terça-feira, 27 de agosto de 2019

RESERVAÇÃO  Parque das Dunas recebe título da Unesco pela sexta vez consecutiva



O Parque Estadual Dunas do Natal Jornalista Luiz Maria Alves, recebeu a renovação do título de Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) nesta segunda-feira, 26, concedido pela a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É a quinta vez que a unidade de conservação tem seu título renovado. 

A solenidade aconteceu no auditório do parque e contou com a presença de membros da equipe técnica e administrativa do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

Os postos Avançados são centros de divulgação das ideias, conceitos, programas e projetos desenvolvidos pela Reserva. Para ser um Posto Avançado aprovado pelo Conselho é necessário que a instituição desenvolva pelo menos duas das três funções básicas da RBMA nos campos da proteção da biodiversidade, do desenvolvimento sustentável e do conhecimento científico e tradicional sobre a Mata Atlântica.
O conselheiro RBMA e representante da Unesco, Boisbaudran Imperiano, participou da entrega do título e destacou a importância da preservação do Parque das Dunas.
“A Mata Atlântica é uma das florestas mais ricas em diversidade de espécies e ameaçadas do planeta. O bioma abrange uma área de cerca de 15% do total do território brasileiro e inclui 17 Estados. Hoje, restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente. Em razão da devastação e das mudanças climáticas que nós enfrentamos, é de fundamental relevância a preservação dessa área aqui no Rio Grande do Norte. Além da manutenção da biodiversidade, a Floresta preservada contribui para a purificação do ar, a regulação do clima, a proteção do solo, rios e nascentes, favorecendo o abastecimento de água na cidade”, ressalta.
O título, concedido pela Unesco, tem validade de quatro anos, mas pode ser renovado, observando-se os esforços da instituição em cumprir as regras, no sentido de continuar trabalhando para a proteção do meio ambiente e desenvolvimento científico sustentável.
A Reserva da Biosfera é um modelo, adotado internacionalmente, de gestão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os seguintes objetivos: preservação da diversidade biológica, desenvolvimento de atividades de pesquisa, monitoramento ambiental, educação ambiental, desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das populações, reconhecida pelo Programa Intergovernamental “O Homem e a Biosfera – MAB”, estabelecido pela Unesco, organização da qual o Brasil é membro.
Outros Postos Avançados do RN
O Rio Grande do Norte possui outros dois parques que possuem o título de Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica: O Santuário Ecológico de Pipa, também administrado pelo Idema, e o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, localizado na capital potiguar.

Mercado e pesquisa discutem perdas bilionárias de alimentos

Com foco em sustentabilidade, boas práticas agrícolas e segurança alimentar de produtores e consumidores, a VI edição do Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças traz para discussão atores de diversas cadeias produtivas preocupadas com os altos índices de perdas, que no Brasil chegam a 40% entre a colheita e a mesa do consumidor.
As razões vão desde a falta de cuidados no transporte até o armazenamento incorreto. O evento é uma iniciativa da Embrapa Instrumentação e vai ocorrer de 26 a 30 de agosto, em São Carlos (SP).
De acordo com o pesquisador Marcos David Ferreira, organizador do curso,  o caminho percorrido até o consumidor inclui diversas etapas, mas é na manipulação entre o início e o fim da operação que as perdas são maiores. “Assim, de 10 caixas produzidas no campo, 4 não chegam ao consumo. Literalmente, se perdem no caminho, jogando fora não só o produto, mas recursos utilizados na produção, transporte, entre outras fases”, avalia.
No segmento varejo as perdas em supermercados brasileiros somaram R$ 6,7 bilhões em 2018, o que corresponde a 1,89% do faturamento bruto do setor, de acordo com a 19ª avaliação divulgada durante o 7º Fórum de Prevenção de Perdas e Desperdício de Alimentos, da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
No evento, realizado no dia 14 de agosto, em São Paulo, a Embrapa Instrumentação lançou mais uma contribuição - folhetos com dicas simples para reduzir perdas no varejo.
O assunto é destaque da mesa-redonda que abre o evento em São Carlos, dia 26, às 8h30 e vai debater o mercado de frutas e hortaliças – atualidade, tendências e perspectivas. Participam o superintendente da ABRAS, Marcio Milan, e a pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luciana Marques Vieira. A discussão terá como mediador o analista da Secretaria de Inovação e Negócios da Embrapa, Gustavo Porpino de Araujo.


Embrapa Instrumenta

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

FRUTICULTURA >> Ufersa promove II Simpósio Potiguar de Fruticultura

























A Universidade Federal Rural do Semi-Árido abriu inscrições para o II Simpósio Potiguar de Fruticultura que vai acontecer no Campus Sede, em Mossoró, nos dias 03, 04 e 05 de setembro. O evento contará com a publicação de dezenas de resumos expandidos produzidos no estado do Rio Grande do Norte, bem como em outros estados do Nordeste, o que permitirá aos alunos de graduação e pós-graduação da área de Agronomia/Fitotecnia/Fruticultura e demais alunos de área de outras instituições obter maiores informações técnicas e científicas relevantes sobre o tema.

