quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Indústria de carne suína nega irregularidades na exportação

ABPA, que representa o setor, vê com preocupação a suspensão de compras anunciada pela Rússia



lombo-suino-carne-porco-sebrae (Foto: Divulgação/ABCS)
Representante da indústria brasileira de carne suína, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirma ver com preocupação a decisão da Rússia, de suspender as importações do produto. Em nota divulgada nesta terça-feira (21/11), a entidade nega irregularidades nos embarques. A decisão da Rússia foi anunciada na segunda-feira (20/11).
No comunicado, a ABPA afirma que o setor cumpre requisitos sanitários não apenas da Rússia, mas de outros 70 mercados para os quais exporta seus produtos. Diz ainda que espera um rápido esclarecimento da situação por parte do Ministério da Agricultura (Mapa).
“O setor está seguro sobre as características de seu produto, e garante que a produção de carne suína embarcada não utiliza ractopamina”, diz a nota da indústria de carne suína, informando que todos os subsídios necessários ao trabalho do Ministério serão fornecidos.
Representante do setor de carne bovina, a Associação Brasileira da Indústria Exportadora (Abiec) não se pronunciou. A assessoria informou que a entidade ainda aguarda informações por parte do Ministério da Agricultura.

Censo Agropecuário 2017 mostra o retrato do setor no país

No primeiro mês de coleta de dados foram 1 milhão de estabelecimentos visitados. No total, serão cerca de 5,3 milhões até fevereiro de 2018



Receber o recenseador é fundamental para que o Censo Agro mapeie o setor com eficiência (Foto: Arquivo IBGE)
Com o objetivo de traçar um cenário atualizado sobre a agropecuária brasileira, retratando o seu contexto em nível de produção, estrutura e performance, o Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola 2017, que está sendo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), completa seu primeiro mês de pesquisas. A expectativa nessa fase inicial de coleta de dados já foi atingida, com 1 milhão de estabelecimentos agropecuários visitados no país. A partir de agora e ao longo de cinco meses – até fevereiro de 2018 –, cerca de 20 mil recenseadores do IBGE executarão a mesma atividade em todas as unidades de produção nacional, estimadas em cerca de 5,3 milhões.
O Censo Agro é a principal e mais completa análise estatística e territorial sobre a produção agropecuária do Brasil. Com o resultado da pesquisa, torna-se possível fazer análises sobre reestruturações, ajustes e mudanças de processo no segmento, contribuindo assim para fomentar uma série de iniciativas no setor. São algumas delas: a avaliação de políticas públicas para redistribuição de terras; estudos sobre expansão das fronteiras agrícolas; potencialização da produção com tecnologias. Além da obtenção de mais informações sobre indicadores ambientais, unidades de conservação ambiental, terras indígenas, bacias hidrográficas, biomas, assentamentos fundiários e áreas remanescentes de quilombos, por exemplo.
A Coordenadora Operacional de Censos, Maria Vilma Sales Garcia, ressalta que as diferenças entre as regiões de um país continental como o Brasil são as maiores dificuldades no planejamento e na execução de uma pesquisa desta proporção. “A diversidade regional torna tudo mais complicado. É muito mais fácil entrevistar estabelecimentos da região Sudeste, como no Rio de Janeiro ou São Paulo. Visitar municípios no Amazonas, Pará, exige mais disponibilidade porque as formas de acesso são muito mais complexas. No Norte, você precisa alugar barco ou avião, tem as áreas indígenas, onde há conflitos de terra. A dificuldade maior é mesmo a diversidade geográfica”, explica a responsável pela operação do Censo, que envolveu a contratação de mais de 26 mil pessoas.
São incluídos no Censo, independentemente de seu tamanho ou de estarem na área rural ou urbana, todos os estabelecimentos agropecuários brasileiros que abrangem uma unidade de produção ou exploração empenhada, total ou parcialmente, a atividades agropecuárias, florestais e aquícolas e cuja produção destina-se à venda ou à subsistência.
Identificação dos agentes
Cerca de 19 mil recenseadores são responsáveis por mapear 5.570 municípios do território nacional. Saber identificar esses recenseadores é fundamental para a eficiência do trabalho e segurança dos produtores visitados. Os agentes estão uniformizados com um colete azul-cobalto, onde há um crachá, além de portarem um DMC (Dispositivo Móvel de Coleta) para a coleta dos dados, feita por meio de um questionário.
A ACS Vivian Cristina de Souza e a  recenseadora Jaymara Farias Araújo  (Foto: Arquivo IBGE)
No crachá, de fundo branco e localizado no lado esquerdo na altura do peito do colete, há foto do profissional, e logo abaixo, o QRcode, uma das novidades deste censo. Esse código permite, usando um celular, a leitura da criptografia, que é redirecionada ao site do IBGE para a checagem dos dados do agente pelo produtor. Também há no crachá o nome completo do recenseador, número da identidade, função, matrícula e validade do documento.
Igualmente importante é verificar se o recenseador tem em mãos o DMC, obrigatório para cumprir o questionário. É pelo dispositivo que serão registradas as informações dos estabelecimentos, assim como o georreferenciamento de cada propriedade.
Em caso de dúvida, a consulta da identidade do agente do IBGE também pode ser feita pelo endereço https://respondendo.ibge.gov.br/ e pelo telefone 0800 721 8181 (apenas por telefone fixo ou público). É importante se certificar da identificação do recenseador, assim como é fundamental contribuir respondendo corretamente as informações solicitadas na pesquisa.
Depois da coleta de dados, primeira etapa do trabalho, as informações são checadas por agentes censitários supervisores e agentes censitários regionais. Tudo feito numa plataforma online do IBGE, para evitar dados conflitantes e erros.
Antônio Florido, gerente técnico do Censo, ressalta a importância do IBGE ter um bom relacionamento com os produtores, pois são eles os responsáveis por fornecer os dados para a construção de estatísticas relevantes para a sociedade e o planejamento de políticas públicas. “O dado não é do IBGE, mas do informante. Quanto melhor a informação dada ao IBGE, melhor será a estatística que vai ser disponibilizada para a população. O IBGE não constrói dados, e sim a estatística com base no dado informado.”
O primeiro Censo Agropecuário feito no Brasil foi em 1920. Dezesseis anos mais tarde, nascia o IBGE, que passou a ser o responsável pela realização dos censos. De 1940 a 1970, eles foram feitos a cada dez anos e, depois, a cada cinco (1975, 1980 e 1985). Houve interrupção da pesquisa em 1990, que retornou em 1996. O último levantamento foi realizado em 2007.
A morte do Velho Chico ameaça a Convivência com o Semiárido

