terça-feira, 6 de março de 2012

Tecnologia de baixo custo e parceria para retirar famílias da miséria no Semiárido

Marcelino Ribeiro
Tecnologia de baixo custo e parceria para retirar famílias da miséria no Semiárido
Reunião discutiu ações da Embrapa

Sede de município onde sequer há torneira muito menos água, agricultor sem terra alguma que, como se nômade fosse, andasse errante por sua região plantando roça de milho, feijão, mandioca, e colhendo quase nada. “É muito triste”, diz o engenheiro agrônomo Edivar Veloso a respeito da dura realidade que vai precisar enfrentar para livrar da miséria milhares de brasileiros que vivem no Semiárido nordestino.
Edivar trabalha em uma empresa contratada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para prestar serviços de assistência técnica e extensão rural a cerca de 1840 famílias que moram em algum dos 38 municípios que formam o Território da Cidadania Vale do Guaribas, no Piauí.
“Temos um desafio e tanto: o de implantar projetos produtivos em locais onde sequer há água para as pessoas beberem, o analfabetismo às vezes alcança mais de 40% da população, o IDH em muitos municípios é menor que 0,60 e parte das famílias sequer está inscrita no Bolsa Família”, diz.
Oficina – No primeiro dia de março, Edivar e outros colegas que coordenam equipes de assistência técnica e extensão rural (Ater) das empresas estatais e organizações não governamentais que atendem ao Programa Brasil Sem Miséria, estiveram reunidos com dirigentes da Embrapa e representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para definir estratégias para assegurar às famílias com nível extremo de pobreza oportunidades agrícolas para produzir alimentos.
A convite da Embrapa, cerca de 45 profissionais dessas instituições participaram da I Oficina Nacional de Planejamento de Ações para o Programa Brasil Sem Miséria 2012, realizada em Petrolina (PE). Como cada uma das instituições e ONGs atuará com projetos específicos, o evento serviu para estabelecer uma ação conjunta em 248 municípios de 14 Territórios da Cidadania nos estados do Nordeste e de Minas Gerais, e priorizados pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Nesta área serão atendidos mais de 22 mil agricultores.
Soluções - Waldyr Stumpf Junior, Diretor-Executivo de Transferência de Tecnologia da Embrapa, ressalta que a empresa de pesquisa precisa da capilaridade que possue as instituições de assistência técnica para fazer chegar aos agricultores e suas organizações os conhecimentos e tecnologias que produz.
“A atuação em parceria, como está previsto no Programa Brasil Sem Miséria e que a I Oficina ajudou a planejar, vai encontrar alternativas de soluções para as expectativas das famílias que estão no meio rural e precisam de nossa ajuda”.
A Embrapa tem elaborado um projeto no valor de 11 milhões de reais que prevê atividades dos seus pesquisadores e técnicos em todos os 14 territórios. Com base em informações sistematizadas acerca da realidade social, agrícola e econômica dos municípios, no tipo de público atendido pelo Programa e na competência técnica dos parceiros, o projeto adquiriu um formato bastante flexível.
A Embrapa definiu como básico a instalação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs) onde ficarão demonstradas tecnologias adequadas à realidade dos agricultores atendidos pelo Programa. Assim, essas Unidades poderão ser constituídas com cisternas para captação de água de chuva para uso humano e produção de alimentos, fossa séptica, quintais orgânicos (frutas, hortaliças, grãos, mandioca), compostagem, insumos alternativos, recuperação de áreas degradadas, manejo sustentável da caatinga e criação de pequenos animais (galinhas, suínos, caprinos e ovinos)., Além disso, são previstos recursos para edição de vídeo-aulas sobre tecnologias, pequenos programas de divulgação das tecnologias na TV, distribuição de minibibliotecas em escolas rurais, produção de programas de rádio Prosa Rural e capacitação de radialistas e comunicadores.
Local – Contudo, as tecnologias a serem instaladas nas URTs e o conteúdo dos materiais de informação técnica e pedagógica vão ser finalmente definidos em reunião que pesquisadores, técnicos da ATER e representantes do MDA e MDS farão nos territórios com os diversos parceiros envolvidos no projeto.
Para Natoniel Franklin de Melo, Chefe Geral da Embrapa Semiárido, as opiniões convergentes obtidas durante a I Oficina Nacional de Planejamento de Ações para o Programa Brasil Sem Miséria 2012 revelam o entusiasmo e disposição dos profissionais e de suas instituições para superar esse sério problema do Brasil.
Participaram da Oficina chefes Gerais e Adjuntos, além de pesquisadores e analistas de onze Unidades da Embrapa (Semiárido, Caprinos e Ovinos, Gado de Leite, Cerrados, Informação Tecnológica, Tabuleiros Costeiros, Mandioca e Fruticultura, Agroindústria Tropical, Cocais, Meio Norte, Suínos e Aves).
Também tomaram parte da Oficina representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), das Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária da Bahia e Pernambuco. E ainda extensionistas rurais vinculados a ONGs: Centro de Desenvolvimento de Tecnologia (Cedet), Consulplan, Emplanta Projetos Agropecuários, Cooteba, Movimento Minha Terra, CODESAOP, Chapada, Caatinga.
Sem miséria – O público do Plano Brasil Sem Miséria é o cidadão cuja renda familiar mensal atinge até R$ 70 por pessoa. Nesta situação estão 16,2 milhões de brasileiros, segundo o censo do IBGE de 2010, e 76% desse universo de pessoas vive nas regiões Norte e Nordeste. Nas áreas rurais, a atuação do Governo Federal será marcada pela inclusão produtiva, que terá como base a assistência técnica, a disponibilização de sementes de qualidade e adaptadas às condições dos territórios e do fomento de R$ 2,4 mil para a estruturação produtiva – valor não-reembolsável, dividido em três parcelas.
Até 2014, a meta é atender 250 mil famílias com um acompanhamento contínuo por meio de visitas à Unidade Produtiva Familiar e de atividades coletivas (reuniões e cursos).

