quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Aos Leitores de nossaterra

Estou atravessando um problema de saúde, por isto não tenho postado matérias, mas, breve, muito breve, com a graça de Deus, estarei de volta. Um abraço a todos.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

MDA aposta em autonomia econômica das mulheres do campo


O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, afirmou nesta segunda-feira, 12 de dezembro, que aposta na autonomia econômica das mulheres do campo. A afirmação foi feita na abertura da 3º Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, comandada pela presidenta Dilma Rousseff.

As 27 delegadas que representam o MDA, vão propor estratégias para a melhoria da qualidade de vida das mulheres que vivem no campo. A prioridade é garantir que 30% dos projetos de Assistência Técnica e Extensão Rural tenham mulheres como beneficiárias titulares, e ainda ampliar a participação delas em programas de organização produtiva, compras públicas e comercialização dos produtos da agricultura familiar.

O ministro Afonso Florence falou sobre a presença das representantes do MDA e como elas podem contribuir para o sucesso da conferência.

Sonora (Afonso Florence)
Nós contribuímos com a organizações de conferencia territoriais, estaduais, delegadas do campo, além também do acumulo político programático desses últimos anos, aposta na autonomia econômica das mulheres. As delegadas do campo, certamente, vão contribuir muito com a conferência.

Saiba mais sobre a 3ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres acessando a página do ministério na Internet. O endereço é www.mda.gov.br.

Ministério do Desenvolvimento Agrário
Governo Federal – Brasil: país rico é país sem pobreza



MDA e Correios selam parceria para viabilizar Rede Brasil Rural


Ministério do Desenvolvimento Agrário e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos assinaram um termo de cooperação, nesta quarta-feira, 14 de dezembro. O protocolo assinado pelo presidente da Empresa Brasileira de Correios de Telégrafos (ECT), Wagner Pinheiro de Oliveira, com o ministro Afonso Florence consagra a parceria para operação da Rede Brasil Rural

Afonso Florence exaltou o acordo e elogiou a companhia parceira.

Sonora (Afonso Florence)
Esse acordo com os Correios é fundamental, porque essa competente e querida empresa brasileira será a operadora oficial da logística da agricultura familiar.

A assinatura do documento ocorreu durante a divulgação do “Plano Estratégico Correios 2020 – Ciclo 2011/2014”. No evento, os Correios também lançaram a nova identidade corporativa ,com o lema “soluções que aproximam”.

Saiba mais sobre a parceria entre MDA e Correios acessando a página do ministério na internet. O endereço é www.mda.gov.br.

Ministério do Desenvolvimento Agrário
Governo Federal – Brasil: país rico é país sem pobreza

Programa do Leite

Perguntar não ofende, ou pelo menos não deveria. Como é que vai ficar o Programa do leite em nosso estado? Vamos entrar 2012 com essa incerteza? Tenha dó Dra. Rosalba. Abra logo o jogo. Os pecuaristas estão doidos para saberem como vai funcionar. 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PARA PENSAR:
“A verdade é filha do tempo, e não da autoridade”
Galileu Galilei

PARA REFLETIR:
Ele (Jesus Cristo) foi o primeiro comunista. Repartiu o pão, repartiu os peixes e transformou a água em vinho”
Fidel Castro

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Brasil busca apoio da OIE para erradicar aftosa no continente

