quinta-feira, 25 de agosto de 2016

 RN ESTUDA VIABILIDADE ECONÔMICA DE TRANSFORMAR ÁGUA DO MAR EM POTÁVEL



A estiagem prolongada pelo quinto ano consecutivo preocupa todo o Nordeste brasileiro. No Rio Grande do Norte não é diferente. Mas, é em meio a esse cenário que surge a esperança. Os dessalinizadores de água do mar podem ser a solução para transformar a água salgada (do oceano) em potável, e assim abastecer grande parte dos municípios potiguares – que são castigados pela seca. 

A medida já está sendo estudada desde o ano passado pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), pelo Instituto de Gestão de Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn) e outros órgãos. De acordo com o titular da Semarh, Mairton França, o projeto é viável tecnicamente e já tem uma concepção pronta, mas é preciso avaliar a viabilidade econômica para o Estado. 

A tecnologia já é aplicada em Israel. “A concepção está pronta. Mas, é preciso a regulamentação da lei que prevê o uso do percentual de 3% de energia eólica e solar para a dessalinização. Temos que definir procedimentos. Sabemos que é viável tecnicamente, só estamos avaliando se é viável economicamente”, afirmou Mairton. 

Mairton conta que o Estado vem analisando o projeto desde o ano passado. Macau seria o município por onde se deve começar o trabalho. A cidade, que possui aproximadamente 25 mil habitantes, está localizada numa ilha, banhada pelo desaguar do rio Piranhas/Açu e o oceano Atlântico. Apesar de ser banhada por água, embora salgada, é uma das várias que sofrem com a estiagem.

“Esse projeto é de máxima importância para o Estado, no entanto não é a principal prioridade hoje porque estamos em calamidade e pela questão financeira – porque precisamos de recursos e o Governo Federal está um pouco fechado”, ressaltou o secretário. 

Em contraponto a isso, por conta da reutilização da água salgada, Israel tem se destacado. O país sofria severa seca quando, em meados de 2007, através de incentivo do governo, quatro usinas dessalinizadoras foram instaladas. O país recicla 86% de seu esgoto doméstico e 55% deste é aplicado na agricultura. De fato, um exemplo, tanto é que em novembro de 2015 representantes da Semarh e Igarn foram a Israel conhecer de perto o que pode salvar os potiguares da seca. 

Diante da atual situação hídrica não só do RN, mas do Nordeste, e as previsões climáticas negativas ao excesso de chuvas, o projeto de dessalinização da água salgada torna­se uma das principais alternativas para combater a seca. 

Em conversa com o jornal MOSSORÓ HOJE, o secretário Mairton afirmou que os níveis dos reservatórios continuam em situação preocupante. A barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do Estado, chega pela primeira vez na história a marcar 17% de sua capacidade total, que é de 2,4 bilhões de metros cúbicos de água. Já o açude Itans, em Caicó, só terá água para abastecimento até fevereiro de 2017. O reservatório está com apenas 5% de sua capacidade total, que é de 81,7 milhões de metros cúbicos. As regiões Seridó e Alto Oeste são as que mais estão sofrendo com a seca.


BLOG SERTÃO RN:

Asbraer grava programas sobre experiências exitosas de ATER no interior do RN


EMATER/ASSECOM

Nas últimas segunda e terça-feira (22 e 23) a Emater-RN recebeu a visita do jornalista e assessor de comunicação da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Ramon Paiva. A instituição tem sede em Brasília-DF. O jornalista veio conhecer algumas ações realizadas pela Emater no interior do Estado.
A visita teve como objetivo a gravação de vídeos sobre algumas das experiências exitosas de extensão rural mantidas pela Emater nos municípios de Bom Jesus, Brejinho, Jaçanã, Monte das Gameleiras e Currais Novos. Os vídeos serão veiculados no programa Momento Inovação, exibido pela TV NBR às quartas-feiras, nos horários: 09h10, 12h10, 18h10 e 20h10.