 
Do ensaio Nem água, nem terra - pescador pega dois peixes no São Francisco em Pau Preto | Foto: João Roberto Ripper
A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) soma-se às muitas vozes das lideranças, comunidades ribeirinhas, povos tradicionais, movimentos sociais, comitês de bacias, pastorais sociais e especialistas para denunciar a morte do Rio São Francisco e exigir do Estado brasileiro ações imediatas para reverter tal quadro de penúria, abandono, exploração, descaso e privatização de suas águas.
O Rio totalmente brasileiro sustenta milhares de ribeirinhos nos 160 municípios que banha, ao longo dos cinco estados que percorre (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe) e também é fonte de vida e renda para quem vive em seu entorno. No entanto, este mesmo manancial que garante vida digna para muita gente que vive no Semiárido, passa por um dos piores momentos de sua existência, segundo relatos das populações rurais e de cidades ribeirinhas, e também de acordo com os relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA).
Os mais de 500 anos de exploração do rio, em especial o barramento de suas águas, provocaram o assassinato e expulsão de povos originários dos seus territórios, escravização de povos negros, alagamento de grandes áreas e inundação de cidades ribeirinhas, devastação das matas, águas demandadas e poluídas. O Cerrado está sendo destruído! Em seu lugar implanta-se o agronegócio com suas monoculturas para exportação e a mineração o que provoca a destruição das áreas de recargas de águas da Bacia. A caatinga está sendo retirada para dar lugar à fruticultura e à cana-de-açúcar irrigada. Este desmonte da cobertura vegetal natural provoca o entulhamento do Rio e neste cenário de devastação e exploração das águas do Velho Chico espalham-se diversos conflitos por terra e águas dos povos tradicionais que resistem em luta.

