quinta-feira, 26 de julho de 2018

Nossos parabéns a esses importantes guerreiros!


O primeiro trator movido a biometano será apresentado semana que vem no Brasil


trator biometanoA Feacoop (Feira de Agronegócios Coopercitrus), que acontecerá de 30 de julho a 2 de agosto, das 08h às 18h, na EECB (Estação Experimental de Citricultura), localizada na Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 384, em Bebedouro, SP, terá este ano como tema: “Tecnologia e Sustentabilidade”. O objetivo é promover as novidades e inovações tecnológicas que visam o desenvolvimento produtivo, rentável e sustentável dos agricultores.
Focando nesse objetivo, será apresentado durante a feira o primeiro trator movido a biometano, tecnologia que representa a visão para o futuro da agricultura sustentável, já que é movido por gases naturais, provenientes dos dejetos de suínos, bovinos ou outra matéria orgânica. O motor a biometano funciona igual aos motores movidos a diesel, com a mesma potência, mas apresenta uma redução de custos operacionais de até 30% quando comparados e, principalmente, não degradam o meio ambiente.

O novo trator teve como suporte de desenvolvimento a Coopercitrus em parceria com a New Holland. Os produtores e visitantes poderão conferir toda a tecnologia do Biometano nas apresentações diárias que serão feitas durante a Feacoop.

Técnicos da Conab fiscalizam criadores do Programa de Venda em Balcão

Em caso de irregularidade, o produtor é notificado para apresentar sua defesa, atualizar seu cadastro ou devolver o valor correspondente ao produto adquirido de forma irregular


frango-aves-galinha (Foto: Globo Rural)
_A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai verificar, até 3 de agosto, as informações de cadastro dos criadores de animais atendidos pelo Programa de Vendas em Balcão (ProVB) nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco. Durante as vistorias também será averiguado se o milho comprado pelos criadores está realmente sendo destinado à alimentação dos animais, conforme as regras estabelecidas, informa a Conab, em comunicado.
Conforme a estatal, caso sejam constatadas irregularidades, o produtor é notificado para apresentar sua defesa, atualizar seu cadastro ou devolver o valor correspondente ao produto adquirido de forma irregular. No caso de faltas graves, fica impedido de participar de qualquer programa executado pela Conab por até dois anos.

No primeiro semestre deste ano já foram vistoriados 294 criadores em 18 Estados além do Distrito Federal. A fiscalização no ProVB é periódica e ocorre ao menos duas vezes ao ano, uma em cada semestre, nos 21 Estados que operam o Vendas em Balcão. As vistorias ocorrem em no mínimo 2% dos clientes atendidos no mês e/ou no mínimo 10 beneficiários do programa.
PGPM-Bio
Uma outra equipe da Conab vai atuar na fiscalização da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) no Pará. A expectativa é que sejam vistoriados 30 extrativistas até o fim da próxima semana.
Neste tipo de ação, os fiscais verificam se os beneficiários exercem de fato a atividade extrativa e conferem se as operações ocorreram conforme as normas que regem a política. Havendo inconsistência nas informações verificadas, a Conab emite notificação para que apresentem defesa. Se a inconsistência é confirmada, o extrativista ou a associação/cooperativa não recebe a subvenção ou devolvem o recurso para a Companhia, caso já tenham recebido. O beneficiário ainda poderá ser inserido no cadastro de inadimplentes, ficando impedido de participar de outro programa do governo.

CNA entrega ofício à Fazenda pedindo ajustes no Plano Safra 2018/19

A pauta de reivindicações inclui o retorno da possibilidade de financiamento de assistência técnica e elaboração de projetos com recursos do crédito rural a juros controlados