Cientista apresenta, em Praga, nova proposta de rota para obtenção de etanol 2G

Camila Florêncio - Pesquisadora propõe coquetel enzimático para obtenção do etanol 2G
Pesquisadora propõe coquetel enzimático para obtenção do etanol 2G
A pesquisadora Cristiane Sanchez Farinas vai apresentar em Praga, capital da República Checa, um estudo que propõe uma rota simplificada para a obtenção de etanol de segunda geração, mais rápido e menos oneroso. A pesquisa é um dos trabalhos que a cientista vai expor no 22º Congresso Internacional de Engenharia Química (CHISA 2016), que será realizado de 27 a 31 de agosto.
Apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com recursos de cerca de R$ 300 mil, o estudo resultou em um coquetel enzimático mais eficiente na sacarificação de biomassa lignocelulósica e produção de etanol ao experimentar o cultivo misto de dois fungos, o Trichoderma reesei e Arpergillus oryzae. O processo demonstrou uma diferença significativa em termos de glicose liberada durante a reação de hidrólise quando comparado ao cultivo individual de fungos.
"Os níveis de glicose liberados na hidrólise do bagaço de cana-de-açúcar utilizando o coquetel enzimático, obtido a partir do cultivo misto, resultaram em um ganho de cerca de 50%, comparado com o melhor cultivo individual, que foi com o fungo Arpergillus niger", afirma a pesquisadora.
Para o processo de conversão de biomassa a etanol, a pesquisa usou enzimas produzidas in-house, na hidrólise, em vez de comerciais. Ou seja, foram usadas enzimas do meio fermentado integral de fungos filamentosos cultivados por fermentação em estado sólido (FES).
De acordo com a pesquisadora, foram avaliadas a seleção e validação das condições de cultivo para maximizar a produção de enzimas usando diretamente o bagaço de cana-de-açúcar pré-tratado por explosão a vapor (BEX) como substrato da FES por diferentes fungos cultivados de forma isolada e em co-cultivo, incluindo o estudo da utilização de farelo de trigo e lactose como indutores na produção de enzimas.
Cristiane explica que ao utilizar o meio integral da FES é possível eliminar até três etapas do processo, que são a extração, a filtração e a centrifugação, oferecendo vantagens em termos de redução de custos do processo, além de evitar a geração de efluentes.
"Espera-se, com este projeto, o levantamento de informações que contribuam efetivamente para gerar os avanços tecnológicos necessários para o aumento da eficiência do uso da biomassa vegetal como fonte de energia renovável", acrescenta a pesquisadora.
Segundo Cristiane, a obtenção do etanol a partir de materiais lignocelulósicos pela rota bioquímica ainda apresenta alguns obstáculos técnicos para a utilização de todo o potencial produtivo, como a recalcitrância – dificuldade de degradação da biomassa - e a inacessibilidade da biomassa lignocelulósica, o alto custo das enzimas,  além da necessidade de se encontrar microrganismos capazes de fermentar eficientemente esses açúcares.
Por isso, a rota simplificada é vista pela pesquisadora como um avanço tecnológico necessário para aumentar a eficiência do uso da biomassa vegetal como fonte de energia renovável.
Orientada por Cristiane Sanchez Farinas, a pesquisa que propõe a simplificação do processo de conversão de biomassa a etanol, por meio da integração da produção de enzimas in-house foi apresentada pela estudante de engenharia química Larissa Maehara, ao programa de pós-graduação em engenharia química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para obtenção do título de mestrado, em 2016.
Além dessa pesquisa, Cristiane ainda vai apresentar um estudo para melhorar a solubilização de fosfato natural, utilizando a combinação de rota mecânica com biológica.
Para a pesquisadora, apresentar trabalhos em eventos internacionais é uma oportunidade de mostrar à comunidade científica o que é desenvolvido pela Embrapa, além de permitir novas colaborações e interações.
CHISA
O CHISA é um dos principais eventos da Federação Europeia de Engenharia Química. O objetivo é proporcionar aos engenheiros, cientistas, pesquisadores, técnicos, estudantes, entre outros interessados, uma plataforma para apresentação dos últimos resultados de pesquisa, um intercâmbio de ideias, oportunidades de novos contatos, além de se estabelecer como palco de novas colaborações.
Para esta edição são esperados mais de 1500 trabalhos, que devem ser apresentados por cerca de 1000 participantes. O CHISA teve início em 1962, sendo que a partir de 1972 passou a ser realizado em Praga. Paralelo ao CHISA, será realizado a 19ª Conferência sobre Integração de Processos, Modelagem e Otimização de Economia de Energia e Redução da Poluição (PRES 2016)

