sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

 

Mapa estuda novos modelos de financiamento de práticas descarbonizantes na agropecuária

Brasil pode ser uma liderança global na descarbonização da produção de alimentos 

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já começou a discutir novos modelos de financiamento para a adoção de práticas de produção sustentável. Segundo a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, a ideia é aproximar o produtor, o setor privado e os interessados na capacidade que o Brasil tem em mitigar a emissão de carbono.

“Vamos modelar uma prática de crédito que vai disponibilizar taxas de juros menores quanto maior for o apetite do produtor em adotar tecnologias sustentáveis. Podemos ser protagonistas desse mercado no mundo através da descarbonização da agricultura. Temos muito a trabalhar mas com certeza temos muito a produzir nesse setor”, disse a secretária. O tema foi debatido nesta quinta-feira (26) em reunião com o diretor do Earth Innovation Institute, Daniel Nepstad, e Guilherme Quintella, da Taxo Agroambiental. 

Para o ministro Carlos Fávaro, a descarbonização da agricultura brasileira deve ser implementada com prioridade no país. “É a contemporaneidade do Ministério da Agricultura, que eu quero deixar como legado”, comentou Fávaro. 

O sequestro do carbono no solo depende de fatores como cobertura vegetal, práticas de manejo e classes de solo. A adoção de práticas agrícolas sustentáveis como o Sistema de Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode aumentar o estoque de carbono do solo, reduzindo a liberação do gás carbônico na atmosfera. 

O Brasil pode ser uma liderança global na descarbonização da produção de alimentos, na avaliação de Nepstad. “O Brasil está muito bem posicionado, todas as ferramentas e oportunidades estão aí e está na hora de implementar isso. Hoje existem oportunidades de conseguir o financiamento e os sinais do mercado necessários para fazer essa transição”. 

Para Quintella, o Brasil deve avançar na busca de procedimentos de quantificação de e identificação do carbono no solo. “É muito importante que o Brasil avance nessas discussões, especialmente no carbono do solo do Cerrado, onde o Brasil domina essa tecnologia com maestria. O papel da Secretaria e do Mapa é enorme na identificação e na qualificação desses padrões de sequestro de carbono”, disse. O assessor especial do Mapa Carlos Augustin também participou da reunião. 

Na última quarta-feira (25), representantes de indústrias de bioinsumos, de empresas que trabalham com crédito de carbono, da Embrapa, de universidades e do Mapa reuniram-se em São Paulo para esboçar uma política pública de incentivo a uma produção agropecuária mais sustentável

>>> Ouça a matéria na Rádio Mapa

Informações à Imprensa
imprensa@agro.gov.br

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

 

Petrobras anuncia aumento de R$ 0,23 no preço do litro da gasolina a partir de quarta feira (25).

A Petrobras anunciou, na manhã desta terça-feira, (24), que o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro — um aumento de R$ 0,23 por litro.

O reajuste passa a valer a partir desta quarta-feira (25). Os demais combustíveis não tiveram os preços alterados.

Conforme a empresa, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina e 27% de etanol anidro para a composição do produto comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,42 a cada litro vendido na bomba.

O último reajuste dos preços da gasolina havia sido realizado em dezembro, com redução de 6,1%.

 

Ministro assegura orçamento para as obras hídricas no Rio Grande do Norte

 O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional vai liberar recursos para conclusão da Barragem de Oiticica, na Bacia do Rio Piranhas-Açu, e de outros projetos hídricos prioritários no Rio Grande do Norte. A garantia foi dada pelo ministro Waldez Góis, durante audiência na manhã desta quarta-feira (25) com a governadora Fátima Bezerra. Para a conclusão da barragem e andamento das agrovilas e demais obras sociais do Complexo Oiticica, serão liberados R$ 146 milhões. Atualmente, a barragem encontra-se com 93,27% da obra física executada.

A governadora também recebeu a garantia de fluxo financeiro para a continuidade do Projeto Seridó. Serão investidos, na primeira etapa, R$ 294,4 milhões. O projeto oferecerá segurança hídrica aos municípios do Seridó para os próximos 50 anos, beneficiando cerca de 165 mil pessoas.

