Tabela do frete deveria cair porque prejudica caminhoneiros e setor produtivo, defende Tereza Cristina
A
 ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, 
disse nesta segunda-feira (08), que a tabela do frete, que classificou 
como “perversa”, já está prejudicando tanto os caminhoneiros quanto os 
setores produtivos. Adiantou que no final de maio a Universidade de São 
Paulo (USP) divulgará um estudo com uma proposta de tabela. “Mas o ideal
 é que a tabela caísse pois, afinal, vivemos em uma economia aberta”, 
defendeu. “Precisamos sentar e conversar, para chegar a um entendimento 
entre as partes e não criar lei e tabelamento”, acrescentou.
A ministra acrescentou que tem 
conversado muito sobre o problema com o ministro da Infraestrutura, 
Tarcísio Gomes de Freitas, responsável por conduzir o assunto dentro do 
governo e junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Tereza Cristina deu 
essas declarações em entrevista coletiva, durante a 18ª Tecnoshow 
Comigo, em Rio Verde (GO). Participaram da abertura do evento, ao lado 
da ministra, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o prefeito de Rio 
Verde, Paulo Faria do Vale, além de autoridades federais e estaduais.
A ministra destacou o sistema 
cooperativista que é a base do funcionamento da Tecnoshow Comigo. “Eu 
vinha conversando com o presidente da Organização das Cooperativas 
Brasileiras (OCB), Márcio Freitas, que me explicou que tudo que a Comigo
 recebe de soja ela agrega valor, não sai um grão daqui sem agregação de
 valor. Isso só pode ser feito com o cooperativismo. Eu acho que este 
sistema é exemplo para o Brasil todo. Eu tenho andado muito pelo país 
nesses três meses de governo e tenho pregado o cooperativismo como forma
 de se desenvolver o Brasil”, frisou.
Segundo ela, a Tecnoshow vem do próprio
 produtor rural que viu a necessidade de se organizar e, então, as 
cooperativas e associações de classe viram que esse é um modelo que 
funciona. “O que o ministério pode fazer é apoiar de todas as formas 
possíveis”, completou. “A gente sabe que o agronegócio é esse sucesso, 
essa pujança que decolou. Está à frente do poder público”, disse. “Nós 
do governo estamos correndo para voltarmos a ter protagonismo. Nós vamos
 fazer isso ajudando, simplificando, desburocratizando as ações que o 
produtor precisa, sem perder a qualidade”, afirmou. “É isso que o 
ministério vem tratando nesses 90 dias: montar uma política pública que 
facilite a vida daqueles que produzem no nosso país e não que atrapalhe,
 porque nós (governo) já atrapalhamos muito”.
A ministra lembrou que o papel do 
ministério é mostrar ao mundo que a certificação dos produtos 
brasileiros é séria, e que todo mundo pode acreditar no que o país 
produz para mais de 160 mercados no mundo.
Em relação à reforma da Previdência, 
voltou a frisar que é um assunto que o Brasil precisa resolver e não 
apenas o presidente Jair Bolsonaro, ou um ministro, ou a Câmara dos 
Deputados. “Eu tenho certeza de que a bancada do agronegócio sabe a 
importância que ela tem em todas as votações, principalmente, nesse 
momento em que pode ser o equilíbrio daquela casa”, afirmou.
 
                         
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