Indústria de carne suína nega irregularidades na exportação
ABPA, que representa o setor, vê com preocupação a suspensão de compras anunciada pela Rússia
Representante
da indústria brasileira de carne suína, a Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA) afirma ver com preocupação a decisão da Rússia,
de suspender as importações do produto. Em nota divulgada nesta
terça-feira (21/11), a entidade nega irregularidades nos embarques. A decisão da Rússia foi anunciada na segunda-feira (20/11).
No
comunicado, a ABPA afirma que o setor cumpre requisitos sanitários não
apenas da Rússia, mas de outros 70 mercados para os quais exporta seus
produtos. Diz ainda que espera um rápido esclarecimento da situação por
parte do Ministério da Agricultura (Mapa).
“O setor está seguro
sobre as características de seu produto, e garante que a produção de
carne suína embarcada não utiliza ractopamina”, diz a nota da indústria
de carne suína, informando que todos os subsídios necessários ao
trabalho do Ministério serão fornecidos.
Representante do setor de carne bovina, a Associação Brasileira
da Indústria Exportadora (Abiec) não se pronunciou. A assessoria
informou que a entidade ainda aguarda informações por parte do
Ministério da Agricultura.
Censo Agropecuário 2017 mostra o retrato do setor no país
No primeiro mês de coleta de dados
foram 1 milhão de estabelecimentos visitados. No total, serão cerca de
5,3 milhões até fevereiro de 2018
Com
o objetivo de traçar um cenário atualizado sobre a agropecuária
brasileira, retratando o seu contexto em nível de produção, estrutura e
performance, o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola 2017, que está
sendo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), completa seu primeiro mês de pesquisas. A expectativa nessa fase
inicial de coleta de dados já foi atingida, com 1 milhão de
estabelecimentos agropecuários visitados no país. A partir de agora e ao
longo de cinco meses – até fevereiro de 2018 –, cerca de 20 mil
recenseadores do IBGE executarão a mesma atividade em todas as unidades
de produção nacional, estimadas em cerca de 5,3 milhões.
O Censo
Agro é a principal e mais completa análise estatística e territorial
sobre a produção agropecuária do Brasil. Com o resultado da pesquisa,
torna-se possível fazer análises sobre reestruturações, ajustes e
mudanças de processo no segmento, contribuindo assim para fomentar uma
série de iniciativas no setor. São algumas delas: a avaliação de
políticas públicas para redistribuição de terras; estudos sobre expansão
das fronteiras agrícolas; potencialização da produção com tecnologias.
Além da obtenção de mais informações sobre indicadores ambientais,
unidades de conservação ambiental, terras indígenas, bacias
hidrográficas, biomas, assentamentos fundiários e áreas remanescentes de
quilombos, por exemplo.
A Coordenadora Operacional de Censos,
Maria Vilma Sales Garcia, ressalta que as diferenças entre as regiões de
um país continental como o Brasil são as maiores dificuldades no
planejamento e na execução de uma pesquisa desta proporção. “A
diversidade regional torna tudo mais complicado. É muito mais fácil
entrevistar estabelecimentos da região Sudeste, como no Rio de Janeiro
ou São Paulo. Visitar municípios no Amazonas, Pará, exige mais
disponibilidade porque as formas de acesso são muito mais complexas. No
Norte, você precisa alugar barco ou avião, tem as áreas indígenas, onde
há conflitos de terra. A dificuldade maior é mesmo a diversidade
geográfica”, explica a responsável pela operação do Censo, que envolveu a
contratação de mais de 26 mil pessoas.
São incluídos no Censo,
independentemente de seu tamanho ou de estarem na área rural ou urbana,
todos os estabelecimentos agropecuários brasileiros que abrangem uma
unidade de produção ou exploração empenhada, total ou parcialmente, a
atividades agropecuárias, florestais e aquícolas e cuja produção
destina-se à venda ou à subsistência.