“Tendo em vista a importância da fruticultura na região Nordeste, sobretudo no estado do Rio Grande do Norte, onde se destaca importantes pólos frutícolas, como o Pólo do Açú, a região de Mossoró e a chapada do Apodi, com produção de frutíferas como Melão, Banana, Mamão, Manga, Cajú, Abacaxi, entre outras, para mercado interno e exportação, será um momento de troca de experiências e conhecimentos entre estudantes, pesquisadores e produtores, contribuindo desta forma com tecnologias de produção, além de dinamizar o segmento de mercado tão significativo para o Estado e Região”, considerou o professor da Ufersa, Francisco Sidene de Oliveira Silva.

A programação do Simpósio de Fruticultura contempla palestras, oficinas, minicursos e apresentação de trabalhos científicos. As palestras serão ministradas por estudantes da Universidade e fruticultores. Na programação constam ainda visitas à Fazenda Experimental e ao Pomar Didático da Ufersa, possibilitando ao publico maiores informações práticas sobre as principais frutíferas produzidas na região, bem como frutíferas de clima subtropical e temperado, adaptadas como citros e uva, respectivamente e, em adaptação como o figo e a pitaia. Frutas que poderão constituir alternativas promissoras de produção local e regional.

O Simpósio Potiguar de Fruticultura será direcionado, principalmente aos produtores de frutíferas da região. Além da comunidade acadêmica interessada, tanto da graduação como pós-graduação, bem como pesquisadores e extensionistas. “Esperamos que o Simpósio de Fruticultura resulte na publicação de dezenas de trabalhos científicos de relevância, além de contribuir com tecnologias relevantes para a produção de frutíferas e dinamizar a troca de experiências entre academia e campo”, acredita o professor Sidene Silva.

Embrapa lança tecnologias para controle do capim-annoni, fruticultura e pecuária na Expointer

Governo do Estado do RS - Embrapa lança novas tecnologias na 42ª edição da Expointer
Embrapa lança novas tecnologias na 42ª edição da Expointer

 
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) marca sua presença na 42ª edição da Expointer com o lançamento de tecnologias para o produtor rural. Entre as novidades está prevista a apresentação do novo modelo da Campo Limpo, máquina usada para controle do capim-annoni; o livro Pêssego, Nectarina e Ameixa – O produtor pergunta, a Embrapa Responde; a nova fase do programa Balde Cheio no RS; e o Serviço de Predições Genômicas para as raças Hereford e Braford, além dos sumários de touros da Associação Nacional de Criadores (ANC) e da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). 
 
O evento oficial de lançamento das tecnologias da Embrapa ocorre no dia 29 de agosto de 2019, quinta-feira, às 16h, no espaço da Embrapa localizado no Pavilhão Internacional, junto ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) e Incra. A atividade deve contar com a participação da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e do presidente da Embrapa, Celso Moretti. 
 
A Expointer, considerada a maior feira agropecuária da América Latina, ocorre de 24 de agosto a 1º de setembro de 2019, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). 
 
Participam dessa edição da Expointer as Unidades Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS), Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC), Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS) e Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS). 
 
Lançamentos
Campo Limpo - Lançada originalmente em 2008, a Embrapa Pecuária Sul e a Grazmec apresentam ao público em 2019 um novo modelo do aplicador seletivo de herbicidas Campo Limpo, com design atualizado e melhorias no mecanismo de limpeza, componentes mais robustos e melhor fluxo de distribuição do herbicida. A nova máquina também terá alguns opcionais, como aumento da área de aplicação do herbicida e sistema hidráulico nas articulações. A Campo Limpo controla de forma seletiva gramíneas indesejáveis como o capim-annoni. Também controla plantas tóxicas de folha larga como a maria-mole/flor-das-almas e o mio-mio. Apesar de ter sido concebida nas condições do Rio Grande do Sul, a máquina tem eficiência no combate de diversas plantas invasoras no Brasil, como o capim-navalha. 
 
Livro Pêssego, Nectarina e Ameixa – O produtor pergunta, a Embrapa Responde - A Embrapa Clima Temperado lança o livro Pêssego, Nectarina e Ameixa – O produtor pergunta, a Embrapa Responde, que faz parte da Coleção 500 Perguntas 500 Respostas, um dos canais de maior sucesso, concebidos pela Embrapa, para suprir produtores com informações claras e objetivas sobre um tema específico da agricultura ou pecuária. A obra traz em foco uma das principais cadeias produtivas em fruticultura da região Sul em 21 capítulos. Os editores são pesquisadores da Unidade, localizada em Pelotas. O município é responsável pela produção de 95% do pêssego em calda, processado de forma industrial, em todo o Brasil.
 
Segunda fase do programa Balde Cheio no RS - Com foco na bovinocultura de leite, o Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologia que tem o objetivo de capacitar profissionais da assistência técnica, extensão rural e pecuaristas em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais, com uso de tecnologias adaptadas às propriedades, visando a evolução dos índices técnicos e econômicos. Em 2019, a Embrapa Clima Temperado e a Embrapa Pecuária Sul, em parceria com diversas instituições e com os produtores, lançam a segunda fase de atividades do programa no Rio Grande do Sul. O município de Alegrete foi o primeiro a retomar o Balde Cheio no Estado, e já conta com sete Unidades Demonstrativas do projeto instaladas. 
 
