Senador quer anistia de dívida do Funrural para evitar “caos” no agronegócio
Passivo dos produtores rurais brasileiros seria de R$ 7 bilhões
O senador Cidinho 
Santos (PR/MT) defende que seja concedida anistia às dívidas do Fundo de
 Defesa do Trabalhador Rural (Funrural). O Supremo Tribunal Federal 
(STF) decidiu que a cobrança do tributo (suspenso desde 2011) é 
constitucional. Determinou ainda que a dívida deve ser paga 
retroativamente, o que geraria um passivo de R$ 7 bilhões aos produtores
 rurais brasileiros.
Cidinho afirma que cobrar o Funrural é 
injusto porque tributa o setor do agronegócio duplamente. O imposto é 
uma cota patronal do INSS – Previdência Social, mais Risco de Acidente 
de Trabalho – totalizando 2,1% do valor total das operações de 
comercializações. “Se o passivo disso for cobrado de forma imediata, 
será o caos na atividade que dá certo no país, que produzirá a maior 
safra da história, que tem gerado emprego e tem segurado a balança 
comercial brasileira”, justifica.
O senador irá tratar do assunto em 
audiências com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o 
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles: “Precisamos nos unir e 
encontrar uma solução pacífica, através de meios jurídicos e políticos, 
para o recolhimento futuro desses tributos”.
Ele adiantou ainda que irá propor 
emendas à Medida Provisória nº 774/2017, que trata das desonerações de 
folhas de pagamento. O objetivo é reduzir a alíquota do imposto, 
anistiar dívidas retroativas e fazer com que o tributo seja cobrado 
sobre a folha de pagamento, e não sobre o valor total da produção, como é
 feito atualmente.
“É preciso a união entre os setores do 
agronegócio brasileiro, porque quando se fala no Funrural, envolve não 
só o grande agricultor, o grande pecuarista, mas também o pequeno 
produtor rural, aquela pessoa que produz o leite, que vende uma vaca 
para o açougue”, conclui. 
 
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