Emater diagnostica frutos de assistência técnica em todo o Baixo Oeste do RN |
03/01/2011-16h45 |
![]() O Governo do Estado através da Unidade Regional de Mossoró da Emater/RN realizou recente levantamento dos indicadores de resultados do trabalho desenvolvido neste ano de 2010 a partir do acompanhamento técnico daquela regional que é composta pelos municípios de Mossoró, Serra do Mel, Areia Branca, Grossos, Tibau, Baraúna, Governador Dix-Sept-Rosado, Felipe Guerra, Upanema, Carnaúbas, Apodi, Severiano Melo, e Rodolfo Fernandes, todos localizados no Baixo Oeste. A informação é da assessoria daquela empresa estadual, justificando que, segundo o gestor regional Fagner Brito, o trabalho de assistência técnica e extensão rural (Ater) consiste não apenas na transferência de informação técnica quanto ao manejo da produção (plantios de culturas e criação de animais), mas, também as etapas do beneficiamento e comercialização, destacando ainda isso envolve aspectos relacionados à gestão dos empreendimentos rurais, o acesso ao crédito, conhecimento sobre as inovações tecnológicas ecologicamente corretas e sobre as novas políticas públicas. ”O extensionista destaca ainda os indicadores de resultados da regional de Mossoró apresentando os recursos aplicados e ações desenvolvidas pelos diversos projetos e programas”, explica. Como exemplo das ações benéficas ao público camponês, aquela assessoria informou que através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foram investidos mais de R$ 1.500.000,00 (Um milhão e quinhentos mil reais) na compra de alimentos da agricultura familiar através das suas três modalidades (Compra Direta, CONAB e PNAE - Compra de 30% da Agricultura Familiar), classificando o PAA-Alimentos como um programa de grande alcance social, pois mobiliza e beneficia diversos segmentos sociais, em ações estruturantes, tanto econômica como socialmente. “Naquela região, em 2010, o Programa envolveu 594 agricultores familiares fornecedores dos produtos, doando alimentos para 379 entidades sociais que atendem 104.300 pessoas”, complementa. Ao dialogar com Domingo Rural, aquela assessoria informou que os técnicos extensionistas dos treze municípios que compõem a Regional realizaram ainda a distribuição de duas toneladas de sementes de feijão, milho e sorgo; 500 visitas técnicas, muitas delas de atendimento coletivo de pequenos grupos de agricultores familiares. Entre as ações de qualificação, informa, foram realizadas 132 oficinas voltadas para agricultores familiares sobre cajucultura, fortalecimento do crédito, ovinocaprinocultura, dentre outros, capacitando 3.300 agricultores e agricultoras. Além de Seminários sobre Educação ambiental, Agricultura Orgânica, Associativismo e Cooperativismo, e de piscicultura, este último voltado para Mulheres Marisqueiras. A Emater promoveu ou participou ainda de diversos eventos naquela região como: 14ª Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit 2010), realizado de 9 à 11 de junho; dois Torneios Leiteiros, dois Circuitos Tecnológicos, sendo o ultimo em Apodi, e cursos sobre as temáticas de Crédito Rural, Boas práticas de fabricação de alimentos e Beneficiamento de pescado. |
domingo, 9 de janeiro de 2011
EMATER - RN
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Ministro do MDA
Afonso Florence disse que o governo está elaborando um plano plurianual que vai estabelecer novos procedimentos para garantir que as políticas de reforma agrária e agricultura familiar deem resulta
O petista Afonso Florence afirmou nesta segunda-feira, após assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que o governo da presidente Dilma Rousseff dará continuidade ao diálogo com "todos os segmentos da sociedade civil, do setor empresarial aos movimentos de luta pela terra no campo e na cidade".
"O MDA tem uma experiência profícua de relação com movimentos sociais de luta pela terra e agricultura familiar. Continuaremos a negociar nos períodos de negociação e, no conjunto do ano, a implementar as políticas de reforma agrária e agricultura familiar", disse aos jornalistas, logo após a cerimônia de posse.
O ministro destacou ainda que o governo está elaborando um plano plurianual que vai estabelecer novos procedimentos para garantir que as políticas de reforma agrária e agricultura familiar "deem resultado".
Nesse contexto, também será discutida a revisão dos índices de produtividade, que indicam o grau de aproveitamento e ocupação das áreas rurais e servem de parâmetro para classificar uma propriedade como produtiva ou improdutiva. A revisão é uma cobrança dos movimentos sociais.
"A revisão dos índices de produtividade, assim como um conjunto de novas providências para modernizar o rural brasileiro, é do interesse do País. Terei a oportunidade de discutir no interior do governo e assim que o governo tiver uma posição única, nós vamos torná-la pública", afirmou o ministro, acrescentando que a posição conjunta deverá ser anunciada "num futuro muito próximo".
"O Brasil modernizou a agricultura empresarial e familiar. Para isso, um conjunto de atualizações, de critérios e políticas foi necessário. A presidenta Dilma estabeleceu como objetivo primeiro combater a pobreza implementando conjunto de políticas para o campo e para a cidade, adensando a cadeia produtiva, garantindo crédito, comercialização justa e assistência técnica e dando continuidade e aprofundando a política de reforma agrária", ressaltou.
O petista Afonso Florence afirmou nesta segunda-feira, após assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que o governo da presidente Dilma Rousseff dará continuidade ao diálogo com "todos os segmentos da sociedade civil, do setor empresarial aos movimentos de luta pela terra no campo e na cidade".
"O MDA tem uma experiência profícua de relação com movimentos sociais de luta pela terra e agricultura familiar. Continuaremos a negociar nos períodos de negociação e, no conjunto do ano, a implementar as políticas de reforma agrária e agricultura familiar", disse aos jornalistas, logo após a cerimônia de posse.
O ministro destacou ainda que o governo está elaborando um plano plurianual que vai estabelecer novos procedimentos para garantir que as políticas de reforma agrária e agricultura familiar "deem resultado".
Nesse contexto, também será discutida a revisão dos índices de produtividade, que indicam o grau de aproveitamento e ocupação das áreas rurais e servem de parâmetro para classificar uma propriedade como produtiva ou improdutiva. A revisão é uma cobrança dos movimentos sociais.
"A revisão dos índices de produtividade, assim como um conjunto de novas providências para modernizar o rural brasileiro, é do interesse do País. Terei a oportunidade de discutir no interior do governo e assim que o governo tiver uma posição única, nós vamos torná-la pública", afirmou o ministro, acrescentando que a posição conjunta deverá ser anunciada "num futuro muito próximo".
"O Brasil modernizou a agricultura empresarial e familiar. Para isso, um conjunto de atualizações, de critérios e políticas foi necessário. A presidenta Dilma estabeleceu como objetivo primeiro combater a pobreza implementando conjunto de políticas para o campo e para a cidade, adensando a cadeia produtiva, garantindo crédito, comercialização justa e assistência técnica e dando continuidade e aprofundando a política de reforma agrária", ressaltou.
Novo Ministro do MDA
Florence destaca integração de políticas públicas.Florence destaca integração de políticas para combater a pobreza no meio rural
03/01/2011 14:34
A principal meta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na gestão da presidenta Dilma Rousseff é a integração das políticas da agricultura familiar às políticas de combate à pobreza e de inclusão social e o diálogo com os movimentos sociais.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, durante solenidade de transmissão do cargo realizada em Brasília. Florence destacou o combate à miséria extrema como foco da próxima gestão. "A presidenta Dilma estabeleceu esse objetivo como primeiro por meio de um conjunto de políticas para o campo e para a cidade; adensando a cadeia produtiva, garantindo crédito, comercialização justa e assistência técnica, além da continuidade e aprofundamento da política de reforma agrária e acesso à terra".
Florence garantiu a continuidade do "programa de mudanças" desenvolvido nos últimos oito anos. "Temos tido a capacidade de implementar políticas que reparam e constroem um horizonte afirmativo para todos os brasileiros. Nosso compromisso é com a continuidade desse processo."
O ministro destacou que o fortalecimento e aprofundamento de todas as políticas do MDA são fundamentais para manter o diálogo com os movimentos sociais. "O MDA tem uma experiência profícua de relação com os movimentos sociais e vamos manter os canais de negociação. O objetivo é único: uma pátria livre, soberana e de todos onde a agricultura familiar permita que tenhamos um país mais generoso."
A transmissão do cargo a Florence foi feita pelo ex-ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel, que fez um balanço dos oito anos do governo Lula. Cassel destacou a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares no período como fator determinante para o sucesso do setor responsável por 70% da produção de alimentos no Brasil.
"Fomos capazes de reinventar o Ministério e fazer chegar políticas que sempre haviam sido negadas aos agricultores familiares”, frisou Cassel, referindo-se ao acesso à terra de 840 mil famílias e ao fortalecimento da comercialização, do crédito e da assistência técnica. "Talvez nosso principal legado seja o fato de que devolvemos para o Brasil uma agricultura familiar que estava escondida e uma reforma agrária que era tida como improdutiva. Devolvemos a autoestima do agricultor familiar."
Perfil
Natural de Salvador (BA), filho de professores da rede pública estadual, Afonso Florence tem 50 anos. É casado, pai de dois filhos e formado em História pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), onde também fez mestrado na área. Militante histórico do PT, sua trajetória é marcada pelo compromisso com as lutas sociais e do campo.
Eleito em 2010 deputado federal com mais de 143 mil votos, Afonso Florence iniciou a militância política na UFBA, onde presidiu o Diretório Central dos Estudantes. Ainda na Universidade, foi servidor público; pesquisador e diretor do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO). Também foi professor da Universidade Católica de Salvador (UCSal) e coordenador do Programa de Pós-graduação em História.
No governo Jaques Wagner, Afonso Florence esteve à frente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano. Sua gestão foi marcada pelo diálogo com os setores sociais e compromisso com a universalização do acesso aos serviços públicos. Coordenou o Programa de Habitação da Bahia - Casa da Gente e teve atuação decisiva na elaboração e execução do Programa Água Para Todos – o maior programa de abastecimento de água do país, que contemplou mais de 2,5 milhões de pessoas com ligações de água e esgotamento sanitário no estado.
domingo, 2 de janeiro de 2011
Parabéns Governadora
NOSSATERRA parabeniza a Governadora Mossoroense Rosalba Ciarline, por tão importante missão em conduzir os destinos do noso RN.
sábado, 1 de janeiro de 2011
Parabéns, Presidenta
Nos que fazemos o blog nossaterra, parabenizamos a nova presidenta eleita e impossada Dilma Roussef.
Fogão Ecológico
Agricultora explica eficiência de fogão ecológico na agricultura do Pólo Borborema |
![]() “O que me chama a atenção é em, primeiro lugar, várias coisas me chamam a atenção, mas uma das coisas que me chamou a atenção como primeira vez é a estrutura que a família tem pra montar e instalar o fogão, porque aqui a gente percebe nesta experiência que a gente está vendo que foi montado agora assim e que a família pode montar esse fogão em qualquer espaço em sua cozinha onde seja melhor, onde seja favorável a família. Outra coisa que me chamou a atenção é a cinza, porque geralmente puxa a cinza com a mão e neste fogão já vem a estruturazinha da gente por a lenha e quando acabar de queimar, a gente puxar a estrutura e pegar a cinza, isso é uma coisa também que chamou a atenção. A outra coisa que chamou a atenção é o tamanho do fogão, ele cozinha duas panelas ao mesmo tempo, diferente do tradicional, a gente cozinha duas panelas, mas a primeira cozinha primeiro a de trás cozinha depois e neste ele vai cozinha da mesma forma igual, a quentura desse fogo ele muito mais quente do que o nosso fogão tradicional, nosso fogão tradicional quando vem esquentar mesmo a panela ele já tem queimado”. Esse é argumento da agricultora familiar agroecológica, Maria do Céu Batista de Santana, residente na comunidade Videl, município de Solânea, Curimataú paraibano, que ao dialogar com os ouvintes do Programa Domingo Rural deste domingo(26/12) falou sobre os fogões ecológicos, tecnologias patrocinadas pelo Programa Petrobrás Ambiental através do Projeto Agroecologia na Borborema e que estão sendo adotadas pelas famílias agricultores dos municípios do Pólo da Borborema. “Bastante interessante a experiência que está vindo aqui para o Pólo da Borborema pra que as mulheres possam ter mais oportunidade de ter suas refeições feitas com o mínimo de tempo possível e eu acredito que com as experiências que nós estamos tendo aqui hoje nesta reunião para conhecermos com certeza as mulheres vão ter essa vantagem em ter um novo fogão que vem trazer esses benefício”, explica a agricultora. “O recado que eu deixo, que o Pólo deixa, que os sindicatos deixam é que a partir do momento que a gente faz visita de intercâmbio, faz discussões regionais, faz discussões municipais tanto das experiências dos fogões, mas também de outras experiências como a gente já tem de consórcio de palma para as pequenas criações como também as cisternas que vem favoerece o benefício de água, então tantas outras ações que nós temos, acho que essa é uma das que vem transformar o meio ambiente na redução do desmatamento da tirada da lenha para cozinhar , então para as famílias a gente deixa o recado que elas olhem pra outras famílias e que percebam a importância desse fogão que chega como experiência, então vai reduzir os problemas na questão da saúde como falei no começo, as mulheres que vão está adquirindo esse fogão, elas vão perceber isso na medida que elas estiverem utilizando do mesmo. Então o recado que a gente dá é que as famílias se organizem, que pensem no meio ambiente de como a gente vai proceder, porque é uma discussão que volta para o arredor de casa, onde é um fogão que chega pra sua cozinha, mas que ela tem toda uma discussão do arredor de casa, do manejo e organização da família ao redor de casa não deixando garrafa peti ao redor de suas casas”, compartilha a agricultora. Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural |
Algodão Mocó
Representações de entidades organizam oficina em defesa do algodão mocó para o semiárido |
![]() Representações de entidades de agricultores associados a pesquisadores da Embrapa Algodão e Embrapa Transferência de Tecnologias, escritório de Campina Grande estiveram reunidos durante o dia 13 e 14 de dezembro, em Lagoa Seca, numa oficina de argumentação em defesa do algodão mocó como alternativa sustentável para a região semiárida brasileira. Domingo Rural deste domingo(26/12) evidenciou o trabalho iniciado que objetiva construir, de forma coletiva, um projeto interinstitucional de Pesquisa e Desenvolvimento para o Algodão mocó em consórcios agroecológicos e durante os dois dias os participantes organizaram relatos sobre a cultura em toda a região a exemplo do processo de cultivo na comunidade Salgado de Casserengue, Curimataú paraibano; discussão da estratégia de elaboração do projeto envolvendo todas as parceiras dentre outros temas. Nair Helena Castro Arriel é pesquisadora da Embrapa Algodão e, durante entrevista, falou sobre o objetivo da reunião e da construção do projeto de resgate do Algodão Mocó. “O objetivo principal dessa oficina aqui é a construção coletiva de um projeto com algodão mocó em sistemas agroecológicos, agora, porque algodão Mocó? Nós pesquisadores, técnicos da Embrapa que estamos trabalhando sempre com agricultores familiares temos observado que o algodão mocó está aí e vai estar sempre tolerando a falta de água, a falta de insumos e está sempre ali e sendo utilizado não só para o consumo em atividades como o pavio, algodão mesmo, alimentação e porque não o algodão mocó”, comenta a pesquisadora em parte de sua entrevista em Domingo Rural. Wagner dos santos Lima, é licenciado em Ciências Agrárias pela UFPB, é estagiário da AS-PTA em parceria com a Embrapa Tabuleiros Costeiros, reside em Casserengue e, como participante no projeto, falou sobre o trabalho que será desenvolvido a partir de resgate de práticas das famílias de agricultores durante anos em toda a região. “Meu tio Paulo que faleceu a 30 dias atrás ele conservou 150 plantas de algodão mocó, não substituiu suas plantas de algodão mocó por algodão herbáceo e com isso a Embrapa como unidade de validação r transferência de tecnologia na comunidade próxima a essas unidades de algodão mocó deu parecer para a gente eliminar as plantas de algodão mocó pra não fazer contaminação, e o agricultor responsável pelas plantas do algodão mocó não aceitou essa estratégia de podar ou eliminar as plantas e disse a frase: cuide do seu que eu cuido do meu. E aí a gente viu na prática nessa safra 2010, a gente viveu a experiência aqui no território da Borborema onde seu muitos problemas com a falta de chuvas, ou seja, com a seca e o algodão herbáceo não vigorou, não produziu bem em toda a região, e o algodão mocó ao lado esquecido, adormecido principalmente, não no caso dos agricultores, mas no caso das instituições de pesquisas e extensão produzir bem ali com a pouca qualidade de chuva que houve, então foi uma forma de representar e mostrar o seu potencial para a agricultura, para o semiárido como ele já tinha mostrado nas décadas de 70 e 80 e por aí vai”. João Macedo é agrônomo da AS-PTA, é parte no projeto do algodão Mocó e, em entrevista, garantiu que o projeto tem mesmo a participação da agricultora familiar através de suas representações defensoras de tecnologias que garantam autonomia as famílias agricultoras de toda a região. “Sim, com certeza, porque o algodão mocó a gente vê que é uma cultura que historicamente fez parte da vida do sertanejo, Caririzeiro, do curimatauzeiro, e essa cultura ela é parte de um modo de vida desse povo porque além de ser cultura de rende que dava a camisa, que vestia o agricultura e que ajudava também a comprar os mantimentos pra si preparar melhor pra enfrentar o próximo inverno, ela também tinha uma importância muito grande para a alimentação dos animais e é de muita resistência pra a seca e com isso dura dez, 15 anos dependendo do zelo da capoeira como o agricultor fazia e é uma cultura que não depende de produtos químicos para produzir, nem de adubos, nem de venenos e ta dada aí as condições do semiárido pra resistir”, explica Macedo lembrando não ser cultura de alto-produção e produtividade, mas que associada as diversas outras culturas da agricultura familiar poderá trazer grandes contribuições econômicas, ambientais e econômicas. Lenildo Dias de Morais é gerente da Embrapa Transferência de Tecnologias escritório de Campina Grande, diz que é entusiasta da idéia e acredita que o projeto tende a ter avanços participativos que farão com que ministérios do Governo Federal fortaleçam a retomada de uma cultura que tem identidade com os produtores de toda a região. “Nós estamos nessa primeira fase formatando as idéias, são várias idéias, nós não estamos aqui fazer um projeto que já nasça morto, a gente quer construir o projeto, então por isso que neste momento a gente não está nem tratando essa questão do financiamento de projeto obviamente que no futuro terá e precisa ter. Agora nesse momento a idéia nossa é a gente discutir os parâmetros, discutir como nós vamos fazer esse projeto, aonde, quando e como, porque prá nós o fundamental é que a gente entenda a história do mocó, entenda, do ponto de vista político, a sua importância no passado, do ponto de vista da ciência quais os avanços que tiveram, porque que ele praticamente foi extinto hoje, e daí poder entender essa dinâmica para a gente poder elaborar um projeto que seja sustentável em todas as linhas e que ele tenha continuidade pra não ser apenas um desses projetos que a gente escuta por aí que não dura um ano dois anos já morre. Esse não, esse é um projeto que a gente espera que seja duradouro porque está nas mãos de pessoas comprometidas com a sustentabilidade ambiental, social, econômica, política e ética do Estado da Paraíba”. Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural |
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
A pastagem que ajuda a melhorar a produção de ovinos
- 03/08/2010Os passos mais importantes do trabalho do IZ são voltados para atender as necessidades do pequeno e médio produtor brasileiro com novas alternativas de manejo a pasto com diversas gramíneas e forrageiras. Uma dessas técnicas usa o Capim Aruana (Panicum maximum cv. IZ-5) como fonte de alimento para os animais. O valor nutritivo e aceitabilidade favorecem o maior consumo voluntário da forragem e diminui a necessidade de suplementação de ovelhas no final da gestação e em amamentação. Com isso o produtor tem menor número de mortalidade, aumento da taxa de natalidade e maior desempenho reprodutivo. O número de cordeiros por área também aumenta, gerando maior renda.
De acordo com o pesquisador do IZ, Eduardo Antonio Cunha, o Aruana tem boa produção de sementes, garante o restabelecimento rápido da pastagem em caso de necessidade de recuperação – após eventuais “acidentes” como queima, geadas, pragas ou degradação por falha de manejo. Além de boa tolerância ao pastejo baixo promovido pelo ovino, isso possibilita a adoção da técnica de manejo como parte da estratégia no controle de helmintos parasitas, favorecendo a exposição de larvas às intempéries climáticas – radiação solar e vento.
“O capim Aruana mostra-se como uma excelente alternativa, senão a ideal, para pastejo com ovinos, desde que em condições adequadas de manejo, solo e clima, podendo a sua utilização, contribuir significativamente para que a ovinocultura firme-se cada vez mais como alternativa de viabilização sócioeconômica para a pequena e média propriedade rural”, afirma o pesquisador Cunha.Onça também gosta de caprinos e ovinos
Autor: Nathan Cruz, com dados básicos de Rafael - 05/09/2010Onça tem seu cardápio próprio de animais do mato, mas pode se entusiasmar e até ficar viciada em cabras e ovelhas e, então, é preciso saber lidar com o problema, para reduzir o prejuízo
Os felinos não apresentam o hábito natural de atacar animais domésticos, desde que o ambiente ofereça área suficientemente grande com recursos alimentares suficientes e nenhuma, ou até pouca interferência humana. Ou seja, tendo suas presas naturais, eles não irão atacar caprinos e ovinos.
Se, porém, acontecer uma ausência ou diminuição das presas naturais, por qualquer motivo, então os grandes felinos, antes de mudar de território, tentarão mudar o cardápio!
Na Natureza, os carnívoros predadores estão ligados ao controle dos mamíferos herbívoros que, por sua vez, alimentam-se de espécies vegetais. Já as comunidades vegetais influenciam a distribuição de polinizadores, aves e insetos. Quando se afeta, portanto, a comunidade de predadores, afeta-se o ecossistema como um todo. Qualquer perturbação no ecossistema acaba prejudicando todos os viventes, incluindo as onças. Elas, portanto, podem ser vítimas de algum erro e passam a atacar ovelhas e cabras.
Assassinos
Sem dúvida, existem onças-pintadas e onças-pardas que atacam o gado doméstico, podendo representar a ruína de um pequeno ou médio criador.
Há, porém, outros assassinos talvez piores que a onça:
u a falta de aplicação de planos sanitários;
u a falta de tecnologia para aumentar o desfrute (atualmente é muito baixo: 40-50% de prenhez e 30-40 % de desmame);
u doenças como a aftosa, a brucelose e a leptospirose;
u a falta de seleção e manejo do próprio gado em território que pode ter onças;
u o efeito das enchentes que pode provocar prejuízos muito maiores.
u falta de manejo ecológico da propriedade. Geralmente o manejo é rudimentar, ficando o rebanho exposto aos riscos de seca, doenças epidêmicas, parasitismo e desnutrição. Em muitas fazendas o gado torna-se semisselvagem (Baguá), condição que favorece o ataque de onças;
u descaso ou ausência dos proprietários, permitindo até roubos habituais. A falta de controle das atividades de gerentes, peões e vizinhos é um convite para as onças.
u o desmatamento, além de constituir um fator de extermínio, predispõe ao ataque do rebanho por felinos. De fato, o desmatamento empurra as presas naturais para perto dos pastos e, então, a onça começa a ter contato com ovinos, caprinos, bezerros, etc.
u a facilidade de ataque. Uma vez que a onça descobre como é fácil caçar animais já domesticados abandonará o hábito natural de somente procurar presas selvagens.
Olho no olho
Animais grandes, que podem chegar a 500 kg , como cavalos, burros e gado adulto são atacados exclusivamente por onças-pintadas. A suçuarana por ter porte menor tamanho, ataca animais mais jovens ou de menor, usualmente potros ou bezerros (geralmente recém-nascidos, ou até um ano e meio de idade).

Muitas vezes, a onça abandona a vítima
A pesquisa recomenda o seguinte método para identificação da onça através do cadáver:
l Presas - estabelecimento da causas e/ou do causador da morte. Primeiro, assegurar-se de que o animal morreu pelo ataque ou se, no caso de ter morrido por outros motivos, o predador se aproveitou do cadáver para alimentar-se. Examinar os lados do pescoço da presa: devem ser esfolados para a inspeção da garganta, nuca e base do crânio, onde se procuram mordidas e lacerações (com perfurações causadas pela inserção dos dentes caninos) que tenham causado a morte. Verificação do lugar da mordida e as distâncias entre as perfurações dos caninos, preferencialmente pelo lado interno da pele. A distância entre as perfurações causadas por uma só mordida de onça-parda adulta é de 4,5 a 5,0 cm para os caninos superiores e 3 e 4 cm para os caninos inferiores. Para a onça-pintada estas distâncias são maiores, a menos que se trate de um indivíduo de menor porte.
l Cena do ataque - Manchas de sangue no local da morte são evidências de que o animal foi morto por um predador. Verificar se a vítima foi arrastada para um lugar de repasto para ser consumida. Verificar se a vítima está descoberta, ou se está coberta com folhas e vegetação.
l Respiração - O aparelho respiratório (laringe, traqueia e pulmões) devem ser aberto para a procura de evidência de espuma, cuja presença indica que o animal estava vivo e respirando. Na ausência de espuma, o felino teria apenas se aproveitado do cadáver, sem ter realizado ataque.
l Para jovens - Buscar alimentos ou conteúdos regurgitados, pois indicam um ataque de felinos. Também analisar os cascos; se estiverem sujos indicam caminhada e um ataque. Se estiverem limpos indicam que o animal foi apenas consumido.
l Estado físico - Verificar o tamanho, idade e condição física da presa, para saber se a presa estava em más condições, ou até com possível doença. Observar a quantidade de gordura ao redor dos mesentérios (tecidos que cobrem os intestinos) e da carne, assim como a cor e a consistência da medula óssea. Se a medula é avermelhada e de baixa viscosidade a presa estava em más condições de saúde. Examinar o esqueleto para determinar se a presa tinha fraturas. Verificar a cor dos pulmões, que tem uma coloração rosada em casos de animais saudáveis e mais escuros em casos de indivíduos doentes.
l Ferida - Observar o tamanho da presa e determinar se foi ferida ou não. Quanto maior o dano, menor o tamanho do predador em relação à presa.
l As mordidas - É muito importante diferenciar as presas dos felinos daquelas de cães, os quais podem se reunir em bandos e causar graves danos em regiões de atividade pecuária. Existem casos de bandos que vivem da matança e consumo de bezerros, capivaras jovens, ovelhas e cabras. Os cães provocam feridas nos membros posteriores com evidência de mordidas e ataques antes da morte. Como constitui uma espécie doméstica, os cães geralmente não são tão eficientes e ferem suas presas de forma considerável e desnecessária. Às vezes as vítimas não são consumidas. Existe uma grande variação no tamanho e formato das pegadas de cães devido à grande diversidade de raças. A pegada de um canídeo é mais alongada que a de um felino, com os dois dedos do meio estendendo-se mais à frente, com a ponta dos dedos terminando em um pequeno ponto, deixado pelas unhas que, no caso, não são retráteis.
l Mudanças nos vestígios - Pegadas, pelos e fezes deixadas pelo predador no local do ataque e do arrasto podem ser modificadas por variações específicas tais como: idade, sexo, velocidade de locomoção e deformidades físicas. Observar ainda fatores externos tais como: idade das pegadas, condições atmosféricas (vento, chuva e sol) e a textura do solo no qual foram feitas.
l O banquete da Pintada - A Onça-pintada geralmente começa a consumir sua presa pela parte dianteira, preferindo a carne da garganta, a parte baixa do pescoço, o peito e a carne que cobre as costelas e as palhetas ou escápulas. A parte posterior do animal (detrás das costelas) pode permanecer intacta. O estômago e intestinos podem ou não ser habilmente extraídos sem derramar seu conteúdo. Por outro lado, bezerros pequenos, ovelhas e cabras podem ser consumidos em sua totalidade, incluindo a cabeça e as patas. Em algumas ocasiões, a onça-pintada consome o nariz, as orelhas, a língua, os testículos e o úbere, dependendo do sexo da presa. A onça-pintada pode arrastar suas presas por longas distâncias, às vezes superiores a um quilômetro, por florestas e outros terrenos difíceis. Ela não cobre suas presas com folhas ou outros materiais.
l O banquete da Parda - A onça-parda geralmente ataca e consome presas de tamanho médio e menores, ovelhas, cabras e bezerros recém-nascidos a um ano de idade. A mordida da onça-parda não é tão forte quanto a da onça-pintada (a onça-pintada apresenta um desenvolvimento do crânio e do aparelho mastigador notavelmente maior que o da onça-parda em relação ao seu tamanho e peso). Os caninos da onça-parda são de menor tamanho. A mordida ocorre geralmente na garganta e a morte ocorre por asfixia. Raramente mordem a nuca (geralmente em presas pequenas). As presas frequentemente apresentam hemorragias extensas no pescoço e na nuca, com marcas da garras nos ombros e lados. Consome geralmente as costelas e a área detrás destas. O estômago e intestinos são habilmente extraídos sem derramar o conteúdo, permitindo o acesso ao fígado, coração e pulmões. Segue então com o consumo da carne das patas posteriores pela porção ventral dos músculos. A Onça-parda geralmente não consome o nariz, as orelhas, a língua, os testículos e ao úbere. Uma característica determinante é que as presas da onça-parda é que são escondidas e cobertas por folhas e/ou outro material vegetal solto para serem protegidas de outros predadores. O fato de não estar coberta, porém, não exclui a possibilidade de se tratar de uma presa de onça-parda. Se a onça-parda consome sua presa de grande tamanho durante vários dias, pode haver diferentes lugares para onde a presa é arrastada, consumida e coberta por folhas, com rastros que demonstram o arrastamento da presa entre os locais. Geralmente, a barrigada e os intestinos são enterrados no local onde a onça-parda comeu pela primeira vez.
l As pegadas - As pegadas da onça-pintada são grandes, de forma arredondada, sendo o comprimento total um pouco maior que a largura, com dedos redondos, almofadas grandes e delineadas, de forma arredondada. Ocasionalmente ao caminhar, o animal pode deixar a pegada sobre a pisada anterior. As patas dianteiras deixam uma pegada maior que as patas traseiras em ambas espécies de felinos. É importante não se enganar acreditando que pegadas diferentes podem ser provenientes de dois felinos diferentes. Tanto na onça-pintada como na parda, os dedos das patas dianteiras e traseiras apresentam uma forma geral ovalada, mas na onça-parda os dedos tendem a ser pontudos no extremo superior. Também as almofadas apresentam algumas diferenças; na onça-pintada a borda superior tende a ser reta e a inferior pode ser reta com dois lóbulos, um em cada extremo. Na onça-parda, a borda superior geralmente é côncava e a borda inferior apresenta três lóbulos bem diferenciados, todos no mesmo nível.
A onça-parda, ao contrário da onça-pintada, tem a habilidade de utilizar áreas mais secas e abertas e se adapta e sobrevive em áreas alteradas por atividades humanas. Os rastros associados à presa são diferentes (ver Fig. 1) e se parecem mais com a pegada de um cão (porém sem as marcas das unhas). Geralmente a pegada da onça-parda é menor que a da onça-pintada e a largura de sua pegada é maior que o comprimento, os dedos são mais finos e pontudos e a almofada na região do calcanhar apresenta entradas na forma de três lóbulos característicos.
l As fezes - Não é possível diferenciar as fezes da onça-parda das da onça-pintada pelo tamanho, mas é possível diferenciá-las com alto grau de exatidão pela análise bioquímica de seus ácidos biliares.
Nathan Cruz - é Zootecnista. Título original: “Manual sobre os problemas de predação causados por onças em fazendas de gado” (Hoogesteijn, R), tradução de Silvio Marchini, Wild Conservation Soc.
Boa Dica
Lotando mais a propriedade
- 14/12/2010“Criar como se fazia antigamente é inviável”, diz o produtor José Maurício Lima Verde, de Piratininga (SP), que possui rebanho de 300 matrizes. Ele conta que desde 2001 vem investindo na compra de reprodutores de elite. “Além disso, temos investido nas pastagens, com adubação e irrigação, o que reduz gastos com ração”, explica. Segundo a Aspaco, em média, pode-se colocar de 15 a 20 ovelhas por hectare; com manejo intensivo da área, a lotação pode chegar a 40 animais por hectare. Há cinco anos Lima Verde adotou o confinamento dos animais. “Foi uma evolução. Melhora a qualidade do rebanho e forneço aos frigoríficos um produto de ponta, à altura do produto importado.”
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