Embrapa Instrumentação

Ministro debate economia de baixo carbono


Paulo de Araújo/MMA
Sarney Filho e Marina Grossi
Em evento da Frente Parlamentar Ambientalista, Sarney Filho recebe contribuições empresariais para o país atingir as metas do Acordo de Paris.

WALESKA BARBOSA
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, defendeu um padrão de desenvolvimento que respeite as futuras gerações e os direitos difusos da sociedade. Segundo o ministro, uma economia de baixo carbono é, também, uma janela de oportunidades para o crescimento. “Investir na biodiversidade pode ser um grande salto e um diferencial do Brasil frente aos desafios colocados pelas mudanças climáticas”.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (24/08), durante Café da Manhã promovido pela Frente Parlamentar Ambientalista, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Na ocasião, integrantes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) apresentaram contribuições da classe para o cumprimento das metas do Acordo de Paris, baseadas em dois estudos: Financiamento à Energia Renovável: Entraves, Desafio e Oportunidades e Consumo Eficiente de Energia Elétrica: Uma agenda para o Brasil.
Veja as fotos
De acordo com a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a entidade não preparou apenas  documentos, mas propostas de alternativas e soluções para os problemas encontrados. “Sem a contribuição do empresariado dificilmente o Brasil vai atingir as metas colocadas no Acordo. E estamos aqui dispostos a contribuir e a dialogar com o Ministério, parlamentares e a sociedade”, afirmou.
Os estudos apontaram para um subemprego do potencial energético do Brasil e para abundância de recursos que permitiriam a diversificação da matriz energética nacional e destacaram as dificuldades que o setor empresarial enfrenta para a alocação de recursos que permitiriam a criação de uma nova infraestrutura, baseada em fontes renováveis.
Sarney Filho reforçou que sua pasta deve ser vista como parceira e não como antagonista no enfrentamento ao aquecimento global. O objetivo do Brasil é cortar as emissões de carbono em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005.

ENERGIA RENOVÁVEL

O CEO da Siemens Brasil, Paulo Starks, disse que é um contrassenso que o país não realize um grande número de obras para a geração de fontes de energia renovável. “Por que aqui os projetos ecoeficientes não despertam a mesma atração que têm em outros países?”, questionou.

Ele defendeu a criação de mecanismos que ofereçam garantias ao capital estrangeiro para investimentos a longo prazo, a criação de fundos temáticos e mudanças regulatórias para dar agilidade e retirar entraves burocráticos que, segundo ele, inviabilizam negócios sustentáveis no país. “São pequenas coisas, mas coisas de impacto extremamente forte para o destravamento de investimentos em projetos verdes”.

Para o CEO da General Electric Brasil, Gilberto Peralta, o Brasil não precisa de projetos mirabolantes para usar melhor o seu potencial energético. “O país não precisa desenvolver nenhuma tecnologia. Basta usar as que já existem”, disse. Ele acredita  que o uso de equipamentos adequados e uma revisão nos padrões de iluminação seriam soluções simples capazes de economizar 5% do consumo atual do país.
A  superintendente executiva e de sustentabilidade do Santander, Linda Murasawa, afirmou que o setor produtivo nunca esteve tão engajado às questões ambientais como no Acordo de Paris. Mas no caso do Brasil, ressaltou, os estudos do CEBDS apontam muitas fragilidades e riscos. Linda defendeu a necessidade de mitigação dos entraves para viabilizar projetos, bem como a participação do poder público e da sociedade civil para enfrentar os desafios colocados ao setor produtivo.
O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Ricardo Tripoli, destacou a participação da instância na rápida aprovação na Câmara dos Deputados do texto do Acordo de Paris, também já aprovado no Senado.

O secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Edson Duarte, também citou a rapidez com que o Brasil aprovou o texto e chamou a atenção para o papel da Frente Parlamentar no processo. “A presença do CEBDS aqui é simbólica, estratégica e importante para uma política de baixo carbono e de novos padrões de produção e consumo. O mundo espera isso de nós. O Brasil ratificou o acordo e tem pela frente o grande desafio de sua implementação e o MMA está muito empenhado nisso”.


Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Vem aí a EXPOLAJES 2016

Está sendo aguardada com bastante ansiedade pelos produtores da região central do RN, a 22ª EXPOLAJES, que será realizada no início do próximo mês de setembro no Parque de Exposições Deputado Nélio Dias, em Lajes do Cabugí. A procura por currais, já está quase se esgotando. A expectativa por parte dos organizadores, é que será uma das maiores exposições já realizadas na cidade de Lajes.

Parabéns Vereador/Agropecuarista

O NOSSATERRA envia neste dia os nossos parabéns ao grande parlamentar e agropecuarista, Pedro avelinense, Agtônio Soares. Que Deus sempre proteja você e sua família, amigo.

CONVITE PARA CONSELHO DELIBERATIVO DA FETARN

Resultado de imagem para CONSELHO DELIBERATIVO DA FETARN
Nesta quarta feira, inicia o CONSELHO DELIBERATIVO DA FETARN, e de acordo com a diretoria da FETARN, estamos contando com a presenças de centenas de sindicatos filiados a nossa federação, para discutirem assuntos de interesse da categoria e aprovações e deliberações para o segundo semestre do ano.
Este encontro vai ser de dois dias 24 e 25 de Agosto do corrente ano, onde os sindicatos debatem e tiram encaminhamentos para trazer para a base rural e repassar as informações para os agricultores familiares.
A FETARN tambem contara com a presença de entidades parceiras do movimento sindical durante o evento em NATAL/RN.

Expectativa de queda no volume exportado de carne bovina in natura em agosto




Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira semana de agosto (quinze dias úteis), o Brasil exportou 56,9 mil toneladas de carne bovina in natura. A média diária foi de 3,8 mil toneladas.
O volume embarcado diariamente caiu 3,1% em relação ao mês passado e foi 10,9% menor na comparação com o mesmo período do ano passado.
Se este volume se mantiver, o volume total exportado em agosto será de aproximadamente 87,4 mil toneladas, o que representaria uma queda de 2,2% em relação a agosto de 2015. Será também o segundo mês consecutivo de recuo no volume exportado, quando comparado ao mês anterior.

