sábado, 21 de novembro de 2020

Tem Início a Semeadura do Algodão Safra 2020/2021

 

Produtores iniciam a semeadura do algodão para a safra 2020/2021

 

O plantio do algodão safra 2020/2021 iniciou esta semana na região sul de Mato Grosso do Sul. A área estimada até o momento para o ciclo é de 23.008 hectares, segundo a Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul). As regiões norte e nordeste do estado devem entrar com as plantadeiras no mês de dezembro.

Os 23 mil hectares previstos de área para esta safra estão divididos entre seis municípios: Alcinópolis, Aral Moreira, Campo Grande, Chapadão do Sul, Costa Rica e Paraíso das Águas. Juntos devem apresentar uma produção menor em relação à safra passada, devido à menor área dedicada à cultura.

A safra 2019/2020 ocupou 31.640 hectares, chegando a uma produção de 57.255 toneladas, com produtividade de 296,6 arrobas por hectare. Segundo o Ampasul, o ciclo que inicia agora, apesar da menor área e produção, deve contribuir com uma produtividade estável e acima do registrado anteriormente, com estimativa de 300 arrobas por hectare.

Para um processo de semeadura eficaz a Associação recomenda que o plantio seja executado dentro da janela ideal para cada região, com uso de sementes de alta qualidade, e tratadas com doses e produtos recomendados. O cuidado na semeadura para estabelecer uma lavoura com a quantidade populacional de plantas por hectare recomendado, é outro fator importante, pois poderá influenciar na produtividade final.

Nota do Blog: O nosso RN Querido, que já foi um grande Produtor de Algodão no NE brasileiro, hoje apenas a região do baixo Assú planta o algodão irrigado.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

MAPA Regulariza Fabricação Artesanal de Produtos Cárneos

 

Mapa regulamenta fabricação artesanal para produtos cárneos

Instrução normativa permite que estados concedam o Selo Arte aos produtores artesanais de todo o Brasil, liberando a venda interestadual de produtos como embutidos, defumados e outros

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) cumpriu mais uma etapa para implantação do Selo Arte em todo o país. Nesta quarta-feira (18) foi publicada a Instrução Normativa 61, que estabelece o regulamento para o enquadramento dos produtos cárneos artesanais para concessão do Selo Arte.

O Selo Arte permitirá a venda interestadual de produtos alimentícios artesanais, como carne de sol, linguiças e defumados. Com a certificação, os produtores artesanais poderão acessar mais mercados e aumentar sua renda.

O diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas do Mapa, Orlando Melo de Castro, destaca que a instrução normativa permite que estados e o DF concedam o Selo Arte aos produtos cárneos. “A norma possibilita que esses produtos possam ser comercializados em todo território nacional, além de ser um selo de garantia da conformidade artesanal, que é um potencial agregador de valor. Essa iniciativa vai atender à demanda de inúmeros produtores artesanais, que produzem e preservam a cultura e a tradição dessa produção em suas regiões”, comentou.

Os estados e o Distrito Federal deverão reconhecer, por meio de protocolos específicos, os produtos artesanais de seus territórios, considerando a rastreabilidade da matéria prima quando cabível.

Os produtores rurais de animais destinados ao abate para fabricação de produtos cárneos artesanais devem comprovar o atendimento às Boas Práticas Agropecuárias, sendo que o abate dos animais ou a matéria prima utilizada deve ter origem em abatedouros ou frigoríficos com inspeção oficial.

As avaliações dos documentos de comprovação do cumprimento das boas práticas serão realizadas pelos estados e pelo Distrito Federal, responsáveis pela concessão do Selo Arte. No caso das boas práticas agropecuárias, o trabalho poderá ser realizado pelos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Em relação à fabricação, as avaliações poderão ser feitas pelos serviços de inspeção municipal, estadual ou federal.

Selo Arte

Regulamentado em julho do ano passado, a concessão do Selo Arte atende a uma demanda antiga de produtores artesanais de todo o Brasil. É uma espécie de certificação que permite que produtos como queijos, embutidos, pescados e mel possam ser vendidos livremente em qualquer parte do território nacional, eliminando entraves burocráticos. Para os consumidores, é uma garantia de qualidade, com a segurança de que a produção é artesanal e respeita as boas práticas agropecuárias e sanitárias.