irrigação - agricultura - omnia  (Foto: Divulgação Omnia )
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou nesta quarta-feira, 25/07, ao Ministério da Fazenda ofício em que pede ajustes em alguns pontos do Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, anunciado no mês passado e que entrou em vigor no dia 1º de julho.
Conforme a confederação, a pauta de reivindicações inclui o retorno da possibilidade de financiamento de assistência técnica e elaboração de projetos com recursos do crédito rural a juros controlados, o financiamento de armazéns usados no âmbito do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e a revisão dos prazos para reembolso do crédito de custeio para cafeicultura, fruticultura e cana-de-açúcar.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, e a assessora técnica da Comissão Nacional de Política Agrícola da confederação, Fernanda Schwantes, discutiram o tema com o secretário adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, Ivandré Montiel, em reunião na sede do órgão em Brasília, de acordo com a nota.
Para Lucchi, o Plano Safra é "muito favorável aos produtores", mas alguns pontos podem ser melhorados. "O prazo de 14 meses para algumas culturas prejudica a atividade. O PCA não financia armazéns usados e isso daria condições aos produtores de construir armazéns a custos mais acessíveis e tem a questão da assistência técnica que foi retirada do crédito com recursos a juros controlados", ressaltou.
A confederação disse que o financiamento da assistência técnica e elaboração de projetos técnicos para produtores foi retirado do Manual de Crédito Rural e, em consequência disso, o produtor passou a pagar do próprio bolso projetistas para esses serviços. "Como algumas instituições financeiras exigem assistência técnica para liberar o crédito e a assistência técnica especializada é insumo de produção, essa medida precisa ser revista", defendeu a CNA. Segundo Lucchi, a confederação vai discutir o tema com os ministérios da Agricultura e da Fazenda para buscar uma solução.

Ataque de praga e falta de nutrientes danificam coqueiro anão

Confira o que fazer para resolver esses problemas


hortifruti_coco_coqueiro (Foto: Drawlio Joca / Ed. Globo)
coqueiro - anão (Foto: Gute Campos/Globo Rural)
Embora a imagem distante não permita identificar o problema, há possibilidade de os danos existentes nas folhas do coqueiro anão terem sido causados devido ao ataque de gafanhotos, que danificam os folíolos da planta. É possível perceber, no entanto, que o coqueiro também apresenta deficiência nutricional. Para recompor os nutrientes da planta, faça um coroamento de 1,5 metro de raio e adubação. Utilize uma mistura de N-P-K e adubo orgânico com esterco, de acordo com a análise do solo. Verifique ainda se há necessidade de suprimento de água, utilizando, preferencialmente, cobertura morta na zona do coroamento, para manter a umidade do solo e controlar plantas infestantes.
CONSULTOR: HUMBERTO ROLLEMBERG FONTES, engenheiro agrônomo, pesquisador em fitotecnia da Embrapa Tabuleiros Costeiros (CPATC), Av. Beira Mar, 3250, Bairro 13 de Julho, Caixa Postal 44, CEP 49025-040, Aracaju (SE), tel. (79) 4009-1311, www.embrapa.br/fale-conosco

 Quem produz alimentos no País precisa de valorização e de mais incentivos para permanecer no campo











Nesta semana comemoramos dois dias especiais: o Dia do Colono (25/07) e o Dia do Agricultor e da Agricultora (28/07). Para muitos, "colono" e "agricultor" são sinônimos: significam aquele(a) que trabalha na terra e dela tira seu sustento.

Mas há diferenças, claro. Em sua origem, colonos são aqueles(as) que vieram de outros países, ou estados, e povoaram outra região geográfica, se estabelecendo por meio do trabalho rural e mantendo suas tradições, características culturais e religiosas. Por isso, o termo é mais utilizado nas regiões sul e sudeste do Brasil, onde, no final do século 19 e início do século 20, foram grandes as migrações de trabalhadores rurais alemães, italianos, japoneses e de outras nacionalidades. Os migrantes se estabeleciam nas fazendas em regime de colonato – moravam em casas cedidas pelos(as) proprietários(as) das terras, podiam ficar com parte da produção e produzir para a própria subsistência.

O(a) agricultor(a), de acordo com dicionários e enciclopédias, é aquele que cultiva a terra, que transforma o solo e nele produz os vegetais de que precisamos para nos alimentar, alimentar aos animais, produzir tecidos e diversos materiais, como combustíveis, cosméticos, remédios, papel e uma infinidades de coisas. Assim, podemos concluir que os colonos são agricultores(as), ainda que nem todo(a) agricultor(a) seja colono.

