sábado, 19 de setembro de 2015

Apesar da crise o Valor da produção agropecuária cresceu 1% em relação a 2014

plantaçãoO levantamento feito pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostra que as lavouras representam R$ 303,34 bilhões, e a pecuária, R$ 169,88 bilhões. Com esses números, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) brasileira é de R$ 473,2 bilhões, e tiveram como base atualizações feitas em agosto pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa. O valor é 1% maior do que o obtido em 2014, de foi de R$ 468,6 bilhões.
As lavouras, das 21 culturas analisadas, tiveram aumento de 0,3% (R$ 303,34 bilhões), e a pecuária, 2,2% (R$ 169,88 bilhões). “Neste ano, há uma combinação de ganhos de produtividade de grãos, da ordem de 5,3% em relação ao ano passado, com preços mais baixos para a maior parte das lavoras que fazem parte deste levantamento”, diz o coordenador-geral de Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques.
Entre as culturas de verão com maior rendimento por hectare, destacam-se o milho segunda safra (+ 8,2%), amendoim (+ 6,1%), sorgo (+ 5,6%), feijão segunda safra (+ 5,4%) e soja (+ 5,1%). Os produtos com maior acréscimo no valor da produção foram a cebola (147,5%), mamona (99,4%), pimenta do reino (58,6%), o trigo (7,5%), a soja (3,7%), o milho (3,4%) e o café (1,6%). Segundo Gasques, esses resultados ocorrem em função da combinação de preços e de quantidades produzidas.
A pecuária está com desempenho superior às lavouras. Isso ocorre principalmente pelos resultados positivos da carne bovina, com incremento de 10,2%, e ovos e suínos, com aumentos mais modestos, assinala Gasques. De acordo com o levantamento da Coordenação-Geral de Estudos e Análises da SPA, leite e o frango vêm apresentando forte redução do valor da produção em 2015. O leite teve redução de 6,5%, e carne, de frango, 3,5%.

Os resultados favoráveis com a carne bovina beneficiam os estados onde a pecuária é mais forte: Pará e Tocantins, na Região Norte; Bahia, no Nordeste; Minas Gerais e São Paulo, no Sudeste; e os estados do Centro-Oeste. Ainda conforme o estudo, a queda do valor da produção do leite vem afetando Minas Gerais, São Paulo e Goiás onde as agroindústrias têm forte contribuição na formação da renda regional. 

domingo, 13 de setembro de 2015

 “Antes, a água era verde, parecia um suco de limão”


Dona Carminha, agricultora familiar de Areial (PB), comemora o acesso à água de qualidade para consumo e produção


Brasília, 11 – Maria do Carmo Sabino, 76 anos, é uma sobrevivente das grandes secas tão comuns no Semiárido. A agricultora familiar vive no município de Areial, no sertão paraibano, a 170 quilômetros de João Pessoa. A chuva que começa a cair já tem mudado o retrato da região. “No último mês, caiu uma garoazinha por três dias. Acredito que, aos poucos, vamos conseguir progredir e plantar cada vez mais”, conta dona Carminha, como é mais conhecida, que espera por um bom ‘inverno’ de chuva para os próximos meses.

Em 2014, a produção agrícola teve um reforço. A família recebeu uma cisterna de enxurrada para captação da água que apoia a produção de alimentos para a família e para os animais. “Do final de julho pra cá, já conseguimos ganhar R$ 200 com algumas batatas-doces e outras verduras que tiramos do nosso canteiro”, disse.

                                                                                           Foto: Ubirajara Machado/MDS
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A cisterna de enxurrada aproveita o caminho que a água da chuva percorre quando cai na propriedade. Como uma enxurrada, a água é conduzida até um sistema de coleta composto por dois decantadores que filtram o excesso de terra e alguma sujeira. Em seguida, toda a água é armazenada em um reservatório com capacidade de 52 mil litros, construído dentro da terra e só com a cobertura acima da superfície.

Das mais de 120 mil tecnologias sociais de apoio à produção entregues no Semiárido, cerca de 14 mil são cisternas de enxurrada. A Bahia é o estado com mais unidades deste tipo construídas (7,2 mil).