“Os resultados foram bastante positivos. Saímos daqui com boas notícias. Tivemos assegurados os recursos necessários para executar nossas obras prioritárias e promover o desenvolvimento econômico e social para a população do nosso Estado”, disse a governadora.

Sobre o Programa Água Doce, o ministro Waldez Góes afirmou que serão liberados R$ 2 milhões para manutenção do programa. O Estado do RN já depositou a contrapartida correspondente ao valor empenhado. O valor total do empreendimento é de 32 milhões com vigência até 29 de dezembro de 2023.

A governadora recebeu a garantia de orçamento e liberação dos recursos financeiros para licitação das obras do Sistema Adutor do Agreste Potiguar, conforme solicitado. A previsão é que a licitação ocorra até o final do ano de 2023. O valor total do empreendimento é R$ 150 milhões (primeira etapa).

Sobre o Ramal Apodi de Transposição, o ministro assegurou a garantia de orçamento no OGU e liberação dos recursos financeiros ao longo do tempo. O valor total do empreendimento é de R$ 1,6 bilhão (valor de referência) e R$ 974 milhões (valor contratado). O prazo de entrega foi antecipado e a chegada da água ao Rio Grande do Norte está prevista até 2025.

O secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Paulo Varella, avalia a reunião: “Hoje é um dia para lembrar com satisfação porque toda a pauta que trouxemos foi atendida. Vamos conseguir dar continuidade a tudo que está em ação e temos aqui a oportunidade de construir novos projetos, principalmente, com a transposição chegando com o potencial de transformar a vida das pessoas.”

O Ramal do Apodi faz parte do Projeto de Integração do Rio São Francisco com (PISF) e vai levar a água do Eixo Norte a 54 municípios nos estados do Rio Grande do Norte (32), Paraíba (13) e Ceará (9), beneficiando 750 mil pessoas. As águas do PISF chegam ao RN através de duas entradas: pelo ramal Apodi e pelo ramal Piranhas-Açu.

Também participaram da audiência no Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, segunda pauta da agenda da governadora Fátima Bezerra em Brasília nesta quarta-feira, o vice-governador Walter Alves, o Secretário Nacional de Segurança Hídrica, Leonardo Góes; o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira; os secretários estaduais Virgínia Ferreira (Gestão de Projetos e Metas Especiais) e Gustavo Coelho (Infraestrutura), o adjunto da Semarh, Carlos Nobre e o prefeito de Currais Novos, e Odon Júnior.

Fonte: Portal Grande Ponto

 

O faturamento das 10 maiores empresas do agronegócio brasileiro divulgado pela revista Forbes

  

De acordo com a Lista Forbes Agro100 de 2022, as dez maiores empresas do agronegócio no Brasil faturam R$ 929,5 bilhões. As exportações do setor somaram um recorde de US$ 120,59 bilhões (R$ 625,8 bilhões), valor 19,7% maior na comparação com o ano anterior, segundo dados do Ministério da Agricultura Além do segmento promissor em que atuam, as 10 maiores deste setor contam com ferramentas de tecnologia que contribuem para a sua eficiência.

As empresas do setor seguem obtendo resultados cada vez melhores. É o que prova a quarta edição da Forbes Agro100. As 100 companhias listadas faturaram R$ 1,38 trilhão em 2021, alta de 34,6% em relação ao R$ 1,02 trilhão obtido em 2020. O crescimento não é privilégio das empresas menores. As 10 maiores companhias incluídas nesta lista auferiram receitas de R$ 929,6 bilhões, avanço de 34,7% ante os R$ 689,7 bilhões do ano anterior. Das 100 empresas participantes, 21 faturaram mais de R$ 10 bilhões, e 90 delas tiveram resultados de mais de dez dígitos.

As empresas de proteína animal faturaram, em conjunto, R$ 520 bilhões, crescimento de 28,9%. O segundo maior setor, alimentos e bebidas, somou R$ 270,4 bilhões em receita, avanço de 36,4%. A maior alta veio do setor de agroquímica e insumos, com aumento de 49%. O faturamento desse segmento avançou devido à alta dos preços internacionais do petróleo.