Identificação dos agentes
Cerca
de 19 mil recenseadores são responsáveis por mapear 5.570 municípios do
território nacional. Saber identificar esses recenseadores é
fundamental para a eficiência do trabalho e segurança dos produtores
visitados. Os agentes estão uniformizados com um colete azul-cobalto,
onde há um crachá, além de portarem um DMC (Dispositivo Móvel de Coleta)
para a coleta dos dados, feita por meio de um questionário.
No
crachá, de fundo branco e localizado no lado esquerdo na altura do
peito do colete, há foto do profissional, e logo abaixo, o QRcode, uma
das novidades deste censo. Esse código permite, usando um celular, a
leitura da criptografia, que é redirecionada ao site do IBGE para a
checagem dos dados do agente pelo produtor. Também há no crachá o nome
completo do recenseador, número da identidade, função, matrícula e
validade do documento.
Igualmente importante é verificar se o
recenseador tem em mãos o DMC, obrigatório para cumprir o questionário. É
pelo dispositivo que serão registradas as informações dos
estabelecimentos, assim como o georreferenciamento de cada propriedade.
Em
caso de dúvida, a consulta da identidade do agente do IBGE também pode
ser feita pelo endereço https://respondendo.ibge.gov.br/ e pelo telefone
0800 721 8181 (apenas por telefone fixo ou público). É importante se
certificar da identificação do recenseador, assim como é fundamental
contribuir respondendo corretamente as informações solicitadas na
pesquisa.
Depois da coleta de dados, primeira etapa do trabalho,
as informações são checadas por agentes censitários supervisores e
agentes censitários regionais. Tudo feito numa plataforma online do
IBGE, para evitar dados conflitantes e erros.
Antônio Florido,
gerente técnico do Censo, ressalta a importância do IBGE ter um bom
relacionamento com os produtores, pois são eles os responsáveis por
fornecer os dados para a construção de estatísticas relevantes para a
sociedade e o planejamento de políticas públicas. “O dado não é do IBGE,
mas do informante. Quanto melhor a informação dada ao IBGE, melhor será
a estatística que vai ser disponibilizada para a população. O IBGE não
constrói dados, e sim a estatística com base no dado informado.”
O
primeiro Censo Agropecuário feito no Brasil foi em 1920. Dezesseis anos
mais tarde, nascia o IBGE, que passou a ser o responsável pela
realização dos censos. De 1940 a 1970, eles foram feitos a cada dez anos
e, depois, a cada cinco (1975, 1980 e 1985). Houve interrupção da
pesquisa em 1990, que retornou em 1996. O último levantamento foi
realizado em 2007.
A morte do Velho Chico ameaça a Convivência com o Semiárido
Do ensaio Nem água, nem terra - pescador pega dois peixes no São Francisco em Pau Preto | Foto: João Roberto Ripper
A
Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) soma-se às muitas vozes das
lideranças, comunidades ribeirinhas, povos tradicionais, movimentos
sociais, comitês de bacias, pastorais sociais e especialistas para
denunciar a morte do Rio São Francisco e exigir do Estado brasileiro
ações imediatas para reverter tal quadro de penúria, abandono,
exploração, descaso e privatização de suas águas.
O Rio totalmente brasileiro sustenta milhares de ribeirinhos nos 160
municípios que banha, ao longo dos cinco estados que percorre (Minas
Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) e também é fonte de vida e
renda para quem vive em seu entorno. No entanto, este mesmo manancial
que garante vida digna para muita gente que vive no Semiárido, passa por
um dos piores momentos de sua existência, segundo relatos das
populações rurais e de cidades ribeirinhas, e também de acordo com os
relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA).
Os mais de 500 anos de exploração do rio, em especial o barramento de
suas águas, provocaram o assassinato e expulsão de povos originários
dos seus territórios, escravização de povos negros, alagamento de
grandes áreas e inundação de cidades ribeirinhas, devastação das matas,
águas demandadas e poluídas. O Cerrado está sendo destruído! Em seu
lugar implanta-se o agronegócio com suas monoculturas para exportação e a
mineração o que provoca a destruição das áreas de recargas de águas da
Bacia. A caatinga está sendo retirada para dar lugar à fruticultura e à
cana-de-açúcar irrigada. Este desmonte da cobertura vegetal natural
provoca o entulhamento do Rio e neste cenário de devastação e exploração
das águas do Velho Chico espalham-se diversos conflitos por terra e
águas dos povos tradicionais que resistem em luta.