A discussão de conceitos sobre o que significa ser trabalhador e trabalhadora rural hoje no Brasil tem feito parte da agenda do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadores Rurais (MSTTR), especialmente após a dissociação sindical das categorias de agricultores e agricultoras familiares e dos(as) assalariados e assalariadas rurais. A CONTAG, como representante específica dos agricultores e agricultoras familiares brasileiros(as), já tem debatido há aproximadamente três anos os diferentes conceitos legais e acadêmicos da agricultura familiar.

Nessa semana, inclusive, a CONTAG reúne dirigentes das Federações filiadas, em Brasília, na Oficina Nacional de Aprofundamento Temático Metodológico para Atualização do Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS). Essa discussão acontece com base nos referenciais já existentes, como as deliberações congressuais e pesquisa aplicada no 12º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (12º CNTTR), e no acúmulo dos debates sobre a representação específica da agricultura familiar.

O PADRSS é o projeto político do movimento sindical coordenado pela CONTAG que visa o desenvolvimento do campo, das florestas e das águas. Os pilares estruturantes desse projeto são a realização de uma reforma agrária ampla, massiva, de qualidade e participativa, e o fortalecimento e valorização da agricultura familiar, com o objetivo estratégico e central de promover soberania alimentar e condições de vida e trabalho com justiça e dignidade.

“Registrar e valorizar estas datas é muito importante, ainda mais no momento que estamos fazendo mudanças na estrutura da nossa organização sindical para fortalecer a agricultura familiar. As discussões dessa semana estão nos levando a refletir sobre as principais bandeiras de luta dos agricultores e agricultoras familiares, estratégias para combater os retrocessos de direitos que impactam diretamente na vida e no trabalho de quem produz alimentos no País e as lutas que precisamos travar em defesa de um projeto político includente, que valorize as pessoas no campo, que priorize os trabalhadores e trabalhadoras de uma forma geral e que promova o desenvolvimento rural sustentável e solidário. Viva os colonos! Viva os agricultores e agricultoras familiares!”, destaca o presidente da CONTAG, Aristides Santos.


Uma leguminosa que resiste aos períodos secos e fornece proteína para os animais

capim guanduO Guandu BRS Mandarim serve de alimento na época da seca, que é justamente a mais desafiadora para o oferecimento de forragem aos animais. A solução casa com oferta de material de bom valor nutritivo, alto teor de proteína, a um custo baixo e com manejo simples.
Durante o período seco, os produtores sofrem com pouca disponibilidade de forragem e baixa qualidade da pastagem, comprometendo o desempenho animal. Para evitar o efeito sanfona, boi gordo e boi magro, muitos utilizam o sistema de confinamento, no qual os bovinos recebem ração no cocho. No entanto, o custo é alto com aquisição de suplementação e necessidade de mão de obra.
A cultivar guandu BRS Mandarim em consórcio com braquiária, além de recuperar a pastagem degradada, proporciona aumento no ganho de peso individual e na lotação animal. Em experimentos realizados na Embrapa Pecuária Sudeste, novilhas mantidas em pastagem consorciada com Guandu BRS Mandarim ganharam 450 gramas de peso vivo ao dia. O estudo foi realizado comparando-se com dois outros sistemas: animais pastejando em pasto degradado e em pastagem adubada. A diferença maior foi em relação à área degradada, onde os bovinos ganharam por volta de 250 gramas por dia. Na adubada, o ganho foi de 300 gramas ao dia. De acordo com a pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira,  essa diferença no peso é bastante significativa, já que os animais que permaneceram na integração com guandu não foram suplementados. Nas outras duas áreas foi necessário utilizar suplementação mineral proteinada, a um custo adicional e desempenho inferior.
O aumento da lotação animal também chama a atenção. No consórcio com guandu, foi possível manter até 3,5 novilhas por hectare. Na pastagem degradada, de 1,5 a duas novilhas por hectare; e, na recuperada, três. “Como consequência do aumento do ganho de peso e da lotação animal, tivemos maior quantidade de carne produzida por hectare. Foi possível chegar a mais de 20 arrobas por hectare com a tecnologia do Guandu BRS Mandarim. Na área degradada não conseguimos sequer cinco arrobas por hectare”, destacou a pesquisadora.
Mesmo na seca, o guandu permanece verde e com muitas folhas, fornecendo forragem com elevado conteúdo proteico. O consumo pelos animais ocorre somente após seu florescimento, no início do inverno. Eles comem principalmente as vagens e as folhas mais velhas. O plantio do guandu BRS Mandarim deve ser realizado na estação chuvosa. A persistência na área é por volta de três anos, sendo necessário novo cultivo após esse período.

