quinta-feira, 27 de outubro de 2022

 


Inverno faz prosperar lavouras do Programa Banco de Sementes


Foram 724,12 toneladas de sementes para reposição dos bancos na safra deste ano

Os resultados do bom inverno de 2022, na região do semiárido, estão aparecendo nas lavouras plantadas com as sementes de milho, feijão e sorgo distribuídas pelo Governo do RN através do Programa Banco de Sementes, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e executado pela Emater-RN.

Através do programa, os agricultores familiares garantem o plantio de subsistência com o milho e feijão, e suporte forrageiro para o rebanho com o sorgo.

Foram 724,12 toneladas de sementes para reposição dos bancos na safra deste ano, das quais 129,1 toneladas foram de feijão IPA 207; 118,4 toneladas do tipo Riso do Ano; 306,2 toneladas de milho Cruzeta; e 170,26 toneladas de sorgo forrageiro.

Pelo Rio Grande do Norte afora, o Programa Banco de Sementes atendeu 162 municípios, 1813 bancos de sementes e beneficiou 55.761 agricultores familiares cadastrados pela Emater-RN. O investimento chegou a R$ 9,8 milhões, sendo R$ 3,5 milhões a mais que em 2021.

O município de Mossoró, por exemplo, concentra a maior quantidade de famílias atendidas pelo programa, 1728 no total. Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista do escritório da Emater de Mossoró, Alexandre Dantas, depois que as sementes são entregues no início do ano, os técnicos fazem vistorias nas lavouras aproveitando visitas de campo relacionadas a outras ações e acompanham o desenvolvimento do que foi plantado. Com esse contato permanente, conseguem agir em caso de pragas ou doenças e reportam esses casos por meio de relatório técnico à Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape).

Outro meio de acompanhar o desenvolvimento do plantio é com o uso da tecnologia, através dos grupos de mensagem. “Nossa zona rural é muito extensa. E, para facilitar esse contato, já utilizamos grupos de mensagem para fazermos mobilização dos agricultores para reuniões e outros assuntos, principalmente após a pandemia. Então, trocamos muitas informações por esse meio. Os agricultores postam fotos e têm acesso direto conosco”, disse Alexandre Dantas.

Atualmente, os técnicos da Emater estão realizando a prestação de contas dos bancos de sementes junto à Sape. Os dados são atualizados até meados do ano e subsidiam o planejamento para a safra do ano seguinte.

A agricultora Risolene Vitorino de Oliveira Lima, do P.A. Fazenda Hipólito, plantou este ano seis hectares, sendo quatro hectares de milho. A maior parte ela ainda compra, mas as sementes recebidas pelo programa já ajudam no montante final do que colhe. No entanto, o sorgo e o feijão cultivados por Risolene são totalmente vindos da ação do Governo do Estado.

Agricultora da Agrovila Montana, do Assentamento Maísa, Ivete Dantas da Rocha plantou 9,5 hectares, sendo a área de feijão totalmente do Programa Banco de Sementes. O milho e o sorgo são um incremento.

Do outro lado do estado, na região Agreste, os agricultores também estão presenciando o bom desenvolvimento das lavouras devido ao bom tempo e à entrega das sementes em prazo oportuno, ainda no mês de janeiro.

A agricultora Josefa Gomes, da comunidade Piranhas, no município de Santo Antônio, plantou uma área de dois hectares de milho, cujos grãos serão destinados à alimentação de pequenas criações.

Já o agricultor Gilvane de Oliveira Rocha, da comunidade Barrentas, em Serrinha, é beneficiário do projeto Dom Helder Câmara desde 2017, outra ação executada pela Emater, e tem eu seu sítio uma área plantada de 1 hectare de milho, destinada à conservação de forragem.

Segundo o técnico agrícola Aureliano Ribeiro, que atende nos municípios de Santo Antônio e Serrinha, as sementes de milho, feijão e sorgo estão aptas à silagem após 75, 45 e 90 dias, respectivamente. No regional de São José de Mipibu, são 130 bancos de sementes e 3746 agricultores familiares cadastrados pela Emater-RN.

 

Alerta ao produtor de leite: é importante conhecer a diferença entre Mastite Clínica e Mastite Subclínica

   

A inflamação, que ocorre na glândula mamária das vacas, pode ocorrer por diversos fatores, dentre elas por bactérias ou fungos. É a conhecida mastite bovina. Este é portanto, um dos grandes desafios para quem trabalha com a produção de leite no Brasil. É importante reduzir, ao máximo, as possibilidades de gerar infecções no gado leiteiro.