Polinização manual protege melancia crioula de contaminação por variedades forrageiras

João Marques
Polinização manual protege melancia crioula de contaminação por variedades forrageiras
Técnica é simples e barata

No Semiárido brasileiro, é tradicional em grande número de pequenas propriedades o plantio das melancias, chamadas popularmente de crioulas, que são próprias para o consumo das famílias dos agricultores. Contudo, a recente expansão do cultivo de melancia forrageira nessas mesmas áreas, para compor a base de alimentação dos rebanhos na seca, está criando um sério problema genético.
A atividade polinizadora de insetos como as abelhas nas flores dos dois cultivos acabam levando genes dominantes das forrageiras para as crioulas. O resultado é a geração de frutos híbridos com características próprias das melancias destinadas ao consumo dos animais: de casca amarelada, polpas mais amargas e duras.
Uma maneira encontrada pela pesquisa para proteger a melancia crioula da contaminação por variedades forrageiras é o tema do Prosa Rural desta semana. A pesquisadora Rita de Cássia Souza Dias, da Embrapa Semiárido (Petrolina - PE), é a convidada do programa para falar sobre o assunto.
Para solucionar o problema, a pesquisadora apresenta uma alternativa simples, barata e acessível aos agricultores. Ela explica um modo de fazer uma polinização manual controlada, que já usa em suas pesquisas, e foi adaptada para o sistema produtivo agroecológico.
O método é simples: o agricultor fixa a uma pequena estaca uma garrafa pet cortada ao meio e com pequenos furos no fundo. Com esse objeto, cobre as flores masculinas e femininas das melancias crioulas. Esse procedimento deve ser realizado um dia antes da abertura delas, o que acontece até 32 dias depois do plantio. 
No dia seguinte, quando as flores se abrem, o agricultor retira com as mãos a flor que fornece o pólen e encosta levemente nas pétalas femininas. Após isso, torna a cobrir por mais dois dias a flor geradora do fruto, cuja base é mais arredondada. 
Rita de Cássia explica que o agricultor pode aplicar esse mecanismo em até dez pares de flores. Assim, no próximo plantio, terá sementes livres da influência de genes forrageiros. “Se métodos como esse não forem aplicados, corre-se o risco das famílias se obrigarem a recorrer às variedades comerciais das melancias de mesa, mais exigentes de adubos e insumos químicos que encarecem a produção”, observa a pesquisadora.
Saiba mais sobre este assunto ouvindo aqui o Prosa Rural desta semana, o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Presidente da Conab toma posse nesta quarta-feira em Brasília

