Reaf elabora Manual de Boas Práticas de Implementação dos Registros da Agricultura Familiar
Criar
 mecanismos efetivos para a identificação do agricultor familiar traz 
qualificação e desenvolvimento para o meio rural. Pensando nisso, a 
Comissão dos Registros da Agricultura Familiar (CRAF), da Reunião 
Especializada sobre Agricultura Familiar no Mercosul (Reaf), vai 
elaborar um Manual de Boas Práticas de Implementação dos Registros da 
Agricultura Familiar, como instrumento para Cooperação-Sul-Sul. 
Durante
 a XXVII Reaf, realizada entre os dias 4 e 8 de dezembro, em 
Florianópolis (SC), a comissão informou que pretende apresentar uma 
primeira versão do documento, aos Coordenadores Nacionais, já no início 
do segundo semestre de 2018. 
Segundo
 o coordenador no Brasil, Régis Borges de Oliveira, o principal desafio 
sobre os registros diz respeito à adoção de mecanismos que possam 
garantir maior segurança, controle e transparência a essa identificação.
 “É crescente a demanda de outros países por auxílio na implementação de
 sistemas de reconhecimento da agricultura familiar e o grupo tem 
trabalhado intensamente na elaboração do manual, pois sabemos que o tema
 dos registros é central na agenda de políticas públicas", comentou 
Régis. Ele também ressaltou que o manual vai considerar as 
especificidades relativas aos temas de gênero, juventude e povos 
originários. 
O Brasil foi pioneiro 
entre os países do Mercosul na criação de um documento que ajudasse na 
identificação da agricultura familiar, conhecido como Declaração de 
Aptidão ao Pronaf (DAP). O documento é gratuito e pode ser obtido tanto 
pelo agricultor ou agricultora familiar (pessoa física), identificados 
por meio de unidades familiares de produção rural, quanto por 
empreendimentos familiares rurais, como associações, cooperativas e 
agroindústrias familiares (pessoa jurídica). Para obter a declaração, é 
necessário ir até a sede de uma entidade emissora de DAP, em 
funcionamento no município ou nas proximidades. Saiba mais aqui.
Outras novidades 
Além
 do manual, a Comissão dos Registros da Agricultura Familiar informou 
que apresentará, na próxima reunião ordinária da Reaf, uma proposta de 
modificação da Decisão CMC Nº 20/14, com vistas a aprimorar os 
procedimentos de controle de qualidade dos registros nacionais. 
O
 grupo também acordou reestruturar o papel da comissão incorporando 
atribuições de monitoramento e avaliação de políticas públicas 
destinadas ao fortalecimento da agricultura familiar na região. 
Além
 disso, a CRAF também avançou, junto com a Comissão de Facilitação de 
Comércio, na elaboração de uma proposta de resolução para tratar da 
identificação e caracterização das organizações econômicas de 
associativismo e cooperativismo. Leia mais aqui. 
Sobre a CRAF
A
 Comissão dos Registros da Agricultura Familiar, então Grupo Técnico de 
Registros, foi criada inicialmente, em 2007, como um grupo assessor ao 
Grupo Temático de Facilitação do Comércio da Reaf. Devido à relevância 
do tema dos registros, gerou-se uma agenda de trabalho própria e os 
coordenadores nacionais decidiram conceder maior autonomia ao grupo a 
partir de 2011, elevando-o a Grupo Técnico. 
A
 comissão trata do tema relacionado aos instrumentos que cada país 
dispõe para identificação e qualificação da agricultura familiar. Há um 
processo de constante construção que envolve desde aspectos 
legais/normativos até procedimentos operacionais. Ademais, a CRAF 
interage com as outras comissões, como, por exemplo, Gênero, Juventude e
 Comércio, como forma de auxiliar e fornecer informações de interesse e 
relevância destes.

 
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