quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

 

Na Bahia, jegues são mortos para produção de remédio na China.

O abate de jegues para produção de composto medicinal na China, que não tem comprovação científica de eficácia, gerou busca pelo jumento no Nordeste do Brasil, região cada vez mais dependente do setor.

A população de Amargosa, cidade da Bahia, sofre com um dilema envolvendo o jumento, o jegue, uma tradicional espécie do Brasil e símbolo histórico da luta diária do sertanejo.

O município, a 119 km de Salvador, se tornou dependente de um mercado que cresce a cada ano, mesmo sob a acusação de colocar a existência do animal em risco.

Na cidade funciona o Frinordeste, hoje o principal frigorífico de abate de jumentos do país, que pertence à JBS, mas foi arrendado por dois cidadãos chineses e um brasileiro. Nele, cerca de 1,2 mil animais são abatidos todas as semanas para posterior exportação à China, segundo funcionários ouvidos sob a condição de anonimato.

Eles são mortos com um tiro de ar comprimido entre os olhos. Depois, o couro é retirado, embalado em caixas e levado para a China, onde é transformado em uma gelatina que é usada para produzir o ejiao, um produto medicinal bastante popular e lucrativo da Tradicional Medicina Chinesa. A carne normalmente é separada e exportada para o Vietnã.

 

Famílias assentadas recebem títulos definitivos em Conde (PB)

PB TDs Dona Antonia

Os documentos foram entregues a 66 beneficiários do assentamento Dona Antônia. Foto: Incra/PB

As 110 famílias do assentamento Dona Antônia, no município de Conde, na Região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba, receberam do Incra seus primeiros Títulos de Domínio (TD), nesta sexta-feira (17). Foram entregues 66 documentos em evento realizado na sede da associação da área de reforma agrária. Os demais beneficiários também serão atendidos nos próximos meses.

Assentados há 26 anos, os agricultores aguardavam o título, que transfere os lotes em caráter definitivo. Na área de 862 hectares, produzem hortaliças, inhame, macaxeira e uma grande variedade de frutas. Parte da produção é comercializada em feiras livres dos municípios vizinhos, nas feiras agroecológicas realizadas em João Pessoa e na Central de Abastecimento da Paraíba (ex-Ceasa) da capital.

Para a presidente da associação, Rosilda de Fátima Soares da Silva, os Títulos de Domínio foram um “presente de Natal” antecipado para as famílias. “Agora podemos adquirir novos recursos para aumentar nossa produção e melhorar ainda mais nossa vida. Hoje podemos bater no peito e dizer que conquistamos nossa dignidade”, disse a beneficiária.

“A partir de agora vocês são os donos da terra pela qual tanto lutaram. Como proprietários, poderão acessar linhas de crédito diferenciadas junto aos bancos para investir ainda mais na produção de alimentos”, afirmou o superintendente regional do Incra/PB, Kleyber Nóbrega, durante o evento.

A solenidade de concessão dos documentos contou também com a participação de servidores do Incra, autoridades e lideranças políticas locais, representantes de movimentos sociais e assentados dos municípios vizinhos de Alhandra, Pedras de Fogo e Pitimbu.

Titulação

A Constituição Federal de 1988 estabelece a entrega de Contratos de Concessão de Uso (CCUs) ou Títulos de Domínio (TDs) às famílias atendidas pelo Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) para assegurar o acesso à terra.

Firmado entre a autarquia e o assentado, o CCU transfere o imóvel rural em caráter provisório, garantindo a posse da parcela e o acesso às ações do Incra, assim como a outras políticas do governo federal de apoio à agricultura familiar.

O TD, de caráter definitivo, é registrado pelo Incra em cartório, sem qualquer custo para os agricultores, conforme determina a Instrução Normativa nº 99, de 30 de dezembro de 2019. É assegurado pela Lei 8.629/93, quando verificado o cumprimento das cláusulas do CCU pelas famílias, bem como as condições de cultivar a terra e pagar o Título de Domínio em até 20 anos.