Sementes da Tradição serão reconhecidas em Lei Estadual na próxima quinta-feira

Banco de sementes de família da comunidade Catolé, em Lajes Pintadas-RN (Foto: José Bezerra)
Banco de sementes de família da comunidade Catolé, em Lajes Pintadas-RN (Foto: José Bezerra)
A ASA Potiguar desenvolve atualmente um processo visando a criação da Rede de Sementes da Tradição, no Rio Grande do Norte, com diversas atividades, incluindo levantamento da diversidade de sementes, encontros das Sementes da Tradição nos territórios de Mato Grande, Trairi e Médio Oeste e um Encontro Estadual. A Lei que reconhece e legaliza a definição das Sementes da Tradição, no Rio Grande do Norte, de autoria do Deputado Fernando Mineiro, será votada na Assembleia Legislativa, em Natal, na próxima quinta-feira, 23 de novembro, às 14 horas, em uma Audiência Pública.
Todas as instituições que compõem a Asa Potiguar estão sendo convocadas pelo coordenador, Marcírio Lemos, e pelo GT de Agrobiodiversidade para participarem da Audiência. A proposta da Lei de Sementes da Tradição foi feita pelo GT de Agrobiodiversidade da ASA Potiguar, conjuntamente com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF) e Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN), e acolhida pelo deputado Fernando Mineiro, que apresentou a proposta na Assembleia Legislativa.
Para o coordenador estadual da Asa Potiguar, Marcírio Lemos, a aprovação da Lei vai fortalecer o trabalho visando a criação da Rede de Sementes da Tradição. “Precisamos fortalecer esse processo para a concretização da Rede. Discutir sementes nos dias atuais é discutir os bens da natureza. Portanto, é um debate estratégico e da maior relevância para fazer frente às investidas do capital”, comentou o coordenador em mensagem dirigida às organizações que fazem parte da Asa Potiguar.
Fotos de Encontros Territoriais das Sementes da Tradição:
III Encontro Sementes da Tradição do Trairi, 28 e 29 (foto cedida) (5) III Encontro Sementes da Tradição do Trairi, 28 e 29 (foto cedida) (8) III Encontro Sementes da Tradição do Trairi, 28 e 29 (foto cedida) (9) III Encontro Sementes da Tradição do Trairi, 28 e 29 (foto cedida) (16) III Encontro Sementes da Tradição do Trairi, 28 e 29 (foto cedida) (24) III Encontro Sementes da Tradição do Trairi, 28 e 29 (foto cedida) (28)




 Emater-RN realizará atividades em comemoração ao Dia do Extensionista





A Emater-RN está nos preparativos para comemorar, junto aos seus servidores, o Dia Nacional do Extensionista Rural, que acontece em todo o país no dia 6 de dezembro. Porém, a programação no Rio Grande do Norte ocorrerá nos dias 14 e 15 de dezembro, com o “II Seminário de ATER: o fortalecimento e inovação da Agricultura Familiar no Rio Grande do Norte” e a ” I Mostra de Boas Práticas em ATER”.

Os extensionistas terão a oportunidade de inscrever seus trabalhos, atividades práticas e/ou “causos” referentes às experiências exitosas do cotidiano do Extensionista Rural desenvolvidas na instituição.

Para ter acesso ao edital, clique aqui.

Confira o Tutorial para realizar a inscrição no Ceres.

Os vídeos dos “Causos” devem ser encaminhados para o e-mail da Assessoria de Comunicação Social da EMATER-RN: assecom.emater.rn@gmail.com.



Curso - Exame Andrológico em Pequenos Ruminantes Domésticos.