O manejo é simples. O produtor deve fazer uma roçada anual para manejar a leguminosa. O material roçado servirá de adubação verde, melhorando a fertilidade do solo e disponibilizando mais de 200 kg/ha de nitrogênio (N) à pastagem.

Treinamento capacita em avaliação do ciclo de vida e intensidade de carbono dos biocombustíveis

A Embrapa Meio Ambiente, a Fundação Espaço ECO® (FEE®) e a Agroicone, com a participação de instrutores colaboradores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), lançam um curso em cinco edições (agosto, setembro, outubro e novembro de 2018, e março de 2019), com o objetivo de promover a compreensão sobre a metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e a contabilidade da intensidade de carbono de biocombustíveis, com foco específico no Programa RenovaBio.
O “Curso de Capacitação na Metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) no Contexto do Programa RenovaBio” explorará a RenovaCalc – ferramenta para a determinação da Intensidade de Carbono de biocombustíveis e base para a certificação do Programa.
Segundo a pesquisadora Marília Folegatti Matsuura, a Embrapa Meio Ambiente, a Unicamp, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e a Agroicone estabeleceram o protocolo de avaliação de desempenho ambiental de biocombustíveis para o programa RenovaBio, em atendimento à demanda do Ministério das Minas e Energia (MME). Sua base é a metodologia de ACV, com foco na categoria de impacto Mudanças Climáticas. É aplicável aos biocombustíveis etanol, biodiesel, bioquerosene e biometano.
Os índices de Intensidade de Carbono dos Combustíveis do Programa Renovabio são estimados pela RenovaCalc, uma ferramenta que por meio do levantamento de parâmetros técnicos junto ao produtor, calcula as emissões de gases de efeito estufa do ciclo de vida dos biocombustíveis, gerando um índice de desempenho em g CO2eq/MJ de biocombustível.
Para incentivar o aumento da produção nacional de biocombustíveis, o RenovaBio deve trazer uma vantagem competitiva para as empresas que apresentarem processos produtivos com menos emissão de carbono. Para este cálculo entra a RenovaCalc.
De acordo com Marília, “ACV é uma ferramenta para avaliação de impactos ambientais baseada na contabilidade de material e energia consumidos pelos processos produtivos e emitidos para o meio ambiente durante todo o ciclo de vida de um produto, desde a extração de recursos naturais, incluindo os processos de transformação, os processos de transporte e a fase de uso e disposição final do produto. É uma metodologia com forte base científica e reconhecida internacionalmente, sendo padronizada pelas normas ISO 14040:2009 e 14044:2009”.
A gerente de Sustentabilidade Aplicada da Fundação Espaço ECO®, Juliana Silva, destaca que “do ponto de vista de diferencial competitivo, a Avaliação de Ciclo de vida tem sido utilizada por organizações para avaliarem a performance de seus produtos e atendimento à atual demanda do mercado em termos de sustentabilidade, orientando os gestores nas tomadas de decisão”.
Marília, que coordena o Grupo Técnico responsável pela elaboração do protocolo de desempenho ambiental dos biocombustíveis dentro do RenovaBio, acredita que “este será um importante estímulo à melhoria dos processos produtivos agrícolas e agroindustriais para fins energéticos, com vistas à sustentabilidade ambiental”.
Serviço
  • 1ª edição: 16.08.2018  – Fundação Espaço ECO® (São Bernardo do Campo, SP)
  • 2ª edição: 13.09.2018  – Unicamp (Campinas, SP)
  • 3ª edição: 04.10.2018  – Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP)
  • 4ª edição: 08.11.2018  – local a definir
  • 5ª edição: março 2019 – dia e local a definir
São 35 vagas. Valor: R$ 800,00
Pré inscrições neste link até 10 de agosto de 2018http://bit.ly/ACVRenovaBio
Conteúdo
  • A problemática das mudanças climáticas e seus impactos nos setores econômicos. Onde as cadeias de biocombustíveis influenciam?
  • Avaliação do ciclo de vida: conceito, características e estrutura
  • A questão da mudança de uso da terra
  • Abordagens de contabilidade de carbono: diferenças entre inventários corporativos, inventários nacionais, intensidade e pegada de carbono
  • Legislações e protocolos internacionais: semelhanças e diferenças entre o RenovaBio
  • Explorando a RenovaCalc: da teoria à prática. Como inserir os dados na calculadora?
Mais informações e dúvidas sobre o curso pelo email: espacoeco@basf.com
Os participantes deverão levar notebook com versões do Excel a partir de 2010 (compatíveis com a RenovaCalc).
Embrapa Meio Ambiente