Assessoria de Comunicação Social do Incra/PB

 

Mapa reconhece a equivalência dos Serviços de Inspeção Municipais do Consmepi

O reconhecimento permite que os produtos vinculados ao Consórcio sejam comercializados em todo território nacional
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Os Serviços de Inspeção Municipais (SIM) vinculados ao Consórcio Intermunicipal Multissetorial do Médio Rio Piracicaba (Consmepi) obtiveram o reconhecimento de equivalência ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa). O reconhecimento está na Portaria nº 482, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (22).

A adesão inicialmente será para as áreas de beneficiamentos de carne e ovos. O reconhecimento permite que os produtos vinculados ao Consórcio sejam comercializados em todo território nacional.

O Sisbi-POA faz parte do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa) e busca padronizar e harmonizar os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal para garantir a inocuidade e segurança alimentar. 

Atualmente, estão incluídos no cadastro-geral do Sisbi-POA, 21 estados e o Distrito Federal; 13 consórcios públicos e 31 municípios. 

Procedimento 

Para obter a equivalência dos seus serviços de inspeção junto ao Mapa é preciso comprovar que as medidas de inspeção higiênico-sanitária e tecnológica praticadas permitem avaliar a qualidade e inocuidade dos produtos de origem animal com a mesma eficiência do Ministério da Agricultura. 

Os requisitos e procedimentos necessários para o reconhecimento da equivalência e adesão ao Sisbi-POA estão estabelecidos no Decreto n° 5.741, de 30 de março de 2006, e na Instrução Normativa MAPA n° 17, de 6 de março de 2020. 

Para mais informações, o interessado pode acessar o passo a passo do processo no Portal GOV.Br.

 

Congresso Nacional aprova orçamento para 2022 e recursos para a agricultura familiar

O Congresso Nacional concluiu a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2022 (PLN 19/2021) na noite desta terça-feira (21). O relatório final do deputado Hugo Leal (PSD-RJ) foi aprovado mais cedo pela Comissão Mista de Orçamento e, por fim, passou pelos Plenários das duas Casas – Câmara Federal e Senado.

A CONTAG vem há meses articulando junto a deputados(as) e senadores(as) emendas para recomposição do orçamento ou parte dele para garantir o funcionamento de programas e políticas para a agricultura familiar que foram cortados drasticamente. Essa articulação resultou na aprovação de quatro emendas na Comissão de Agricultura da Câmara Federal: Fomento (R$ 250 milhões); Pesquisa/Embrapa (R$ 100 milhões); Programa de Aquisição de Alimentos – PAA (R$ 600 milhões); e Assistência Técnica (R$ 100 milhões).

Já a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado aprovou outras quatro emendas: Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologias para a Agropecuária (R$ 200 milhões); Estruturação e Inclusão Produtiva dos Agricultores Familiares e dos Pequenos e Médios Produtores Rurais (R$ 100 milhões); Reforma Agrária e Regularização Fundiária (R$ 300 milhões); e Consolidação dos Assentamentos Rurais (R$ 100 milhões). Essas emendas foram mantidas no relatório final.

Na Reforma Agrária, só há R$ 2,4 milhões para a aquisição de terras e assentamentos de famílias. Isso não implica que haverá algum assentamento novo de famílias. Consolidação dos Assentamentos receberá R$ 66,7 milhões e a concessão de Crédito Instalação outros R$ 64 milhões. Em 2020, esta ação dispunha de R$ 267 milhões. O Programa de Crédito Fundiário – Terra Brasil terá R$ 480,6 milhões, um valor muito superior a 2020, que foi de R$ 169 milhões.

A subvenção ao Pronaf (Lei nº 8.427/1992) melhorou. Saiu de R$ 3,38 bi em 2021 para R$ 4,13 bi em 2022. Habitação Rural tem R$ 27,9 milhões. Em 2020 eram R$ 228 milhões. A área de segurança alimentar e nutricional está bastante desvalorizada e, para completar, os recursos para formação de estoques públicos (AGF) saíram de R$ R$ 1,4 bi em 2020 para R$ 469 milhões em 2022. Cisternas continuaram com a metade dos recursos que tinham em 2020 (R$ 129 milhões).