Este curso visa habilitar os participantes a realizar o exame andrológico em caprinos e ovinos, identificando animais saudáveis e facilitando o êxito da reprodução no rebanho. O exame andrológico avalia a capacidade reprodutiva de animais machos, combinando avaliação clínica e exame de fertilidade, por meio de coleta de sêmen. Direcionado a médico-veterinários e estudantes de Medicina-Veterinária. Estudantes devem ter cursado a disciplina de Fisiopatologia da Reprodução ou Andrologia Animal ou similares. É indispensável a apresentação na inscrição do CRMV (profissionais) e comprovante de matrícula e histórico escolar (estudantes). Investimento: - R$ 400,00 (profissional) e R$ 350,00 (estudante), sem hospedagem. - R$ 625,00 (profissional) e R$ 450,00 (estudante), com hospedagem e alimentação no Nutec (Núcleo de Treinamento e Capacitação) da Embrapa Caprinos e Ovinos. Inscrições (20 vagas): http://bit.ly/exameandrologico A inscrição inclui: material didático, insumos para realização do conteúdo prático, deslocamento do hotel para o local do curso na modalidade sem hospedagem. Na modalidade com hospedagem, além do material didático e insumos, o participante terá direito a 3 diárias no Nutec (3 pernoites, 3 cafés da manhã, 3 almoços e 3 jantares). 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

RN entrega Títulos de Domínio a assentados do PA Zabelê



A Superintendência Regional do Incra no Rio Grande do Norte realizou na última sexta-feira (17/11) a entrega de 225 Títulos de Domínios (TD) a famílias do Projeto de Assentamento Zabelê, que engloba as agrovilas Santo Antônio, Aracati e Cajá, no município de Touros. A cerimônia marcou a concretização de um sonho dos assentados, que aguardavam há mais de 20 anos a posse definitiva de seus lotes.
Criado em 1993, o PA Zabelê tem cerca de 10 mil hectares e suas agrovilas dispõem de escolas, habitação, rede elétrica e de abastecimento de água, cisternas, casas de farinha e viveiros para piscicultura. De acordo com o superintendente regional do Incra no Rio Grande do Norte, José Leonardo Guedes Bezerra, a entrega dos documentos às 225 famílias marca uma nova etapa do processo de titulação de lotes da reforma agrária no Estado.
“Com o comprometimento de toda a equipe da Superintendência, o Incra superou dificuldades e realizou a entrega dos Títulos de Domínio para essas famílias. Outros projetos de assentamento serão atendidos nos próximos meses. Dessa forma, a autarquia cumpre sua obrigação e respeita o direito das famílias assentadas, que é o de ser dona de seu pedaço de terra”, destacou o superintendente.
Bezerra disse ainda que a entrega dos títulos no PA Zabelê tinha um significado especial para ele: “Como servidor do Incra, participei da equipe que, em 1993, realizou a vistoria dos imóveis rurais que hoje integram o assentamento. Depois de 24 anos, como superintendente, tenho o privilégio de vir aqui e fazer a entrega dos títulos.”
Reparar injustiça
O diretor de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento, Ewerton Giovanni dos Santos, salientou que a entrega dos títulos no PA Zabelê tinha duplo significado: respeitar o direito dos assentados e “corrigir uma injustiça”:
“Há 16 anos, houve uma entrega de títulos no PA Zabelê. No entanto, logo em seguida, os documentos foram recolhidos. O assentado sentiu o gostinho de ser dono de seu pedaço de terra, mas isso durou pouco. Pegaram de volta os títulos, dizendo que ocorrera um problema e que seriam devolvidos logo. Só agora, com a diretriz do Governo de titular os lotes da reforma agrária, pudemos corrigir uma injustiça que perdurava há muito tempo. Quero, em nome do Incra, pedir desculpas aos assentados, ainda que não seja da atual direção do instituto a responsabilidade pela falha”, explicou o diretor.
Vocação versátil
O PA Zabelê se situa em uma região com vocação para o cultivo de sequeiro, frutas, mandioca, batata, feijão e abóbora. A produção dos assentados é comercializada em feiras de Touros e de municípios vizinhos. A titulação dos lotes abre uma nova perspectiva econômica para as famílias das agrovilas Santo Antônio, Cajá e Aracati, que podem se beneficiar da instalação de parques eólicos.
A região onde se localiza o PA se tornou um dos principais polos de geração de energia eólica, graças aos ventos fortes e constantes. Com isso, há a possibilidade de os assentados terem uma fonte de renda alternativa: os royalties pagos pela produção de eletricidade.