Sementes da Tradição serão reconhecidas em Lei Estadual na próxima quinta-feira
Banco de sementes de família da comunidade Catolé, em Lajes Pintadas-RN (Foto: José Bezerra)
A ASA Potiguar desenvolve atualmente um processo visando a criação da
Rede de Sementes da Tradição, no Rio Grande do Norte, com diversas
atividades, incluindo levantamento da diversidade de sementes, encontros
das Sementes da Tradição nos territórios de Mato Grande, Trairi e Médio
Oeste e um Encontro Estadual. A Lei que reconhece e legaliza a
definição das Sementes da Tradição, no Rio Grande do Norte, de autoria
do Deputado Fernando Mineiro, será votada na Assembleia Legislativa, em
Natal, na próxima quinta-feira, 23 de novembro, às 14 horas, em uma
Audiência Pública.
Todas as instituições que compõem a Asa Potiguar estão sendo
convocadas pelo coordenador, Marcírio Lemos, e pelo GT de
Agrobiodiversidade para participarem da Audiência. A proposta da Lei de
Sementes da Tradição foi feita pelo GT de Agrobiodiversidade da ASA
Potiguar, conjuntamente com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura
Familiar (FETRAF) e Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio
Grande do Norte (FETARN), e acolhida pelo deputado Fernando Mineiro, que
apresentou a proposta na Assembleia Legislativa.
Para o coordenador estadual da Asa Potiguar, Marcírio Lemos, a
aprovação da Lei vai fortalecer o trabalho visando a criação da Rede de
Sementes da Tradição. “Precisamos fortalecer esse processo para a
concretização da Rede. Discutir sementes nos dias atuais é discutir os
bens da natureza. Portanto, é um debate estratégico e da maior
relevância para fazer frente às investidas do capital”, comentou o
coordenador em mensagem dirigida às organizações que fazem parte da Asa
Potiguar.
Fotos de Encontros Territoriais das Sementes da Tradição:
A Emater-RN está nos preparativos para comemorar, junto
aos seus servidores, o Dia Nacional do Extensionista Rural, que acontece
em todo o país no dia 6 de dezembro. Porém, a programação no Rio Grande
do Norte ocorrerá nos dias 14 e 15 de dezembro, com o “II Seminário de
ATER: o fortalecimento e inovação da Agricultura Familiar no Rio Grande
do Norte” e a ” I Mostra de Boas Práticas em ATER”.
Os
extensionistas terão a oportunidade de inscrever seus trabalhos,
atividades práticas e/ou “causos” referentes às experiências exitosas do
cotidiano do Extensionista Rural desenvolvidas na instituição.
Os
vídeos dos “Causos” devem ser encaminhados para o e-mail da Assessoria
de Comunicação Social da EMATER-RN: assecom.emater.rn@gmail.com.
Curso - Exame Andrológico em Pequenos Ruminantes Domésticos.
Este curso visa habilitar os participantes a realizar o exame
andrológico em caprinos e ovinos, identificando animais saudáveis e
facilitando o êxito da reprodução no rebanho. O exame andrológico avalia
a capacidade reprodutiva de animais machos, combinando avaliação
clínica e exame de fertilidade, por meio de coleta de sêmen. Direcionado
a médico-veterinários e estudantes de Medicina-Veterinária. Estudantes
devem ter cursado a disciplina de Fisiopatologia da Reprodução ou
Andrologia Animal ou similares. É indispensável a apresentação na
inscrição do CRMV (profissionais) e comprovante de matrícula e histórico
escolar (estudantes). Investimento: - R$ 400,00 (profissional) e R$
350,00 (estudante), sem hospedagem. - R$ 625,00 (profissional) e R$
450,00 (estudante), com hospedagem e alimentação no Nutec (Núcleo de
Treinamento e Capacitação) da Embrapa Caprinos e Ovinos. Inscrições (20
vagas): http://bit.ly/exameandrologico
A inscrição inclui: material didático, insumos para realização do
conteúdo prático, deslocamento do hotel para o local do curso na
modalidade sem hospedagem. Na modalidade com hospedagem, além do
material didático e insumos, o participante terá direito a 3 diárias no
Nutec (3 pernoites, 3 cafés da manhã, 3 almoços e 3 jantares).