Veja quais a 10 empresas brasileiras do agronegócio que mais faturaram em 2022:

1) JBS – Receita: R$ 350,69 bilhões

2) Cosan – Receita: R$ 113,09 bilhões

3) Cargill Agrícola – Receita: R$ 101,09 bilhões

4) Marfrig Global Foods – Receita: R$ 85,38 bilhões

5) Ambev – Receita: R$ 72,85 bilhões

6) BRF – Receita: R$ 48,34 bilhões

7) Suzano Holding – Receita: R$ 40,97 bilhões

8) Copersucar – Receita: R$ 40 bilhões

9) Louis Dreyfus – Receita: R$ 38,88 bilhões

10) Amaggi – Receita: R$ 38,21 bilhões

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

 

Receita milionária na produção de café brasileiro

   

O faturamento das lavouras dos Cafés do Brasil alcança R$ 55,9 bilhões em 2022. Café arábica soma R$ 42,5 bilhões de receita bruta que equivalem a 76%, e conilon R$ 13,4 bilhões, montante correspondente a 24% do faturamento total. O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, que corresponde ao faturamento total das lavouras cafeeiras, tanto da espécie de Coffea arabica (café arábica) como de Coffea canephora (robusta + conilon), atingiu a cifra de R$ 55,9 bilhões em 2022, valor 25% maior do que o total gerado em 2021, ano em que o faturamento foi de R$ 44,74 bilhões.

Neste contexto, o C. canephora, com receita estimada de R$ 13,4 bilhões, representou 24% do faturamento total de 2022 e um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior. E o C. arabica, que atingiu R$ 42,5 bilhões, correspondeu a 76% do total arrecadado em 2022, com um aumento de 26% se comparado com o valor de 2021. Com base nesses números, verifica-se que a cafeicultura participa com aproximadamente 6,8% do faturamento total das lavouras brasileiras, que foi de R$ 814,7 bilhões, o que coloca o setor cafeeiro em quarto lugar no ranking do VBP.

O cálculo do faturamento bruto, especificamente para as lavouras, contempla 17 produtos agrícolas e considera os preços médios recebidos pelos produtores rurais, o qual totalizou, conforme mencionado anteriormente, R$ 814,7 bilhões neste ano de 2022. Assim, um ranking dos cinco produtos agrícolas que apresentaram o maior faturamento bruto, em ordem decrescente, denota o seguinte: soja, em primeiro lugar, figura com R$ 338,13 bilhões, que correspondem a 41,5% do total; em segundo, milho – R$ 148,64 bilhões (18,2%); cana-de-açúcar, em terceiro – R$ 99,26 bilhões (12,2%); café, conforme citado, ocupa o quarto lugar, com R$ 55,9 bilhões (6,8%); e, em quinto lugar, o algodão, com R$ 34,59 bilhões, montante que representa 4,2% do VBP das lavouras brasileiras.

Esta análise do faturamento dos Cafés do Brasil em 2022 teve como base e referência os dados constantes do Valor Bruto da Produção – VBP – Dezembro 2022, o qual é elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, e também está disponível na íntegra, assim como todas as demais edições desse documento, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.

 

Inscrições para curso de Medicina Veterinária pelo Pronera estão abertas

UFPel Veterinária inscrições

O curso realizado pelo Incra em parceria com a UFPel já formou 143 profissionais desde o ano de 2015. Foto: Acervo Pronera/RS.

A quinta turma especial de Medicina Veterinária oferecida pelo Incra e Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, está com inscrições abertas até 22 de fevereiro de 2023. São 60 vagas, disponibilizadas por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

Podem se candidatar jovens e adultos assentados da reforma agrária, acampados, quilombolas e beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNFC).

A participação é gratuita. Os interessados preenchem um formulário eletrônico indicando dados pessoais e enviam, também pela internet, os documentos solicitados. As normas são regidas por edital publicado no site da Universidade

O processo seletivo divide-se em dois momentos. O primeiro é composto por prova de redação aplicada em 26 de março, em Pelotas. A classificação deverá ser divulgada no dia 18 de abril.

Os selecionados nesta primeira fase seguem, a partir de 25 de abril, para um período pedagógico-avaliativo de 19 dias sobre “Ciências da Natureza”, “Princípios e fundamentos da Agroecologia” e “A questão agrária no Brasil”. Os estudos, vivências e provas irão ocorrer no assentamento Viamão/Filhos de Sepé, localizado em Viamão (RS).