Reunião realizada em Paris também verificará andamento do pedido brasileiro para alterar a classificação de risco da doença da Vaca Louca
O Brasil quer se tornar um dos membros diretivos do Fundo Mundial para a Sanidade e o Bem-Estar dos Animais da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês). Com isso, o país pretende conseguir mais recursos para erradicar a febre aftosa na América do Sul até 2020. Esse é o principal objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na 6ª Reunião do Comitê Consultivo do grupo. O encontro acontece nesta terça e quarta-feira, 13 e 14 de dezembro, em Paris, na França.
O diretor do Departamento de Sanidade Animal do Mapa, Guilherme Marques, que participa da reunião explica que o Brasil vai buscar a erradicação da febre aftosa em todo o continente com mais recursos financeiros e humanos nos países da América do Sul por meio da OIE.
O Fundo Mundial para a Sanidade e o Bem-Estar dos Animais da OIE direciona verbas para apoiar ações previstas no plano estratégico de redução dos riscos das doenças infecciosas da OIE. Além disso, tem como finalidade prestar apoio aos serviços veterinários dos países para atender os padrões internacionais de qualidade da entidade.
Durante o evento, Marques – que preside a Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa) e o Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP) – apresentará o trabalho que está sendo desenvolvido pela região para o enfrentamento da crise sanitária recente, devido ao foco de febre aftosa no Paraguai.
O Brasil vai tentar verificar a possibilidade de três fiscais federais agropecuários brasileiros participarem de treinamentos nas sedes da organização em Buenos Aires e Paris. O encontro servirá, ainda, para reforçar o pedido brasileiro de reconhecimento da Estação Quarentenária de Cananeia (EQC), localizada no estado de São Paulo, como centro de referência internacional para quarentena animal.
Outro tema que deverá ser tratado na ocasião é o pedido de alteração na classificação de risco de Encefalopatia Espongiforme Bovina (doença da Vaca Louca) de risco desprezível para negligenciável. A solicitação foi encaminhada pelo Mapa no dia 28 de outubro e deverá ser avaliada pela comissão científica da OIE em fevereiro de 2012. A resposta definitiva poderá ocorrer em maio, depois da aprovação dos 187 países-membros da entidade.

Adoção dos novos parâmetros de qualidade do leite poderá ser adiada para 2016

Os novos parâmetros para qualidade do leite estabelecidos pela Instrução Normativa 51 (IN51), que deveriam ter entrado em vigor este ano podem ser adiados para 2016. Isto é o que prevê uma proposta da Embrapa enviada à Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Nesta quarta-feira (14), pesquisadores da Embrapa e técnicos da Câmara se reunirão para analisar a proposta.
Pela IN 51, desde julho deste ano, o leite entregue à indústria deveria ter no máximo 400 mil Contagens de Células Somáticas (CCS) por ml e 100 mil unidades formadoras de colônias de bactérias (CTB) por ml. No entanto, segundo dados do Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Gado de leite, 45% dos rebanhos analisados não atendem as exigências para CCS. No caso da CTB, os dados são ainda piores: 95% dos rebanhos produzem leite com CTB acima de 100 mil.
O fato da maioria dos produtores não se enquadrar nas exigências da IN 51 fez com que o MAPA adiasse a vigência da norma para o início de 2012. Neste período os técnicos da Embrapa Gado de Leite desenvolveram um estudo que leva em consideração as dificuldades dos produtores em se adequar às exigências. Segundo a proposta da Embrapa, a diminuição da CCS e CTB até o limite de 400 mil e 100 mil respectivamente deve ser gradativa e realizada nos próximos quatro anos para os estados das Regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Norte do país.
Segundo o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, a mudança no cronograma de implantação da IN 51 não representa uma derrota do setor. “A pecuária de leite no Brasil apresenta múltiplas realidades. Enquanto temos rebanhos produzindo leite com padrão de qualidade do primeiro mundo, há propriedades que ainda não estão preparadas para se enquadrarem nos atuais índices. Precisamos criar condições para que estas diferenças diminuam”, afirma Vilela.
A proposta da Embrapa não busca apenas atrasar o cronograma vigente. “Não acreditamos que somente isto seja suficiente para alavancar a qualidade do leite nacional”, diz Vilela. Várias ações que dependem do Mapa e de outros ministérios são necessárias. Veja a seguir algumas proposições:
- Padronizar e apresentar periodicamente os resultados da RBQL para auxiliar os governos e empresas na definição de estratégias para a tomada de decisão em relação à melhoria da qualidade do leite, já previsto na IN 37.
- Criar no âmbito da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA), um Programa Nacional de Controle e Prevenção da Mastite, elaborado por um grupo de trabalho envolvendo instituições de pesquisa e ensino, empresas de lácteos, serviços de extensão e demais participantes da cadeia do leite.
- Garantir investimentos em infraestrutura de energia elétrica e estradas, condições básicas e prioritárias para que o leite, produzido com a qualidade higiênico-sanitária desejada, seja mantido durante o transporte para a indústria, e dentro da mesma.
- Propor programas de qualificação e capacitação dos técnicos da extensão rural e autônomos que atendem os produtores de leite.
- Propor programas de capacitação para os produtores e transportadores de leite com foco em educação sanitária e qualidade do leite.
- Incentivar as empresas de lácteos a adotarem programas de pagamento de leite baseado em indicadores de qualidade pode ser uma das principais estratégias para melhoria da qualidade do leite.
- Melhorar o acesso ao crédito para financiamento da produção de leite.
- Finalmente, sensibilizar os consumidores da importância da qualidade do leite, pois estes serão também beneficiados e podem ser importantes agentes no processo de transformação da cadeia do leite. Matéria de Rubens Neiva- Embrapa Gado de Leite.
Sabemos que é um assunto polêmico, e que existem vários fatores que pesam a favor e contra a decisão de adiar a IN51. Qual é a sua opinião? O que mais pode ser feito?
Tags: IN51, do, leite, qualidade
Impactos das mudanças climáticas sobre doenças de importantes culturas no Brasil são discutidos em livro da Embrapa