O novo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Rodrigues dos Santos, toma posse nesta quarta-feira, 7 de março, às 15h, no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.
A nomeação de Rubens Rodrigues dos Santos foi publicada em 17 de fevereiro no Diário Oficial da União. Bacharel em Direito e Ciências Econômicas e Contábeis, o goiano Rubens Rodrigues dos Santos, é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal. Na instituição financeira, começou como escriturário e ocupou, recentemente, a Gerência Nacional na área de Habitação. Tem especialização em Administração de Negócios pelo Instituto Brasileiro de Mercados de Capitais (IBMEC).
A solenidade será no gabinete do ministro Mendes Ribeiro Filho para convidados. Em seguida, o presidente da Conab atenderá à imprensa na sala de reuniões do gabinete.
Serviço:Solenidade de posse do presidente da Conab
Data: 7 de março de 2012 (quarta-feira)
Horário: 15 horas
Local: Gabinete do Ministro, 8º andar do edifício-sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Brasília (DF)
MDA, SPM e  governos estaduais assinam termo para fortalecimento de mulheres do campo

MDA, SPM e governos estaduais assinam termo para fortalecimento de mulheres do campo
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence e a ministra Eleonora Menecucci, assinam nesta quarta-feira (7), em Brasília, o Termo de Cooperação pela Cidadania e Autonomia das Mulheres Rurais a ser firmado entre o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM) e os estados de Alagoas, Acre, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Sul. O evento faz parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher e contará também com a presença de governadores dos cinco estados, além de representantes de movimentos sociais e de mulheres do campo e da floresta.
A parceria tem o objetivo de promover o desenvolvimento rural e a agricultura familiar, por meio da execução de projetos que contribuam para o fortalecimento de organizações produtivas de mulheres rurais. Através da integração dos dois programas do MDA -  Organização Produtiva de Mulheres Rurais e o de Documentação da Trabalhadora Rural, serão implantadas ações nos estados para garantir às mulheres do campo e da floresta o acesso à cidadania, autonomia econômica e a prevenção à violência contra a mulher.  A meta do ministério é beneficiar 50 mil mulheres.
“Um dos maiores ganhos com a assinatura deste termo é o envolvimento dos organismos de coordenação de políticas para mulheres rurais no ambiente dos estados, que já atuavam fortemente com a agenda da violência e que agora passam a trabalhar também a autonomia econômica dessas mulheres”, destaca a diretora de Políticas para Mulheres do MDA, Andrea Butto. Segundo ela, a assinatura do acordo com os estados de Alagoas, Acre, Bahia, Paraíba e Rio Grande do Sul é um primeiro passo para a institucionalização das políticas para mulheres rurais nos estados com esse tema. A intenção é que ainda em 2012 outras parcerias estaduais sejam firmadas.
O acordo de cooperação ficará em vigência por dois anos. Neste período, o MDA investirá R$ 10 milhões em ações de gestão social, qualificação de equipes em economia feminista e políticas públicas; apoio à cidadania e acesso a documentação civil, trabalhista e jurídica; ajuda à formalização de grupos, gestão e comercialização; além do incentivo à participação feminina na gestão territorial. “Nosso objetivo com este acordo é ampliar o acesso das mulheres às políticas públicas oferecidas pelo MDA, sem diminuir a qualidade dos serviços prestados”, esclarece a coordenadora geral de Acesso à Terra e à Cidadania do MDA, Maria Isolda Dantas.
Para os estados, a parceria é essencial para promover a autonomia das mulheres e sua inclusão nas políticas públicas. “Este acordo vai permitir a construção de uma efetiva política de equidade de gêneros nos estados, mostrando a importância da mulher, em especial as que trabalham no campo, para o desenvolvimento social, econômico e sustentável”, afirma a secretária estadual de políticas para as mulheres do Rio Grande do Sul, Márcia Santana.
Programas do MDA para mulheres
Criado em 2004, o Programa Nacional de Documentação das Trabalhadoras Rurais é uma ação para a inclusão social das trabalhadoras rurais, seja na reforma agrária ou na agricultura familiar, uma vez que possibilita a emissão gratuita de documentos civis, trabalhistas e de acesso aos direitos previdenciários, através dos mutirões itinerantes de documentação. Entre 2004 e 2011 os mutirões do programa atenderam mais de 830 mil mulheres e emitiram aproximadamente 1,8 milhão de documentos.
Já o programa Organização Produtiva de Mulheres Rurais foi implantado em 2008 para fortalecer as organizações produtivas de trabalhadoras rurais, incentivando a troca de informações, conhecimentos técnicos, culturais, organizacionais, de gestão e de comercialização, valorizando os princípios da economia solidária e feminista, de forma a viabilizar o acesso das mulheres às políticas públicas de apoio à produção e comercialização. Assim, procura promover a autonomia econômica das mulheres e a garantia do seu protagonismo na economia rural. Em parceria com a Ater para mulheres, o programa já beneficiou mais 100 mil mulheres entre 2008 e 2010.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Programa do Leite-Thaisa Galvão