Os aprovados iniciam as aulas em junho de 2023, no Campus Capão do Leão e no Centro Agropecuário da Palma, ambos pertencentes à UFPel.

A graduação é gratuita e realizada em dez semestres, com carga horária de 4,8 mil horas, 600 delas dedicadas ao estágio curricular supervisionado. O projeto é custeado por investimento de R$ 2,280 milhões, a serem repassados até 2027.

O curso de Medicina Veterinária fruto da parceria Incra-UFPel foi pioneiro a formar médicos veterinários pelo Pronera em 2015. Três turmas graduaram 143 profissionais e outros 52 educandos estão em fase final de formação.

Confira o edital de seleção de vagas para o curso de Medicina Veterinária para o público da reforma agrária.

Assessoria de Comunicação do Incra no Rio Grande do Sul
(51) 3284-3309/ 3311

 

Brasil pode contribuir para enfrentar insegurança alimentar e crise climática, diz Fávaro

Ministro participou de evento na Alemanha sobre alimentação e agricultura
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Conferência de Ministros da Agricultura, durante o 15º Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), em Berlim
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Conferência de Ministros da Agricultura, durante o 15º Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), em Berlim
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Fávaro teve um encontro bilateral com o ministro da Agricultura e Soberania Alimentar da França, Marc Fesneau
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Conferência de Ministros da Agricultura, durante o 15º Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), em Berlim
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Fávaro também participou de reunião ministerial sobre sistemas alimentares resilientes ao clima

Ao participar da Conferência de Ministros da Agricultura, durante o 15º Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), em Berlim, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reforçou neste sábado (21) a disposição do Brasil em contribuir positivamente com o enfrentamento da insegurança alimentar e da crise climática. Segundo ele, a agricultura é parte da solução e deve se adaptar à nova realidade global.  

“Estamos comprometidos com a intensificação sustentável, a partir da agricultura de baixa emissão de carbono. No Brasil, existem cerca de 40 milhões de hectares de pastagens com produtividade muito baixa, que possuem aptidão para agricultura e devem ser restauradas, viabilizando o aumento da produção sem necessidade de conversão de novas áreas”, disse. 

Fávaro também garantiu a continuidade da implementação do Código Florestal no Brasil e destacou a necessidade de fomentar alternativas produtivas sustentáveis, especialmente na Região Amazônica. “Para isso, contamos com o apoio e cooperação da comunidade internacional. Ao contrário de medidas restritivas ao comércio, que vêm sendo implementadas por alguns países, são necessárias iniciativas inclusivas, que busquem fortalecer a produção sustentável de forma equilibrada entre seus aspectos social, econômico e ambiental”. 

Outro ponto essencial apontado por Fávaro é a busca por um sistema de comércio internacional agrícola aberto e com regras previsíveis, baseadas na ciência, para garantir a segurança alimentar global e promover o crescimento econômico inclusivo.

A Conferência dos Ministros da Agricultura de Berlim é o principal evento político da GFFA. É a maior reunião mundial de ministros da agricultura e se estabeleceu como um importante evento internacional no início de cada ano. Neste sábado, Fávaro também participou de reunião ministerial sobre sistemas alimentares resilientes ao clima e teve um encontro bilateral com o ministro da Agricultura e Soberania Alimentar da França, Marc Fesneau. 

>>> Ouça a matéria na Rádio Mapa

Veja o resumo da viagem feito pelo ministro Fávaro: 

Informações à Imprensa
imprensa@agro.gov.br

 

 

CI
 
ESTIAGEM

Por que produtores de arroz estão abandonando suas lavouras?

Produtores gaúchos são forçados a tomarem medidas extremas
Por:  

De acordo com o último boletim de monitoramento das lavouras no país, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita do arroz ainda é incipiente, e num ritmo levemente atrasado em relação à safra anterior. Um dos principais produtores do país, vem enfrentando graves limitações em função da estiagem.

No Rio Grande do Sul, a falta de água para a irrigação forçou alguns produtores a tomarem medidas extremas, que resultaram no abandono das suas lavouras. Além disso, as áreas de irrigação insuficiente vem aumentando, Uma das estratégias adotadas pelos produtores, é priorizar as lavouras em fase reprodutiva. 