terça-feira, 21 de novembro de 2017
RN entrega Títulos de Domínio a assentados do PA Zabelê
A Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Norte realizou
na última sexta-feira (17/11) a entrega de 225 Títulos de Domínios (TD) a
famílias do Projeto de Assentamento Zabelê, que engloba as agrovilas
Santo Antônio, Aracati e Cajá, no município de Touros. A cerimônia
marcou a concretização de um sonho dos assentados, que aguardavam há
mais de 20 anos a posse definitiva de seus lotes.
Criado em 1993, o PA Zabelê tem cerca de 10 mil hectares e suas
agrovilas dispõem de escolas, habitação, rede elétrica e de
abastecimento de água, cisternas, casas de farinha e viveiros para
piscicultura. De acordo com o superintendente regional do Incra no Rio
Grande do Norte, José Leonardo Guedes Bezerra, a entrega dos documentos
às 225 famílias marca uma nova etapa do processo de titulação de lotes
da reforma agrária no Estado.
“Com o comprometimento de toda a equipe da Superintendência, o Incra
superou dificuldades e realizou a entrega dos Títulos de Domínio para
essas famílias. Outros projetos de assentamento serão atendidos nos
próximos meses. Dessa forma, a autarquia cumpre sua obrigação e respeita
o direito das famílias assentadas, que é o de ser dona de seu pedaço de
terra”, destacou o superintendente.
Bezerra disse ainda que a entrega dos títulos no PA Zabelê tinha um
significado especial para ele: “Como servidor do Incra, participei da
equipe que, em 1993, realizou a vistoria dos imóveis rurais que hoje
integram o assentamento. Depois de 24 anos, como superintendente, tenho o
privilégio de vir aqui e fazer a entrega dos títulos.” Reparar injustiça
O diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento, Ewerton
Giovanni dos Santos, salientou que a entrega dos títulos no PA Zabelê
tinha duplo significado: respeitar o direito dos assentados e “corrigir
uma injustiça”:
“Há 16 anos, houve uma entrega de títulos no PA Zabelê. No entanto,
logo em seguida, os documentos foram recolhidos. O assentado sentiu o
gostinho de ser dono de seu pedaço de terra, mas isso durou pouco.
Pegaram de volta os títulos, dizendo que ocorrera um problema e que
seriam devolvidos logo. Só agora, com a diretriz do Governo de titular
os lotes da reforma agrária, pudemos corrigir uma injustiça que
perdurava há muito tempo. Quero, em nome do Incra, pedir desculpas aos
assentados, ainda que não seja da atual direção do instituto a
responsabilidade pela falha”, explicou o diretor. Vocação versátil
O PA Zabelê se situa em uma região com vocação para o cultivo de
sequeiro, frutas, mandioca, batata, feijão e abóbora. A produção dos
assentados é comercializada em feiras de Touros e de municípios
vizinhos. A titulação dos lotes abre uma nova perspectiva econômica para
as famílias das agrovilas Santo Antônio, Cajá e Aracati, que podem se
beneficiar da instalação de parques eólicos.
A região onde se localiza o PA se tornou um dos principais polos de
geração de energia eólica, graças aos ventos fortes e constantes. Com
isso, há a possibilidade de os assentados terem uma fonte de renda
alternativa: os royalties pagos pela produção de eletricidade.
Rússia anuncia restrições temporárias à carne suína e bovina do Brasil
Ministro Blairo Maggi diz que medida atinge apenas algumas empresas
O
serviço veterinário e fitossanitário da Rússia, Rosselkhoznadzor,
anunciou nesta segunda-feira (20/11), em nota publicada no site da
instituição, que vai impor restrições temporárias à carne bovina e suína
do Brasil a partir de 1º de dezembro. Segundo o departamento russo, a
medida se deve à detecção na carne exportada de substâncias como
ractopamina e outros estimulantes para o crescimento da massa muscular
dos animais.