Água de qualidade De 2012 para cá, com a cisterna de armazenamento de água da chuva para o consumo humano, a agricultora familiar deixou de conviver com água de baixa qualidade. “Antigamente, a água era verde, parecia um suco de limão, matava as plantas quase todas”, lembra. A cisterna, com capacidade de armazenar 16 mil litros de água que cai no telhado da casinha simples da família, também tirou um peso das costas de dona Carminha. “Deixamos de andar muito para buscar água e de carregar peso no carrinho de mão”, diz, ao recordar que transportar água era um trabalho exclusivamente feminino.

                                                                                               Foto: Ubirajara Machado/MDS
 
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A falta de água para o consumo é apenas uma das marcas da miséria que a agricultora passou durante a infância em Areial. “Já tive que comer facheiro (mandacaru) e xique-xique (cactus) para não passar fome”, se emociona a agricultora. Os cactus, tão comuns em toda a região, são utilizados exclusivamente para alimentar os animais. Hoje, a alimentação da família melhorou.

Com o dinheiro da aposentadoria do marido, Mauro Cardoso da Silva, 67, e os R$ 144 do programa Bolsa Família, dona Carminha garante a alimentação da família. “Hoje mesmo eu bati um prato de verdura com tomate que não está no gibi. Eu sou feliz porque eu como as coisas que eu planto”, conta. Quatro dos 12 filhos – todos de criação – ainda moram com o casal. “Os pais não davam conta de criar ou não queriam. Deus me livre deixar uma dessas crianças sem amparo.”
                                                                                             Foto: Ubirajara Machado/MDS
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Dona Carminha, toda caprichosa e detalhista, é quem comanda a produção na propriedade. Tanto é que deu uma decoração especial à cisterna de água para consumo: construiu um jardim em volta do reservatório com flores e hortaliças, para aproveitar a umidade do solo. Seu Mauro só obedece e faz o trabalho mais pesado. “É ela quem manda”, brinca.

O RN e a Cana de Açucar

 Rio Grande do Norte
Parte da lavoura do estado sente os efeitos da esti
agem que atingiu o Nordeste
nos anos de 2012 e 2013, principalmente cana-de-açú
car de segundo corte em diante. O
deficit no suprimento de água na fase de perfilhame
nto da planta limitou o crescimento
dos colmos e para minimizar as exigências hídricas
da cana-de-açúcar as usinas utilizam
a irrigação em parte do canavial. Em 2014, as preci
pitações foram mais favoráveis em
comparação aos dois últimos anos (2012/2013), no en
tanto, não foi considerado um ano
ideal para o setor.
Nesta safra, o clima foi satisfatório e ocorreram b
oas precipitações pluviométricas
nas áreas do canavial. A quadra chuvosa na região l
este e agreste potiguar, onde se
encontra todo o canavial que é destinado à produção
das unidades de produção, teve
início em maio e deve ir até agosto do corrente ano
.
A produção de açúcar está estimada para a safra atu
al em 136,9 mil toneladas,
10,3% menor que a safra anterior, cuja produção foi
de 152,6 mil toneladas. Para o etanol
a produção total estimada é de 115.666,8 mil litros
, contra 85.346,3 mil litros da safra
anterior, representando um aumento de 35,5%. Embora
tenha ocorrido uma redução na
área a ser colhida (8,5%), observa-se um aumento na
produtividade (7,7%), provocando
uma redução de somente 1,4% na produção estadual de
cana-de-açúcar.  

Safra brasileira 2014/2015 fecha com recorde de 209,5 milhões de toneladas de grãos

Soja e milho safrinha foram os responsáveis pela expansão da produção nacional
A safra brasileira de grãos 2014/2015 alcançou 209,5 milhões de toneladas, com mais um recorde sobre os números passados. O aumento é de 8,2%, ou 15,9 milhões de toneladas, sobre da produção de 2013/14, de 193,62 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta sexta-feira (11), o 12º e último levantamento da safra 2014/2015.
 
A soja e o milho safrinha foram os principais responsáveis pela safra recorde de grãos no período, afirmou o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Marcelo Melo. A soja apresentou incremento de 11,8%, chegando a 96,2 milhões de toneladas. O milho 2ª safra registrou 54,5 milhões de toneladas, avanço de 12,6% sobre o ciclo anterior.
 
“Mais uma vez, o agronegócio dá resposta positiva para a economia do país. Este é um setor que dá resultado”, disse Melo. Os ganhos de produtividade, com aplicação de novas tecnologias, colaboraram para o desempenho positivo.
 
