Ovinos
                
Potencial de ovinos pode ser aumentado com produtos derivados da carne
Presunto e copa ovinas foram desenvolvidos pela Embrapa
O Rio Grande 
do Sul já teve o maior rebanho de ovinos do país. Hoje essa posição é 
ocupada pela Bahia. De 2006 a 2017 a Região Nordeste apresentou 
crescimento de 16% em número de ovinos. No estado gaúcho são cerca de 3 
milhões de cabeças. Com a queda na produção de lã muitos produtores 
passaram a buscar novos mercados como o de carne, por exemplo.
Um projeto desenvolvido pela Embrapa 
Pecuária-Sul, de Bagé/RS, busca alternativas para o melhor 
aproveitamento da proteína.  São feitos copas e presuntos com ovelhas 
mais velhas e de descarte, que têm pouco valor comercial mas muito 
potencial nutricional. A inspiração para o desenvolvimento dos produtos 
veio de derivados de carne suína, que já são muito conhecidos e 
apreciados pelo consumidor. Para chegar a esses produtos, foram três 
anos de pesquisas em áreas como processo de salga e de cura. De acordo 
com a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Élen Nalério, que desenvolve
 o Aproveitamento Integral de Carne Ovina (Aprovinos), foi preciso 
partir de produtos similares de outros animais para chegar a processos 
que garantissem a qualidade, sabor e segurança para o consumidor já que 
não há no mercados produtos semelhantes feitos com ovinos.
“No caso do presunto cru, por exemplo, que é uma peça única e com osso, são levadas em consideração as diversas reações bioquímicas que ocorrem durante a conversão da carne em presunto, para encontrar as condições de umidade e de temperatura, além da salga, para chegarmos ao produto final com a qualidade que queríamos e sem riscos de consumo”, ressaltou.
“No caso do presunto cru, por exemplo, que é uma peça única e com osso, são levadas em consideração as diversas reações bioquímicas que ocorrem durante a conversão da carne em presunto, para encontrar as condições de umidade e de temperatura, além da salga, para chegarmos ao produto final com a qualidade que queríamos e sem riscos de consumo”, ressaltou.
Foi necessário também identificar as cepas
 de fungos que dão o sabor e aroma aos embutidos, de forma a certificar 
que estes não apresentam caráter toxigênico para o consumo. “Como a 
carne ovina tem problemas de cair no gosto do brasileiro pensamos em 
outros produtos que pudessem agregar valor, gerar emprego, renda e uma 
nova abordagem sensorial ao consumidor”, completa.
Para a Associação Brasileira de Criadores 
de Ovinos (Arco Ovinos) a carne ovina ainda tem muito potencial a ser 
explorado. Está sendo muito requisitada por grandes chefes de cozinha e 
restaurantes da alta gastronomia. Por ter um sabor bem característico 
pode ser usada em outras preparações além do tradicional churrasco. 
Sobre produtos como copa e presunto assegura que o sabor é diferenciado.
 “Acreditamos que a carne pode abrir novos mercados, recuperar a 
expectativa do criador. É uma alternativa que precisa conquistar 
paladares”, completa o presidente da entidade, Edemundo Gressler. 
A Embrapa desenvolveu o conhecimento para 
produção industrial de presuntos crus tipo Espanhol e tipo Italiano e 
copas Brewery, com toque de cerveja; Winery, com toque de vinho; e 
tradicional. Além das copas e presuntos foram elaborados outros diversos
 produtos à base de carne ovina, como mortadelas, oveicon, patê, 
hambúrguer, linguiça, sarapatel, buchada e pertences de feijoada.
O presunto ovino é um produto cárneo cru, 
salgado, defumado ou não, maturado e produzido a partir do pernil 
inteiro de ovinos. Já a copa ovina é um produto cárneo cru, curado, 
condimentado, maturado e que pode ser defumado ou não.  A copa é obtida 
de regiões do pescoço, nuca ou sobrepaleta.
 
                
                
                 
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