Pelos estudos clínicos, a doença pode ser classificada em duas vertentes: a mastite clínica e a mastite subclínica. Para o analista técnico comercial da Quimtia Brasil, o médico veterinário Solano Alex Oldoni, embora ambas requeiram uma atenção redobrada dos produtores, é fundamental saber identificar principalmente quando o animal está com mastite subclínica.

Isso porque, de acordo com Solano, quando há a mastite subclínica o produtor não consegue ver os sintomas no animal, o que dificulta – e muito – a identificação da infecção. “Já no caso da mastite clínica, ela é evidente e visível, pois na hora da ordenha é possível ver que saem grumos ao invés de leite das tetas da vaca leiteira. Por conta disso, o produtor pode realizar um tratamento com antibióticos de forma imediata”, comenta.

O médico veterinário ressalta, que em casos de mastite subclínica, só é possível detectar a infecção, quando é feita uma análise do leite e que, consequentemente, é constatada uma quantidade excessiva de células somáticas, o principal sinal de alerta.

“Se um organismo precisa produzir muita célula de defesa, este mesmo organismo pode consumir muita energia do corpo. Ou seja, quando uma vaca leiteira desenvolve mastite, parte da energia que o animal precisaria para produzir o leite é transferida para a produção dessas células de defesa do organismo (células somáticas). E isso contribui para uma redução significativa do nível quantitativo de produção do leite”, afirma.

Ainda para Solano, em média uma vaca leiteira produz uma quantidade que varia entre 20 a 30 litros de leite por dia. Entretanto, quando há a mastite subclínica, o produtor pode perder cerca de dois a três litros dessa produção por ordenha. “Um animal pode passar todo o período de lactação com a mastite subclínica e sem a percepção do produtor, se as células de defesa não conseguirem combater a doença. Então, imagine este cenário em um rebanho de 50 vacas e durante quase uma lactação inteira, por exemplo?”, argumenta.

De acordo com Solano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) constitui algumas regras, como uma quantidade máxima e aceitável de celular somáticas para casos de produção de leite, que envolve um número aproximado de 500 mil células somáticas por mililitros. Para o médico veterinário, como é uma doença aparentemente “invisível” aos olhos do produtor, é importante que eles [produtores] pratiquem ações diárias de prevenção.

“O ideal é que os produtores façam, antes de cada ordenha, um teste chamado CMT – California Mastite Test –, também conhecido como ‘Teste da Raquete’, que consiste em uma raquete quadrada, com quatro buracos, onde é colocado um pouco de leite de cada teto, acrescentando um reagente. Se formar uma espécie de gelatina, a vaca leiteira está com mastite subclínica”, recomenda. “São medidas simples que ajudam o produtor a estar ciente da qualidade do produto e, claro, evitar que um laticínio deixe de pegar o leite por estar fora do padrão”, finaliza.

 CI

Enquanto o mercado interno segue com poucos negócios, mantendo o patamar de preços ao redor de R$ 290/300, base Minas Gerais, e R$ 220/230, base Paraná, para meados de outubro, é bom momento para olhar o que acontece ao nosso redor.

Preste atenção na enorme mudança ocorrida nos últimos anos no mercado mundial. Apesar de que as carnes vegetais ganham espaço enorme, o bom Feijão está lá, em grãos, firme e forte como sempre foi. Uma empresa que está na terceira geração empacotando Feijões na Espanha ???? comentou que, após um período entre os anos 90 e 2000 de diminuição do consumo, ele foi retomando e o mercado vem crescendo todos os anos.

A grande contribuição tem vindo da volta à comida caseira, o “comfort food”. O aconchego do alimento sem processamento é o ideal, segundo muitos consumidores. E há neste grande número o movimento vegano, que não pode ser ignorado por nós.

"Quem não come carne, come Feijão." É esta a lógica, se o cliente não quer comer carne na segunda, vai comer Feijão ou vai sentir tremenda fome antes do final da tarde.

O que isso significa para você, produtor ou empacotador?

Que o mercado cresceu. Produzimos até recentemente para 200 milhões de consumidores, mas o mercado agora passa da casa dos bilhões, pois o mundo está aí, buscando novas fontes de alimentos.

Enquanto a CONAB afirma que está tudo bem, leia nas entrelinhas e lembre que isso soa para os desavisados como “não plante Feijão, está tudo bem”. Mas não está. Insisto neste ponto porque vejo que aí está o veio para quem quiser aumentar as chances de ganho. O ano de 2023 será um ano interessante por vários indicativos que vêm daqui, com menor área plantada e com dúvidas normais sobre o comportamento do clima, como também do exterior, com os mesmos desafios. Fique atento. Afirmações de CONAB sempre passam longe da realidade.