Raquel Ghini, Emília Hamada e Wagner Bettiol, pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) editaram o livro Impactos das mudanças climáticas sobre doenças de importantes culturas no Brasil, disponibilizado para acesso gratuito, dedicado à análise dos possíveis efeitos das mudanças globais sobre doenças de plantas para a adoção de medidas de adaptação, com a finalidade de evitar prejuízos à agricultura brasileira.

Conforme Celso Manzatto, chefe geral da Unidade, as evidências de que ocorrerão mudanças climáticas globais, em função do aumento da concentração de gases de efeito estufa decorrentes de atividades antrópicas, têm se apresentado cada vez mais consistentes. Tais mudanças estão relacionadas às atividades antrópicas, especialmente em relação ao uso crescente de combustíveis fósseis, desmatamentos e mudanças de uso da terra pós Revolução Industrial, com impacto crescente na concentração de CO2 e outros gases na atmosfera em relação às décadas anteriores.


“A elaboração deste trabalho é resultado do esforço integrado de especialistas de várias instituições de pesquisa e fomento, sob a coordenação da Embrapa Meio Ambiente. Esta obra visa à divulgação dos conhecimentos adquiridos sobre o tema ao público em geral, para a conscientização a respeito do problema e para subsidiar a adoção de medidas de adaptação aos impactos das mudanças climáticas sobre doenças de plantas. Pretende-se ainda com este documento chamar a atenção da importância da sustentabilidade da agricultura que constitui-se a base deste formidável complexo agroindustrial gerador de divisas, com o qual pode contar o Brasil de hoje”, diz Manzatto.

Cientes destes novos desafios, os vinte capítulos desta obra foram redigidos por quarenta e oito especialistas, de diversas instituições de pesquisa, universidades e empresas da iniciativa privada do País. Pode-se concluir que medidas urgentes dos tomadores de decisão são requeridas para manutenção ou aumento do atual status da agropecuária brasileira. Neste sentido, esta obra serve como um alerta sobre os desafios futuros à segurança alimentar nos Trópicos, mas também como um alento por deixar claro a competência e a dedicação de nossos pesquisadores e cientistas que poderão resultar em soluções para os novos desafios que as mudanças climáticas impõem.

São 356 páginas.

Cristina Tordin
Jornalista, MTB 28499
Embrapa Meio Ambiente
SAF realiza Consulta Pública para discutir Selo Combustível Social
13/12/2011 04:34
A Secretaria da Agricultura Familiar (SAF/MDA) abriu Consulta Pública para receber sugestões sobre a Instrução Normativa que dispõe sobre regras e procedimentos de concessão, manutenção e uso do Selo Combustível Social.
O processo de consulta foi publicado no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (13), pela SAF,  com o objetivo de chamar os agricultores familiares, empresas e toda a sociedade para participar do aperfeiçoamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Bidodiesel (PNPB), que no ano de 2010 beneficiou mais de 100 mil famílias de agricultores e atingiu uma marca de R$ 1,058 bilhão em compras de matérias primas da agricultura familiar.
O coordenador do programa, Marco Antonio Leite, afirma que "a ideia é tornar ainda mais democrático e transparente o processo de normatização da inclusão produtiva da agricultura familiar no PNPB, além de fazer uma consulta abrangente e obter subsídios para a redação final da Instrução Normativa (IN)". A redação em vigor é da IN nº 01 de 19 de janeiro de 2009.
Com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) e do esforço de inclusão produtiva de agricultores familiares pela SAF/MDA, todas as decisões relacionadas aos critérios e funcionamento do Selo Combustível Social vêm sendo colocadas em discussão e em consulta com entidades representativas dos atores envolvidos na cadeia do biodiesel.
Para normatizar os procedimentos relativos ao Selo Combustível Social, a SAF/MDA já conta com a participação constante dos movimentos sociais e centrais sindicais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e a Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF/CUT), e de entidades representativas das empresas produtoras de biodiesel como a Associação dos Produtores de Biodiesel (APROBIO), a União Brasileira do Biodiesel (UBRABIO) e sindicatos regionais.
A minuta de Instrução Normativa ficará disponível, na íntegra, durante 30 (trinta) dias, a contar da data de publicação do Aviso de Consulta Pública no DOU, no seguinte endereço eletrônico:
http://portal.mda.gov.br/portal/saf/programas//biodiesel
As críticas e sugestões em relação ao texto da minuta deverão ser encaminhadas por escrito para o e-mail: consulta.selosocial@mda.gov.br ou para o seguinte endereço: SBN Quadra 02, Sobre Loja, Sala 03, Edifício Sarkis, Asa Norte - Sala 3 -CEP: 70.040-910.
Na última semana de janeiro, o MDA publicará em seu portal o apanhado de sugestões enviados pela população.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Produção de grãos cai 2,4% em relação à última safra