Rússia anuncia restrições temporárias à carne suína e bovina do Brasil

Ministro Blairo Maggi diz que medida atinge apenas algumas empresas


tv-carne-expotacao-MS-EUA (Foto: Reprodução)
O serviço veterinário e fitossanitário da Rússia, Rosselkhoznadzor, anunciou nesta segunda-feira (20/11), em nota publicada no site da instituição, que vai impor restrições temporárias à carne bovina e suína do Brasil a partir de 1º de dezembro. Segundo o departamento russo, a medida se deve à detecção na carne exportada de substâncias como ractopamina e outros estimulantes para o crescimento da massa muscular dos animais.
"Infelizmente, o Rosselkhoznadzor é forçado a afirmar que, de acordo com os estudos laboratoriais, os estimulantes de crescimento banidos foram novamente detectados nos produtos de criação de gado que chegam à Rússia do Brasil em 2017", afirma.
A Rússia diz ainda que, "para regular a situação e obter informações confiáveis do lado brasileiro", o Rosselkhoznadzor enviou uma proposta ao Ministério da Agricultura, no dia 16 de novembro, para conversar o mais rápido possível. "No entanto, o diálogo com o lado brasileiro não ocorreu até o presente", diz o departamento russo.
Algumas empresas
O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira (20/11), em entrevista coletiva, que as restrições da Rússia à carne bovina e suína do Brasil se referem apenas a algumas empresas e que essas companhias devem corrigir o problema identificado. "Se alguma empresa fraudou, deixou passar ou não conseguiu controlar isso, cabe a eles fazerem essas adequações", afirmou.
Nesta segunda, o serviço veterinário e fitossanitário russo, Rosselkhoznadzor, publicou nota afirmando que vai impor restrições temporárias à carne bovina e suína do Brasil a partir de 1º de dezembro. Segundo o departamento russo, a medida se deve à detecção de substâncias como ractopamina e outros estimulantes para o crescimento da massa muscular de animais nos alimentos enviados ao país.
Segundo Maggi, o uso da substância é liberado no Brasil, mas proibido na Rússia e demais países da Europa, mas o ministério faz um controle sobre isso relativo às exportações.

Brasília: Conab anuncia nesta terça o 11º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros


Imagem: Ilustração
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga, nesta terça-feira (21), a análise dos preços de frutas e hortaliças nas principais CEASAs do país no mês de outubro.
O 11º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento em 2017 mostra que há uma tendência de queda nos preços das frutas e alta nas hortaliças.
O Boletim reúne dados das centrais de abastecimento do DF e de SP, RJ, MG, ES, PR, GO, CE e PE.
Os dados serão publicados no site da Companhia às 9h, adianta informação da assessoria de imprensa da estatal, em Brasília.
Após a divulgação, os técnicos responsáveis pelo levantamento estarão à disposição da imprensa.

O uso de forragens para obter mais alimentos para os animais

forrageirasO cultivo de forrageiras traz economia para o pecuarista que podem gastar menos com a compra de rações para complementar a alimentação dos animais. Plantas forrageiras são boas alternativas para a alimentação de todos os rebanhos, desde os gados de leite e de corte até ovinos e caprinos, pois são um alimento saudável para os animais.
Quanto mais o pecuarista cultivar forrageiras, menor será a necessidade do usar grãos para alimentar seus rebanhos. Com isto, os custos de produção ficam menores. E algo bom para os produtores do sul do Brasil é que o clima desta região permite o cultivo de praticamente todas as espécies de forrageiras. É o que lembra Renato Fontaneli, pesquisador da Embrapa Trigo que participa do Prosa Rural “Na região sul temos a possibilidade de produzir pasto o ano todo. Podemos cultivar todas as espécies que se cultiva na região tropical e praticamente todas as espécies que se cultiva na região temperada”.

Mas o produtor precisa estar atento à melhor época para o cultivo das forrageiras, principalmente quando também trabalha com culturas agrícolas. Neste caso, a recomendação da Embrapa é pela adoção do sistema de rotação de culturas.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Técnicos da Emater-RN são capacitados pela Anater



Extensionistas rurais da Emater-RN participaram do Curso de Formação de Agentes de Ater para atuar e executar o projeto Dom Helder Câmara, promovido pela Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater, em parceria com a Emater-RN.
 