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

 

Acordo de cooperação viabiliza pesquisas na agricultura familiar


Acordo de cooperação vai viabilizar um investimento total de mais de R$ 2 mi

A Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte (FAPERN) e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar (SEDRAF) assinaram, na manhã desta segunda-feira (24), o termo de cooperação de investimento em pesquisas da agricultura familiar. Os primeiros projetos e pesquisadores serão selecionados através dos editais 03/2022 e 04/2022.

As inscrições para os processos seletivos referentes aos editais, que se propõem ao preenchimento de seis vagas relativas a bolsas de pesquisa e seleção de quatro propostas no âmbito da pesquisa e inovação para agricultura familiar, estão abertas até 1º e 6 de novembro, respectivamente.

De acordo com a diretora-presidenta da FAPERN, Lúcia Pessoa, a Fundação fará um investimento total de R$ 966 mil, em bolsas e custeio a pesquisas, a partir do Fundo Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDET).

“A FAPERN, com o objetivo de dar continuidade ao desenvolvimento das pesquisas científicas e tecnológicas, abre, agora, mais dois editais que estão focados na agricultura familiar. Essa parceria com a SEDRAF resultará na modernização dos processos da secretaria”, esclareceu a professora Lúcia Pessoa.

O Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar, Alexandre Lima, destacou os objetivos dos editais que foram abertos na última sexta-feira (21). Para ele, os projetos e pesquisadores que serão selecionados irão contribuir com a execução das políticas estaduais, voltadas à ampliação da oferta de alimentos saudáveis no estado.

“O acordo de cooperação vai viabilizar um investimento total de mais de R$ 2 milhões, em 30 meses de duração, para fomentar a pesquisa e a inovação para o fortalecimento da agricultura familiar no Rio Grande do Norte”, assegurou o secretário.

Os editais abertos buscam apoiar projetos de pesquisa que se baseiam na temática: “Construção de segurança hídrica e sistemas agroalimentares sustentáveis”, bem como selecionar propostas de pesquisa para desenvolver ações da SEDRAF que visam o desenvolvimento da agricultura familiar, para se somarem às ações já em execução.

Os interessados em participar da seletiva devem acessar os editais que estão disponíveis no site da FAPERN e realizar a submissão das propostas até a data limite prevista no edital, junto aos documentos obrigatórios.

Área de Proteção Ambiental Dunas do Rosado


A Área de Proteção Ambiental (APA) Dunas do Rosado é a décima Unidade de Conservação criada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte. Sua criação se deu pelo Decreto n27.695 de 21 de fevereiro de 2018. A APADR está localizada nos municípios de Porto do Mangue/RN e Areia Branca/RN, abrange uma área de 16.593,76 ha, e tem como principais objetivos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Mapa da Unidade

Infraestrutura

Em termos de infraestrutura, esta Unidade de Conservação dispõe de uma sede, o Ecoposto, localizado na Praia do Rosado, a 12 km da sede do município de Porto do Mangue, próximo à RN 404. O Ecoposto é um conjunto de três prédios em uma mesma área, sendo uma sede administrativa, uma casa do pesquisador e uma casa para alojamento da Companhia Independente de Proteção Ambiental – CIPAM. No Ecoposto, cujo mesmo é de uso público e aberto à visitação, são realizadas visitas de escolas e instituições de ensino superior. Além disso, no Ecoposto são realizadas reuniões com a comunidade e oficinas de educação ambiental.

Conselho Gestor

O Conselho Gestor da APADR está em processo de formação. Tal conselho facilitará e legitimará a interlocução entre atores sociais da esfera governamental e não governamental envolvidos na gestão da Unidade de Conservação, por meio de fóruns (reuniões, debates públicos, oficinas e visitas técnicas, assembleias ou outras oitivas similares), estudos e pesquisas complementares.

Plano de Manejo e Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE)

Atualmente, a APADR não possui um Plano de Manejo. A programação é que a elaboração deste importante documento se inicie em 2021. A elaboração do Plano de Manejo seguirá o mesmo procedimento utilizado para a criação da UC, com a realização de oficinas de diagnóstico e de planejamento para a gestão, permitindo a ampla participação dos atores importantes para a gestão da UC, assim como foi realizada a definição das representações da sociedade no Conselho Gestor. O Zoneamento Ecológico-Econômico da APADR será produto inserido no Plano de Manejo.