Serviço de Predições Genômicas para as raças Hereford e Braford - A Embrapa, em parceria com a Conexão Delta G e o GenSys Consultores Associados, e com o apoio da ABHB, lança o Serviço de Predições Genômicas para as raças Hereford e Braford. Com base de dados de mais de 6 mil animais, com contagens de carrapato e informações de outras características de adaptação ao calor e produtivas, bem como genotipagens para 50 mil marcadores moleculares do tipo SNP, foi possível gerar avaliações genéticas aprimoradas pela genômica, que são mais precisas que as tradicionais.  Na prática, a diferença em usar touros de alta resistência em relação aos mais suscetíveis (baixa resistência) é uma redução ao redor de 1/3 na contagem média de carrapatos nos filhos, ou seja, o produtor deve esperar um nível de infestação por carrapatos 33% menor nos filhos dos touros de alta resistência, tanto no ambiente subtropical como no tropical. 
 
Sumários de touros da Associação Nacional de Criadores e da ABHB - A Embrapa Pecuária Sul e a Associação Nacional de Criadores (ANC) lançam o Sumário de Touros da ANC, tendo como destaque o Índice Bioeconômico de Carcaça, direcionado para as raças Angus e Brangus, bem como índices à desmama e final para as raças Angus, Brangus, Hereford, Braford, Devon e Charolês. Já a ABHB, em parceria com a Embrapa Pecuária Sul, lança o Sumário do PampaPlus, com a novidade das avaliações de ultrassonografia de carcaça.
 
Outros destaques
Embrapa Clima Temperado - No estande da Embrapa no Pavilhão Internacional, a Unidade de Pelotas leva para a Expointer cultivares já lançadas, como as batatas-doces BRS Gaita, BRS Amélia, BRS Cuia e BRS Rubissol; as batatas brancas BRSIPR Bel e BRS F63 Camila; as cultivares de pêssego BRS Citrino e BRS RubraMoore; e as cultivares de amora-preta BRS Xingu e BRS Cainguá. Outra tecnologia apresentada é a BRS Pampa CL, cultivar de arroz irrigado que demanda 15% menos irrigação em comparação às cultivares de ciclos mais longos. 
 
A Unidade também leva para a exposição o livro Morangueiro, com as principais informações sobre o cultivo do morango, geradas por cerca de 50 profissionais da Embrapa, de universidades e de institutos estaduais de pesquisa, assistência técnica e extensão rural. Outro destaque é a Régua de Manejo de Pastagens BRS Sul, que permite ajustar a carga animal em uma determinada pastagem. A vantagem da régua de manejo é já conter as medidas ideais para cada espécie forrageira, com as alturas de entrada e saída de pastejo ou corte. 
 
A Embrapa Clima Temperado também estará presente no espaço da Emater/RS-Ascar.
 
Embrapa Pecuária Sul - No estande da Embrapa no Pavilhão Internacional, a Unidade de Bagé trabalha o tema Desmistificação do Consumo da Carne Ovina, com a apresentação de uma revista totalmente voltada ao assunto, incluindo informações técnicas, artigos e receitas com a proteína. O público também poderá conhecer o Manual de Cortes de Carne Ovina e interagir com um protótipo de ovelha em tamanho real, que mostra as principais peças de carne ovina. 
 
Outro tema a ser apresentado pela Unidade é o Método Integrado de Recuperação de Pastagens (Mirapasto), com foco no controle de plantas invasoras como o capim-annoni. O objetivo é demonstrar os quatro pilares que compõem o método: o controle de plantas indesejáveis, com o uso de tecnologias como a máquina Campo Limpo e a enxada química; a correção e a manutenção da fertilidade do solo (no estande serão apresentadas as diferenças que ocorrem no solo de uma pastagem bem manejada em relação a uma mal manejada); a sobressemeadura de espécies forrageiras de inverno e de verão, com a apresentação das principais cultivares forrageiras lançadas pela Unidade, UFRGS e Sulpasto nos últimos anos; e o ajuste de carga animal de acordo com a oferta de pastagem. 
 
A Unidade também marca presença no estande do Senar, no ambiente que trata do bem-estar animal; na Vitrine da Carne no estande Juntos para Competir, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e com a Associação Brasileira de Angus; e no estande da Associação de Criadores de Charolês, para apresentação das Provas de Avaliação a Campo e de Consumo Alimentar Residual
 
Embrapa Suínos e Aves - No estande da Embrapa no Pavilhão Internacional, a Unidade de Concórdia apresenta a Poedeira Embrapa 051, galinha especializada na produção de ovos de mesa de casca marrom, bem adaptada aos sistemas menos intensivos, com potencial para produzir 345 ovos/ave alojada durante o ciclo produtivo. 
 
Outra tecnologia presente na exposição é o Suíno MS115/Fêmea MO25C. A linhagem de reprodutores machos Embrapa MS115 foi concebida para atender a demanda por animais mais pesados ao abate, com alto potencial de deposição de carne, reduzida espessura de toucinho e melhor conversão alimentar. A linhagem é livre do gene halotano, ligado ao estresse nos animais e a má qualidade de carne. Já a Fêmea MO25C tem como principal característica a maciez e cor avermelhada da carne e sua suculência (marmoreio), percebida principalmente nos produtos curados.
 
Junto com estas soluções tecnológicas, a Embrapa Suínos e Aves leva um conjunto de informações sobre biosseguridade na produção de suínos, além de apresentar a tecnologia de abatedouros de suínos modulares móveis, pré-fabricados, para uso em um único local (estacionários) ou itinerantes (transportáveis por carretas rodoviárias). 
 
Embrapa Uva e Vinho - Neste ano a Unidade de Bento Gonçalves apresenta suas tecnologias no estande Juntos Para Competir (Farsul, Senar/RS e Sebrae/ RS), com foco na temática das Indicações Geográficas de Vinhos. No espaço, além de conhecerem esse importante processo de qualificação do vinho, os visitantes poderão participar de uma degustação guiada e conhecer os espumantes Brut da Indicação Geográfica de Pinto Bandeira, o Merlot com a Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos, o Tannat da Campanha Gaúcha e o Vinho BRS Lorena, produzido com uva desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético Uvas do Brasil, coordenado pela Embrapa Uva e Vinho.
 
Eventos 
Prêmio A Granja - No dia 27 de agosto, às 20h, o presidente Celso Moretti recebe em nome de toda a Embrapa o prêmio de Destaques do ano concedido pela Revista A Granja. No dia 29, o presidente acompanha a comitiva da Ministra Tereza Cristina nas atividades da Expointer. 
 
Workshop para jornalistas - A Embrapa Trigo e a Emater/RS-Ascar realizam, na quarta-feira (28/08), a partir das 9h, no auditório da Emater na Expointer, um Workshop direcionado exclusivamente a jornalistas, denominado: Soja no contexto da Sustentabilidade. O objetivo do Workshop é promover o debate sobre a relevância da soja para o agronegócio brasileiro, a necessidade da adoção de tecnologias sustentáveis de produção e o papel da soja nos sistemas integrados e, desta forma, contribuir para o aprimoramento da cobertura jornalística de qualidade nas regiões produtoras de soja.
 
8º Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar - A Embrapa Uva e Vinho, em parceria com a Divisão de Agroindústria Familiar, Comercialização e Abastecimento (DACA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural EAPDR, promove o 8º Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar. O Concurso, na categoria Vinhos e Sucos de Uva ocorre a partir das 9 horas da segunda-feira (26/08), no Pavilhão da Agricultura Familiar.
 
Brangus - No dia 26 de agosto, no espaço da Associação Brasileira de Brangus, a Embrapa Pecuária Sul participa do Workshop Brangus – A Raça Técnica, a partir das 9h, e da Homenagem aos Pioneiros da Raça Brangus, a partir das 17h. 
 
PAC Embrapa/ABHB e Embrapa/Charolês - No dia 28 de agosto, às 16h, acontece a amostra e avaliação de touros da Prova de Avaliação a Campo da Embrapa/ABHB. Já no dia 29 de agosto, a partir das 16h30min, acontece o Coquetel da Associação de Criadores de Charolês. Na programação do evento está prevista a apresentação dos resultados da 2ª Prova de Avaliação a Campo e de Consumo Alimentar Residual da Raça Charolês para o público e imprensa.
 
Arroz e cadeia láctea - A Embrapa Clima Temperado participa, na segunda-feira (26/08), às 12h30min, na Casa do Irga, do Lançamento da Abertura da Colheita do Arroz e, na terça-feira (27/08), da apresentação do Planejarroz, em parceria com a UFSM. Na quarta-feira (28/08), às 15h, na Casa da Apil/RS, a Unidade marca presença no Painel da Cadeia Láctea – Oportunidades e Entraves do Mercado Internacional. 
 
Matéria produzida com o apoio dos jornalistas das Unidades participantes da 42ª Expointer
 

Embrapa

sábado, 24 de agosto de 2019

Não há razões para barreiras comerciais ao agronegócio por causa de queimadas, diz ministra

Agronegócio

Tereza Cristina destaca que as queimadas ocorrem todos os anos na Amazônia e que produtores rurais têm preocupação com a preservação ambiental. 

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta sexta-feira (23) que não vê razões para eventuais barreiras ao agronegócio brasileiro por causa das queimadas na Amazônia. Tereza Cristina ressaltou que, todos os anos, há queimadas na região amazônica no período da seca, assim como em outras regiões do mundo, entre elas Europa e Estados Unidos. Para a ministra, os países precisam se informar sobre a situação antes de tomar qualquer medida.  
“Estamos vivendo uma seca grande que todo ano a Região Norte do país tem uma definição clara dessa estiagem, fica, às vezes, seis meses sem chuva. Este ano, está mais seco e as queimadas estão maiores. Acho que eles precisavam saber primeiro do Brasil o que está acontecendo antes de tomar qualquer tipo de medida. Quando houve incêndios em Portugal, este ano teve incêndio na Sibéria, enfim, teve incêndio no mundo todo na época seca também da Europa, e o Brasil não foi lá questionar e nem pedir para não receber nada. O que a gente precisa é baixar essa temperatura. A Amazônia é importante e o Brasil sabe disso, o Brasil cuida da Amazônia”, afirmou, após firmar convênio com o Banco do Nordeste (BNB) para subsidiar políticas públicas e privadas de inovação voltadas para o desenvolvimento sustentável da agropecuária na Caatinga.
“Nós não podemos dizer que por, neste momento, termos um incêndio acontecendo, ou uma queimada acontecendo na Amazônia que o agronegócio brasileiro é o grande destruidor e, portanto, vamos fazer barreiras comerciais contra esse agronegócio”, acrescentou.

Ela destacou que a preservação ambiental é uma preocupação do país e dos produtores rurais. “Existe hoje uma preocupação do mundo com o meio ambiente e o Brasil não está fora dessa preocupação. Os produtores rurais também têm essa preocupação, porque eles são os maiores prejudicados, principalmente aqueles que usam tecnologia. Acho que está na hora de a gente fazer o papel de bombeiro aqui e não colocar mais notícias alarmantes do que querem imputar ao nosso país e aos produtores brasileiros”, destacou.
Para a ministra, é preciso diferenciar queimadas e incêndios (criminosos) e punir os culpados. “Temos que educar. Existem queimadas que, às vezes, são ilegais, feitas por grileiros, não podemos misturar todo mundo. E tem também uma parte ideológica que eu acho que a gente precisa separar, e nós brasileiros temos obrigação de defender o Brasil. Estão erradas as queimadas? Vamos para a ação. Vamos ver quem está queimando, vamos punir quem precisa ser punido, quem está fazendo errado”.
Segundo Tereza Cristina, o governo federal deve anunciar hoje medidas de combate às queimadas e já entrou em contato com os governadores da Região Norte para oferecer apoio.

Banco do Nordeste e Embrapa firmam parceria para plataforma de inteligência do Semiárido

Robinson Cipriano - A ministra Tereza Cristina assina documento da parceria
A ministra Tereza Cristina assina documento da parceria
Subsidiar a elaboração de políticas públicas e privadas para o Semiárido Nordestino. É com este objetivo que o Banco do Nordeste firmou convênio com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), nesta sexta-feira (23), em Brasília (DF). A iniciativa visa estruturar o Sistema de Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial Estratégico (SITE) para a Região, com foco no desenvolvimento sustentável da agropecuária.
O BNB financiará os estudos a serem realizados pela Embrapa Territorial (Campinas, SP) com aplicação de R$ 1,5 milhão, por meio do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci). Os recursos apoiarão pesquisas e estudos, com vistas à melhoria da produtividade dos setores econômicos, de modo a potencializar negócios. O projeto será realizado ao longo de 12 meses.
“É parte de nossa missão empresarial promover o desenvolvimento regional e fazer isso refletir na competitividade das empresas e no bem-estar das famílias de nossa área de atuação. Sendo assim, um projeto como este carrega em si o DNA do que nos move como o banco de desenvolvimento do Nordeste. Portanto, acreditamos que este investimento trará grande retorno social e econômico. É um orgulho, unirmo-nos à Embrapa para potencializar os resultados do agronegócio de todos os portes no Semiárido nordestino”, afirma o presidente do BNB, Romildo Rolim.
O SITE estará disponível a acesso público. A ferramenta apoiará ações das secretarias do Mapa e demais instituições públicas e privadas. A plataforma digital organizará, com base no conhecimento científico, informações georreferenciadas e analíticas dos quadros natural, agrícola, agrário, de infraestrutura e socioeconômico, identificadas por meio de métodos de inteligência territorial. Para cada uma das oito microrregiões prioritárias, serão indicadas soluções tecnológicas e não tecnológicas disponíveis para os principais desafios de inovação, em colaboração e compartilhamento com as unidades da Embrapa da Região.
Conforme afirma o chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, apesar do acervo de informações disponíveis sobre o Semiárido nordestino ser um dos maiores do País, os dados são temáticos e setoriais. Com a estruturação do SITE, ele reforça, será possível integrar e analisar todas as informações em uma única base de dados. “Vamos tratar de todas as informações de forma integrada e na perspectiva de análise territorial. Será um sistema inédito, com análises importantes para o desenvolvimento da agricultura de sequeiro no semiárido, entre outras possibilidades”, afirma.
Para Miranda, o desenvolvimento da agricultura de sequeiro no Semiárido nordestino ainda é um grande desafio para o País. Os dados do Censo Agropecuário de 2006 e 2017 revelam um declínio de 30% na atividade agropecuária na Região. “É preciso viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação em inteligência para a sustentabilidade da agropecuária no bioma Caatinga”, declara Miranda.
Entre as entregas do sistema está também caracterizar a repartição territorial da concentração e da densidade de 74 produtos agropecuários em 120 microrregiões, além de quantificar, caracterizar e espacializar os níveis de renda bruta dos estabelecimentos agropecuários situados na área delimitada.

Embrapa Territorial 

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

GESTÃO HÍDRICA  RN sediou encontro dos Estados receptores de água da transposição do Rio São Francisco


A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sentadas, mesa e área interna

O Governo do Rio Grande do Norte sediou nesta quinta-feira (22) na Escola de Governo do RN, a reunião interestadual com as secretarias e órgãos gestores de recursos hídricos receptores do Projeto de Integração do Rio São Francisco - PISF e a Agência Nacional das Águas. 
Na ocasião, foram discutida o apoio aos Estados para com a gestão das águas, bem como a elaboração do Plano Operativo Anual, as ações de regulação, e a formulação de planos de desenvolvimento com a utilização da água. Os Estado ainda identificaram os desafios, como também as necessidades e o desenvolvimento com a transposição.
Estiveram presentes Caramurú Paiva (IGARN), Antônio Righetto (IGARN), João Maria (SEMARH-RN), Paulo Varela (SEMARH-RN), Carlos Nobre (SEMARH-RN), Simone Silva (SEINFRA-PE), Anna Soares (SEINFRA-PE), Suzana Montenegro (APAC-PE), Fernando Lobo ( COMPESA-PE), Virgiane Melo (SEIRUMA-PB), Porcírio (AESA-PB), Anna Senna (ANA), Osmar Silva (ANA), Favia Barro (ANA), Marcílio Caetano (COGERH-CE), Roberto Rebouças (COGERH-CE), José Teixeira (SRH-CE).
 IGARN

Governo do RN consegue verba para região atingida por rompimento de barragens


O Governo do Rio Grande do Norte conquistou junto à Secretaria Nacional de Defesa Civil, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a liberação de R$ 414,6 mil. O recurso é destinado à região atingida pelo rompimento de barragens em abril deste ano.
A verba servirá para a finalização das obras na área, como a recuperação completa de parte da RN-041, e realizar o pagamento das ações feitas pelo Governo em Santana do Matos, Fernando Pedroza, Angicos e Ipanguaçu no período emergencial.
O ato é fruto do reconhecimento federal do decreto estadual de situação de emergência por rompimento de barragem, publicado após o incidente que destruiu parte da RN-041, via que liga Santana do Matos à BR-304. Na ocasião, o Governo iniciou as obras logo após o rompimento e restabeleceu o acesso em menos de cinco dias.
Publicada na quarta-feira (21), a portaria nº 1999/2019 que reconhece a situação de emergência e confirma a liberação da verba é assinada pelo secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves. O processo de liberação dos recursos não inclui o ressarcimento da verba que foi investida pelo estado nas ações de resposta coordenadas pela Defesa Civil estadual.
“Os pedidos feitos pela gestão estadual foram atendidos de forma integral pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, o que não é muito comum. A verba virá diretamente para a Defesa Civil estadual. Agora vamos aguardar o empenho do recurso, seguido da liberação financeira para a abertura dos processos de pagamento.”, explicou o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel bombeiro Marcos de Carvalho.
O processo de reconhecimento é fruto do ofício entregue pela governadora Fátima Bezerra ao gabinete da Presidência da República em 23 de abril, um dia após a publicação do decreto Nº 28.803, que reconhecia a situação de emergência em Santana do Matos, Fernando Pedroza, Angicos e Ipanguaçu após o rompimento de quatro barragens de propriedade privada. A principal ocorrência foi registrada na barragem São Miguel 1, que rompeu no dia 20 de abril.
Na ocasião, em parceria com os municípios e a Defesa Civil Nacional, o Governo montou uma força-tarefa para atuar na região Central do estado. O grupo retirou moradores da região, recuperou parcialmente a cabeceira da ponte na RN-041, que foi destruída pela água vinda do rompimento das barragens privadas, e realizou medidas de contenção em outros açudes da região, como São Miguel 2, Novo Angicos e Pataxó, que estavam em risco. O acidente ainda causou danos em propriedades rurais, atingiu o acostamento da BR-304 e rompeu adutoras e cabos de fibra óptica.

Agrinordeste vai oferecer 86 palestras gratuitas para os visitantes este ano

seminário agrinordesteCom ampla programação, o evento oferece 86 palestras gratuitas, tratando de assuntos relacionados à Apicultura, Atualidades, Avicultura, Bovinocultura de Leite, Cana-de-açúcar, Caprinovinocultura, Floricultura, Fruticultura, Horticultura, Paisagismo, Horticultura e Turismo Rural. O 27º Seminário sobre a Modernização do Setor Primário da Economia Nordestina ocorre de 24 a 26 de setembro, dentro da programação do Agrinordeste, no Centro de Convenções de Pernambuco.
Pela primeira vez, o Seminário será realizado no Pavilhão de Feiras do Cecon, possibilitando maior interação entre as atrações do Agrinordeste. As apresentações ocorrerão simultaneamente em nove auditórios. Na ocasião, os participantes terão acesso a informações atualizadas de mercado, tecnologias e políticas públicas.
Entre os temas destacam-se: Planejamento sucessório e patrimonial na atividade rural (Avicultura), ministrado por Lucídio Almeida; Desmitificando o palhiço da cana-de-açúcar, com o palestrante Marco Lorenzzo Cunali Ripoli (Cana-de-açucar); O Brasil e o Futuro da Agricultura no Mercado Internacional (Atualidades), por Lígia Dutra; A importância da palma forrageira para a sustentabilidade do semiárido é o tema de Márcio Vieira da Cunha (Bovinocultura de Leite); Cenário Atual e Perspectivas de Sustentabilidade da Ovinocaprinocultura no NE (Caprinovinocultura) será apresentado por Tadeu Vinhas Voltolini; O cultivo de uvas sem sementes no Vale do São Francisco (Fruticultura), de Patricia Coelho de Souza Leão; O mercado de paisagismo (Floricultura), por Maria Cândida de Paula; Foco no turismo rural de eventos (Turismo Rural), com a palestrante, Rosângela Saraiva Pezolito e Polinização Dirigida em Fruticultura (Apicultura), com André Amarildo Sezerino. As inscrições devem ser feitas a partir da próxima semana no endereço: www.agrinordeste.com.br.

O Agrinordeste é uma realização da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), com apoio do Sebrae Pernambuco, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Senar, Governo Federal, por meio do Banco do Nordeste e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Governo de Pernambuco, por meio da Empetur, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e AD Diper

Quais são e como prevenir os principais tipos de clostridioses em bovinos?


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Embora seja uma estimativa, o impacto das clostridioses no rebanho brasileiro é significativo: ao menos 400 mil animais morrem por ano por conta das doenças causadas pelas toxinas produzidas pelas bactérias do gênero Clostridium. “Mas eu acredito que seja até mais”, afirmou  o médico veterinário Roulber Silva, gerente técnico da Boehringer Saúde Animal, em entrevista ao Giro do Boi.
Segundo Roulber, tais bactérias têm características diferentes das demais. Sua grande capacidade de resistência ao meio ambiente dificulta seu controle e proliferação no tubo digestivo e no trato intestinal dos bovinos, causando doenças como o famoso botulismo, tétano, carbúnculo sintomático, manqueira, gangrenas gasosas e enterotoxemia.
Botulismo em gado de corte: o que é e como fazer a prevenção?
Quando um animal apresenta sintomas, a reversão do caso torna-se muito difícil. A morte é praticamente certa e raramente é um caso isolado, pois as clostridioses costumam se apresentar através de surtos em rebanhos inteiros. “Você vai ter sérios problemas no seu rebanho se não fizer a prevenção. […] Quando a gente fala de animais de produção, a gente fala de prevenção, não de tratamento”, recomendou o veterinário.
A boa notícia é que a prevenção das clostridioses pode ocorrer junto ao calendário nacional de vacinação contra a febre aftosa. Na primeira etapa da campanha, que ocorre em maio, por exemplo, o pecuarista pode aproveitar para vacinar o rebanho contra as principais tipos das doenças causadas pelas bactérias.
“É muito simples fazer a prevenção. Hoje nós temos duas campanhas no Brasil de vacinação contra a febre aftosa e o uso de vacinas para clostridioses consegue se adaptar a esses momentos, aproveitar esse manejo. O único cuidado específico a se tomar é com os bezerros. Nós podemos vaciná-los a partir dos quatro meses de idade com uma dose e entre 30 a 90 dias depois, repetir a dose. Como ela é uma vacina com toxina inativada, são duas doses iniciais. Depois o pecuarista pode fazer o reforço anual. É claro que este processo vai depender muito do tamanho do desafio da fazenda, mas de forma geral no Brasil a gente vacina o bezerro duas vezes e depois faz reforços anuais, que podem se adaptar à campanha de febre aftosa”, resumiu Roulber.
Nota do Blog: A clostridiose também ataca os rebanhos caprinos e ovinos. Após o período chuvoso, muitos produtores rurais perderam animais aqui na Região Central do Estado. Este blog publicou várias vezes, para que fosse realizado um estudo dessa bactéria que acometeu os pequenos ruminantes nesta região. 