A primeira etapa de aplicação foi para produtos lácteos. Neste momento, técnicos da Secretária de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação estão na fase final de sistematização de propostas para publicação da Instrução Normativa para pescados. A próxima etapa vai abranger produtos oriundos de abelhas (mel, própolis e cera).

M. da Agricultura Pribe 9 Marcas de Azeite< veja:

 

Ministério da Agricultura proíbe venda de 9 marcas de azeites; veja quais são


O Ministério da Agricultura comunicou à Associação Brasileira de Supermercados (Abras) a proibição de comercialização de produtos investigados como fraudados e falsamente declarados como azeite de oliva extra virgem. Ao todo, nove marcas devem ser retiradas dos mercados, informa o ministério, em comunicado.

As marcas sob investigação, que seriam rótulos fictícios, são:

– Casalberto
– Conde de Torres
– Donana (Premium)
– Flor de Espanha
– La Valenciana
– Porto Valência
– Serra das Oliveiras
– Serra de Montejunto
– Torezani (Premium)

A ação do governo decorre da investigação realizada pela Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), que desarticulou, na semana passada, uma organização criminosa especializada na falsificação de azeites.

Segundo a investigação, os produtos vendidos como azeite de oliva extra virgem eram, na verdade, óleo de soja.

Por Fernando Soares

Nova Safra do Algodão Gera Expectativa nos Produtores

 

Nova safra de algodão gera expectativa nos produtores

Produtores baianos ainda têm em estoque 20% da safra para comercializar,
Por:  

Os agricultores da Bahia estão na expectativa para iniciar a nova safra de algodão. A previsão é que a partir desta sexta-feira (20), quando se encerra o período do vazio sanitário, as plantadeiras entrem em campo para dar início à semeadura do ciclo 2020/2021. Apesar de uma previsão de redução de área plantada em torno de 15%, com 264.614 mil hectares, os produtores que decidiram manter os investimentos na cultura estão otimistas com os resultados em produtividade, incremento do preço no mercado e a retomada da atividade econômica pelos países asiáticos, principal mercado internacional da fibra brasileira.

Com as boas perspectivas do mercado, o produtor Paulo Schmidt decidiu pela manutenção da área de algodão na próxima safra. “Ainda faltamos comercializar parte da safra passada, e também estamos otimistas no aumento da produtividade”, reforça ele, que planta algodão há cerca de 20 anos na região, nos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Ainda segundo ele, as chuvas regulares, o trabalho de combate a pragas, desenvolvido pelos produtores, reunidos na Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e o uso de tecnologia em sementes e fertilizantes, cada vez mais adequados ao solo e clima do Oeste da Bahia, são diferenciais que vem elevando a produção na região.

Segundo a Abapa, os produtores baianos ainda têm em estoque 20% da safra para comercializar, o que também pressionou os cotonicultores na redução da área. Para o presidente da entidade, Júlio Cézar Busato, esta definição foi uma resposta imediata à desaceleração econômica no setor têxtil diante do período da pandemia da Covid-19. “O câmbio favorável no momento da comercialização da fibra, a partir de setembro, mudou o clima entre os produtores, principalmente entre aqueles que seguraram os estoques para negociar em momento mais adequado”, reforça.

No entanto, para Busato, o produtor precisa fazer conta e ficar atento aos custos de produção, em sua maioria, também atrelados ao dólar, a exemplo do maquinário, adubos e fertilizantes a serem utilizados na semeadura. “O produtor pode perder cerca de 23% em rentabilidade com as variações do preço e custos ao longo da safra, que chegam a ter 70% do valor indexado ao dólar”, afirma. A região Oeste da Bahia atravessa quatro safras com resultados positivos em produção e produtividade, sendo a última, a segunda maior da história, ao atingir a média de 310,15 arrobas de algodão em caroço/hectare em uma área total de 313.566 mil hectares. A produção atingiu a mesma média da safra passada, em torno de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço).