Melo: agronegócio dá resposta positiva à economia do país (Fotos: Guilherme Rodrigues/Conab)
 
O trigo está em início de colheita em alguns estados do Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná.  Apesar da redução de área de 10,4%, a expectativa é de aumento de produção, podendo chegar a sete milhões de toneladas, graças sobretudo à recuperação da produtividade no Rio Grande do Sul.

Segundo o diretor da Conab, em 2014 a produção foi afetada pelo clima, principalmente no RS. Neste ano, no entanto, houve recuperação. “A produção no Rio Grande do Sul tem expectativa de excelente qualidade, se não houver impacto do El Niño.”
Plantio
 
As intenções de plantio para a próxima temporada são otimistas.  O diretor de Estudos Econômicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, disse que os números do último levantamento da safra 2014/2015 dão animo para a atual safra. "O resultado implica nas decisões do agricultor e o ponto de partida está bom".
 
Em relação à contratação do crédito rural, o diretor lembrou que houve ampliação de 4% em julho e agosto nos financiamentos de custeio e investimento. “A demanda por crédito rural tende a avançar nos próximos meses de setembro, outubro e novembro”, ressaltou.
 
O diretor disse ainda que o atraso na liberação de recursos para o pré-custeio neste ano não deve prejudicar a produção. “As contratações de crédito em julho compensaram, em parte, a deficiência de pré-custeio em maio e junho", disse.  Ele analisou ainda que, do ponto de vista de impacto inflacionário, a produção recorde é um fator importante para a manutenção dos níveis de preço ao consumidor e que é "melhor administrar excesso de oferta do que falta de produtos". 
 
Wilson Araújo: "É melhor administrar excesso de oferta do que falta de produtos"
 
Área
 
A pesquisa registra 58 milhões de hectares da área total, com aumento de 1,7% maior em comparação com a safra 2013/14. A expansão da área foi de  976,1 mil hectares. A soja apresentou crescimento de 6,4%, ou 1,9 milhão de hectares, em relação ao ciclo anterior. Já o milho segunda safra teve acréscimo de 4,1%, ou 376,4 mil ha. No total, a área da soja é de 32,1 milhões de hectares, e a de milho segunda safra, de 9,6 milhões.
 
A pesquisa foi realizada entre os dias 23 a 29 de agosto e apresenta informações sobre área plantada, produção e produtividade média e stimadas, evolução do desenvolvimento das culturas e pacote tecnológico utilizado pelos produtores, além de evolução da colheita e outras variáveis. (Com informações da Conab)

Exportações do agronegócio somam US$ 7,34 bilhões em agosto

Soja, carnes, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro e café concentraram 80% dos embarques
As exportações dos produtos do agronegócio alcançaram US$ 7,34 bilhões em agosto deste ano, o que representa recuo de 17,4% nas vendas externas do país em relação ao mesmo mês do ano passado. Já as importações totalizaram US$ 967 milhões, com retração de 31,5% na comparação ao mesmo período de 2014. Com isso, o saldo da balança comercial do setor foi de US$ 6,38 bilhões em agosto. Os dados constam do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, ressaltou que o setor do agronegócio, mais uma vez, contribui para um considerável superávit na balança comercial brasileira. “Foram US$ 50,5 bilhões no acumulado de oito meses do ano. Destaco a relevante participação do setor no total das exportações brasileiras. O agro responde hoje por 46,5% do total, e no ano passado, foram 43,9%, no mesmo período”, afirmou
 
A secretaria salientou que as exportações de soja em grão e de carnes estão sendo realizadas em volumes cada vez maiores. “Em função da queda dos preços internacionais, a nossa receita neste mês de agosto foi menor do que no ano passado. Um dos destaques, porém, foi o aumento das exportações deóleo de soja no mês de agosto”, enfatizou. O valor de vendas desse produto industrializado cresceu 40%, totalizando US$ 180 milhões no período e US$ 746 milhões no acumulado do ano.
 
“Após a recente reabertura do mercado chinês para a nossa carne bovina in natura, a China se tornou, em agosto, o principal destino das exportações desse produto. Somente no mês passado, a receita foi de US$ 63,9 milhões”, comemorou Tatiana Palermo.  
 
Cinco cadeias produtivas tiveram participação de 80% do total exportado pelo agronegócio em agosto: complexo soja (35,6%); carnes (17,7%); produtos florestais (11,1%); complexo sucroalcooleiro (8,7%); e café (6,5%).
 