Início da moagem da cana em Pernambuco abre vagas para trabalhadores rurais

Usinas cruangiA moagem da usina Coaf/Cruangi, em Timbaúba, começa hoje. A expectativa é de esmagar cerca de 430 mil toneladas de cana e fabricar 32 milhões de litros de etanol. E o começo desta temporada aquecerá o mercado de trabalho na região. A previsão é de dobrar o número de empregados no parque fabril. E contratar 3,5 mil funcionários para o corte e transporte da cana nas propriedades de 800 agricultores cooperados da usina nos municípios de Timbaúba, Vicência, Condado, Macaparana, Itaquitinga, Nazaré da Mata, Ferreiros, Aliança, Goiana, Itambé, Buenos Aires e Carpina.
A usina passou a ser uma cooperativa de centenas de agricultores depois de arrendada em 2015, passando a se chamar Coaf/Cruangi. Coaf é o nome da cooperativa em questão. Depois de iniciada a moagem, a usina deve ficar funcionando 24 horas por dia até janeiro de 2017, período previsto para encerrar a produção no local. A previsão é de aumentar em quase 45% a produção de álcool em comparação a fabricação na safra passada, que foi de 22 milhões de litros. Esta é a segunda moagem consecutiva da Coaf/Cruangi depois de arrendada e administrada por canavieiros ligados à Cooperativa da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf/AFCP).
O governo do Estado apoia esta iniciativa. “O governador Paulo Câmara ampliou em 2015 o crédito presumido do ICMS do etanol produzido na usina por ela ser gerida por agricultores via cooperativismo, o que tem contribuído para restabelecer o desenvolvimento socioeconômico no local através da forte vocação desta região, que é a cana”, diz Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf e AFCP. O crédito presumido subiu de 12% para 18,5% por cada litro de etanol produzido na cooperativa.

 Leilões da Conab venderam 23,8 mil t de milho

O cereal, armazenado em Mato Grosso, se destina a ração animal
Em dois leilões de venda ocorridos nesta terça-feira (23), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou 50 mil toneladas de milho à granel para a regularização do mercado. A quantidade comercializada foi de 5,9 mil t e 17,8 mil t, o que chega ao total de 23,8 mil t vendidas.
 
O produto se destina a criadores que utilizam o grão na ração animal e está armazenado em Mato Grosso, nos municípios de Pedra Preta, Ipiranga do Norte, Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Ubiratã, Sorriso e Várzea Grande. O valor total arrecadado com as vendas superou R$ 9,99 mi.
    
Esses pregões fazem parte das 500 mil t de milho que foram autorizadas pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos (CIEP) no mês passado, para conter a alta na cotação do milho e seu impacto nos preços das carnes de frango e de suínos no mercado interno. Outras 500 mil t já haviam sido comercializadas pela Conab entre fevereiro e março deste ano, com o mesmo objetivo.
NOTA DO BLOG: Aproveitando o gancho, gostaria de informar que o milho adquerido a CONAB-Assú, aos produtores de Fernando Pedroza, esta semana, estava em péssimas condições. No meio de 20 sacas, apenas 4 ou 5, estavam em boas condições. Estamos comprando milho velho e caro. 

Água Doce chega a Aningas, em Sergipe


Marcos Rodrigues/Agencia Sergipe de Notícias  
Josefa de Jesus, de Serra da Guia (SE): vida melhor
Programa é considerado medida de adaptação às mudanças climáticas por proporcionar acesso à água no semiárido. Entrega será nesta sexta.


O Programa Água Doce (PAD) conclui mais um sistema de dessalinização no estado de Sergipe. A comunidade de Aningas, no município de Nossa Senhora da Glória, a 150 quilômetros da capital do estado, será beneficiada com a chegada da água potável nesta sexta-feira, 26 de agosto. O PAD é uma ação do governo federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com outras instituições federais, estaduais, municipais e da sociedade civil.

Antes da inauguração do sistema em Aningas, nesta quarta-feira (24/08) ocorrerá, em Aracaju, curso de capacitação sobre atualização da metodologia do PAD para técnicos executores dos convênios, núcleos estaduais e consultores contratados pelos dez estados envolvidos. “Até o momento, temos 120 participantes confirmados”, adianta Solange Amarilis, do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas do MMA. Na quinta-feira (25/08), acontece a 2ª reunião de acompanhamento da execução do PAD 2016.
A inauguração do sistema em Aningas beneficiará 120 famílias, que receberão 40 litros de água por dia cada, provenientes de sistema de dessalinização alimentado por um poço com vazão de dois mil litros por horas.
A solenidade contará com a presença do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), Ricardo Soavinski; do coordenador nacional do Programa Água Doce, Renato Saraiva Ferreira; do secretário de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Olivier Ferreira das Chagas; da coordenadora estadual do Programa Água Doce de Sergipe, Patrícia Prado Cabral Souza; além de prefeitos e representantes das comunidades que serão beneficiadas.
No estado de Sergipe, outra comunidade, a quilombola de Serra da Guia, no município de Poço Redondo, recebeu o sistema de dessalinização em outubro de 2015. Na ocasião, a moradora da comunidade Josefa de Jesus (foto) comemorou a chegada do sistema, que "melhora os serviços" cotidianos.
A previsão do estado é que mais 23 sistemas sejam inaugurados até o final de 2016. No total, o PAD em Sergipe mobiliza recursos da ordem de R$ 6,6 milhões e beneficiará 75 comunidades em 14 municípios.