Assim como outros setores da economia, também impactados pela pandemia do coronavírus, Busato reforça que o produtor baiano continua esperançoso e investindo no algodão, que movimenta uma cadeia produtiva que gera em média três vezes mais emprego que outras culturas, em grande parte, pelo trabalho de beneficiamento realizado localmente. “O produtor baiano, que já tem uma infraestrutura do seu negócio e já passou por outras crises, vai continuar confiando na rentabilidade e do retorno do seu investimento nas próximas safras diante da retomada da demanda pela fibra no mundo”, reforça Busato. Segundo maior produtor do Brasil, a Bahia contribui com a participação de 25% da safra nacional, sendo considerada a área agrícola com a maior produtividade de algodão não irrigado do mundo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Produtores de Carne Suína Estão Vendendo mais para o Exterior

 

Produtores de carne suína estão vendendo mais para o exterior

 

As exportações de carne suína acumulam alta de 40,4% em 2020. A receita em dólar das exportações é 48,5% superior neste ano. Este ano já foram exportadas, entre in natura e processados, 853,4 mil toneladas, de acordo com levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Nos 10 primeiros meses de 2019, o volume exportado foi de 607,7 mil toneladas.

Em receita, a alta acumulada no ano chega a US$ 1,876 bilhão em 2020, contra US$ 1,264 bilhão nos 10 primeiros meses do ano anterior. Considerando apenas o mês de outubro, as vendas de carne suína brasileira para o exterior chegaram a 88,5 mil toneladas, número 21,5% superior ao registrado no mesmo período de 2019, com 72,8 mil toneladas. A receita em dólar dos embarques do mês chegou a US$ 199,4 milhões, resultado 24,5% superior em relação ao mesmo período comparativo, com US$ 160,1 milhões em outubro de 2019.

Entre os cinco maiores importadores da carne suína, a China segue como principal destaque, com 423,2 mil toneladas embarcadas nos dez primeiros meses de 2020, volume 123% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. No mesmo período comparativo, Hong Kong importou 143,1 mil toneladas (+10%). Singapura e Vietnã foram destinos de, respectivamente, 45,5 mil toneladas (+57%) e 36,9 mil toneladas (+222%). Chile, no quinto posto, importou 33,5 mil toneladas (-10%).

“As vendas para a Ásia seguem sustentadas, especialmente para os destinos impactados por crises sanitárias de Peste Suína Africana. A tendência é de continuidade deste quadro, apontando para projeções totais de 1 milhão de toneladas embarcadas pelo Brasil nos 12 meses deste ano”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.

Considerando as exportações por estado, Santa Catarina se mantém como principal exportador do setor, com 435,7 mil toneladas entre janeiro e outubro, número 51,6% superior em relação à 2019. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul exportou 215,6 mil toneladas no mesmo período (+25,5%). No terceiro posto, o Paraná embarcou 117,4 mil toneladas nos 10 primeiros meses do ano (+13,9%).

Novos Vôos para Exportação de Frutas

 

Governo articula com a Latam novos voos para exportação de frutas


O Governo do Estado obteve nesta quarta-feira, 18, o compromisso da Latam Linhas Aéreas em viabilizar voos para o transporte de cargas para os mercados internacionais a partir do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Em reunião virtual com o diretor da Latam Cargo, Alexandre Silva, a governadora Fátima Bezerra mostrou o potencial de exportação de frutas do Estado que é de 550 contêineres com 25 toneladas cada um por semana.

"Estamos tratando de trabalho, de emprego e desenvolvimento. Precisamos de confluências e convergências.  O RN tem forte protagonismo na fruticultura no Brasil e não pode continuar enfrentando dificuldades com voos para exportar a produção. O nosso aeroporto tem instalações adequadas, o governo dialoga e é favorável aos investimentos, aos negócios, e temos produção. Por tudo isso buscamos soluções de curto e médio prazos", informou a governadora a Alexandre Silva.