Na maior parte das regiões produtoras do estado gaúcho, os níveis dos reservatórios apresentam redução significativa e, onde a água para a irrigação é captada de lagoas, há registros de salinização, o que compromete o potencial produtivo das áreas cultivadas. Mesmo assim, algumas áreas estão em condições favoráveis. 

Ainda na região sul, 92% das lavouras de Santa Catarina apresentam boas condições, resultado de um clima que favoreceu o desenvolvimento da cultura. 

Em Mato Grosso, a semeadura avança e atinge 94,6%. O desenvolvimento está em boas condições. Já no estado de Goiás, a semeadura continua parada devido ao excesso de chuvas no norte do estado. Na região Leste o plantio foi retomado.

No Tocantins, a colheita iniciou e cerca de 15% das lavouras estão em maturação. No Maranhão, o plantio de sequeiro está avançando de forma lenta e atinge 56%. As lavouras irrigadas estão quase todas colhidas. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

 

CABRAS Raça Moxotó

http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/

A cabra Moxotó, ao lado da Canindé, vem sendo apontada como símbolo das cabras nativas do Nordeste. E de porte médio e pequeno, de características rígidas alpinas. Pelagem branca ou clara, com ventre escuro, como a faixa dorsal, extremidades dos membros e duas faixas Longitudinais no rosto. Na verdade, a Moxotó é fruto do acasalamento entre a Alpina Francesa com cabras brancas nativas, conforme já foi obtido na Fazenda Carnaúba, na Paraíba. Essa fazenda, mantendo fábrica própria de queijo de cabra, vem regenerando e melhorando as cabras nativas, tendo em vista a produtividade de leite.

A Fazenda Carnaúba, sabendo que existem cabras semelhantes a Moxotó, na região de Castela, na divisa de Portugal e Espanha, resolveu engendrar indivíduos com a mesma pelagem, no Brasil. Mantendo um lastro importado de machos e fêmeas da "raça" Alpina Francesa, já obteve várias gerações de Moxotó, a lado de numerosa progênie com pelagem diferenciada a que se deu o nome de "Branca Sertaneja conforme será visto.

O nome "Moxotó" deve-se ao vale do Rio Moxotó em Pernambuco, onde se congregavam vários criadores dessa variedade Muitos são os selecionadores dessa raça" que vem prometendo um grande futuro, principalmente agora, com o surgimento da variedade leiteira, da Fazenda Carnaúba.

 

Preço do milho deve cair essa semana: ENTENDA

Safrinha está sendo projetada com grande produção, menos no RS
Por:

As cotações brasileiras poderão ter uma semana de desvalorização em relação à semana anterior, prevalecendo o cenário de otimismo de oferta no mercado. Essa é a projeção do especialista Ruan Sene, analista de mercado da Consultoria Grão Direto. 

De acordo com ele, o clima na América do Sul continuará sendo “um fator muito importante diante da evolução do plantio e desenvolvimento das lavouras. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) projeta chuvas volumosas para todo o Brasil, com exceção do Rio Grande do Sul, que terá chuvas localizadas. Na Argentina, o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) sinaliza previsões de chuvas no cinturão produtor da Argentina, principalmente as províncias de Córdoba e parte de Buenos Aires, podendo favorecer a continuidade do plantio”.

Ruan Sene destaca ainda que, apesar da ausência da China nesta semana (em função do feriado de Ano Novo), o mercado possivelmente continuará aquecido nas exportações, atendendo países do Oriente Médio, África e Europa. “Com a diminuição dos estoques brasileiros, o mercado interno deverá se fazer presente para garantir o suprimento a curto prazo, até o início da colheita”, afirma ele.

“O otimismo de uma safrinha com grande produção deverá continuar nesta semana, diante da continuidade de clima favorável”, aponta o analista de mercado da Consultoria Grão Direto. A exceção é feita em relação ao estado do Rio Grande do Sul, que sofre com uma estiagem prolongada e atualmente calcula uma quebra que já alcança um montante de 50% das lavouras plantadas.