As culturas mais representativas - milho e soja - somam juntas 83% da safra nacional, com a produção de 131,605 milhões de toneladas
ATUALIZADA ÀS 9h20 - A produção nacional de grãos para a safra 2011/12 deve chegar a 159,079 milhões de toneladas, com  uma redução de 2,4% em relação as 162,958 milhões de toneladas  colhidas na última safra. A previsão está do terceiro levantamento realizado pela Conab e anunciado nesta quinta-feira, 8 de dezembro, em Brasília.
         
A confirmação da estimativa depende de fatores de produção que interferem na produtividade durante todo o ciclo. Os dados serão consolidados à medida que estes fatores perderem a interferência.
As culturas mais representativas - milho e soja - somam juntas 83% da safra nacional, pela produção de 131,605 milhões de toneladas. O milho tem perspectiva de crescimento de 4,9%, considerando apenas a participação da Primeira Safra, uma vez que a Segunda Safra só será definida a partir de janeiro.
A área plantada deve ficar em torno de 50,447 milhões de hectares, 528,2 mil hectares a mais que na safra anterior, o que representa um crescimento de 1,1%. O aumento está relacionado ao milho Primeira Safra e à soja, com crescimento de 10,8% e 0,7%, respectivamente.
No caso do milho, o maior aumento ocorreu no Paraná (145,2 mil hectares), seguido por Rio Grande do Sul (161,7 mil ha) e Goiás (148 mil ha). As justificativas para esse comportamento são os bons preços do produto no mercado, a rotação de culturas e a reconquista da área cultivada anteriormente.
Já para a soja, o maior crescimento de área efetiva deve ficar com o Mato Grosso, com um aumento de 371,1 mil hectares, seguido do Rio Grande do Sul, com 80,1 mil hectares. No Paraná, foi registrada queda de área da oleaginosa em 472,4 mil hectares. A cultura foi substituída, basicamente, pelo milho. Outra região que teve destaque na área foi a do Matopiba  - Maranhão (48,2 mil ha), Tocantins (18,2 mil ha), Piauí (55,2 mil ha) e Bahia (66,8 mil ha).
Por outro lado, houve redução de área para o arroz, que deve perder 251,8 mil hectares em relação ao cultivo anterior, quando chegou a 2,820 milhões de hectares. A queda mais acentuada ocorre no Rio Grande do Sul, que deixa de cultivar 93,7 mil hectares. A produtividade no estado é significativa, chegando a 7 mil kg/ha.
O feijão Primeira Safra também apresentou redução. Em relação ao cultivo anterior de 1,42 milhão de hectares, houve uma queda de  147,3 mil hectares. O Paraná, maior produtor nacional, deixou de cultivar 93,5 mil hectares em relação à safra anterior, quando semeou 344,1 mil hectares.
Em relação à região Nordeste, o terceiro levantamento considerou apenas o oeste da Bahia, o sul do Maranhão e do Piauí. Já para a região Norte foram considerados somente Tocantins e  Rondônia. As  demais regiões tiveram mantidas as áreas da safra anterior, uma vez que o plantio só começa em janeiro.
A pesquisa foi realizada por cerca de 60 técnicos, entre os dias 21 e 25 de novembro, após visita a órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola em todos os estados produtores. (com informações de Raimundo Estevam/Conab)