O diretor da Latam Cargo se comprometeu a contemplar o RN nas escalas de voos extras e ofertar capacidade de transporte de 48 toneladas de frutas para a Europa na frequência de duas ou três vezes por semana. O resultado dos estudos neste sentido será apresentado por Alexandre Silva em cinco dias. Ele ainda se comprometeu a estudar a inclusão do Estado nas rotas aéreas de carga da Latam a partir do início de 2021. "Esta sugestão do Governo do RN é importante para a cadeia produtiva e para a Latam também", afirmou.

Além do transporte de frutas, a rota de cargas no RN pode também se beneficiar das grandes exportações de pescado (atum e camarão) que têm como maior destino os EUA e o Japão. Atualmente 85% das exportações de atum do Brasil são realizadas a partir do RN. A rota de cargas também pode favorecer a companhia aérea com a importação de peças e componentes para os parques eólicos. O Estado tem 160 parques em operação, que demandam peças para manutenção, e tem 20 parques em processo de construção. "Além de todo este potencial já em exploração temos ainda muito para ser desenvolvido na geração de energia limpa em terra e mar", enfatizou Fátima Bezerra.

As iniciativas para trazer linhas aéreas para exportar a produção a partir do aeroporto de São Gonçalo do Amarante foram determinadas pela governadora e têm à frente os secretários de estado da Agricultura e Pesca, Guilherme Saldanha, do Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado e da Tributação, Carlos Eduardo Xavier.

Para a reunião com o diretor da Latam, Fátima Bezerra esteve acompanhada do vice-governador Antenor Roberto, dos secretários citados e de representantes do setor produtivo e da iniciativa privada como Ibernon Martins, superintendente da Inframérica, empresa que administra o aeroporto; Alexandre Duarte, diretor da Fermac Cargo Exportação Aérea; Antônio Vale, gerente local da Fermac Cargo; José Maria Barberá Munhoz, vice-diretor da Bollo Brasil, representando o Comitê Executivo da Fruticultura do RN; Alexandre  Teles, gestor do terminal de cargas da Inframérica; e Fernando Menezes, da Union of Growers of Brazilian Papaya (UGBP Exportadora).



Assecom-RN

EMBRAPA Alerta Sobre Surto de Enterotoxemia em Caprinos e Ovinos na Caatinga

 

Embrapa alerta sobre surto de enterotoxemia em caprinos e ovinos criados na Caatinga

A Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) tem registrado, nos últimos meses, a ocorrência de diversos casos de enterotoxemia em caprinos e ovinos criados em áreas de Caatinga no Vale do São Francisco. A doença é a mais importante clostridiose dessas espécies, por isso a Empresa faz um alerta aos criadores da região, visto que a enfermidade tem alto índice de mortalidade.

A doença é causada por uma toxina chamada épsilon, produzida pela bactéria Clostridium perfringens Tipo D no trato gastrintestinal dos animais, acarretando um quadro de infecção aguda.

De acordo com a médica veterinária e pesquisadora responsável pelo Laboratório de Sanidade Animal (LSA) da Embrapa Semiárido, Josir Laine Veschi, vários fatores estão associados à  ocorrência da enterotoxemia em caprinos e ovinos, tais como as mudanças bruscas na alimentação, dietas muito ricas em carboidratos, situações estressantes, ou ainda a ocorrência de diversos outros fatores, ainda não totalmente esclarecidos.

Ela explica que, nesse período de início das chuvas na região, a vegetação da Caatinga está em fase de rebrota e nascimento de novas plantas, que são muito atrativas para os animais por serem mais saborosas e nutritivas. Assim, ocorre uma mudança brusca na alimentação dos mesmos. “Desta forma, a bactéria (C. perfringens), que já estava vivendo como habitante comum do intestino dos animais, sem qualquer prejuízo, se prolifera de maneira exagerada e produz elevadas quantidades da toxina épsilon, provocando a doença.

Animais na Caatinga seca                                                          Caatinga verde, após as chuvas recentes na região

 

Identificação e controle

Os principais sinais da enterotoxemia são neurológicos, com desordens motoras, dificuldade para permanecer em estação e andar, cabeça e pescoço voltados para trás, movimentos de pedalagem, ranger dos dentes e pupilas dilatadas. Os animais também podem apresentar eliminação de espuma pelo nariz e boca, dor abdominal intensa e quadros de diarreia.

A enfermidade, no entanto, é de difícil diagnóstico, exigindo equipe técnica especializada, equipamentos sofisticados e técnicas laboratoriais diferenciadas. O tratamento não surte efeito, devido à intensidade e à rápida evolução do quadro clínico. Daí a importância das medidas preventivas.

De acordo com Josir Laine, o principal aspecto para a proteção do rebanho é que todos os animais recebam a vacina polivalente com elevado poder imunogênico contra as clostridioses. Ela deve conter, na sua formulação, alta concentração do toxóide épsilon, e ser utilizada seguindo esquema recomendado por veterinário.

Além disso, outras medidas também são de grande importância para diminuir o surgimento  da doença: “A introdução dos animais nas áreas de Caatinga com rebrota deve ser realizada pausadamente, os carboidratos devem ser incluídos gradativamente na alimentação, assim como o desmame e introdução dos animais jovens na pastagem devem ser realizados de maneira gradativa”, orienta a veterinária.

A pesquisadora reforça, ainda, que a doença não é contagiosa, portanto, não é transmitida de um animal doente para um sadio, nem tampouco para humanos, ou seja, não é considerada uma zoonose. Também não interfere na qualidade dos produtos (carne, leite e derivados), trazendo somente um impacto econômico para os sistemas de produção, em razão da mortalidade dos animais infectados.

 
Embrapa Semiárido

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Diagnóstico da Peste Suína com Validação Oficial

 

Brasil já tem método de diagnóstico da peste suína africana com validação oficial

 

Essa validação é imprescindível para estruturar o País em meio aos surtos que estão atingindo a Europa e a Ásia. Os Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) treinados no laboratório de referência da União Europeia em Madri, Espanha, validaram métodos de diagnóstico da Peste Suína Africana (PSA) utilizados pela Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs). O anúncio foi feito pela Secretaria de Defesa Agropecuária. Com a validação, o país está preparado para atuar caso a doença seja introduzida no território. Atualmente o Brasil está livre da Peste Suína desde 1984.

A rede de laboratórios trabalha desde 2015 para padronizar e verificar seus métodos e concluiu agora a validação completa das técnicas moleculares para diagnóstico da doença. A preparação é de grande importância em meio ao número de surtos da Peste Suína Africana pelo mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), são 7.642 surtos em andamento, sendo que 131 novos casos foram registrados na segunda quinzena de outubro.

“É uma necessidade. Há uma grande quantidade de voos que chegam desses países e as pessoas trazem comida na bagagem, como linguiça e outros embutidos” conta o Affa Leandro Barbiéri, da Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários. “Por mais que os países alertem e fiscalizem, sempre há a chance de algum material contaminado passar e o vírus acabar chegando até as granjas de criação de suínos”, continua.

É importante lembrar que, apesar da Peste Suína Africana não atingir humanos, ela é devastadora para as criações de suínos e pode levar ao sacrifício de milhares de animais e à suspensão das exportações, causando grave impacto econômico.

Programa Avaliará Sistemas Integrados de Forragens em Três Regiões Nordestinas

 

Programa avaliará sistemas integrados e alternativas de forrageiras em três regiões nordestinas


Marcelino Ribeiro - Ideia dos sistemas integrados é intensificar áreas com produção sustentável

Ideia dos sistemas integrados é intensificar áreas com produção sustentável

Ampliar a disponibilidade de alimentos para rebanhos nos estados nordestinos. É com esta perspectiva que a Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) implantará, em propriedades rurais de três territórios da região Nordeste – Sertão dos Inhamuns (CE), Cariri Paraibano (PB) e Vale do Itaim (PI) – unidades de referência tecnológica (URTs) para avaliar sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) adaptados à Caatinga e testar opções de plantas forrageiras para compor o chamado cardápio forrageiro nessas regiões. A atividade é integrante do programa AgroNordeste, coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que tem a Embrapa e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida)/Projeto Dom Hélder Câmara entre as instituições integrantes.

Nesta semana, entre os dias 17 e 19, os pesquisadores Rafael Tonucci e Roberto Cláudio Pompeu, da Embrapa Caprinos e Ovinos, viajarão a Betânia (PI), para visitar propriedades rurais da região e, posteriormente, selecionar uma delas para abrigar a URT, tomando o critério da que melhor pode representar uma realidade do Vale do Itaim e dos produtores rurais locais. As outras duas URTs do programa que vão receber os testes de validação dessas tecnologias já foram selecionadas em Sumé (PB) e Tauá (CE). 

“São tecnologias que já se apresentaram bem interessantes para o Semiárido e dão mais uma alternativa para produção sustentável”, afirma Rafael Tonucci. A ideia do cardápio forrageiro surgiu a partir do projeto Forrageiras para o Semiárido (parceria entre Embrapa e CNA) e consiste em propor combinações de plantas forrageiras anuais, perenes e cactáceas mais adequadas para cada região no Semiárido, para otimizar a eficiência na produção de alimentos aos rebanhos.

Já os sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) são uma estratégia de manter produção sustentável, combinando as atividades de produção agrícola e pecuária com uso sustentável da vegetação nativa. Na adaptação para a Caatinga, a proposta é de redesenhar um sistema agrossilvipastoril, mantendo as características de não usar fogo, manter biodiversidade da Caatinga e enriquecer a área com espécies vegetais, mas usar incrementos tecnológicos como o raleamento em faixas e o uso de máquinas adaptadas.

“O cardápio forrageiro pode ampliar o leque de oferta de produção de alimento volumoso para os produtores. Sair da única opção do pasto nativo, de uma ou outra variedade para de fato um cardápio com abrangência de seis, sete espécies que funcionam na região. Já com o uso de sistemas integrados, a gente intensifica a produção de uma forma sustentável, fazendo uma recomposição florestal, quando necessário, introduzindo árvores nativas ou exóticas, sem dano ambiental e aumentando produtividade”, detalha Tonucci.

 

Programa AgroNordeste

Com atuação nos nove estados do Nordeste e Minas Gerais, o programa AgroNordeste contemplará 230 municípios. O público-alvo é de pequenos e médios produtores que já comercializam parte de sua produção, mas ainda têm dificuldades para expandir o negócio. 

O Programa é liderado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e desenvolvido em parceria com a Embrapa e instituições como Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida)/Projeto Dom Hélder Câmara, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar),  o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco do Brasil.

Preço dos Lácteos Estão em Queda

 

Preço dos lácteos estão em queda

Leite e derivados vinham de quatro altas consecutivas, mas movimento não resistiu em outubro
Por:

A ampliação da oferta e a desaceleração da demanda derrubaram os preços dos produtos lácteos em outubro, apontou levantamento do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR), em reunião virtual promovida nesta terça-feira (17).

O setor vinha em quatro altas consecutivas até setembro – quando os preços chegaram aos maiores valores reais da história –, mas o movimento perdeu força e recuou. A queda aferida agora atingiu quase todos os produtos, inclusive os queijos. O preço de referência de outubro foi de R$ 1,8136, para o leite entregue em outubro e a ser pago em novembro: queda de 7,34% em relação a setembro.  

De acordo com as informações divulgafas pela Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), o mercado interno foi afetado pela oferta, ampliada pelas importações de produtos lácteos, que saltavam de US$ 28 milhões em junho para US$ 71 milhões em setembro. No mesmo período, a captação de leite também aumentou, saindo dos 203 para os 230 pontos no índice de captação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O maior volume do produto disponível no mercado interno afetou a relação oferta/demanda, contribuindo para o recuo dos preços dos lácteos. 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Pecuarista Brasileiro Está Usando Mais Sêmem

 

Pecuarista brasileiro está usando mais sêmen na reprodução

 

O crescimento de vendas de sêmen no Brasil chegou a 30,1% de janeiro a setembro de 2020. O  levantamento é da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), 16.696.269 doses de sêmen foram comercializadas nos primeiros três trimestres do ano.  O novo relatório revela que um total de 4.146 municípios brasileiros utilizaram a inseminação artificial (IA) durante o período – representando quase 75% de todos os municípios do país.

O documento também marca o lançamento do Selo Asbia/Cepea, que chancela a qualidade das informações compartilhadas em relação ao setor da genética bovina e inseminação artificial. O ícone passará a ser incluído nas publicações com dados confirmados pelas duas instituições, que atuam juntas no sentido de promover a utilização da tecnologia pelo setor.

De acordo com o levantamento, 16.696.269 doses de sêmen foram comercializadas de janeiro a setembro de 2020, abrangendo as vendas diretas para clientes, exportações e prestações de serviço. Um aumento de 30,1% em relação ao mesmo período de 2019, quando 12.837.333 doses foram vendidas.

“A cada nova edição do Index Asbia, estamos seguros em afirmar que o produtor de leite e de carne realmente acordou para o impacto do melhoramento genético na sua atividade. A genética é o único insumo permanente, de elevado custo-benefício e que atua ao mesmo tempo pelo aumento da produção e pela redução de custos”, afirma o presidente da associação, Márcio Nery.

EMBRAPA Caprinos e Ovinos Amplia Ofertas de Cursos On-line Neste Mês

 

Embrapa Caprinos e Ovinos amplia oferta de cursos on-line no mês de novembro

A partir de hoje (17), a Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE) disponibiliza mais dois cursos on-line para atualização tecnológica de profissionais de assistência técnica e extensão rural.

O primeiro deles é sobre a escolha de fêmeas e machos do rebanho para reprodução. O curso já foi ministrado de forma presencial em outras oportunidades, mas em virtude das limitações impostas pela pandemia, estará disponível na plataforma de aprendizagem digital e-Campo. A capacitação é destinada principalmente a técnicos em caprinocultura e ovinocultura, criadores, manejadores e estudantes.

A programação é dividida em três módulos: técnicas e recomendações para escolha de matrizes e reprodutores; como escolher uma fêmea; e como escolher um macho. Ao finalizar o curso, os participantes terão mais segurança para adquirir animais para o rebanho, uma vez que estarão aptos a utilizarem técnicas que os auxiliem nesta escolha.

O conteúdo foi elaborado pelo analista da Embrapa Caprinos e Ovinos, Alexandre Weick Uchôa Monteiro, bacharel em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará (2002) e mestre em Zootecnia pela Universidade Federal do Ceará (2007). Ele possui experiência na área produção e reprodução e atua, principalmente, com produção em pequenos ruminantes, reprodução (sêmen, transferência de embriões de pequenos ruminantes). Monteiro também tem experiência em ensino e extensão.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas, a partir de hoje (17) clicando aqui.

 

Segurança alimentar para caprinos e ovinos para técnicos da SDR na Bahia

O outro curso é destinado a um grupo fechado de técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR). A capacitação será de 17 a 26 de novembro abordará a segurança alimentar para caprinos e com base no uso da biomassa nativa e da mandioca. O curso terá dois momentos. No primeiro, que acontece de 17 a 23 de novembro, os temas abordados serão: estratégias de produção de alimentos e reserva estratégica para segurança alimentar dos rebanhos; uso da palma forrageira na alimentação de caprinos e ovinos; e sistemas integrados e orçamentação forrageira para caprinos e ovinos. O conteúdo, composto por videoaulas gravadas, apostilas, documento técnicos e fóruns, será disponibilizado na plataforma de aprendizagem virtual e-Campo.

A segunda parte será um encontro on-line (webinar), das 9 às 12 horas, quando serão apresentadas duas palestras e uma mesa redonda. A primeira palestra abordará o tema espécies nativas do semiárido como fonte de forragem para caprinos e ovinos e será ministrada pelo zootecnista Éden Fernandes. Na segunda palestra, o médico veterinário Marcos Cláudio Pinheiro apresentará alimentos alternativos, incluindo uso da mandioca, para formulação de dieta para esses pequenos ruminantes.

Finalizando o encontro, cientistas da Embrapa vão debater em uma mesa redonda sobre segurança alimentar animal no Semiárido. A discussão será mediada por Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, e contará com a participação de Éden Fernandes, Marcos Cláudio Pinheiro, Ana Clara Cavalcante e Fernando Guedes.  O webinar do dia 26 de novembro será transmitido pelo canal da Embrapa no Youtube e aberto à participação do público.