Nova variedade de soja em teste promete agradar gosto brasileiro
Pesquisadores de MG pesquisam soja há quase 11 anos.
Grão, de cor marrom, chega ao mercado para testes com o consumidor.
Ela foi criada para ser uma alternativa de renda para o agricultor, que plantou 22 hectares e espera uma produção de 60 toneladas do grão. Jonadan conta que o manejo é igual ao das variedades tradicionais, cultivadas na região, e que o negócio é bastante rentável, já que a saca é vendida entre R$ 95 e R$ 105, enquanto a soja comum sai, em média, por R$ 45.
Do campo para o laboratório. Na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, a Epamig, em Uberaba, a soja marrom foi desenvolvida, em parceria com a Embrapa e com a Fundação Triângulo. Ela é fruto do trabalho de melhoramento genético e o resultado é um grão marrom e parecido com o feijão carioquinha.
A doutora em genética e melhoramento vegetal Ana Cristina Juhász conta que o principal desafio da pesquisa foi passar pelo teste da panela. E o resultado agradou. O grão final apresenta características como facilidade no cozimento, não solta casca, nem espuma, não é preciso deixar de molho e pode ser feito junto com o feijão, basta colocar a mesma quantidade dos dois grãos.
Outras formas de preparo também foram avaliadas, tudo para garantir que não se perca uma propriedade importante da soja: a isoflavona, proteína que ajuda a reduzir o colesterol. Com isso, a ideia, é que a soja marrom seja consumida junto com o feijão e sirva como importante fonte nutricional.
A soja marrom também passou no teste do prato: os pesquisadores ofereceram a receita a 1.538 pessoas, 97% aprovaram o sabor e oito em cada 10 que provaram, garantiram que comprariam o produto.
O marketing está sendo feito provocando o paladar do consumidor, um quiosque foi montado no único supermercado de Uberaba, onde o grão já é vendido.
(Este texto corrige a versão original, que dizia que a produção de soja seria de 60 mil toneladas. O correto são 60 toneladas)
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