"Infelizmente, o Rosselkhoznadzor é forçado a afirmar
que, de acordo com os estudos laboratoriais, os estimulantes de
crescimento banidos foram novamente detectados nos produtos de criação
de gado que chegam à Rússia do Brasil em 2017", afirma.
A Rússia
diz ainda que, "para regular a situação e obter informações confiáveis
do lado brasileiro", o Rosselkhoznadzor enviou uma proposta ao
Ministério da Agricultura, no dia 16 de novembro, para conversar o mais
rápido possível. "No entanto, o diálogo com o lado brasileiro não
ocorreu até o presente", diz o departamento russo.
Algumas empresas
O
Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira
(20/11), em entrevista coletiva, que as restrições da Rússia à carne
bovina e suína do Brasil se referem apenas a algumas empresas e que
essas companhias devem corrigir o problema identificado. "Se alguma
empresa fraudou, deixou passar ou não conseguiu controlar isso, cabe a
eles fazerem essas adequações", afirmou.
Nesta segunda, o serviço
veterinário e fitossanitário russo, Rosselkhoznadzor, publicou nota
afirmando que vai impor restrições temporárias à carne bovina e suína do
Brasil a partir de 1º de dezembro. Segundo o departamento russo, a
medida se deve à detecção de substâncias como ractopamina e outros
estimulantes para o crescimento da massa muscular de animais nos
alimentos enviados ao país.
Segundo Maggi, o uso da substância é
liberado no Brasil, mas proibido na Rússia e demais países da Europa,
mas o ministério faz um controle sobre isso relativo às exportações.
A
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga, nesta terça-feira (21), a
análise dos preços de frutas e hortaliças nas principais CEASAs do país no mês
de outubro.
O
11º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de
Abastecimento em 2017 mostra que há uma tendência de queda nos preços das
frutas e alta nas hortaliças.
O
Boletim reúne dados das centrais de abastecimento do DF e de SP, RJ, MG, ES,
PR, GO, CE e PE.
Os
dados serão publicados no site da
Companhia às 9h, adianta informação da assessoria de imprensa da estatal, em
Brasília.
Após
a divulgação, os técnicos responsáveis pelo levantamento estarão à disposição
da imprensa.
O uso de forragens para obter mais alimentos para os animais
O
cultivo de forrageiras traz economia para o pecuarista que podem gastar
menos com a compra de rações para complementar a alimentação dos
animais. Plantas forrageiras são boas alternativas para a alimentação de
todos os rebanhos, desde os gados de leite e de corte até ovinos e
caprinos, pois são um alimento saudável para os animais.
Quanto mais o pecuarista cultivar forrageiras, menor será a
necessidade do usar grãos para alimentar seus rebanhos. Com isto, os
custos de produção ficam menores. E algo bom para os produtores do sul
do Brasil é que o clima desta região permite o cultivo de praticamente
todas as espécies de forrageiras. É o que lembra Renato Fontaneli,
pesquisador da Embrapa Trigo que participa do Prosa Rural “Na região sul
temos a possibilidade de produzir pasto o ano todo. Podemos cultivar
todas as espécies que se cultiva na região tropical e praticamente todas
as espécies que se cultiva na região temperada”.
Mas o produtor precisa estar atento à melhor época para o cultivo das
forrageiras, principalmente quando também trabalha com culturas
agrícolas. Neste caso, a recomendação da Embrapa é pela adoção do
sistema de rotação de culturas.
Extensionistas
rurais da Emater-RN participaram do Curso de Formação de Agentes de
Ater para atuar e executar o projeto Dom Helder Câmara, promovido pela
Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater, em
parceria com a Emater-RN.
O
curso foi realizado no Centro de Treinamento da Emater-RN - CENTERN, em
São José do Mipibu, do dia 13 a 17. Reunindo 86 técnicos de diversos
municípios, o evento contou com a participação de representantes da
Anater, vindos de Brasília/DF.