O curso foi realizado no Centro de Treinamento da Emater-RN - CENTERN, em São José do Mipibu, do dia 13 a 17. Reunindo 86 técnicos de diversos municípios, o evento contou com a participação de representantes da Anater, vindos de Brasília/DF.
 
O projeto D. Helder Câmara tem como objetivo melhorar o acesso da população rural a políticas públicas e na geração de oportunidades de acesso a mercados. Uma das ações de maior destaque é a oferta de assistência técnica continuada, focada nas demandas e no interesse das famílias beneficiárias.
No Rio Grande do Norte, o projeto irá contemplar 65 municípios, beneficiando 2.731 famílias. No total, serão investidos R$ 14.479.657,04 no estado.
 
Para a diretora geral da Emater-RN, Cátia Lopes, “esse projeto, aliado a outras políticas públicas desenvolvidas pela Emater, promoverá o desenvolvimento e garantirá mais qualidade de vida às famílias rurais”.
 
“Essa capacitação é muito importante para a nossa rede de técnicos extensionistas, que levarão a nova ater para as famílias dos agricultores rurais contribuindo para o processo de fortalecimento, da qualificação e do aumento da produtividade”, enfatizou Cátia Lopes.
 
De acordo com Iracema de Paula, coordenadora da Gerência de Formação de ATER da Anater,  "Atingimos o nosso objetivo de capacitar os agentes. Aqui no Rio Grande do Norte tivemos um grupo muito participativo. A anater tem a proposta de trabalhar a formação pública  continuada, finalizamos a primeira fase de captação do projeto Dom Hélder Câmara. O objetivo do nosso curso é qualificar os agentes para fortalecer  o serviço  de assistência técnica e extensão rural no país. Continuaremos acompanhando e assistindo a execução do projeto no estado".
 
Durante a execução do projeto, a Emater-RN, como forma de fortalecimento das ações, irá trabalhar diversos temas, como agroecologia, atividades não-agrícolas, avicultura, beneficiamento da produção, bovinocultura, caprinocultura, comercialização da produção, organização de bancos de sementes, ovinocultura, piscicultura, entre outros.
 
Projeto D. Helder Câmara
 
O projeto beneficiará 63 mil famílias de agricultores de 917 municípios em 11 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais e Espírito Santo (Sudeste). Para o eixo assistência técnica e extensão rural o investimento será de R$ 196 milhões, até abril de 2020. Realizado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), o projeto D. Helder Câmara contempla outros eixos, que serão realizados pela própria Sead e seus parceiros.

DESCOBERTA

Nova geração de fertilizantes pode aumentar produtividade das culturas em 25%

Fabricados a partir de nanopartículas de metais de transição
     
Uma nova geração de fertilizantes, fabricada a partir de nanopartículas de metais de transição (como ferro, cobre e cobalto) promete aumentar a produtividade agrícola em 25%. A novidade foi desenvolvida por cientistas russos da National University of Science and Technology MISiS, Ryazan State Agrotechnological University e na Derzhavin Tambov State University.

De acordo com os pesquisadores, microelementos dos metais de transição influem diretamente no crescimento e fortalecem os sistemas de defesa da planta contra pragas e doenças. “Desenvolvemos um fertilizante de uma nova geração com base em nanopartículas de metais, o que nos permite otimizar significativamente a tecnologia de uma série de ações agroquímicas”, afirmou o chefe do projeto, Alexander Gusev. 

“Essas partículas de metais de transição têm um poderoso efeito estimulante sobre o crescimento da planta na fase de crescimento inicial. Assim, a futura planta é abastecida com um suprimento de microelementos necessários no estágio de semeadura, o que nos permite melhorar a germinação do campo, aumentar a resistência à adversidade e, finalmente, obter uma melhor colheita - como os experimentos mostraram os números aumentam 20-25 por cento”, complementa.

Para resolver o problema da alta mobilidade e tendência de fusão das nanopartículas, Gusev conta que usa estabilizadores orgânicos e processamento ultrassônico de soluções coloidais. “Agora, depois de receber resultados de pesquisa de campo encorajadores, é necessário descobrir como um novo fertilizante atuará em diferentes solos, em relação a diferentes culturas e também é necessário avaliar de forma abrangente sua segurança ambiental antes de recomendá-lo para uso generalizado”, disse o cientista.