Complexo soja
O complexo soja liderou as exportações em agosto, registrando US$ 2,62 bilhões em vendas. O produto mais vendido foi a soja em grãos, com embarques de US$ 2 bilhões. Houve incremento de 25,3% na quantidade comercializada, alcançando 5,16 milhões de toneladas. Apesar de o preço médio do produto ter caído 25,1% em agosto, passando de US$ 518 para US$ 388 por tonelada.
 
O farelo de soja ficou em segundo lugar, com receita de US$ 430 milhões e 1,11 milhão de toneladas embarcadas. O óleo de soja registrou US$ 181 milhões em exportações (+40,0%).
 
Carnes
As carnes apareceram em segundo lugar no ranking exportador do agronegócio em agosto, com US$ 1,30 bilhão e 563 mil toneladas embarcadas. 
 
A carne de frango teve receita de US$ 642 milhões. A carne bovina apareceu em seguida, com vendas externas de US$ 498 milhões.
 
A carne suína in natura está na terceira posição com um resultado de US$ 114 milhões em remessas para o exterior. 
 
Produtos florestais
Os produtos florestais ficaram na terceira posição dos setores do agronegócio que mais exportaram em agosto, com US$ 816 milhões, com embarques de 1,5 milhão de toneladas. 
 
Papel e celulose puxaram as vendas do setor com receita de US$ 599 milhões. Em seguida, madeiras e suas obras registraram vendas de US$ 216 milhões. 
 
Complexo sucroalcooleiro
O complexo sucroalcooleiro foi o quarto setor que mais exportou no mês de agosto com remessas da ordem de US$ 637 milhões. A queda nas exportações de açúcar foi a grande responsáve l pelo baixo desempenho do setor, com US$ 546 milhões.
 
Com menor participação nas exportações do complexo, o álcool obteve resultado de US$ 90 milhões
 
Café
O setor cafeeiro, que ocupa a quinta posição no ranking, exportou US$ 477 milhões, em receitas. A quantidade exportada foi de 168 mil toneladas.
 
O café verde rendeu US$ 424 milhões, com 160 mil toneladas vendidas. O café solúvel obteve US$ 50 milhões, com 7 mil toneladas embarcadas do produto.
 
Acumulado do ano
As exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 59,71 bilhões entre janeiro e agosto de 2015. A participação do agronegócio no total das exportações brasileiras subiu de 43,9% para 46,5% no período. As importações do agronegócio totalizaram US$ 9,18 bilhões, como resultado, o saldo da balança comercial do agronegócio ficou em US$ 50,54 bilhões.
 
No acumulado dos oito meses, os cinco principais setores do agronegócio foram complexo soja (37,7%), carnes (6,3%), produtos florestais (11,3%), complexo sucroalcooleiro (8,9%) e o café (6,9%), totalizando 81% das vendas.
 


Os embarques do complexo soja chegaram ao valor de US$ 22,52 bilhões, principal item das exportações. O setor de carnes vendeu US$ 9,70 bilhões. Os produtos florestais alcançaram US$ 6,75 bilhões. O complexo sucroalcooleiro ficou na quarta colocação entre os principais setores exportadores do agronegócio, com o montante de US$ 5,32 bilhões. O setor cafeeiro exportou US$ 4,10 bilhões.

El Niño pode influenciar inverno de 2016

Nesta semana, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) divulgou que 40% dos reservatórios do Estado ou estão secos ou em volume morto e ainda que a reserva de água do RN está em 20% – o percentual corresponde à média dos níveis dos reservatórios.

A esperança de que o próximo ano a situação melhore com um período chuvoso satisfatório vai diminuindo a cada previsão meteorológica. De acordo com informações do especialista em Climatologia da Universidade Federal do Semiárido (UFERSA), José Espínola, o país está sofrendo com os efeitos do fenômeno chamado ‘El Niño’, cuja incidência está de moderada a forte e tem causado a diminuição da ocorrência das chuvas. Quanto às previsões para o próximo ano, o especialista disse que “caso o quadro não se reverta até o mês de dezembro, é bem provável que o período chuvoso de 2016 seja prejudicado, mas podem ocorrer algumas mudanças, já que estamos tratando de um fenômeno relativamente novo e que pode causar surpresas até mesmo nos meteorologistas”, diz.

