terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Embrapa testa variedade de milho mais doce em campos de MG

Nova variedade, batizada de vivi, tem 25% de açúcar.
Cultivo é indicado para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e para o Paraná.

Do Globo Rural
A lavoura cresce no laboratório a céu aberto, nos campos experimentais de Minas Gerais. Na cidade de Sete Lagoas o milho plantado pela Embrapa chama a atenção pelo paladar doce e 100% nacional. “Tem de uma a duas variedades de milho doce disponíveis no mercado. Então, essa falta de opções para o agricultor motivou o desenvolvimento do grão”, diz Flávia Teixeira, agrônoma da Embrapa Milho e Sorgo.
O manejo com plantio, adubação e controle de pragas é o mesmo do milho verde comum, mas a variedade ocupa mais espaços porque as espigas são uma média de cinco centímetros maiores. “No milho comum podemos ir até 80 mil plantas por hectare. No caso do milho doce, nós temos de usar uma densidade menor, em torno de 45 a 55 mil plantas”, compara Israel Pereira Filho, agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo.
O resultado de dez anos de pesquisa é um grão super doce. Enquanto o milho comum tem uma média de 3% de açúcar, a variedade desenvolvida pela Embrapa tem 25%. “Todo milho doce produzido no Brasil vai para a indústria, para ser envazado e atender ao consumidor. Como o consumidor está cada vez mais exigente, a indústria tem que atender com um milho de alto padrão e de bom paladar”, esclarece Pereira Filho.
Com 55% menos amido, o milho doce não dá consistência para fazer cural ou pamonha. Todas as informações sobre o grão são obtidas no laboratório. O cultivo de milho doce é indicado para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e para o estado do Paraná.
As sementes dessa variedade de milho doce devem estar disponíveis para os agricultores no próximo ano.
 

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