Nos recursos hídricos, houve redução dos valores para recuperação de bacias hidrográficas (saiu de R$ 16 milhões em 2021 para R$ 5 milhões em 2022); segurança hídrica saiu de R$ 53,7 milhões para R$ 35,1 milhões no mesmo período. Só o programa Água Doce que aumentou de volume (saltou de R$ 12 milhões para R$ 125,4 milhões). Para o controle e fiscalização ambiental também aumentou o montante e a ação terá R$ 197 milhões ante R$ 82,9 milhões de 2021.

O saneamento básico rural perdeu muitos recursos entre 2020 e 2022, pois saiu de R$ 254 milhões para R$ 90 milhões. O Pronera saiu de R$ 13 milhões em 2020 para R$ 17,9 milhões em 2022, sendo R$ 9,38 milhões executados pelo Mapa e R$ 8,55 milhões pelo Incra.

As ações de apoio à organização econômica e promoção da cidadania para mulheres rurais, assim como a promoção da igualdade e enfrentamento à violência foram zeradas. Para a juventude, as ações de apoio a esporte, educação e lazer saíram de R$ 153 milhões em 2020 para 37,7 milhões em 2022. O mesmo ocorreu com apoio à implantação e modernização de infraestrutura para esporte educacional, recreativo e de lazer, que saiu de R$ 298 milhões para R$ 44 milhões no mesmo período. A bolsa permanência no ensino superior melhorou (saiu de R$ 138 milhões em 2021 para R$ 179 milhões em 2022). Para a terceira idade e pessoas idosas, havia uma ação específica de promoção e defesa de direitos, mas neste ano já foi zerada e não será retomada em 2022.

O orçamento aprovado destina quase R$ 90 bilhões para o pagamento do Auxílio Brasil no valor de R$ 400 mensais por família; define o salário mínimo nacional em R$ 1.210,00, apenas com recomposição da inflação, ou seja, sem ganho real; e recompõe o orçamento do Censo Demográfico 2022 em R$ 2,2 bilhões. Do montante destinado para o Censo, parte será destinada para a realização do Censo Agropecuário, atendendo demanda apresentada pela CONTAG.

Entre os pontos polêmicos do texto, o Fundo de Financiamento de Campanhas ficou em R$ 4,934 bilhões. No texto original, o valor era de R$ 2,1 bilhões.

O presidente da CONTAG, Aristides Santos, avalia que a articulação feita pela Confederação junto aos(às) parlamentares foi fundamental na aprovação de emendas para áreas estratégicas, a exemplo do PAA, Assistência Técnica, Reforma Agrária e Consolidação dos Assentamentos Rurais. “Mesmo com essa recomposição, os valores estão bem abaixo do que foi solicitado na proposta original e em relação ao que seria suficiente para o funcionamento das políticas e programas. Outras áreas ficaram praticamente sem orçamento, a exemplo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A nossa demanda não foi atendida e tem um papel essencial no combate à fome. Essa falta de orçamento para programas estratégicos irá impactar drasticamente a agricultura familiar, mostrando a falta de priorização por parte do governo federal e pela ampla maioria do Congresso Nacional com o setor que é responsável pela produção de mais de 70% dos alimentos saudáveis que chegam à mesa da população brasileira diariamente”, destacou Aristides.

FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

 

Projeto quer incentivar retomada do cultivo de algodão no RN

 

O Projeto Algodão Agroecológico Potiguar, lançado nesta quarta-feira (22), pretende incentivar a retomada do cultivo do algodão no Rio Grande do Norte. A ideia é fomentar a produção de base agroecológica beneficiando famílias que sobrevivem da agricultura familiar. A expectativa é movimentar cerca de R$ 1 milhão já no primeiro ano do programa. 

O projeto é executado pela Secretaria de Estado Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) e pelo Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN). A inciativa teve início há cerca de 4 meses com a seleção e capacitação das famílias. 

De acordo com o titular da Sedraf, Alexandre Lima, 380 famílias em 39 municípios já foram selecionadas para o programa neste primeiro ano. A intenção é iniciar os cultivos a partir de janeiro de 2022 com uma área plantada de 500 hectares de algodão agroecológico.

 “A partir de uma articulação com a Emater, que coordena e mobiliza, e com outras entidades, o governo fez um processo de sensibilização e de mobilização para a escolha das famílias que tinham interesse na retomada do algodão.

