de A. diaperinus que, pelas características crípticas do inseto, é difícil e realizado, atualmente, por meio de inseticidas químicos, com o perigo potencial de contaminação das aves além dos efeitos negativos do impacto ao meio ambiente. Porém, até essa solução é precária, já que a presença de alta quantidade de matéria orgânica nos aviários provoca a diminuição da efetividade dos inseticidas químicos.
O feromônio de agregação desenvolvido pela Embrapa apresenta potencial para melhorar o controle e monitoramento do A. diaperinus e representa uma alternativa mais sustentável ao controle do inseto.
Impactos para o setor produtivo e para a sociedade
• Produto mais seguro e sustentável para monitoramento e controle do inseto;
• Método eficiente, econômico e prático de monitoramento da praga;
• Pode ser utilizado em conjunto com agrotóxicos para o controle do inseto

Portfólio de projetos: Insumos Biológicos

Finalidades da parceria

  • Validação Técnica e/ou Industrial
  • Desenvolvimento de Mercado
O que se espera da parceria?
A Embrapa busca parceria para este ativo para produzi-lo industrialmente e promover o seu desenvolvimento no mercado.
Como a tecnologia será oferecida ao setor produtivo?
Feromônio formulado em septos de borracha.
Tenho interesse neste ativo

Se este ativo é de seu interesse para uma parceria com a Embrapa, entre em contato conosco.

Contato para negócio:

Chefia-Adjunta de Transferência de Tecnologia

 

Presidente da Petrobras diz que pode reduzir preço da gasolina

Um dia após a Petrobras anunciar a redução do preço do diesel, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse, nesta quinta-feira, 23, no Rio de Janeiro, que a estatal pode diminuir o preço da gasolina.

- “Sempre que a gente puder vender mais barato para o consumidor brasileiro, a gente vai fazê-lo”, afirmou ao ser perguntado se a empresa deve baixar o preço da gasolina este mês.

Prates destacou que a empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um “dogma”.

“Não aceito o dogma do PPI. Aceito a referência internacional. Trabalhamos com a referência internacional com o preço de mercado de acordo com o nosso cliente. [A] cliente bom você dá desconto. É a política de empresa”, explicou.

Nota do Blog: Já está em tempo, Sr. Presidente.

 

Pesquisadores estudam uma nova semente de mandioca que pode dar mais renda ao produtor

EMBRAPA

mandioca cerosoO desenvolvimento de uma mandioca cerosa, já se encontra em andamento na Embrapa, e pode colocar o Brasil na vanguarda da corrida mundial para desenvolver uma mandioca waxy que possa ser produzida em larga escala. Até agora, nenhum país conseguiu desenvolver essa raiz. É uma nova variedade de mandioca que pode transformar o pais em produtor de um valioso insumo industrial e agregar muito valor à produção dessa raiz nativa. Trata-se do amido ceroso, ou waxy, muito procurado pela indústria alimentícia, pois é matéria-prima para composição de pratos congelados e outros produtos.

O desafio é fazer a própria planta gerar amido diferenciado. Um avanço importante foi obtido pelo Centro Internacional para Agricultura Tropical (Ciat), sediado na Colômbia, que identificou o gene da mandioca responsável pelo amido ceroso. A Embrapa foi a única instituição brasileira que recebeu esse material e agora procura incorporar a produção do amido waxy a uma variedade nacional. Assim, pretende-se aliar a performance do material brasileiro, já adaptado às condições nacionais, à produção natural do amido waxy. Os custos de produção serão os mesmos da mandioca convencional e, com isso, a produção do amido waxy deve aumentar a renda dos produtores.

O amido waxy é diferente do amido nativo ou comum, também conhecido por goma ou fécula,  e é considerado o produto da mandioca com maior valor agregado por ser utilizado em diversos tipos de indústria. “Amido diferenciado não significa que é melhor que outros. São produtos diferentes que têm aplicações distintas. Um é mais viscoso, o outro congela melhor, por exemplo, ou seja, aquele que se usa na indústria de papel não é usado na indústria de iogurte”, exemplifica Francisco Laranjeira, chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA).

quinta-feira, 23 de março de 2023

 

Em 2023 Fernando Pedroza-RN registra 246 mm de chuvas; fonte Emater local.

As chuvas são animadoras em 2023 no sertão do Rio Grande do Norte. Aqui na região central do estado choveu bastante em varias cidades enchendo reservatórios.

A redação do blog foco central em contato com o técnico agrícola da Emater local, Nelielson Lemos recebeu a informação de que as chuvas registradas no município de Fernando Pedroza neste ano de 2023 está dentro do esperado.

Segundo o boletim pluviométrico instalado na secretaria de obras do município de Fernando Pedroza, choveu em 2023 até o momento 246,70 milímetros. Confira: Janeiro – 9,90 mm, fevereiro – 88,10 mm e março 148,70 mm.

Um detalhe, em relação o ano de 2022 choveu ao todo 735,40 milímetros. Nesse período de janeiro a março já tinha chovido 300 mm.

De acordo com a EMPARN, teremos nos próximos dias mais chuvas intensas aqui na região central do RN. 

Por Foco Central

 

VÍDEO: Juiz defende GLO no RN e diz que ataques podem continuar até dia 27, data do aniversário da facção

 

A onda de violência que atinge o Rio Grande do Norte há uma semana pode durar ainda mais cinco dias, na avaliação do juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais de Natal. Segundo ele, caso não haja uma forte reação das forças de segurança do Estado, a violência pode durar até dia 27 de março, quando é comemorado o aniversário da facção Sindicato do Crime, que é apontada como a responsável pelos ataques criminosos.

“É necessário o Estado agir com força para enfrentar isso. O Estado não pode se render à extorsão de grupos criminosos. Não pode aceitar que o grupo criminoso, através desse tipo de ataques contra o patrimônio, deixe o Estado refém. O Estado precisa combatê-los com veemência e força necessária. Se não fizer isso, esses ataques não vão parar. Vão continuar pelo menos até dia 27, que é o aniversário da facção”, afirmou Baltazar, em entrevista à 98 FM nesta terça-feira (21).

Para o juiz da Vara de Execuções Penais, a situação “já foi longe demais”. “Imagina ter mais seis dias de ataques ao Estado. É necessário combater com força, enfrentar e dar tranquilidade ao cidadão”, afirmou.

Ele acrescenta que, apesar de os ataques estarem diminuindo em número de ocorrências, os episódios de violência estão mais intensos. “Em número e quantidade de ataques, tem diminuído, porque tem um efetivo maior de policiamento em Natal e Grande Natal. Entretanto, no nível das ocorrências, não tem havido diminuição. Talvez até aumentou o tipo de ataque. Tivemos a morte do policial penal, a bomba em Igapó e existem informações da possibilidade de ataques muito mais sérios nos próximos dias. Temos um trabalho coordenado das facções”, enfatizou.

Postado por Aluizio Lacerda