SAIBA MAIS
O Água Doce faz parte do Programa Água Para Todos, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, como política pública de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano. Incorpora cuidados técnicos, ambientais e sociais na gestão dos sistemas de dessalinização em comunidades rurais do semiárido brasileiro.
O PAD conta com uma rede de cerca de 200 instituições, envolvendo dez estados (Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Ceará, Paraíba, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Piauí e Pernambuco) e parceiros federais.
O Programa foi formulado em 2003, de forma participativa, com a contribuição de diversas entidades que tratam do tema, tanto em nível federal como estadual. Entre os principais parceiros destacam-se o BNDES, Petrobrás, Fundação Banco do Brasil, Embrapa, Universidade Federal de Campina Grande, DNOCS, ANA e a CPRM.
Até o momento, o programa beneficia cerca de 100 mil pessoas, distribuída em 150 comunidades e já capacitou mais de 600 pessoas, entre técnicos estaduais, operadores e gestores dos sistemas de dessalinização.
SERVIÇO
Inauguração do sistema de dessalinização do Programa Água Doce em Aningas, município de Nossa Senhora da Glória (SE). Na sexta-feira, 26 de agosto, às 10 horas.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 
NOTA DO BLOG: Será que este abençoado programa vai chegar aqui no RN?Tomara.

Alta produtividade para uma uva preta especial cultivada no Vale do São Francisco

uva vitória É a ‘BRS Vitória’,  uma uva preta-azulada, vigorosa, com ciclo precoce (90 a 135 dias da poda à colheita, dependendo da região), com alta fertilidade de gemas, com média de dois cachos por ramo. O peso médio de cachos é em torno de 250-300 gramas e suas bagas com tamanho de 17 mm x 19 mm. Diante dessa fertilidade de gemas, o produtor facilmente consegue atingir uma produtividade de 30-40 toneladas por hectares ao ano.
No Vale do São Francisco, visando obter alta qualidade da fruta, os produtores estão trabalhando com dois ciclos produtivos de 15-20 t/ha/ciclo. Ela apresenta teor de açúcar acima de 19º Brix, podendo chegar a 23º Brix, em regiões tropicais. Tem bom comportamento em relação ao rachamento de bagas.
O sabor especial dessa cultivar, sua principal característica, somente surge quando a uva está no ponto ideal de colheita. O teor de açúcar pode atingir altos níveis, mas recomenda-se a colheita quando a uva atingir pelo menos 19º Brix, pois é neste ponto em que ocorre o melhor equilíbrio entre açúcar e acidez, conferindo-lhe um sabor especial, bem distinto e sem adstringência na casca. Após a colheita no ponto ideal, a ‘BRS Vitória’ pode ser conservada por até 30 dias em câmara fria.

A ‘BRS Isis’ e a ‘BRS Núbia’ são outras cultivares de uva de mesa desenvolvidas pela Embrapa Uva e Vinho para regiões tropicais e subtropicais que estão apresentando boa aceitação. “A cor rosa e o formato diferenciado da baga da ‘BRS Isis’ têm chamado atenção. Já a BRS Núbia é uma uva com semente e que apresenta um grande tamanho de baga e de cor preta uniforme. Elas também estão tendo boa aceitação, mas a ‘BRS Vitória’ tem se destacado”, avalia Maia.