Tereza Cristina quer que alimentos orgânicos cheguem à merenda escolar
Consumo natural
O Mapa também trabalha na criação do programa nacional de bioinsumos
A
 ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza 
Cristina, disse que vai estimular a produção de alimentos orgânicos nos 
municípios, para serem destinados às escolas dentro do Programa Nacional
 de Alimentação Escolar (PNAE). Para isto, serão incentivadas as hortas 
comunitárias e até caseiras. “Queremos levar alimentos cada vez mais 
sadios às nossas crianças”, garantiu a ministra.
Tereza Cristina lembrou que o PNAE é um
 grande instrumento de desenvolvimento pois faz circular dinheiro na 
economia dos municípios. Por isso, os prefeitos precisam usar os 30% 
previstos em lei, que são repassados pelo PNAE às prefeituras, para 
compra direta de produtos da agricultura familiar. “Hoje a utilização 
dos recursos não chega a 20%”, disse a ministra. Ela tem planos para 
expansão da agricultura orgânica no país, com o Ministério criando 
normas para facilitar o registro dos produtos fitossanitários aprovados 
para uso na agricultura orgânica (no controle de pragas e doenças).
Na Comissão de Meio Ambiente e 
Desenvolvimento Sustentável, onde compareceu na terça-feira (9), a 
ministra já adiantou que deverá criar uma política pública de orgânicos 
para incentivar essas culturas no interior do país. E que estuda a 
inclusão de hortaliças e frutas saudáveis no Programa de Aquisição de 
Alimentos (PAA). E disse que irá trabalhar para que o PAA tenha mais 
recursos do orçamento. “e que todos possam utilizar os 30% do Programa 
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que é obrigatório para merenda 
escolar.
O interesse por alimentos saudáveis e 
sem contaminantes tem impulsionado o crescimento do consumo de produtos 
orgânicos no Brasil e no mundo. Em menos de uma década, o número de 
produtores orgânicos registrados no Brasil triplicou, segundo 
levantamento do Mapa. Em 2012, havia no país quase 5,9 mil produtores 
registrados e março de 2019, já registrou mais de 17,7 mil, crescimento 
de 200%. No período também cresceu o número de unidades de produção 
orgânica no Brasil, saindo de 5,4 mil unidades registradas, em 2010, 
para mais de 22 mil no ano passado, variação de mais de 300%.
O mercado brasileiro de orgânicos 
faturou no ano passado R$ 4 bilhões, resultado 20% maior do que o 
registrado em 2017, segundo o Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e
 Sustentável (Organis), que reúne cerca de 60 empresas do setor.
Já o mercado global de orgânicos, sob a liderança dos Estados Unidos, Alemanha, França e China, movimentou o volume recorde de US$ 97 bilhões, em 2017. O balanço foi feito pela Federação Internacional de Movimentos da Agricultura Orgânica (Ifoam) e divulgado em fevereiro.
Bioinsumos
Já o mercado global de orgânicos, sob a liderança dos Estados Unidos, Alemanha, França e China, movimentou o volume recorde de US$ 97 bilhões, em 2017. O balanço foi feito pela Federação Internacional de Movimentos da Agricultura Orgânica (Ifoam) e divulgado em fevereiro.
Bioinsumos
O Mapa também trabalha na criação do 
programa nacional de bioinsumos para desenvolvimento de insumos 
apropriados à agricultura e pecuária orgânicas. Os bioinsumos vão desde 
as sementes, passando pelos fertilizantes até os produtos homeopáticos. 
Todas as secretarias do ministério deverão estar envolvidas de alguma 
forma nas ações.
Segundo a coordenadora de Orgânicos do 
Mapa, Virgínia Lira, “a ideia de desenvolver políticas de fomento para o
 desenvolvimento da agricultura orgânica, objetiva trazer o produto 
orgânico para mais perto do consumidor, para que seja o mais socializado
 possível e não alcance só um nicho de mercado daqueles consumidores que
 podem pagar mais caro”, comenta.
 
                         
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