Proprietários de cooperativas cadastradas no Programa do Leite do governo do Estado estão gritando..êpa!
É que além dos 4 meses de débito deixados pelo governo anterior, os atrasos do atual já contabilizam 4 quinzenas – dois meses.
Eles reclamam que o governo anuncia que o repasse está em dia, mas o que está sendo pago, porque já vem direto do governo federal para as contas cadastradas, é o pagamento dos fornecedores. Dos donos de fazendas produtoras de gado leiteiro que entregam o leite às cooperativas.
As cooperativas, que recebem o leite dos fornecedores, e que pasteurizam e envazam antes de entregar para o governo, estão sem receber.
Das mais de 30 incluídas no Programa, a maioria já saiu…quebrada.
Quem ainda permanece, teme abrir o bocão e ser descadastrado.
Outro problema que acontece: quando o governo anuncia que o pagamento está em dia, os funcionários das cooperativas, com salários atrasados, dão início a outra guerra de cobrança dentro da empresa, argumentando que o dinheiro foi repassado mas os salários não foram pagos…
Ai, ai…

O Tempo no Estado

Massa de ar quente sobre o Estado manterá a condição de céu parcialmente nublado a claro em todas as regiões do Estado. Pancadas de chuvas poderão ocorrer somente ao longo da faixa litorânea leste devido a influência da umidade e do vento.

























       




































NATAL PARNUBLADO
06/03/12
07/03/12 08/03/12









Tempo
PARNUBLADO

CHUVASOL





















Temp. Máxima 30˚C 30,5˚C 29,5˚C -1 -1,5 -1,5                    




Temp. Mínima 24˚C 24,5˚C 26˚C 3 3,5 4






Umidade do Ar 83% 79% 84% -5 -8 -6




















Municípios Tempo Temp. Máx. Temp.Mín. %








MOSSORÓ PARNUBLADO
 
35˚C 25˚C



















APODI



PARNUBLADO


PARNUBLADO
 
34˚C 24˚C



















PAU DOS FERROS   35˚C 24˚C



















MARTINS PARNUBLADO
 
31˚C 21˚C



















CAICÓ PARNUBLADO
 
35,5˚C 24,7˚C



















CURRAIS NOVOS PARNUBLADO
 
34,6˚C 23,2˚C



















  PARNUBLADO
 
35,2˚C 23˚C









PARELHAS 2 2







SANTA CRUZ PARNUBLADO
 
34,5˚C 22,2˚C



















ASSU PARNUBLADO
 
34,5˚C 23,5˚C



















TOUROS PARNUBLADO
 
30,6˚C 22,3˚C









˚C








MACAU PARNUBLADO
 
35,6˚C 24,1˚C



















PARNAMIRIM PARNUBLADO
 
30,5˚C 24˚C






























SOL



PARNUBLADO




CHUVASOL

NUBLADO




CHUVA1














           Céu Claro
 Céu Parcialmente Nublado























Céu Nublado Céu Parcialmente Nublado/Pancadas de Chuvas




















              Céu Nublado com Chuvas







































Chuvas confirmam previsão da meteorologia


Meteorologistas que participaram da IV Reunião de Análise Climática para a região Nordeste do Brasil.
Meteorologistas que participaram da IV Reunião de Análise Climática para a região Nordeste do Brasil.
 

Levantamento feito pelo Setor de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) confirma o início do inverno no semiárido potiguar, com chuvas acima de 100 milímetros em diversos municípios, principalmente, na região Oeste. A meteorologia da EMPARN acompanha diariamente o período chuvoso no Estado e constata que no município de Viçosa, em janeiro, as chuvas acumuladas atingiram 264,3 milímetros, seguido de Martins com 232 mm e de Venha Ver com 189 mm. Também foram registradas boas chuvas em Rafael Fernandes (184mm) Tenente Ananias (117 mm) e Encanto (77mm).

ReuniãoNos dias 17 e 18 de fevereiro, meteorologistas dos núcleos estaduais do nordeste se reuniram em Natal para fazer a previsão climática para o período chuvoso da região. Na divulgação dos resultados obtidos na IV Reunião de Análise Climática para a região Nordeste do Brasil, o gerente do Setor de Meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot, apresentou o relatório final da reunião. "Nós conseguimos entregar para o Governo do Estado uma previsão bem elaborada, bem discutida e que possivelmente vai possibilitar uma boa orientação para os diversos setores da sociedade", disse o meteorologista, destacando principalmente a Agricultura, os Recursos Hídricos e a Defesa Civil, atividades que estão ligadas diretamente com as condições de chuva.

De acordo com o relatório apresentado, as chuvas aqui no Estado ocorrerão de forma normal. "Principalmente nas regiões Oeste, Central e parte da região do Agreste, onde agora acontecem as chuvas". Segundo Gilmar Bristot, a normalidade significa que as chuvas poderão ter uma distribuição regular. "Algumas áreas poderão ter chuvas a mais e outras deverão ter chuvas a menos. No total, no final do período chuvoso, nós teremos a condição de normalidade, que para o estado do Rio Grande do Norte é em torno de 600 a 650 milímetros", finalizou.
Rede Brasil Rural é tema de encontro na Comissão de Agricultura do Senado

Rede Brasil Rural é tema de encontro na Comissão de Agricultura do Senado

A secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Márcia Quadrado, foi nesta sexta-feira (02) à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal para dar detalhes e tirar dúvidas sobre a Rede Brasil Rural (RBR). A sessão, chefiada pelo presidente da Comissão, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), contou ainda com a participação do secretário de Desenvolvimento Territorial (SDT) do MDA, Jerônimo Rodrigues, e do coordenador da Rede Brasil Rural, Marco Antonio Viana Leite.
Durante a sessão, a equipe do MDA explicou o que é a Rede Brasil Rural, como funcionará e quais serão seus maiores benefícios para os agricultores familiares. O evento, transmitido pela TV Senado, contou ainda com a participação de espectadores, que enviaram perguntas por meio do Twitter.
O senador Acir Gurgacz ressaltou a importância da agricultura familiar para o Brasil. O setor é responsável por nada menos que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, 40% do valor bruto da produção agrícola do país, e por empregar mais de 70% da mão de obra no campo. O senador aproveitou para frisar a importância das ações do MDA e do Ministério da Agricultura para o desenvolvimento da agricultura familiar frente à forte concorrência que seus produtos enfrentam nos mercados doméstico e internacional. “A atuação do MDA serve para equilibrar o mercado, dominado por grandes grupos agrícolas nacionais”, pontuou.
A secretária executiva do MDA, Márcia Quadrado, frisou a importância da agricultura familiar no país e da Rede Brasil Rural para os agricultores familiares. “A agricultura familiar tornou-se uma referência no Brasil, inclusive perante outros países. O setor se desenvolveu muito na última década, o que é resultado de um conjunto de políticas públicas”, disse. Dentre estas, uma das mais importantes é justamente a RBR. “A Rede Brasil Rural é uma grande plataforma, que facilitará o acesso de agricultores a insumos e de clientes a produtos da agricultura familiar”, afirmou. Márcia pontuou ainda que a Rede conta com importantes parceiros, como o BNDES, os Correios e associações do setor privado.
A RBR, portal que funcionará no site do MDA, liga os produtores a seus fornecedores e clientes. Por meio do portal, as cooperativas e associações cadastradas poderão fazer compras coletivas de insumos, máquinas e equipamentos. O maior volume de compras visa a garantir preços menores, barateando assim o custo de produção dos agricultores. As compras serão financiadas por meio de cartões fornecidos pelo BNDES, que liberará o crédito para as operações.
O coordenador da RBR, Marco Antonio Viana Leita, informou que o portal contará com o Armazém Virtual, uma loja onde ficarão expostos os produtos da agricultura familiar. Os clientes poderão acessar a rede e fazer os pedidos diretamente por este canal. Toda a entrega destes produtos será feita pelos Correios. A parceria ajuda a resolver uma dos grandes desafios que a agricultura familiar enfrenta hoje: a dificuldade logística de entregar seus produtos Brasil afora.  “Por meio da Rede, um hotel poderá, por exemplo, acessar o mapa de ofertas e ver onde o produto que ele deseja é feito, e então encomendá-lo”, esclareceu Marco Antonio.
O coordenador destacou ainda a importância da ferramenta no contexto do Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), que prevê que escolas públicas com acesso a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) comprem ao menos 30% dos produtos utilizados na merenda escolar de fornecedores da agricultura familiar. Por meio da RBR, os gestores das escolas fazem chamadas públicas, que serão acessadas pelos agricultores.
“A RBR representa todo um esforço de para ligar a oferta e a demanda de produtos”, avaliou Jerônimo Rodrigues, da SDT. Ele garantiu ainda que a Rede procura monitorar a qualidade, quantidade e regularidade na oferta dos produtos. Jerônimo também acrescentou que os agricultores familiares de diferentes estados estão sendo capacitados pelo MDA para operar no ambiente da Rede.
A ferramenta entrará em operação no dia 6 de março. Hoje, podem participar apenas cooperativas e associação que têm a Declaração de Acesso ao Pronaf (DAP Jurídica). Até o momento, das cerca de duas mil organizações que possuem o documento, mais de 250 já se cadastraram. O plano é expandir esse número no decorrer do ano, conforme a Rede for lançada em todas as regiões do país.
O lançamento oficial da ferramenta, ocorrido em dezembro do ano passado em Porto Alegre, contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. A RBR será lançada ainda no Norte, no dia 16 deste mês, em Roraima, além do Nordeste.
As duas mil organizações com DAP Jurídica congregam aproximadamente 600 mil famílias de agricultores familiares. Assim que todas operarem na Rede, os benefícios serão levados a milhões de pessoas. O objetivo do ministério é, no futuro, ampliar o acesso à rede, fazendo com que a maioria dos 4,3 milhões de estabelecimentos da agricultura familiar no país participem, direta ou indiretamente, da ferramenta.

domingo, 4 de março de 2012

PARA PENSAR:
“Jamais corte o que pode ser desatado”
Joseph Joubert

PARA REFLETIR:
“Correr não adianta. É preciso partir a tempo”
Jean de La Fontaine
PARA PENSAR:
“Jamais corte o que pode ser desatado”
Joseph Joubert

PARA REFLETIR:
“Correr não adianta. É preciso partir a tempo”
Jean de La Fontaine