E retomar o cultivo do algodão a partir de uma outra perspectiva, uma outra base, incentivando a produção agroecológica”, explicou Alexandre Lima.

SEDRAF

Calendário Para Quem Recebe Até um Salário Mínimo

 Calendário

"Até um salário mínimo"

Final 1: dia 23 de dezembro;
Final 2: dia 27 de dezembro;
Final 3: dia 28 de dezembro;
Final 4: dia 29 de dezembro;
Final 5: dia 30 de dezembro;
Final 6: dia 3 de janeiro;
Final 7: dia 4 de janeiro;
Final 8: dia 5 de janeiro;
Final 9: dia 6 de janeiro;
Final 0: dia 7 de janeiro.
"Acima de um salário mínimo"

Final 1 e 6: dia 3 de janeiro;
Final 2 e 7: dia 4 de janeiro;
Final 3 e 8: dia 5 de janeiro;
Final 4 e 9: dia 6 de janeiro;
Final 5 e 0: dia 7 de janeiro.

Após concluído estas datas, os novos pagamentos serão pagos com os valores do novo salário mínimo.

Preços de Produtos Agropecuários no RN.


RN - Natal 
Cana-de-Açúcar 1Ton R$ 175,95


Mamão Formosa Produtor 1Kg R$ 1,56


RN - Espírito Santo 
Mamão Formosa Produtor 1Kg R$ 3,28


Mamão Havai Tipo 12 a 18 Produtor 1Kg R$ 2,20


Mamão Havai Tipo 21 Produtor 1Kg R$ 1,54


Mamão Havai Tipo 24 a 28 Produtor 1Kg R$ 1,80


RN - Mossoró ver mais
Cebola Amarela Tipo 2 Beneficiador Sc 20Kg R$ 36,00


Cebola Amarela Tipo 3 Beneficiador Sc 20Kg R$ 43,75


Cebola Amarela Tipo 4 Beneficiador Sc 20Kg R$ 50,00


Cebola Roxa tipo 3 Beneficiador Sc 20Kg R$ 60,00


Melão Amarelo(Produtor) Tipo 11 e 12 Cx 13kg R$ 24,11

 

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

 

Uma espécie de eucalipto urophylla que se adapta bem a todos os climas e qualidades dos solos

 

O eucalipto é a madeira de lei mais cultivada no mundo com cerca de 30 milhões de hectares. No Brasil, em 2019, foram plantados 7,62 milhões de hectares, sendo uma espécie de Eucalyptus urophylla uma das mais cultivadas. Cientistas da Embrapa e da Esalq estudaram as evoluções adaptativas da espécie em relação ao consumo e armazenamento de água, testada nas mais diferentes regiões bioclimáticas do Brasil com bom desempenho em todas elas.

Por ser uma variação diferente, essa espécie pode ocorrer desde o nível do mar até 3 mil metros de altura, numa distancia geográfica muito curta, e solos rasos e pobres até profundos e férteis. Também permite adaptar-se a uma ampla variação de temperatura e excluir, características importantes porque permite adaptar-se a novos ambientes, como novas fronteiras florestais do Brasil, que ocorrem no Centro Oeste e no Nordeste, além de outros países. Além disso, mostra-se bastante preparada para as mudanças climáticas.

O pesquisador Laerte Scanavacca Júnior, da Embrapa Meio Ambiente, explica que essa espécie pode extrair água em grandes profundidades, armazena água no caule, o que permite manter o mesmo ritmo de crescimento durante todo ano, independente das precipitações ou armazenamento de água nas superfíciais do solo, e apresenta produtividade muito alta. “A alta produtividade em espécies florestais é uma característica bastante desejável porque permite maior lucratividade ao produtor, além de reduzir a área de reflorestamento”, diz o pesquisador.

Conforme Scanavacca, no Brasil, uma área plantada com espécies exóticas como o eucalipto é cerca de um por cento do território, abastece mais de 40% de nossas necessidades de madeiras. Toda a produção de papel e celulose, MDP  Medium Density Particleboard ), OSB ( Oriented Strand Board ), MDF ( Medium Density Fiberboard ) e chapa de fibra (chapa dura) são fabricados com madeira de eucalipto ou pinus, diz o pesquisador.