terça-feira, 24 de julho de 2018

 A 14º Caprifeira de Afonso Bezerra foi um sucesso!

O prefeito Chico Bertuleza fez a abertura dia 20/07, sexta feira, junto com o secretário de Agricultura Renault Américo, demais secretários, vereadores, autoridades, servidores e a população em geral.

No mesmo dia, tivemos o tradicional concurso da Garota Caprifeira 2018, onde a vencedora foi Islânia Cristina.
Fotos da Caprifeira:
Fernando Soares


Agrônomo lança cachaça de cacau em festival de Ilhéus

Fruto também deve virar matéria-prima de perfume, fertilizante e combustível


cachaça-de-cacau-ilheus (Foto: Eliane Silva)
Em Ilhéus, cacau não é apenas a matéria-prima do chocolate comum ou do premium. O fruto que já representou 67% do PIB da Bahia de Jorge Amado acaba de virar cachaça e em breve deve se tornar perfume, fertilizante e até combustível. A “Cauchaça” foi lançada nesta semana pelo engenheiro agrônomo e produtor de cacau Marcelo Abrantes, no Chocolat Bahia 2018, o Festival Internacional do Chocolate e Cacau, que termina domingo (22/7) em Ilhéus.
Marcelo conta que iniciou os testes para a produção do brand em uma pequena destilaria instalada em sua fazenda, a Porto Esperança, há três anos, dentro da filosofia que norteia sua plantação em Ilhéus: extrair mais do cacau, ou seja, gerar mais renda tirando tudo que o cacau pode dar.
agronomo-cachaça-cacau (Foto: Eliane Silva/Ed.Globo)
“Já tinha experiência com cana-de-açucar e meu pai produzia cachaça em Minas. Achei, então, que seria fácil produzir a cauchaça, mas cometi muitos erros no processo até chegar à formulação correta”, conta o agrônomo que também trabalhou para terceiros com produção de leite, mandioca, coco e outras culturas. A bebida, lançada em edição limitada a 60 garrafas de 750 ml, é produzida com a destilação do mel do cacau, extraído da polpa que envolve a amêndoa do cacau.
O investimento no desenvolvimento do brand passou de R$ 400 mil, segundo o produtor, que tem capacidade de produzir mil litros por ano, mas planeja expandir para 3.000 litros em quatro anos. Para produzir um litro de cauchaça são necessários 20 litros de mel de cacau, extraídos de cerca de 900 frutos. A garrafa custa R$ 385,00.