sábado, 3 de março de 2012


 
DENOMINAÇÃO E ORIGEM DE OVINOS DA RAÇA MORADA NOVA
A origem de ovelhas da raça morada Nova, até hoje, não é bem definida cientificamente. Passando por Morada Nova em 1937, o professor e zootecnista Otávio Domingues observou na cidade, a presença de ovelhas deslanadas. Continuando suas observações em viagens empreendidas em 1940, deparou com mais exemplares em Quixadá, Quixeramobim, Crateús, Sobral, Tauá e outras cidades do interior cearense, e também no estado do Piauí. Tendo em vista Ter sido em Morada Nova onde Otávio Domigues registrou a ocorrência do carneiro deslanado pela primeira vez, designou o nome "Morada Nova". Interessando-se pelo carneiro Deslanado, Otávio Domingues indagou a varias pessoas sobre a origem do Deslanado. Falaram-lhe em Riacho do Sangue (hoje Frade). Chegando lá, o informe que teve foi de que a raça era muito antiga, de mais de meio século, e eram denominados de "pelados" e "meladinhos". Ninguém soube dizer de onde foram trazidos. CONHECIDOS HÁ MAIS TEMPO A ocorrência de carneiros Deslanados no Nordeste já tinha sido constatada em 1816 pelo inglês Henry Koster; por Georges Gardner em 1849 e Humberto de Andrade e N. Alhanssof, em 1927. Mais nenhum desses estudiosos tinha designado um nome especial aos carneiros, apenas "Deslanados". Com a ajuda de Aristóbulo de Castro, também zootecnista cearense, foi possível a Otávio Domingues um estudo profundo sobre os Deslanados, o que lhe foi preciso muitos anos, aproveitando escrever um livro sobre os carneiros: " Origem do Carneiro Deslanado do Nordeste", publicado em 1954. Em seus estudos e pesquisa, Otávio Domingues analisa as possíveis explicações para a formação do Deslanado, na região nordestina, destacando principalmente os fatores originados por mutação; por regressão a uma forma antepassada de carneiros sem lã; e também por recombinação dos fatores mendelianos, motivada pela mestiçagem. Também analisa e conclui a hipótese do Deslanado descender do carneiro Bordaleiro Português, que veio ao Brasil, na época do povoamento dos sertões, onde sofreu um processo de adaptação, por variação e seleção natural. Dessa maneira, tanto a variação genética, como a ação seletiva do ambiente quente e seco do Nordeste, agiram no sentido desfavorável de lã, e favoráveis à multiplicação destes carneiros.
CARACTERÍSTICA
Os animais pertencentes à raça Morada Nova tem sido selecionados mais intensamente pela ausência de lã, cor vermelha, com ponta da cauda branca e cascos pretos. A cor branca também é aceita. Animais que não tem essas características são eliminados. Os padrões raciais da raça Morada Nova, de acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos da Raça Morada Nova, são as seguintes: AUSÊNCIA de chifres, porem nos machos é admitida a presença de rudimentos. O TÓRAX é profundo, costelas chatas, ventre pouco desenvolvido. COXAS musculosas, nádegas delgadas. No macho, garrote aparente e nas fêmeas, apagado. CABEÇA larga e alongada, perfil subconvexo, olhos amendoados e fucinho curto. ORELHAS em forma de concha, cerca de 9 cm de comprimento, terminando em pontas. PESCOÇO fino, embutido no tronco, provido ou não de brincos. TRONCO com linha dorso lombar reta, admitindo-se ligeiramente selada nas fêmeas. GARUPA curta, com ligeira inclinação. CAUDA fina e comprida, inserção baixa. MEMBROS finos, bem aprumados, cascos pequenos; resistentes e escuros. PÊLOS curtos, finos, e ásperos. PELE escura, boa espessura, elástica, forte e resistente. (A MELHOR PELE DO MUNDO). PELAGEM vermelha nas suas diversas tonalidades, ponta da cauda branca, pele escura, recoberta de pêlos escuros. Mucosa e cascos escuros. A PELAGEM BRANCA apresenta as mesmas características, com exceção da cor.

Morada Nova (ovelha)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Morada Nova é uma raça de ovelha desenvolvida na região nordeste do Brasil, principalmente no município de Morada Nova no Ceará, com as características de não possuir , predominantemente mochos e possuírem couro de boa qualidade. No início o denominação era "carneiro deslanado do nordeste" mas este nome não foi mais usado. Internacionalmente é chamada de "Brazilian Woolless".
A raça se adapta bem a regiões quentes e com pouca comida,além de se adaptar fácil,come folhas secas e ramos seco e se satisfaz rápido. Não possui lã ,e sua carne é de boa qualidade,e é bem macia ,e procurada em muitos restaurantes de todo o brasil.São animais de poucas altura ,mais animais parrudos, sua cor varria desde um vermelho mais escuro até um mocho mais claro.
Os animais da raça que são P.O(puro de origem)os machos chegam a pesar até 40kg, e as fêmeas chegando até 30kg[1].São animais rústicos.São animais pra criadores que não querem gastar com ração.Originaria do Município de Morada nova.Dessa raça também se originou outra raças,e a mais conhecida é a Santa Inês.
Acredita-se que a origem é africana, e uma das que mais se assemelham é a Sahel, porém na sua formação pode ter contribuído também a Somalis e outras raças crioulas brasileiras. Foi usada na formação da raça Santa Inês.