Esse episódio do ‘El Niño’ iniciou-se de forma efetiva em maio de 2015 e influenciou tanto no aumento da ocorrência de chuvas na Região Sul do Brasil, como na diminuição da ocorrência de chuvas sobre o Norte da Região Nordeste, área de atuação da Zona de Convergência Intertropical no período de fevereiro a maio.

Para Espínola, a situação é muito preocupante, tendo em vista que até agora os efeitos da seca podem ser vistos com os prejuízos da agricultura e na manutenção dos rebanhos no Estado, mas que o problema pode se agravar ainda mais com reflexo na própria população.

A gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) continua monitorando e analisando diariamente o comportamento dos oceanos. Informações mais conclusivas sobre o comportamento para o período chuvoso de 2016 somente poderão ser apresentadas a partir dos próximos meses.
 
Gazeta do Oeste

Legislativo: Ministro da Integração Nacional participará de debate sobre a seca no RN

Foto: Assecom/ALRN
A Assembleia Legislativa do RN promove no dia 21 de setembro, uma segunda-feira, a partir das 9h, o evento “RN pela Transposição” para discutir a obra de transposição do rio São Francisco.
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, estará presente na discussão, que é uma iniciativa do Poder Legislativo estadual, Comitê de Ações de Combate à Seca da Assembleia, Frente Parlamentar da Água e da Comissão Temporária do Senado Federal para Acompanhamento das Obras da Transposição.
A notícia é repassada pela assessoria de comunicação social da ALRN, na capital do estado.
Além do ministro da Integração Nacional, estarão presentes representantes do poder executivo estadual, deputados estaduais, federais, senadores, além de vereadores e prefeitos dos municípios potiguares.
Em paralelo ao evento, a ALRN promoverá exposição fotográfica com imagens do sertão potiguar e ainda atividades lúdicas de conscientização para o uso racional da água.
fonte do blog de pauta aberta

 Com 15%, Coremas tem menor volume de água em 50 anos.


..


O açude de Coremas, que abastece várias cidades da região do Sertão da Paraíba e do Rio Grande do Norte, está com apenas
15,1% de sua capacidade máxima.

A informação é da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (Aesa). O registro foi feito nesta quarta-feira (09).

O volume, que representa menos de 90 milhões de metros cúbicos de água, é o menor nos últimos 50 anos.

Segundo a Aesa, outra situação preocupante é na cidade de Itaporanga. Os dados coletados mostram que o açude Cachoeira, que abastece a cidade, tem apenas 11,8% de sua capacidade. O pior é que, desse volume total, apenas 5% aproximadamente é de água útil.

Na região, a cidade de Piancó já está sem água.

PortalCoremas com MaisPB

Projeto de Desenvolvimento Integrado incentiva assentamentos do Médio e Baixo São Francisco