Agricultura consolida imagem do Brasil no cenário mundial

A produção agrícola é resultado da tecnologia empregada e, principalmente, do uso de práticas sustentáveis
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha, participou do anúncio do levantamento da safra de grãos, cana-de-açúcar e laranja, nesta quinta-feira, 8 de dezembro, em Brasília. Durante a apresentação do estudo realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Caio Rocha avaliou o desempenho da produção agrícola no país.
“O Brasil está se consolidando como grande produtor mundial de alimentos não só na produção, mas na qualidade, tecnologia empregada e, principalmente, na questão de sustentabilidade e uso da agricultura de baixo carbono. O programa ABC é exemplo mundial”, disse. “Os números da agricultura brasileira são altamente satisfatórios e o Brasil não é mais o futuro na questão mundial agrícola, já é presente e representativo em termos mundiais. Nosso país tem ocupado espaço em função da interlocução da presidente Dilma Rousseff na abertura de mercados internacionais”, ressaltou Rocha.
Cana-de-açúcar
Quanto à produção de cana-de-açúcar para 2012, o secretário de Cana-de-açúcar e Agroenergia, Manoel Bertone, disse que as perspectivas são razoáveis e a melhora de cenário efetivamente virá em 2013. O Brasil pretende alcançar em torno de 750 milhões de toneladas de cana, sem precisar implementar novas unidades  industriais, com mais investimentos.
Com relação aos financiamentos do plantio por parte das usinas, “as negociações com o Ministério da Fazenda estão avançadas com estudo de taxas de juros mais adequadas para financiar esta atividade”, enfatizou. Para Bertone, a cana plantada pelas usinas também é um produto agrícola. “Neste ponto de vista, as negociações com a área econômica do governo ainda são embrionárias”, afirmou. Ele acredita que a produção de cana das usinas já deveria estar sendo financiada com os recursos do crédito rural.
Grãos
Os números da safra de grãos ainda não estão consolidados e a projeção apresentada hoje leva em consideração a produtividade média das últimas três safras, disse o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto.
“Estamos considerando um crescimento de 1% na área geral, considerando, principalmente, as lavouras de milho e soja, e uma queda de área no plantio de arroz (12,4%) e feijão (18,2). “Não haverá problemas de abastecimento interno, pois o governo poderá utilizar o arroz dos estoques públicos e a oferta de feijão poderá ser compensada pelas outras duas safras do grão”, concluiu.
Laranja
A Conab também apresentou os números da safra da laranja 2011/2012 em São Paulo. A estatal inovou ao apresentar os números da primeira estimativa para o Triângulo Mineiro, em Minas Gerais. O diretor da Conab explicou que essa era uma promessa da companhia que pretendia ampliar o levantamento para outras regiões produtoras da laranja.

Valor Bruto da Produção agrícola é recorde

Lavoura rende mais de R$ 205 bilhões ao produtor em 2011, o maior montante já registrado nos últimos 14 anos
O Valor Bruto da Produção (VBP), que corresponde ao faturamento agrícola obtido nas 20 principais lavouras, atingiu o recorde de R$ 205,8 bilhões em 2011, trata-se do maior valor registrado desde 1997. Com o ano praticamente encerrado, o número é 11,7 % maior em relação a 2010. Os produtos que mais colaboraram para obter esse resultado foram o algodão, com aumento real do valor de 124,7%, café (36,4%), laranja (10,5%), milho (30,7%), tomate (12,1%) e uva (41,17%).
Os dados regionais de 2011 destacam a liderança do valor da produção no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, respectivamente. Essas três regiões representam quase 80% do valor gerado em 2011. Os números obtidos neste ano são recorde também para o Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país. Os maiores aumentos observados no valor da produção ocorreram, principalmente, em Mato Grosso e no Ceará.  
O coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Gasques, destaca que as previsões para 2012 são otimistas. “O valor da produção esperado é de R$ 212,3 bilhões, 3% superior ao registrado em 2011”, destaca o coordenador do Mapa, responsável pelo estudo. Se essa tendência se confirmar será possível registrar um aumento do valor, sem interrupção, desde 2009.
Saiba mais
Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção (VBP) é calculado com base na produção e nos preços de mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.
Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano.