Comissão Pedagógica Nacional do Pronera analisa propostas de novos cursos
     
        
Integrantes da Comissão Pedagógica 
Nacional (CPN) do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária 
(Pronera) participaram nesta quinta (29) e sexta-feira (30), em Brasília 
(DF), da terceira reunião ordinária deste ano com objetivo de avaliar e 
aprovar novos cursos para públicos atendidos pelo Incra – a exemplo de 
acampados, assentados e quilombolas.
A restrição orçamentária determinada a 
todos os órgãos federais pelo Poder Executivo, como forma de equilibrar 
as contas públicas, foi a principal dificuldade para aprovação de novos 
cursos apontada pelos participantes da reunião, entre os quais 
servidores do Incra, professores universitários e de institutos federais
 de educação, além de representantes de movimentos sociais.
O representante da Diretoria de 
Desenvolvimento de Projetos de Assentamento do Incra, César Aldrighi, 
afirmou, na abertura do encontro, que a direção da autarquia está 
buscando formas de viabilizar tanto a execução dos cursos existentes, 
como a implantação de novos. “A manutenção e melhoria no Pronera é um 
sentimento arraigado no Incra, pois os resultados obtidos na educação e 
qualificação do público atendido deixam claro que estamos no caminho 
certo. As dificuldades podem ser superadas pela união do Incra, 
instituições de ensino e movimentos sociais”, disse Aldrighi.
Para o coordenador Geral de Educação do 
Campo e Cidadania do Incra, Iradel Freitas da Costa, o desenvolvimento 
do campo e a educação devem andar juntas. “A agricultura familiar só vai
 se desenvolver se a população rural tiver conhecimento, educação 
acessível e de qualidade. Com as parcerias entre Incra, universidades e 
público atendido o Pronera vai evoluir mais ainda”, assegurou Costa, que
 é agricultor familiar e professor licenciado de escola no assentamento 
Barreiro – localizado no município de Limeira do Oeste (MG).
O professor da Universidade Federal da 
Paraíba (UFPB) Jonas Duarte destacou a importância do Pronera para o 
interior do Brasil e acrescentou que os profissionais presentes à 
reunião estão pensando no que é melhor para a educação no campo e a 
reforma agrária. Já o professor da Universidade de Brasília (UnB) Rafael
 Villas Bôas comentou que a educação no campo consegue estabelecer 
vínculos fortes entre as instituições de ensino e os movimentos sociais.
O representante do Movimento dos 
Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Edgar Kolling, fez um resgate 
histórico da atuação dos movimentos sociais na defesa de uma educação no
 campo de qualidade e inclusiva. “Historicamente a força do Pronera, da 
educação no campo, está na quantidade de estudantes participantes do 
Programa, viabilizado pelas parcerias do governo com universidades e 
movimentos sociais”, ressaltou.
Pronera
Nos seus 18 anos de existência, o 
Pronera já atendeu 167,6 mil alunos na Educação de Jovens e Adultos 
(EJA) e formou 9,1 mil no Ensino Médio. Também graduou no Ensino 
Superior 5,3 mil pessoas, viabilizou cursos de especialização a 1,7 mil 
graduados, além de pós-graduação em Residência Agrária a outras 1,5 mil 
pessoas.
CPN
A Comissão Pedagógica Nacional – 
composta por 40 representantes de movimentos sociais e sindicais do 
campo, de universidades públicas e do Incra – coordena as atividades 
didático-pedagógicas do Pronera, definindo e propondo indicadores de 
desempenho e instrumentos de avaliação dos cursos, além de apoiar e 
orientar os colegiados executivos estaduais.
São ainda atribuições da Comissão emitir
 parecer técnico-pedagógico dos projetos, avaliar e acompanhar em 
conjunto com as superintendências regionais do Incra as ações do Pronera
 nos estados. Outra tarefa importante é a articulação de parcerias para 
ampliar e implementar cursos do Programa.
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