O
projeto D. Helder Câmara tem como objetivo melhorar o acesso da
população rural a políticas públicas e na geração de oportunidades de
acesso a mercados. Uma das ações de maior destaque é a oferta de
assistência técnica continuada, focada nas demandas e no interesse das
famílias beneficiárias.
No
Rio Grande do Norte, o projeto irá contemplar 65 municípios,
beneficiando 2.731 famílias. No total, serão investidos R$ 14.479.657,04
no estado.
Para
a diretora geral da Emater-RN, Cátia Lopes, “esse projeto, aliado a
outras políticas públicas desenvolvidas pela Emater, promoverá o
desenvolvimento e garantirá mais qualidade de vida às famílias rurais”.
“Essa
capacitação é muito importante para a nossa rede de técnicos
extensionistas, que levarão a nova ater para as famílias dos
agricultores rurais contribuindo para o processo de fortalecimento, da
qualificação e do aumento da produtividade”, enfatizou Cátia Lopes.
De
acordo com Iracema de Paula, coordenadora da Gerência de Formação de
ATER da Anater, "Atingimos o nosso objetivo de capacitar os agentes.
Aqui no Rio Grande do Norte tivemos um grupo muito participativo. A
anater tem a proposta de trabalhar a formação pública continuada,
finalizamos a primeira fase de captação do projeto Dom Hélder Câmara. O
objetivo do nosso curso é qualificar os agentes para fortalecer o
serviço de assistência técnica e extensão rural no país. Continuaremos
acompanhando e assistindo a execução do projeto no estado".
Durante
a execução do projeto, a Emater-RN, como forma de fortalecimento das
ações, irá trabalhar diversos temas, como agroecologia, atividades
não-agrícolas, avicultura, beneficiamento da produção, bovinocultura,
caprinocultura, comercialização da produção, organização de bancos de
sementes, ovinocultura, piscicultura, entre outros.
Projeto D. Helder Câmara
O
projeto beneficiará 63 mil famílias de agricultores de 917 municípios
em 11 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito
Santo (Sudeste). Para o eixo assistência técnica e extensão rural o
investimento será de R$ 196 milhões, até abril de 2020. Realizado pela
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário
(Sead), o projeto D. Helder Câmara contempla outros eixos, que serão
realizados pela própria Sead e seus parceiros.
DESCOBERTA
Nova geração de fertilizantes pode aumentar produtividade das culturas em 25%
Fabricados a partir de nanopartículas de metais de transição
Uma nova geração
de fertilizantes, fabricada a partir de nanopartículas de metais de
transição (como ferro, cobre e cobalto) promete aumentar a produtividade
agrícola em 25%. A novidade foi desenvolvida por cientistas russos da
National University of Science and Technology MISiS, Ryazan State
Agrotechnological University e na Derzhavin Tambov State University.
De acordo com os pesquisadores,
microelementos dos metais de transição influem diretamente no
crescimento e fortalecem os sistemas de defesa da planta contra pragas e
doenças. “Desenvolvemos um fertilizante de uma nova geração com base em
nanopartículas de metais, o que nos permite otimizar significativamente
a tecnologia de uma série de ações agroquímicas”, afirmou o chefe do
projeto, Alexander Gusev.
“Essas
partículas de metais de transição têm um poderoso efeito estimulante
sobre o crescimento da planta na fase de crescimento inicial. Assim, a
futura planta é abastecida com um suprimento de microelementos
necessários no estágio de semeadura, o que nos permite melhorar a
germinação do campo, aumentar a resistência à adversidade e, finalmente,
obter uma melhor colheita - como os experimentos mostraram os números
aumentam 20-25 por cento”, complementa.
Para resolver o problema da alta
mobilidade e tendência de fusão das nanopartículas, Gusev conta que usa
estabilizadores orgânicos e processamento ultrassônico de soluções
coloidais. “Agora, depois de receber resultados de pesquisa de campo
encorajadores, é necessário descobrir como um novo fertilizante atuará
em diferentes solos, em relação a diferentes culturas e também é
necessário avaliar de forma abrangente sua segurança ambiental antes de
recomendá-lo para uso generalizado”, disse o cientista.