Além do estande no festival, a Cauchaça já pode ser consumida em hoteis de Ilhéus e em breve deve chegar a outros pontos de venda no país. Os planos do produtor e da filha Marcela, formada nos EUA em comércio exterior, incluem a exportação da bebida.
A tecnificação da Fazenda Porto Esperança, que tem 100 hectares de cacau no sistema cabruca (cresce sob a sombra da mata) consorciado com seringueiras, começou em 2014.
Além do cacau commodity e da cauchaça, a fazenda produz  nibs (sementes de cacau fermentadas, secas, torradas e trituradas, usadas na culinária), amêndoas caramelizadas e granola baiana "
Os investimentos incluem fertiirrigação, plantio de clones mais resistentes à vassoura-de-buxa, praga que dizimou as lavouras baiana no final da década de 80, e mecanização de alguns processos. A renovação já atingiu metade das plantas. A produtividade no ano passado, com estiagem, foi de pouco mais de 15 arrobas por hectare (média baiana), mas a meta da família Abrantes é chegar a 150 arrobas por hectare em três anos. “Isso é totalmente possível com o uso das novas técnicas”, diz Marcelo, que obteve financiamento para investimento e custeio no Banco do Nordeste.
Além da venda do cacau commodity e da fabricação de cauchaça, a Porto Esperança já produz e comercializa mel de cacau, nibs (sementes de cacau fermentadas, secas, torradas e trituradas que podem ser consumidas ao natural ou ser usadas na culinária), amêndoas caramelizadas e granola baiana (mistura de cacau, coco e rapadura).
Inovação
Da parceria entre a Universidade Estadual de Santa Cruz, de Ilhéus, e 13 empresas públicas e privadas nasceu em abril de 2017 o CIC (Centro de Inovação de Cacau), que aproxima os produtores de amêndoas de cacau de qualidade das fábricas de chocolate. O investimento foi de aproximadamente R$ 2,1 milhão, sendo R$ 1,8 milhão das empresas. Incubado na universidade que fica na rodovia Jorge Amado, em Ilhéus, o CIC tem como objetivo elevar o cacau do patamar de commodity para o de amêndoa premium, matéria-prima dos melhores chocolates produzidos no mundo.
analise-amendoas-cacau (Foto: Eliane Silva/Ed.Globo)
“Queremos transformar a região por meio da valorização do cacau”, diz o biólogo Cristiano Vilea, diretor do CIC, lembrando que 83 municípios do sul da Bahia, entre eles Ilhéus, acabam de obter o selo de Indicação Geográfica de produção de cacau. Segundo ele, a mudança de patamar pode agregar até 140% de bônus ao produtor na venda da amêndoa no mercado, em relação ao preço pago pelo cacau commodity, avaliado atualmente em R$ 140 a arroba.
As amêndoas que chegam ao local são classificadas visualmente em tábuas por técnicos que analisam as cores e aspectos da amostra. O CIC está finalizando um software de imagem que vai tornar essa avaliação mais objetiva. A segunda análise é sensorial: provadores capacitados identificam os aromas e sabores de cada lote, assim como é feito com amostras de cafés especiais. Ao final, as amêndoas passam por análises fisico-químicas em laboratório que estabelecem os teores de acidez e adstringência, nível da fermentação, presença de contaminantes etc. Não é cobrada a análise da primeira amostra de cada produtor. As demais custam em média R$ 75. O cacauilcutor recebe ao final um laudo que poderá usar para exigir um bônus de qualidade na hora de vender seu produto para as fábricas de chocolate.
Também no espaço da universidade, o CIC está implantado uma uma planta-piloto de  chocolate, que vai testar novas formulações e também capacitar pequenos e médios produtores para fabricar suas próprias marcas, a fim de agregar ainda mais valor ao cacau.
* A repórter viajou a convite do Festival Internacional do Chocolate e Cacau

 14ª Caprifeira de Afonso Bezerra movimenta interior do Rio Grande do Norte





A tradicional Caprifeira de Afonso Bezerra chegou a sua 14º Edição, e foi realizada no Centro Rural Francisco Mateus da Costa. O Idiarn participou do evento que teve a abertura oficial na sexta-feira, 20, e seguiu até o domingo, 22. Com uma programação diversificada, a 14º Caprifeira de Afonso Bezerra contou com torneios leiteiros, palestras, estandes, concurso gastronômico, artesanato, festival de quadrilhas estilizadas e apresentações culturais.

A equipe do Idiarn esteve presente na Caprifeira, realizando a recepção dos animais, que esse ano somou mais de 300, e conferindo os exames e atestados de vacinação.