Com investimentos que podem chegar 1,8 bilhão de reais em cinco anos, vindo de várias fontes de financiamentos, em benefício de 270 assentamentos da reforma agrária, onde vivem 13.267 famílias, além de milhares de agricultores familiares, distribuídos em 87 municípios do Médio e Baixo São Francisco nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia.
Esta é a estimativa preliminar apontada pelo Projeto de Desenvolvimento Integrado (PDI) do São Francisco, apresentado nesta última quinta-feira (10), pela presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, durante seminário técnico promovido pelo superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), João Paulo Lima, ocorrido em Recife (PE), e que reunião vários órgãos que atuam na região, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Nordeste, Centrais Elétricas do São Francisco (Chesf), dentre outros.
O PDI São Francisco tem como principais objetivos promover o desenvolvimento local, a partir de arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais estruturantes, voltados para o público da reforma agrária na área do Médio e Baixo São Francisco.
Para a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, o seminário se constituiu em uma oportunidade para que se faça uma discussão para o desenvolvimento das famílias que vivem Semiárido, uma região com grandes desafios a serem superados. “Estamos diante de uma oportunidade de fazer a integração de políticas do governo, a maioria já existentes, e prover as famílias com o benefício da água, luz, habitação, e, principalmente, a geração de renda”, enfatizou Coelho.
João Paulo Lima disse que a Sudene estará à disposição para liderar o esforço de integração das políticas, que segundo ele poderá tirar milhares de famílias da miséria e vai estimular os governos a cumprirem seu papel, que é elevar a qualidade de vida das pessoas.
Durante sua explanação, Maria Lúcia destacou que a região identificada para o PDI São Francisco se caracteriza por possuir grandes demandas por reforma agrária, baixos índices sociais, pela necessidade de ampliação do aproveitamento hídrico do rio, da agregação de valor aos produtos da cadeia produtiva da agricultura familiar e da geração de renda para as famílias. Por outro lado, há nesta área institutos federais e estaduais de ensino, além de empresas privadas que realizam inúmeros investimentos na área do projeto, a exemplo da Sudene, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Departamento Nacional de Obras Contras as Secas (DNOCS), Banco do Nordeste (BNB), bancos público e outros.
Além do mais, acrescentou, há investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em rodovias, aeroportos, hidrovias, ferrovias e parques eólicos, sem falar na presença de 37 instituições de ensino, dentre universidades e institutos federais.
Outra dado relevante apresentado pela presidente são os 144.576 agricultores familiares que de alguma forma colocam sua produção na agroindústria, gerando renda da ordem de 1,1 bilhão de reais em valor bruto da produção, segundo dados da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), sobretudo na produção de leite e farinha de mandioca.
Falcón demonstrou que já existem muitos arranjos prontos, como as rotas de produção definidas pelo Ministério da Integração Nacional, que envolve a produção de peixes, frutas, mel e cordeiro.
Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), identificou 21 Arranjos Produtivos Locais e 12 setores produtivos em 82 municípios.
Para Falcón, o novo modelo de reforma agrária em áreas de perímetros irrigados e sequeiro precisa levar em conta a rede de cidades, a nova ruralidade, a abordagem territorial e o serviço civil e ter como base o conhecimento, o cooperativismo, a agroindústria e o fomento.
Acima de tudo, acrescentou, o processo de elaboração e validação do projeto precisa ser participativo, ouvir os diversos atores e respeitar a cultura local. “A ideia agora, é definir a área de abrangência do projeto, priorizar as cadeias produtivas, tendo como referência o turismo rural, a piscicultura, a fruticultura, o leite e derivados e grãos e estabelecer o cronograma de atividades de cada entre”, enfatizou.
Participaram do seminário os superintendentes regionais do Incra de Alagoas, Lenilda Lima, de Pernambuco, Luis Aroldo, de Sergipe, André Bonfim e da Bahia, Gugé Fernandes.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A Seca no NE. Excelente Artigo

Introdução


Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do norte de Minas Gerais. 

Causas da Seca


As principais causas da seca do nordeste são naturais. A região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Esta área recebe pouca influência de massas de ar úmidas e frias vindas do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no sertão nordestino, uma massa de ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas).


O desmatamento na região da Zona da Mata também contribui para o aumento da temperatura na região do sertão nordestino.


Características da região


- Baixo índice pluviométrico anual (pouca chuva);

- Baixa umidade;

- Clima semi-árido;

- Solo seco e rachado;

Vegetação com presença de arbustos com galhos retorcidos e poucas folhas (caatinga);

- Temperaturas elevadas em grande parte do ano.


Seca, fome e miséria: um problema social


A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob Sol e calor forte, para pegar água, muitas vezes suja e contaminada. Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças.

O desemprego nesta região também é muito elevado, provocando o êxodo rural (saída das pessoas do campo em direção as cidades). Muitas habitantes fogem da seca em busca de melhores condições de vida nas cidades.

Estas regiões ficam na dependência de ações públicas assistencialistas que nem sempre funcionam e, mesmo quando funcionam, não gera condições para um desenvolvimento sustentável da região.


Ações para diminuir o impacto da seca


- Construções de cisternas, açudes e barragens;

- Investimentos em infra-estrutura na região;

- Distribuição de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência);

- Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo;

- Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da região, com sistemas de irrigação.


Transposição do rio São Francisco


A transposição do rio São Francisco é um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do rio para regiões semi-áridas do Nordeste. Desta forma, diminuiria o impacto da seca sobre a sofrida população residente, pois facilitaria o desenvolvimento da agricultura na região.

A Seca de 2012

A seca que atingiu o nordeste no começo de 2012 foi a pior dos últimos 30 anos. A região mais afetada foi o semiárido nordestino, principalmente do estado da Bahia. Neste estado, cerca de 230 municípios foram atingidos. Municípios de Alagoas e Piauí também sofreram com a falta de chuvas. A seca trouxe muito prejuízo para as principais fontes de renda da região: pecuária e agricultura de milho e feijão. 


Festa do Boi 2015 confirma atrações nacionais no RN

Aviões do Forró, Calcinha Preta e Calypso foram confirmados.
Evento acontece de 10 a 18 de outubro em Parnamirim, na Grande Natal.

Do G1 RN

Com bastante carisma, Xand e Solange gravaram DVD em parque aquático no Ceará (Foto: Fred Pontes/ Divulgação)Banda Aviões do Forró é atração confirmada na Festa do Boi 2015 (Foto: Fred Pontes/ Divulgação)
O Rio Grande do Norte se prepara para sediar novamente uma das maiores festas populares da região Nordeste: a Festa do Boi. O evento acontece este ano de 10 a 18 de outubro no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, cidade da Grande Natal. Além das bandas Aviões do Forró, Calcinha Preta e Calypso, também foram confirmados Harmonia do Samba, Luan Estilizado, Grafith, Henrique e Juliano, Dorgival Dantas, Mano Walter, Solteirões do Forró, Bonde do Brasil e Mara Pavanelly. A venda de ingressos deve começar em breve.
A entrada de crianças até 12 anos e idosos acima de 65 será gratuita até às 17h. Para a edição deste ano, os organizadores esperam que a festa supere as expectativas em termos de qualidade técnica, geração de negócios, shows musicais. Os recursos movimentos deve ultrapassar R$ 150 milhões. A expectativa é de atrair público de mais de 500 mil pessoas.
A Festa do Boi coroa o calendário de eventos agropecuários do estado e promove o desenvolvimento regional. “O parque estará cheio de vida. Vamos unir esforços e preparar o ambiente para receber os convidados que virão conhecer a nossa economia”, destacou Haroldo Abuana, secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca.
Durante oito dias de evento, devem ser gerados, aproximadamente, cinco mil empregos temporários. Com a tradição ao longo de 53 anos de existência, a Festa do Boi atrai 200 expositores de todas as regiões brasileiras. Tem ainda a programação técnica com julgamentos de todas as raças bovinas, caprinas, equinas e ovinas. Os leilões são atração à parte e acontecem no Tattersal José Bezerra de Melo. A arena de shows recebe, durante a noite, uma multidão movida pelas atrações nacionais já confirmadas no evento.
Atrações musicais
A Festa do Boi também chega 2015 com uma grade de atrações diferenciada para fazer os melhores shows. A abertura dos shows será dia 10 de outubro com Aviões do Forró, Harmonia do Samba, Luan Estilizado e Banda Grafith. Xandy e Solange voltam com o Aviões do Forró à Festa do Boi após três anos sem se apresentar no evento. Já na segunda semana, dia 16 de outubro, tem a dupla Henrique e Juliano, Dorgival Dantas, Mano Walter e Solteirões do Forró. Para o encerramento dos shows na Festa do Boi, dia 17 de outubro, tem a Banda Calypso, Bonde do Brasil, Calcinha Preta e Mara Pavanelly.
Estandes
A Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc) lançou o edital para aquisição de argolas e espaços na 53ª Festa do Boi. O edital completo está disponível no site www.anorc.com.br. Em pouco menos de um mês, as argolas já foram esgotadas, restando apenas espaços nos currais. Também estão disponíveis ainda espaços para a montagem de estandes. As reservas seguem até 30 de setembro na sede da Anorc, localizada no parque, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Cada expositor poderá inscrever no máximo 15 animais por raça, sendo que para os julgamentos será seguido o regulamento de cada raça.

Governo articula plano de ação para enfrentamento da seca


ASSECOM/EMPARN

Estiveram reunidos na manhã de terça-feira (08), na Governadoria, representantes das secretarias e órgãos vinculados ao abastecimento de água e a defesa civil para compilar os planos de ação para o enfrentamento da seca.
Na reunião, coordenada pela Secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, foram apresentados projetos dos diversos órgãos e definidos os próximos passos para elaboração de um plano ações efetivas de convivência com a seca. Na sequência, o grupo deve viabilizar os pleitos de recursos dirigidos ao Governo Federal.
Uma nova reunião ficou definida para a próxima segunda-feira, dia 14, onde será apresentado um Plano Detalhado de Resposta (PDR), que deve conter todas as medidas para atender as necessidades de abastecimento humano e animal e oferta de forragem para manter os rebanhos.
A reunião teve, ainda, a participação dos secretários de Recursos Hídricos, Mairton França, da Agricultura, Haroldo Abuana, de diretores e representantes da EMATER, CAERN, IGARN, EMPARN e Defesa Civil.