Congresso Brasileiro do Algodão acontece na próxima semana em Goiás

Fabiano Perina - Sete unidades da Embrapa estarão presentes no congresso, com o objetivo de apresentar as novidades da pesquisa e realizar novas parcerias
Sete unidades da Embrapa estarão presentes no congresso, com o objetivo de apresentar as novidades da pesquisa e realizar novas parcerias
Terceiro maior produtor de algodão do país, o estado de Goiás vai sediar na próxima semana o 12° Congresso Brasileiro do Algodão. O evento será realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com apoio da Embrapa e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), no Centro de Convenções de Goiânia, de 27 a 29 de agosto. De acordo com dados da Conab, nesta safra Goiás produziu 71 mil toneladas da pluma, ficando atrás do Mato Grosso e Bahia, que lideram a produção nacional. O estado tem uma área plantada de 42 mil hectares, um aumento de 30% em relação à safra passada, segundo estimativa da Associação Goiana dos Produtores (Agopa). A produção concentra-se principalmente no Sudoeste goiano, na região dos chapadões e no Entorno do Distrito Federal.
De acordo com os organizadores, Goiânia foi escolhida por estar situada “no coração do cerrado brasileiro, onde se consolidou uma cotonicultura moderna, produtiva e sustentável, que hoje caracteriza o país como grande player mundial”. “Além de ter todas as condições de infraestrutura necessárias à realização de um grande evento, a capital do estado de Goiás, que está entre os maiores produtores de algodão do país, representa muito do que vivenciamos até aqui, desde que a atividade, literalmente, fincou raízes no cerrado, reinventando-se e elevando o Brasil da condição de importador para a de grande fornecedor global de uma pluma de qualidade, desejada pelo mercado e com imenso potencial de crescimento de oferta, uma vez que temos área, água, know how, tecnologia e disposição para produzir cada vez mais e melhor. Goiânia como sede simboliza a aproximação da teoria e da prática, já que as discussões terão lugar no seio da produção da fibra”, diz o presidente da Abrapa e do 12º CBA, Milton Garbugio.
O congresso é um dos maiores eventos da cotonicultura brasileira e será uma oportunidade para produtores goianos e de outras regiões do país debaterem as principais demandas do setor e se atualizarem sobre as inovações voltadas para a produção da pluma. Para esta edição, já estão inscritos mais de 2 mil participantes dos mais diversos elos da cadeia produtiva, além de delegações de outros 22 países produtores interessados em aprender com a experiência brasileira.
Esta edição tem como tema Inovação e rentabilidade na cotonicultura, com uma ampla programação de minicursos, mesas-redondas e plenárias.
7 Unidades da Embrapa estão presentes
Sete unidades da Embrapa estarão presentes no congresso, com o objetivo de apresentar as novidades da pesquisa focadas para aumentar a sustentabilidade do setor, assim como prospectar novas demandas de pesquisa junto aos principais atores dessa importante cadeia produtiva do agronegócio nacional e potenciais parceiros para o desenvolvimento de tecnologias, visando disponibiliza-las no mercado. Além Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), também levarão tecnologias para a feira a Embrapa Territorial (Campinas, SP), a Cerrados (Brasília, DF), Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), Agropecuária Oeste e Instrumentação (São Carlos, SP).
Um dos destaques da Embrapa no congresso será apresentação dos resultados da Rede de Pesquisa da Ramulária, que reúne empresas multinacionais e instituições de pesquisa com o objetivo de testar a eficiência de fungicidas contra a principal doença do algodoeiro nas principais regiões produtoras do país. “Vamos apresentar a performance dos principais fungicidas utilizados no controle da mancha de ramulária, os problemas que têm havido com a resistência destes fungicidas e estratégias de manejo para minimizar esses problemas. Com essas informações esperamos permitir ao produtor melhorar o seu programa de controle da doença e reduzir os custos com aplicações”, explica o coordenador da Rede na Embrapa, pesquisador Alderi Araújo.
A sustentabilidade do sistema de produção é outro tema de relevância para o atual contexto do agronegócio nacional. Uma das pesquisas que serão apresentadas pela equipe da Embrapa comprova o aumento do estoque de carbono no solo no cultivo do algodoeiro em sistema de plantio direto. “Além de aumentar a produtividade de algodão e de acumular mais carbono no solo, o sistema plantio direto confere maior resiliência produtiva e subsídios para expandir o comércio mundial para uma sociedade cada vez mais exigente em processos produtivos sustentáveis”, afirma o pesquisador da Embrapa Algodão Alexandre Cunha de Barcellos Ferreira, que coordena pesquisas com sistemas conservacionistas de produção no cerrado brasileiro.
Gestão territorial na cotonicultura
Pesquisadores da Embrapa Territorial apresentarão soluções de inteligência e gestão de monitoramento territorial na cotonicultura para melhorar a logística da cadeia produtiva, alertar para os momentos de maior favorabilidade à ocorrência de doenças e mensurar a contribuição dos imóveis rurais para a preservação da vegetação nativa.
Estudos desenvolvidos no Oeste da Bahia revelaram que as propriedades dedicadas ao segmento destinam, em média, 40% de suas áreas para a preservação da vegetação nativa. Nessa mesma região, geotecnologias começam a ser aplicadas para indicar, a partir de dados meteorológicos, os momentos de maior favorabilidade à ocorrência da mancha da ramulária e racionalizar a adoção de medidas de combate à doença, uma das principais ameaças à produtividade dos campos de algodão. A ideia é expandir esse trabalho para outras regiões do país com o objetivo de compreender e encontrar formas de incrementar a competitividade da cadeia produtiva.
Saúde dos solos
A equipe da Embrapa Cerrados apresentará a tecnologia de bioanálise de solo (BioAS), que ajuda a avaliar a saúde dos solos. Com essa inovação, os produtores podem solicitar aos laboratórios análises químicas e físicas dos solos, e ter acesso a informações referentes a maquinaria biológica do solo, constituída por microrganismos, raízes e fauna. Com essa informação disponível, eles poderão monitorar a saúde do solo de suas propriedades. Uma das principais vantagens da tecnologia é antecipar que tipos de mudanças ocorrem na matéria orgânica do solo em função do manejo adotado na propriedade. Trata-se de uma inovação que está alinhada ao objetivo de viabilizar tecnologias que promovam a sustentabilidade das atividades agrícolas com o equilíbrio ambiental.
Outros destaques
Outros assuntos em destaque serão a gestão da adubação com foco em sistemas e ambientes de produção para otimizar o uso de fertilizantes; manejo de plantas daninhas, nematoides, pragas e doenças; controle biológico; desempenho de cultivares de algodão; eficiência em pulverização; uso de drones na agricultura, problemas fitossanitários emergentes; e caminhos e soluções para o bicudo do algodoeiro.
Além desses temas, no estande da Embrapa serão apresentados o portifólio de cultivares de algodão, um aplicativo para alerta de pragas e doenças da cultura, implementos para facilitar o plantio do algodão em sistema orgânico, bem como estarão disponíveis publicações técnicas para os visitantes.

Embrapa Algodão