S. Mínimo Será de R$ 1.210,00-Prevê Relator do Orçamento

 

Salário mínimo será de R$ 1.210 em 2022, prevê relator do Orçamento

Valor é R$ 41,00 maior que os os R$ 1.169,00, inicialmente previstos pelo governo

O relator do texto do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), apresentou nesta segunda-feira (20) uma nova versão do parecer em que prevê que o salário mínimo passará de R$ 1.100 para R$ 1.210,00 no próximo ano. O valor é R$ 41,00 maior que os R$ 1.169,00 considerados inicialmente pelo governo no relatório apresentado em agosto.

O relatório estava previsto para ser votado na manhã desta segunda-feira (20) na CMO (pela Comissão Mista de Orçamento) e no período da tarde em plenário, mas foi adiado por falta de consenso entre os parlamentares. A votação deve acontecer na terça-feira (21).

O valor previsto no relatório leva em consideração um aumento de 10,04% do (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2021, indicador da inflação usado como referência para o reajuste do salário mínimo.

Essa é a previsão da remuneração. O valor exato da remuneração só será conhecido em janeiro de 2022, quando IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o número consolidado do INPC para o ano de 2021.

Metereologia Prevê Chuvas na Maior Parte do País.Verão Tem Início Neste 21. 12 . 2021.

 

O verão no Hemisfério Sul tem início neste dia 21 de dezembro de 2021 às 12h59 (horário de Brasília). Climatologicamente, o período é caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição do Sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites, além das mudanças rápidas nas condições de tempo, como: chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade (moderado a forte) e descargas elétricas. A estação termina no dia 20 de março de 2022, às 12h33, dando lugar ao outono.

De acordo com o prognóstico climático divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as chuvas no verão serão acima da média na maior parte do país, com exceção do extremo sul do Rio Grande do Sul, nordeste de Roraima e leste do Nordeste.

Devido às características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem grande importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, além de ajudar a repor os níveis de reservatórios de água e manter os níveis satisfatórios.

 

                                

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas serão ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a responsável pela ocorrência de chuvas.

Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1.100 mm (Figura 1).

A maioria dos modelos de previsão de ENOS, gerados pelos principais centros internacionais de meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que se mantenha o fenômeno La Niña durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro/2021 e janeiro/2022.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

 

AgroNordeste leva mais inovação e sustentabilidade para ovinocaprinocultura paraibana

Adriana Brandão - Chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bomfim, apresenta o LabNir para a diretora do Deproter/MAPA, Adriana Melo, e para parceiros da Embrapa

Chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bomfim, apresenta o LabNir para a diretora do Deproter/MAPA, Adriana Melo, e para parceiros da Embrapa

Com intuito de tornar mais competitiva e rentável a ovinocaprinocultura nos territórios do AgroNordeste, agregando valor ao produto final, a Embrapa Caprinos e Ovinos, em parceria com o Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido (CDSA)/Campus Sumé, promoveu, nesta terça-feira (14), encontro com gestores de organizações públicas e com parceiros institucionais do AgroNordeste, em Sumé (PB).

“As ações e entregas vêm ocorrendo com agilidade, união e cooperação entre os parceiros. Os projetos em desenvolvimento na área de difusão de tecnologias mostram que, com o envolvimento de instituições como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e a Embrapa, é possível levar inovação para o pequeno produtor paraibano”, destacou Adriana Melo, diretora do Departamento de Programas Territoriais Rurais (Deproter), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Uma das atividades foi a Oficina Gastronômica com Produtos de Carne e Leite de Caprinos e Ovinos, que capacitou merendeiras para o uso desses insumos nas escolas municipais. A merendeira Claudeci Braz da Silva de Andrade, que trabalha há 10 anos na Creche Rita Cipriano, em Sumé (PB), contou que a oficina ajuda a "trabalhar melhor com produtos que são tão típicos aqui na nossa região”.

Houve também a inauguração do Laboratório de Infravermelho (Labnir), que disponibilizará o Serviço de Assessoria Nutricional Remota para Pequenos Ruminantes (AssessoNutri) para auxiliar o produtor na melhora nutricional do rebanho. Além da Embrapa e da UFCG, participaram da implementação do Labnir, o Projeto Dom Helder Câmara e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Tiago Araújo, professor da UFCG e coordenador de operações do AgroNordeste, em Sumé,  afirma que a implantação do Labnir é um marco para a caprinovinocultura do Semiárido e do Cariri. “O laboratório será fundamental para ampliar as pesquisas sobre a nutrição animal, neste caso específico para pequenos ruminantes, trazendo respostas rápidas, com decisões mais ágeis no melhoramento do rebanho, possibilitando menor custo de produção e maior ganho para o produtor”.

Também durante o evento em Sumé, pesquisadores da área de sanidade animal, da Embrapa Caprinos e Ovinos, apresentaram a técnicos do Senar, que atuam no AgroNordeste, resultados do trabalho de zoneamento e planos de controle para as principais doenças infectocontagiosas dos rebanhos da região.

Andrea Sousa, supervisora de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) do Senar no polo do Cariri, recebeu da equipe uma série de medicamentos que vão ajudar o trabalho dos técnicos que atuam na região e que, muitas vezes sofrem com a dificuldade para encontrar esses insumos

Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, ressaltou o papel estratégico da instituição na construção do AgroNordeste. Bomfim apresentou parte do trabalho desenvolvido com a inteligência zoossanitária no controle das doenças, na redução do custo das rações, nas capacitações dos produtores, entre outras ações.

“Além de trabalharmos no fortalecimento das atividades em curso, reafirmarmos o compromisso com o Programa AgroNordeste BID, em apoio não só à Paraíba, mas a todos os territórios atendidos pelo AgroNordeste que desenvolvem a ovinocaprinocultura”, completou.

Participaram do encontro Hermes Ferreira Barbosa, chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural da Superintendência Federal de Agricultura (DDR/SFA/Mapa); Hugo Morais de Alcântara, diretor do CDSA; Éden Duarte, prefeito de Sumé e outras autoridades locais.

Com informações da Assessoria de Comunicação do AgroNordeste

Cientistas brasileiros desenvolvem a primeira cana não-transgênica do mundo

   

São as variedades Cana Flex I e a Cana Flex II, cultivares que apresentam, respectivamente, maior digestibilidade da parede celular e maior concentração de sacarose nos tecidos vegetais. Elas respondem a um dos maiores desafios do setor: aumentar o acesso das enzimas aos açúcares presos nas células, o que facilita a fabricação de etanol (de primeira e segunda geração) e a extração de outros bioprodutos.

O trabalho foi desenvolvido por cientistas da Embrapa Agroenergia (DF). Eles desenvolveram as primeiras canas editadas consideradas não-transgênicas do mundo (DNA-Free), de acordo com a Resolução Normativa nº 16 (RN nº 16) da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

A Cana Flex I é fruto do silenciamento do gene responsável pela rigidez da parede celular da planta. Essa estrutura foi modificada e apresentou maior “digestibilidade”, ou seja, maior acesso ao ataque de enzimas durante a etapa da hidrólise enzimática, processo químico que extrai os compostos da biomassa vegetal.

A Cana Flex II foi gerada por meio do silenciamento de um gene nos tecidos da planta, o que ocasionou um incremento considerável na produção de sacarose nos colmos da planta modelo, a Setaria viridis.

“Uma vez identificada essa característica de acúmulo de açúcar na planta-modelo, transferimos esse conhecimento para a cultura da cana-de-açúcar, alvo das nossas pesquisas. Novamente foi observado um incremento da ordem de 15% de sacarose no colmo da cana, bem como o aumento de outros açúcares como glicose e frutose, também presentes na planta, tanto no caldo quanto no tecido vegetal fresco”, explica o pesquisador da Embrapa Hugo Molinari.

Outro ponto destacado pelo pesquisador é a contribuição da cultura da cana para uma matriz energética mais limpa. “Hoje sabemos que mais de 45% da matriz energética brasileira é renovável e que a cana-de-açúcar contribui com uma fatia de mais de 30% para essas fontes renováveis,” informa.

Agora, para que as Canas Flex I e Flex II estejam nos canaviais brasileiros, a Embrapa Agroenergia está buscando parceiros com interesse em dar continuidade às avaliações e ao seu licenciamento para levar os materiais ao mercado.