 

 

Brasil assegura o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frango

   

O Brasil está colocando no mercado cerca de 14,5 milhões de toneladas de carne de frangos em 2022, mantendo excelente posição no ranking global de produção (3º do mundo) e de exportações (1º no mundo). “A avicultura brasileira é uma atividade fantástica, que apresenta desempenho excelente e alimenta milhões de pessoas em mais de 150 países. Os números são excelentes, porém podem ser ainda melhores”, assinala Alessandro Lima, gerente regional de negócios da Novus do Brasil.

Com o objetivo de contribuir para a indústria avícola ter resultados produtivos ainda mais expressivos, a empresa realiza o projeto Conexão Novus, que apresenta formas de melhorar a eficiência, levando informação e conhecimento técnico para empresas de processamento de frangos.

“A proposta é compartilhar informações que ajudam a avicultura a ser mais eficiente e para reduzir as ineficiências dos processos”, ressalta a dra. Liris Kindlein, profa. e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, convidada pela Novus a falar sobre um tema que desafia a atividade: a influência do manejo (no campo e no pré-abate) nas condenações e na qualidade de carcaças de frangos de corte.

“É preciso atenção às ineficiências e perdas nos diferentes elos da cadeia produtiva – a partir dos pintinhos na granja, passando por medidas preventivas e até o ritmo de abate na indústria –, com especial cuidado às condenações parciais e totais de carcaças realizadas pelos programas de controle de alimentos de origem animal”, detalha a especialista.

“Seja 0,01% de perda ou de ganho, é um percentual significativo. Com a necessária atenção, é possível agregar valor e ter melhor remuneração para os mesmos cortes dos frangos”, informa a dra. Kindlein, lembrando que esse “algo a mais” pode estar em qualquer etapa da cadeia produtiva. “Fica aqui uma recomendação importante: granja e abatedouro precisam se conversar. Afinal, as perdas em um setor são contabilizadas juntamente com o outro, assim como os ganhos”.

Um bom caminho, ela diz, é fazer monitoria a campo dos principais problemas que impactam as perdas, como artrite, dermatose, pododermatite e aerossaculite. Na indústria, atenção a lesões traumáticas, contaminações, salmonelas e perdas de qualidade de carne (rendimento). “Rastreabilidade total”, reforça.

Nesse processo, a dra. Liris Kindlein esclarece que eventuais perdas não são provocadas por um único problema. “As causas são normalmente multifatoriais, podendo envolver o manejo, mas também a nutrição, a saúde e até os equipamentos na indústria. O que não há dúvida é que a nutrição de qualidade foi e sempre será um fator decisivo em termos de produtividade na avicultura”.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

CI
 

Vale a pena SEGURAR o milho agora?

Brasil tinha uma grande expectativa de exportar até 10 milhões de toneladas
Por:  

Há fatores concorrendo tanto para a alta como para a baixa no atual momento do mercado de milho brasileiro, de acordo com a equipe de analista de mercado da Consultoria TF Agroeconômica. No entanto, dizem eles, o fato é que ainda há uma “grande disponibilidade não escoada de aproximadamente 5 milhões de toneladas que continua a pressionar os preços internos”.

“Então, nossa recomendação seria a de vender o mais rápido possível a sua disponibilidade e aplicar o dinheiro no banco ou no seu negócio (comprando insumos, por exemplo), porque o resultado será melhor do que deixar o milho no armazém para vender mais tarde”, explicam os especialistas.

O Brasil tinha uma grande expectativa de exportar até 10 milhões de toneladas de milho para a China nesta temporada e quase outro tanto para a Europa, lembram eles: “Mas a liberação do milho ucraniano e os problemas com as margens dos frigoríficos chineses atrapalharam os planos brasileiros. Com isto, apesar de a nossa exportação, em volume, ter sido muito maior do que a do ano passado (mas, não vale a comparação, porque no ano passado houve grande quebra de safra)”. 

Por outro lado, ressaltam que a seca e a redução de safra gaúcha de milho estão assustando os compradores locais, que melhoraram os preços no Mato Grosso do Sul durante o mês de janeiro, garantindo os seus estoques, mas isto não foi suficiente para incrementar os preços médios no país, que recuaram 0,85% em 2023, segundo o Cepea. Entretanto, a safra 2022/23 no Brasil deverá ter um aumento de 10,5%, segundo a Conab, passando de 113,13 MT para 125,06 MT, segundo o mesmo órgão público, aumentando a oferta.