“Além disso, nossa equipe técnica realizou todo o trabalho educativo de orientação aos produtores e criadores com distribuição de panfletos e folders orientativos para a população”, afirmou o diretor geral do Idiarn, Camillo Collier.

A Feira já se consolidou no calendário de eventos do Rio Grande do Norte e faz parte do Circuito Estadual de Exposições Agropecuárias, além de movimentar o setor agropecuário do estado e a economia da cidade de Afonso Bezerra e cidades vizinhas.



Programa de Acasalamento Dirigido aumenta valor genético de bovinos

Conexão Delta G produz animais geneticamente superiores das raças Hereford e Braford com a utilização do PAD
     
O número de informações geradas atualmente nas avaliações genéticas torna cada vez mais indispensável o uso de programas computacionais na seleção dos animais e determinação dos melhores acasalamentos. Nos anos 90, foi desenvolvido pela empresa GenSys o Programa de Acasalamento Dirigido (PAD) que pode ser empregado tanto em rebanhos de raças puras quanto sintéticas, sejam eles selecionadores ou produtores de animais para o abate. Este programa que já recebeu uma série de inovações tecnológicas, vem sendo utilizado há anos pela Conexão Delta G e tem contribuído constantemente para o progresso do programa de melhoramento genético da entidade.

O presidente da Conexão Delta G, Eduardo Eichenberg, destaca que o PAD auxilia os membros da entidades nas tomadas de decisões em relação aos acasalamentos, possibilitando a produção de animais geneticamente superiores e controlando a endogamia. “Além disso, o PAD é de vital importância para o Programa Touro Jovem da Conexão Delta G, uma vez que, para definição dos touros jovens que participarão do programa, são levados em consideração, além das avaliações genética e fenotípica do animal, os resultados obtidos no PAD, através de uma simulação de acasalamentos desses candidatos com todas as novilhas da mesma geração que irão entrar em cria aos dois anos de idade. Apenas aqueles que obtêm os melhores resultados no PAD tornam-se aptos a participar dos processos de seleção do programa, cujas etapas incluem revisões dos técnicos da Conexão Delta G, da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e da central de inseminação”, explica.

De acordo com Vanerlei Mozaquatro Roso, zootecnista e PhD em genética e melhoramento animal e sócio fundador da empresa GenSys, o programa, agora em sua versão atual denominada PAD genômico, é uma ferramenta extremamente útil aos criadores na seleção das matrizes, dos touros e no planejamento dos acasalamentos. Informa que esta versão permite que decisões sobre a seleção dos indivíduos e determinação dos acasalamentos sejam tomadas simultaneamente considerando não só as Diferenças Esperadas na Progênie (DEPs) tradicionais mas também as DEPs genômicas. Roso coloca que os filtros, restrições, características avaliadas e índices devem ser especificados no arquivo de parâmetros, em consonância com o nível genético e objetivos do rebanho. E estas especificações podem ser facilmente modificadas, o que confere grande flexibilidade ao programa no atendimento às mais variadas situações. “Não existem limitações quanto ao tamanho dos rebanhos, número de características e índices,  e entre as vantagens está a produção de animais de elevado valor genético, observa.

Segundo Eichenberg, diversos trabalhos de pesquisa e avaliações conduzidas pelos integrantes da equipe do GenSys comprovam as vantagens do uso do PAD. Em um trabalho coordenado pela pesquisadora Vânia Cardoso, em 2004, comparando produtos resultantes de acasalamentos através do PAD versus acasalamentos ao acaso, foi percebido um aumento de 70% no número de animais com Certificado Especial de Identificação e Produção (Ceip), emitido pelo Ministério da Agricultura a animais geneticamente superiores nos produtos resultantes do PAD em comparação com os produtos resultantes dos acasalamentos ao acaso. “Em um acompanhamento realizado pelo GenSys entre as safras de 2000 e 2012, comparando os índices gerados pelo PAD e os índices finais de fato, obtidos após as avaliações de sobreano, foi notada uma correlação de 86%, extremamente alta, corroborando a eficácia do uso PAD”, salienta.